O Verdadeiro Lar escrita por Yui


Capítulo 2
Segredos e Suspeitas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e não esqueçam de dizer o que acharam, no final. (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/334436/chapter/2

Era manhã, estavam quase em sua antiga terra e Akame estava sentada no convés do barco completamente sozinha e pensando que já era hora de dizer a verdade. Era tempo de entregar à Dishi o que era seu e deixar o resto por conta do grande deus, o destino.

Foi tirada de seus pensamentos por uma pata em seus ombros. Hui se sentou na cadeira que havia ao lado de sua esposa, que ele tanto amava, ao menos dizia. Olhava para ela com carinho como sempre fazia e estava calmo como sempre desde que ela concordou com o casamento, é claro, tendo seus termos.

- Queria Akame, logo voltaremos à nosso lar e o curandeiro se encarregara de te livrar desse mal. E enquanto isso, eu vou preparar nosso reino, para nossa família.

- Obrigada querido, gosto de vê-lo feliz - ela sorriu. Verdadeiramente ela gostava mesmo de vê-lo assim, só não queria exatamente que as coisas fossem assim. Mas nada que passou podia ser mudado à essa altura, então ela o perdoou pois ele nunca fez mal a uma certa criatura que ela podia proteger e ter por perto - você viu meu filho?

- Ele está treinando lá dentro, e antes do almoço, me ajudará com as estratégias para a dominação da província.

- Ah, então está bem. Pretendo conversar com ele, seu aniversário está chegando e...

- Não podemos dar aquela previsão exatamente como está!

- Pode reescrever o pergaminho, mas não pode mudar o destino dele, não pode mudar o que ele fará - rebateu Akame exaltando a voz - Infelizmente, pra você.

- Você sempre torceu por isso, não é? - ele abaixou o olhar, chateado, sempre imaginou isso.

- Não coloque palavras na minha boca. Você sabe que só concordei com isso para protegê-lo, mesmo que eu não goste de como você tratou nossos súditos quando assumiu e menos ainda do que pretende fazer para governar essa terra novamente.

- Sei disso, nunca poderia me amar, mas o que importa é ter você como minha imperatriz. E quanto ao que faço, não é uma escolha sua. Eles devem pagar e sabe disso, não vou desistir da minha vingança e de reaver o que é meu - ia retirando-se do convés para ficar sozinho em uma sala.

Se irritou com os comentários da esposa e não iria permitir que Dishi soubesse da verdade. O que ele sustentou a vida toda iria por água abaixo e teria que quebrar o trato feito com sua amada Akame. O que ele não sabia, é que o jovem tigre havia ouvido a uma parte da discussão, a que falava sobre seu destino e depois correu para seu quarto antes que fosse pego pelo pai, ou por quem ele achava que era seu pai.

O jovem tigre sentou-se em sua cama olhando para frente, preocupado com a mensagem que seu presente poderia conter. Ele imaginava que sua mãe o entregaria de qualquer maneira, mas não sabia se deveria ler ou aceitar, estava achando que não era algo seguro.

“O que será que está escrito naquele pergaminho pra meu pai não querer que eu o receba? Jamais eu ficaria contra ele, se for isso, não aceito meu destino, ele é meu pai.”

Mal sabia ele que seu destino tinha algo além de ir contra seu pai, tinha um segredo que ele jamais pensaria existir.

Por sua vez, Hui Nuan foi informado da espionagem, e estava certo de que ele entendera o que a mãe quis dizer. Assim, já começou a pensar em um modo de se livrar do garoto.

- Quando aportarmos para recebermos os novos recrutas do meu exército, daremos um jeito em Dishi – disse Hui se dirigindo ao guarda que o informou – ainda estou pensando em como fazer isso exatamente, mas como chegaremos amanhã, temos tempo de ter certeza que o príncipe sabe da história de seu verdadeiro pai e se souber, eu sinto muito por Akame, mas terei que quebrar a promessa.

-

No Vale da Paz, os Cinco Furiosos e o Dragão Guerreiro estavam mandando alguns javalis ladrões para a prisão. Eles confessaram que pensaram em assaltar o vale pouco antes de o gongo tocar para que os guerreiros não os prendessem, de novo.

Eram os mesmos javalis que assaltavam apenas para comer ou ter dinheiro para comer, não eram perigosos, mas assustavam os moradores.

Voltando ao Palácio de Jade, a cada vez que Po subia as escadas, era com menos esforço. Estava melhorando aos poucos suas habilidades e resistência, mas na hora de uma luta ele nem ligava para cansaço, nessa hora isso não existia, lutar era sua vida. Especialmente junto com seus ídolos e amigos. Foram para a cozinha, ele faria o almoço para que depois pudessem continuar o treinamento.

- O almoço está servido pessoal – chegou perto da mesa segurando as tigelas de seus amigos. Até Tigresa passou a comer o delicioso macarrão de seu amigo.

- Obrigada – disseram todos.

E durante a refeição, aparece Mestre Shifu.

- Alunos, eu preciso sair para entregar uma mensagem, que não pode esperar, e como não estarei aqui para acompanhar essa etapa do treinamento de vocês, não vai haver treinamento hoje, mas fiquem atentos para qualquer sinal de malfeitores.

- Porque não pede para Zeng entregar, mestre? – Perguntou Po sem entender.

- É uma mensagem realmente importante e ninguém pode desviá-la de seu destino. Zeng não seria páreo se algum bandido resolvesse atacá-lo por qualquer motivo. Estarei de volta amanhã para o almoço.

Po assentiu para demonstrar que entendeu. Após uma reverência de respeito a seu mestre, ele se foi e os seis guerreiros terminaram sua refeição em meio às brincadeiras de todo dia. Ao terminar, o panda foi lavar a louça e antes que os outros saíssem da cozinha, quebrou o silencio.

- Gente, o que acham de irmos ao vale dar uma volta ou então jantarmos no restaurante do meu pai hoje?

- Mal acabamos de comer e você já está pensando em comer de novo? – Perguntou Louva-a-Deus com os olhos arregalados, fazendo com que os outros não segurassem a risada.

- Não é isso, não haha – Po ficou sem graça – só estava pensando no que poderíamos fazer já que não vamos ter a continuação do treinamento.

- Está certo, assim aproveitamos e ficamos de olho no movimento do vale, como se fosse uma ronda.

- Pode ser, Garça – concordou Louva-a-Deus.

- Eu vou treinar e depois meditar um pouco – Tigresa disse de forma séria, ela não queria sair com seus companheiros, sabia que Víbora iria passar por lojas e tentaria obrigá-la a comprar alguma roupa.

- Ah, qual é Tigresa? Vamos, relaxe um pouco e vai com a gente – insistiu o panda, e fazendo voz de criança – por favor, por favor, por favoooor!

Víbora se uniu a ele para fazer com que sua amiga aceitasse o convite.

- Contanto que ninguém me obrigue a experimentar ou comprar alguma coisa que não quero – disse olhando para sua amiga e para o panda que às vezes ainda insistia para que ela brincasse com suas figuras de ação -, eu vou.

Assim que Po terminou a louça, desceram as escadas e se encontravam no vale. Os meninos se separaram deixando as duas guerreiras sozinhas. Algo incomodava a mestre do estilo tigre, mas ela não sabia o que era, olhava para os lados, para os telhados. Sentia que os guerreiros estavam sendo observados, mas não sabia de onde.

“Não deve ser nada, eu só não queria muito vir, só isso.”

- Aconteceu alguma coisa Tigresa? Pode me dizer – sua amiga notou a mudança em sua expressão, já que Tigresa passava os olhos pelo lugar sem parar.

- Pensei que estávamos sendo seguidas, mas não deve ser nada. Não é possível que façam isso em plena luz do dia sem ser descoberto.

- Bom, vamos continuar andando e de olhos bem abertos, sei que logo vamos descobrir se você está certa.

De fato, não só ela como seus amigos estavam sendo observados naquele exato momento, por um lince veloz que foi enviado em uma busca pelo Guerreiro Prometido e o Dragão Guerreiro.

O panda ele já sabia quem era porque os feitos dele se espalharam, afinal ele protegeu a China e não apenas uma vez e o lince se perguntava se seria realmente tão poderoso quanto diziam, ele não achava, mas sabia que as aparências enganavam. E depois de ter certeza do paradeiro do Dragão Guerreiro, ele partia para onde o grande barco de seu chefe estaria antes de chegar às novas terras e como ele era rápido, chegaria a tão longe em apenas um dia.

Mas parou depois de alguns metros, pois não podia acreditar no que via. De um beco onde estava, atrás de algumas caixas, ele avistou uma jovem tigresa.

“Não acredito! Como pode? Se pensar na profecia do pergaminho que minha imperatriz, o príncipe ser o tal guerreiro.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O príncipe ainda não sabe nem da metade da história, mas ele descobrirá o que sua mãe escondeu durante sua vida.
Que mensagem é aquela que Shifu foi entregar?
E por que o lince está observando nossos guerreiros?
-
Descubra no próximo capítulo.
Qualquer coisa, comentem!
Até mais. o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Verdadeiro Lar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.