Red Lipstick escrita por Nathalie Jackson


Capítulo 4
Capítulo 4 Heading for Revenge


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 3 esse...



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Sangue, sangue. Ele não existe mais. A morte dele é apenas a condição da minha existência, eu não deveria estar culpada. Eu não sou a culpada.

Eu me encolhi, cada vez mais. A polícia virá aqui amanhã pelo meu depoimento, o que eu posso fazer? Eu estraguei tudo. Todo o cuidado que tive de levar minha vitimas a bosques sem que ninguém soubesse. Mas todos os colegas de trabalho dele haviam o visto sair comigo da boate.

Por que eu não consigo me controlar? É só mais uma hora no dia!

Meu cérebro continuou girando sem respostas.

– Me desculpe – Eu sussurrei para o nada – Eu juro que não queria te matar.

Eu deitei em minha cama, mesmo sabendo que isso não ajudaria. Fechei os olhos como se eu fosse dormir, o que é obvio, não acontece. Notei que meus olhos estavam ardendo e abri-os andando até o espelho.

– Então é assim... Chorar – Eu tinha olhos vermelhos como se quisessem se derramar, mas nenhuma lágrima caia, é claro que não.

De repente, como se fosse um raio, simplesmente aconteceu. Eu me lembrei.

Flashback On.

Ali estávamos em um café chamado “Caffè Florian”.

– Você não tem medo? – Um homem incrivelmente bonito me perguntou.

– Eu nunca vou ter medo de você – Eu falei.

– Mas o quê eu posso fazer com você... Eu posso te matar, ou te transformar em um monstro... – O homem falou

– Você não é um monstro – Eu falei com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. – Por favor, não vá.

– Mas é perigoso, aqui. Com você humana – Ele me respondeu.

– Então me deixe ser como você! – Exclamei e ele avançou.

Flashback Off.

Tudo que eu senti foi raiva, e desprezo. Ele me transformou, mesmo sabendo a maldição que é viver desse jeito. E ele simplesmente me abandonou sozinha, para descobrir minha existência. Eu vou o destruir, e depois destruir a mim mesma. Eu avancei para o escritório da casa, ligando o computador. E pesquisando por Caffè Florian.

Até que outro fato me atingiu, eu estava com a mesma aparência de quando eu era humana, mesmo depois de todas as metamorfoses, isso tem que significar alguma coisa. Isso significa que eu devo vingança.

O tal Caffè era um de Veneza, que reclamava o título de primeiro Café da Europa. Eu irei esperar a polícia e em seguida estarei em Veneza.

Fui para o banheiro me lavar e pensar. Eu quero vingança, por tudo que ele me fez, e também pelo Caio.

Fechei os olhos ao pensar no nome dele. Eu o havia matado, e segundos depois de notar o quanto preciso dele.

Saí do chuveiro enxugando meus cabelos e vestindo um vestido azul escuro rodado.

Esperei os policiais enquanto comprei minhas passagens pelo computador e arrumei as malas.

Eles finalmente chegaram e abri a porta cuidadosamente, sem entrar em contato com o sol. Eles entraram e perguntaram sobre as janelas fechadas, e eu apenas lhes respondi que eu estava com uma doença de pele, que se agrava com o contato ao sol.

Eles me fizeram um milhão de perguntas sobre o animal que supostamente o atacou e eu só lhes disse que estava escuro.

– Eu não sei se nada sobre o animal – Falei com vontade de gritar para me destruírem ali mesmo. – Eu... Virei o rosto, não consegui ver.

– Entendo que se sinta mal – Disse um policial corpulento.

– Não sei de nada... Só não quero mais falar sobre isso, nem pensar – Falei, e suspirei teatralmente. – Por isso vou passar alguns meses em Veneza.

– Irá? Bem boa sorte, e não se preocupe... Iremos capturar o animal – Falou sorrindo.

“Aposto que irão”, debochei por pensamento.

– Pode abrir a porta? – O policial perguntou.

– Claro – Levantei-me calmamente.

Abri a porta, mais uma vez cautelosa em relação ao sol. Fechei com cuidado atrás de mim. Fiquei andando de um lado para o outro, pensando em como infernos se destrói um vampiro e como infernos vou encontra-lo somente pelo Florian. Bom caso eu não o encontre, vou me destruir, e caso encontre... Nós dois conheceremos o fim dessa maldição.

Meus pensamentos continuaram frenéticos, até que a noite chegou. Peguei minha malas e fui até o carro.

Bem... A passagem é só para uma da manhã, então rumo à caçada.

Fui dessa vez para perto do aeroporto. Um barzinho por ali. Escolhi o primeiro homem que vi e despejei minha conversa de sempre... Revirei os olhos. Homens, tão fáceis de caçar. Assim como...Não pense sobre ele. Isso dói.

Continuei com a interpretação até que deram onze horas, e o convidei para um passeio no bosque. Bom... O que aconteceu é óbvio não é? Pelo menos não preciso esconder o corpo... Uma vez que acreditam que há um animal solto... O mesmo que supostamente matou... Não pense sobre ele, você não tem esse direito.

Limpei minha boca me olhando em um espelho. Peguei calmamente um batom vermelho e o passei com um leve sorriso. Tão vermelho quanto o sangue.

Passei por cima do corpo e fui para meu carro. Segui para o aeroporto impaciente. Achei que o bar era mais perto.

Revirei os olhos ao chegar e fazer o check in. Coisas de humanos são tão complicadas, olhei ao redor. Thomas em todo lugar. Você está perdendo o controle, Nyah!

– Gostei das botas – Falei para uma moça que me encarava no elevador.

– Obrigada – Ela agradeceu, mas continuou me encarando.

– Os óculos também são lindos, mas não escondem que você está me encarando – Grunhi.

– Desculpe – Ela falou. – Era você no noticiário não?

– Era sim – Respondi friamente. – Sabe de uma coisa? Não existe animal. Eu mesma o matei, o que acha disso?

– Não acredito em você – Ela falou suando frio.

– É verdade! Eu poderia te matar aqui mesmo, antes do subsolo chegar – Falei com ferocidade.

Ela apertou cada vez mais o botão do subsolo.

– Se contar, sofrerá as consequências – Sorri. – Mas eu estava brincando, você sabe certo?

– Claro! – Ela riu nervosamente.

Revirei os olho e o subsolo finalmente chegou. Embarquei calmamente. Meu rumo não é Veneza. Meu rumo é um homicídio, seguido de um suicídio. Um sorriso perverso se formou em meus lábios. Nunca mais nessa existência. A ideia parece um tanto promissora.


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Notas finais do capítulo

Bom esses capítulos que eu postei agora são todos da antiga autora. Então daqui para frente os capítulos vão ser todos meus. hihi, então é isso.
Beeijos Amoras!, não esqueçam de comentar! Seus dedinhos não irão cair, se cairem colamos com super bonder ;)