Um Trapaceiro No Acampamento Meio Sangue escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

gente,peço mais uma vez perdão pela demora.
Esse ano eu presto,por tanto tenho que estudar todos os dias das 6h ás 17h.
É muito cansativo mais compensa.
Mas é isso ai,quando eu consigo postar eu posto :)
Esse capítulo é muitíssimo legal,espero que gostem



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Já era quase sete horas,o céu já escurecia e o vento soprava forte.Não haviam mais atividades no acampamento naquele horário devido há uma chuva programada para as plantações.

Mas nem assim Annabeth deixaria de ir.

Ela fizera uma mochila para se prevenir.Nela continha uma lanterna recarregável,néctar e ambrosia,um mapa da floresta feito por Sofia,sua adaga e outros utensílios.

Quando saiu para o caminho de ladrilhos,os campistas já saíam para o jantar no pavilhão.Ela se juntou a um grupo que caminhava em direção ao refeitório,silenciosamente ,sem querer dar pistas do que ia fazer.

Não demorou muito e ela já estava na praia dos fogos.Annabeth olhou ao redor e estava sozinha.

Annabeth sentiu um frio percorrer sua espinha,como se um boneco de neve soprasse em sua nuca.

Aquele silêncio era estranho demais.

Embora desconfortável,ela se sentou,já cogitando a brincadeira de mau gosto que lhe fizeram.Ela resolveu esperar por alguns minutos antes de ir.

Annabeth se sentou sobre a areia já coberta pela maré e observou o belo por do sol que se escondia por trás do oceano.

O vento fazia com que a copa das arvores á suas costas cantassem.Os arbustos chacoalhavam e remexiam,embora Annabeth não prestasse atenção.

Ela consultou seu relógio.Cinco para ás sete.

Faltava pouco,talvez a pessoa que a esperasse aparecesse somente ás sete em ponto.De qualquer forma,aquilo cheirava muito mal á Annabeth.Ela não sabia se fora vítima de uma armadilha ou uma pegadinha de muito mal gosto.

Annabeth continuou esperando,mesmo cansada e com fome.Mas sua persistência em descobrir o mistério por trás de seu acidente era muito maior.

Então ela ouviu.Som de respiração e ofegação,como se a pessoa estivesse correndo.

Annabeth se virou,a sensação de insegurança e medo a faziam desejar que a pessoa demorasse a chegar,mas ela não podia negar o que vira.Cabelos esvoaçantes e escuros como carvão,olhos castanhos amendoados e uma pele clara como a neve.

A garota parecia ter saído do um conto de fadas;seu vestido até os joelhos eram negros como seus cabelos,havia fuligem na barra e cortes em seus braços e pernas.

Annabeth se levantou,assustada,ela nunca vira a garota no acampamento,ela nem se parecia como uma semideusa.Ela parecia com uma própria deusa.

A garota acenou para Annabeth e voltou a correr para dentro da mata.

Annabeth,que não sabia o que fazer,agarrou sua mochila e correu atrás da garota.

–Ei!-gritou uma segunda voz- Annabeth!

Ela se virou em tempo de ver Piper Mclean correr em sua direção,acenando e gesticulando para que ela parasse.

Mas Annabeth não teve tempo,ela não podia perder a garota de vista.

Ela continuou a correr,mas a garota era incrivelmente rápida.

Ela contornava as arvores como uma dançarina,rodopiava e dava pulinhos divertidos sobre as pedras e pinhas.

–Ei,você!-berrou Annabeth- Pare!

A garota fitou Annabeth e acenou mais uma vez,ela riu com divertimento e continuou a correr ainda mais rápido.

Annabeth a seguiu,com Piper em seu encalço.Ela podia ver a amiga por cima dos ombros correndo muito a trás vindo em sua direção.

–Espere!-berrava Piper- Onde está indo?Ficou maluca!??

–Como soube onde eu estaria?-quis saber Annabeth,gritando para a amiga com os olhos ainda presos na garota de cabelos escuros.

–Senhor D. mandou que eu lhe encontrasse!Ele foi checar se você estava em seu chalé e não te encontrou.Por isso estou aqui!- berrou Piper,quase inaudível por causa da distância.

Annabeth parou.Aguardou que Piper se juntasse há ela enquanto observava a garota de cabelos negros e pele clara se esconder em uma pequena caverna.

–Está vendo- comentou Annabeth ainda fitando a caverna.-Vou entrar lá

–Ficou doida?-questionou Piper,ofegante,suas mãos estavam nos joelhos.

Annabeth não respondeu.Ela pegou sua lanterna do bolso da mochila e seguiu até a entrada da caverna.

–O que estamos procurando?- perguntou Piper ao seu lado.

Annabeth ligou a lanterna- A garota.

Elas entraram.A luz que a lanterna de Annabeth projetava iluminava uma parte da caverna,enquanto a outra permanecia no total lúgubre.

As paredes eram manchadas de tinta azul,preta e vermelha,havia riscos afunilados nas paredes de rocha e pequenos desenhos de letras gregas,como: Δ Θ Λ Π e Ω.

–onde estamos?

Annabeth deu de ombros.

Ela lançou a luz sobre as paredes e chegou mais perto para contempla-las.

Os desenhos eram antigos mas haviam algumas anotações sobre eles- escrituras gregas como nome de livros e de projetos,nome de grandes cientistas e cálculos matemáticos.

–Está tudo em grego- comentou Piper

–Não entendo...-resmungou Annabeth -Nunca ouvi falar neste lugar.

Uma risada infantil e fina encheu a caverna;as garotas se viraram apressadas,Annabeth jogou a luz da lanterna em direção á voz,mas elas não viram nada além de mesas e estantes.

–O que...

–Não sei.

Ao fundo da caverna havia um escritório antigo acoplado com uma pequena biblioteca.Mas mesmo assim eram a coleção de livros mais antigos que Annabeth já vira.Atena devia possuir os mais importantes e antigos,mas esses eram incrivelmente velhos,mais velhos dos que os do chalé seis.

–Uau- exclamou Annabeth assim que encontrou um antigo e empoeirado interruptor de luz e o acendeu.

Ao canto das paredes amarrotadas de livros,haviam uma coleção de máquinas de escrever,recortes de revistas e reportagens de jornais europeus do século XVIII e XIX.

Piper passou as mãos sobre os papeis espalhados sobre uma das mesas e se virou para Annabeth.

–Queda do império Romano.Alguém andou estudando a história Greco-romana.

Annabeth observou as folhas sobre a mesa em que Piper estava.

–Há fotos também.

Fotos autênticas da época em que os reis monarcas caíram,os gregos passaram a respeitar outra religião e os deuses se escondendo irreverentemente e diretamente dos humanos.

–Mas quem é que tem acesso a tantas informações?-resaltou ela- Esse lugar...devia ter pertencido a algum deus ou inventor,como Dédalo.

–Dédalo quem?- resmungou uma vozinha fina e delicada

A garota de vestido e cabelos negros sorriu.Annabeth não sabia o que havia acontecido com sua pele.Ela era muito branca e sem vida,seus cabelos eram escuros e foscos,seu vestido estava rasgado e sujo.Definitivamente não era a mesma garota que Annabeth vira antes.

–Quem é você?-perguntou Piper,tirando as palavras da boca de Annabeth

–Serafina.Sou guardiã das escrivãs-informantes.-apresentou-se a garota.

–Foi você que escreveu essa carta?-Annabeth mostrou a carta de recortes para Serafina na esperança de que ela soubesse de alguma coisa.

–Ah sim sim- concordou ela- fiz hoje mesmo.

–E sobre o que se trata?-perguntou Annabeth- O que quer falar comigo.

Serafina bateu palmas e se sentou.Uma bandeja de biscoitos e brownies se materializou sobre a mesa com três xícaras,cubos de açúcar e um bule fumegante de café com leite.

–Sentem-se por favor.-pediu ela educadamente- explico enquanto saboreamos esses doces maravilhosos.

Annabeth e Piper se entreolharam,mas assentiram.

–Muito bem- recomeçou Serafina- É impressionante como as coisas aqui voam.Literalmente.

–Como?

–Vou chegar lá- Serafina mordiscou seu brownie de chocolate e açúcar de confeiteiro- Mas o que quero dizer é: Seu acidente já chegou por aqui.Estive um sua amiga...qual é mesmo o nome dela...Carnie?Carly?Não não,Clarisse.Ontem ela nos encontrou e fez perguntas realmente intrigantes,mas divertidas.Passamos algumas horas conversando e devo ter dito muito mais do que realmente sei.Sabe como é,não são todos que aguentam tanta ambrosia e estrato de caxuaneira...Perséfone devia proibir a fabricação a partir dessa fruta.

–Estrato de Caxuaneira?-perguntou Piper,confusa

–Nunca experimentou?Sorte sua...é totalmente embriagante.Da última vez que bebi fiquei dois dias sem saber o que estava fazendo,até que acordei na casa de uma ninfa que eu acabara de conhecer.Estranho,mas depois de alguns cálices você esquece o gosto amargo do começo.

Annabeth sorriu,sem graça.

–Er...Serafina,o que deseja falar comigo?

–Ah claro,está com presa...pegue alguns biscoitos.-Ela empurrou a bandeja para Piper e Annabeth- Vou contar desde o começo.Clarisse La Rei...

–La Rue- corrigiu Annabeth

–La Rue- repetiu Serafina- certo certo.Ela esteve aqui ontem mais ou menos no mesmo horário que vocês.Ela perguntou algo sobre um acidente e sobre eu ter visto como acontecera.Eu não sabia do que ela estava falando,então ela teve que me explicar.Clarisse pediu que eu contatasse as escrivãs e contasse á ela caso descobrisse alguma coisa.

–E quem são essas escrivãs?-perguntou Piper.

Parecia que Piper lia a mente de Annabeth,pois toda pergunta que a garota projetava,Piper a fazia antes de chegar em sua boca.

–Desculpe,mas gostaria de saber seu nome- indagou Serafina

–Piper,e está é...

–Deve ser a Annabeth,certo?Clarisse falou sobre você.

Annabeth assentiu com a cabeça.

–Não vai ser fácil explicar.-A garota coçou a cabeça.Ela se levantou e disse:

–Por favor,me sigam.

Serafina as levou até um canto estremo da caverna,onde a luz da pequena e única lâmpada não alcançava.

Serafina beijou o polegar e em seguida tocou a palavra escrita com caneta preta “secretus cifr” e uma porta se abriu entre as rachaduras da parede.

Serafina se virou e fitou as garotas antes de entrar.

–Nem tudo aqui é grego,sabe.As palavras vem do Latim e Árabe,afinal,se queremos proteger este lugar não podemos colocar tudo na língua dos deuses e dos monstros.

–Bem pensado- elogiou Annabeth

A luz do outro lado da rachadura era forte,os olhos de Annabeth arderam e a fizeram lacrimejar.

–Ah!Desculpe- Serafina beijou o polegar e apertou mais uma palavra na parede.Instantaneamente a luz diminuiu,de modo que os olhos de Annabeth não reclamassem do excesso de claridade.

Serafina entrou primeiro,abrindo passagem para Annabeth e Piper.


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Notas finais do capítulo

Goooooooooooostaram?
Eu amei!Comentem pf



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