– Isso! Eu vou por um lado e você pelo outro, quem achar ela primeiro liga e avisa ok? – Fala T.K.

– Certo! - Os dois saem em busca de Kari.

T.K foi pelo caminho que Tai veio e seguiu em frente, se perguntava onde ela poderia ter ido, pensou em vários lugares diferentes, na casa dela, na escola, na praça, onde ela poderia estar? Perdido em seus pensamentos ele passa por uma praia, e percebe que é a praia que ficava em frente a sua antiga escola, ele vê uma menina sentada na beira da praia e vai até ela, que estava sentada e com os braços envolta das pernas e a cabeça baixa.

– Kari? – Ela levanta o rosto olhando ele, que fica com uma dor enorme no coração ao ver que ela estava chorando.

– T.K... O que... - Soluço. - Você está fazendo aqui?

– Kari o que está acontecendo? – Senta do lado da menina. – Me conta por favor! – Kari olha pra baixo de novo e começa a chorar mais forte.

– Não precisa se preocupar, já está tudo resolvido! ... Ou quase – A última palavra quase não foi ouvida de tão baixo que ela falou

– Ccomo assim? Você fala do Tai te mandar pros seus pais? Como se você fosse um bichinho que ele não consegue cuidar mais e vai jogar na rua?? – Kari olha espantada pra T.K nunca havia visto ele falar assim.

– T.K ... É muito complicado... E eu vou embora de qualquer maneira...

– Então é isso, você vai e pronto? E seus amigos? Vai deixá-los?

– Eles me deixaram primeiro!

– Eu estou aqui não estou? – Pergunta olhando firme pra ela que olhou pra ele com um olhar triste. Kari estava muito diferente agora com os cabelos longos e corpo apessoado estava muito bonita.

– T.K ninguém pode me ajudar já está certo, por favor, para de perguntar.

– O que está certo Kari? Não vou parar de perguntar até você falar! – Disse já um pouco mais alterado.

– Não quero meter você nisso T.K, por favor... – Começou a chorar mais.

– KARI POR FAVOR, FALA DE UMA VEZ! EU QUERO TE AJUDAR! – Gritou o menino desesperado. Kari se assusta com a ação dele e começa a falar.

– Desde que eu e Tai ficamos sozinhos aqui... – Ela estava muito nervosa pra falar, então T.K abraça ela tentando dar conforto.

– Pode me contar Kari, vou fazer de tudo pra te ajudar. – Fala um pouco perto do ouvido, dela. Kari se sente totalmente segura agora e um pouco envergonhada pela atitude do menino.

– Obrigada... Eu ando... Vendo umas coisas estranhas... E tudo tem dado errado pra mim, ninguém acredita no que eu digo e todos se afastaram de mim... – T.K não entende o que quer dizer então espera ela continuar, ela olha pra ele meio receosa e continua... – Sombras... Sombras que ficam me rodeando e falando que sou delas... E que eu não tenho escolha... Elas queriam me levar e eu não quis, então o meu desespero começou, foi quando André entrou na escola... – T.K levanta uma sobrancelha, esse nome de novo quem será essa pessoa? – Ele me persegue todos os dias, eu nem indo bem na escola estou, de tanto que ele me enche... Ele me disse que como filho do diretor, tem o melhor cargo da escola, então tinha que ter a namorada mais bonita da turma também, e no ver dele sou eu... E eu não queria saber dele, então ele começou a inventar várias histórias horríveis ao meu respeito, falando coisas nojentas que eu nunca pensaria em dizer, ou ao menos pensaria mesmo nisso... Mas agora é tarde também – Diz isso olhando as ondas que batiam perto dos seus pés. – Eles já estão vindo me buscar! – T.K então se lembra da outra vez em que ela foi levada pro mundo das trevas e como se sentiu com aquela situação.