Impressão Draconica escrita por Anny Taisho


Capítulo 5
Entre vômitos e constrangimentos


Notas iniciais do capítulo

Pessoas... Oh kami temos uma leitora nova aqui!!Any16 bem vinda ao barco querida, espero que continue comigo e que perca a timidez!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bem aqui vai mais um capitulo minhas lindas!!!
Boa Leitura



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Cap. V – Entre vômitos e constrangimentos

Laxus estava observando a noite, respirando tranquilamente quando um ruído lhe chamou atenção, virou a cabeça e viu a silhueta feminina erguer-se e tão logo viu isso, as palavras de Wendy sobre enjoo e vertigem vieram a sua mente. Com três passos chegou onde ela estava a tempo e teve tempo de segurá-la pelos ombros, mas isso não foi o pior. No segundo seguinte ela teve um espasmo para frente e algo molhado encontra a camisa de leopardo dele.

Sem pensar muito no ocorrido, o loiro a ajuda a chegar até o banheiro onde a Alberona põe tudo o que tinha no estômago para fora, ou talvez algo a mais do que ela tinha. Era realmente assustadora a maneira como ela estava passando mal, enquanto segurava os cabelos castanhos e passava as mãos pelas costas femininas ele cogitava sair para chamar Wendy outra vez.

Entretanto, alguns segundos depois fez-se silêncio. Em seguida, mais algumas tentativas de vômito e por fim ela gemeu e caiu sentada em frente ao vaso respirando pesadamente. Após ter certeza de que a moça a sua frente não se afogaria no próprio vômito, Laxus tirou a camisa jogando-a de lado.

- Consegue se levantar? – indagou no escuro –

- Oh Kami... Por que o mundo está girando... – colocou as mãos em volta das têmporas –

O mago ergueu-se e em seguida levantou a mulher fazendo com que ela ficasse apoiada contra seu corpo já que não tinha muita força nos músculos. Lentamente deu pequenos passos para trás sentindo ela o acompanhar. Parou em frente a pia onde abriu a torneira com a mão livre, enquanto a outra estava junto do braço em volta da cintura fina, mantendo-a em pé. Enquanto a água escorria, tateou a parede até achar uma toalha que enfiou debaixo da água corrente para limpar a boca e o rosto de Cana que grunhia algo indecifrável.

Sentiu o corpo que segurava curvando-se para frente e entendeu que ela desejava enxaguar a boca. Foi algo bem rápido.

- Eu vou me virar para sairmos daqui, bem devagar, se sentir alguma coisa avise...

Estava girando os corpos no próprio eixo e quando começou a dar os primeiros passos descobriu que demoraria a noite inteira para atravessar a enfermaria naquele ritmo. Respirou fundo e disse fazendo os pelos da nuca dela se eriçarem.

- Feche os olhos.

- HÃ? – ela resmungou –

- Feche os olhos, vou te carregar até a cama, mas não quero que você perceba a mudança de sentido e volte a vomitar.

A morena fechou os olhos e em seguida sentiu o braço dele bater na parte traseira de sua articulação do joelho tirando seus pés descalços do chão. Ainda de olhos fechados pôde sentir a pele dele em contato com a sua, o toque masculino lhe passava muita segurança, respirou fundo sentindo o perfume masculino invadir suas narinas fazendo o mundo girar mais uma vez e algo estranho se passar no estômago, mas não era enjoo.

O Dreyar a colocou sobre a cama com um cuidado que ela não sabia que Laxus podia ter e ajeitou o travesseiro debaixo de sua cabeça.

- Pode abrir os olhos.

A Alberona abriu os olhos violetas para encontrar os acinzentados. Foi intenso, parecia que aquela era a primeira vez que ela o olhava, e talvez realmente fosse. E quando um meio sorriso formou-se nos lábios masculinos ela quase teve uma parada cardíaca. Ele era realmente muito bonito e tinha ficado ainda melhor depois de perder aquela expressão dura que possuía durante a batalha da Fairy Tail. O Laxus que a morena via ali era um homem mais ameno, mais maduro, mais interessante?

- Você nos deu um susto e tanto.

- Hum... Eu acho que me distrai... Er... Por que está aqui?

- A Wendy disse que não podia passar a noite sozinha. – respondeu calmamente –

- E não tinha mais ninguém?

O loiro fez uma careta engraçada.

- Nossa, obrigada pela parte que me toca!

- Eu... Eu não quis dizer isso...

Cana tentou erguer o tronco apoiando-se nos cotovelos, mas o mundo voltou a girar devido ao movimento brusco. Não queria que ele a entendesse errado, apenas não imaginava o motivo de ser logo ele a ficar. Será que tinha perdido no palitinho?

- Calma, sem movimentos bruscos... – os braços dele novamente voltaram a envolvê-la colocando-a sentada escorada na cabeceira – Eu entendi, bem... Eu acho que todo mundo está animado demais com o festival.

- Desculpe por isso... – falou quase num sussurro –

- Esqueça isso, festas são o que não faltam por aqui.

Disse o mago enquanto enchia uma colher com o remédio de Polyusca e sinceramente ele não possuía uma aparência muito boa, era um tanto quanto oleoso e escuro. Com cuidado levou a colher até perto da maga que fez uma careta ao ver aquilo sem abrir a boca.

- É para parar seu enjoo.

- Eu não vou tomar esse negocio! Nem pensar!

- Pelo amor de Kami... Não me dê mais trabalho, tome esse negócio logo!

- Isso vai me fazer vomitar!

- Não, isso vai te fazer parar de vomitar! – ele arqueou a sobrancelha e a mulher fez uma cara de piedade que era realmente engraçada – Esse beicinho não adianta comigo.

- Okay... – abriu a boca e a colher chegou até ela –

Realmente o remédio tinha um gosto horrível e uma textura nojenta. A mulher fez uma careta que arrancou uma risada gostosa de Laxus que terminou acariciando seu cabelo castanho como se ela fosse uma criancinha de cinco anos.

- Boa menina. – a careta dela o fez rir novamente –

- Tsk...

Definitivamente havia alguma coisa errada acontecendo com ele porque mesmo depois de tê-la visto colocar tudo o que tinha no estômago para fora, além de ter sido acertado com um jato de vômito, ainda continuava querendo ficar perto. Na verdade, estava com uma vontade ainda maior de se aproximar para cuidar dela e ter certeza de que ela ficaria bem. Era um instinto mais forte do que podia lidar.

Ela estava quieta demais e pela expressão podia jurar que Cana estava envergonhada. Afinal, era do tipo de garota que não gostava de demonstrar fraqueza, pelo contrário, gostava de mostrar para todos o quão forte e autossuficiente era. Não duvidava da capacidade dela, mas isso não queria dizer que ele não via que no fundo ela era como qualquer pessoa que precisava de cuidado. E céus, neste instante era incrível sua vontade de cuidar dela.

- Não fique assim... Todo mundo tem dias ruins.

- Eu levei o maior tombo na frente de todo mundo e vomitei em você... – as mãos dela cobriram a face corada – kami... O que eu fiz de errado?

- Realmente não foi a melhor experiência da minha vida, mas eu vou superar. – o loiro riu sentado na beirada da cama –

- Esse tipo de coisa nunca me aconteceu! E tinha que ser assim tão humilhante...

- Eu já disse para relaxar, esqueça que você inutilizou minha camisa favorita!

O olhar de desespero da mulher foi cômico. Por um instante ele achou que ela choraria, entretanto, por sorte, ela apenas juntou as pernas perto do corpo se encolhendo resmungando baixinho.

- Hey... Pare com isso... Eu já disse que está tudo bem...

O loiro se aproximou puxando o rosto feminino pelo queixo, sorriu de maneira reconfortante e acariciou a bochecha com o polegar.

- Hum... Quem é você e o que fez com o Laxus? – resmungou a morena em uma voz manhosa que arrancou outra risada dele –

- Eu sou um cara legal, sabia?

- Oh claro... Muito legal... Tão legal quanto a Erza na TPM quando roubam o bolo dela.

- Nossa, que visão horrível tem de mim, Alberona!? Comparar a pessoa que te impediu de se afogar em seu vômito com a Erza na TPM é maldade da pior qualidade.

- Argh... Desculpa... Não foi minha intenção... Mas você entendeu...

- Sim, eu entendi que você me acha um monstro.

- Er... Não seja dramático, Dreyar... Quem tem esse direito aqui sou eu! Afinal, fui eu quem caiu em publico!

- Bem... Parece que já está melhor... Consegue andar?

- Hum... Por quê?

- Bem... Você não pode dormir nas próximas oito horas e eu acho que passar a noite aqui vai ser meio chato, pensei de sairmos para dar uma volta.

- Eu não sei... Vai que o mundo começa a rodar de novo...

- Não se preocupe, eu te seguro!

A morena corou.

- Er... Vamos então...

---

---

O loiro vestiu seu casaco para cobrir o torso nu e andando a passos lentos saíram da enfermaria. Cana estava abraçada no braço direito do homem para manter-se em pé e caminhar, passaram despercebidos pelo salão da guilda que agora já estava repleto de pessoas que bebiam e festejavam, saíram pela portas dos fundos que dava acesso a praia e em poucos passos já estavam pisando na areia fofa.

Laxus havia pegado de cima do balcão uma garrafa que não sabia do que era. Caminharam calmamente até estarem longe o suficiente da guilda para pararem de ouvir o barulho da festa, nas costas ainda haviam fogos de artifícios sendo lançados pelos cidadãos, mas virados para aquele lado viam apenas as estrelas.

Terminaram sentando-se num banco de areia com vista para o mar que estava límpido devido a ausência de chuva das últimas semanas. O mago abriu a garrafa e bebeu um gole direto do gargalo descobrindo que tinha pegado vinho.

- Eu bem que te ofereceria, mas eu acho que não está em condições... – ele riu diante da careta que ela fez antes de mostrar a língua como se fosse uma criança de cinco anos –

- Chato! Eu nem queria!

Ficaram em silêncio algum tempo até o mago levantar, tirar os sapatos, o cinto, o casaco e carteira jogando tudo sobre a areia. Cana arregalou os olhos e esperou que ele falasse o que ia fazer.

- Vou dar um mergulho, me acompanha?

- Hein? – uma sobrancelha se ergueu – Acho que esse vinho te fez mal, Laxus, vai mesmo entrar na água agora?

- O que? – ele sorriu – Está um clima ótimo! A água deve estar morna!

- Eu passo essa, cara! Minha cabeça está rodando e doendo ainda... Vou ficar aqui olhando você morrer de frio.

- Tsk... Não faça nenhuma idiotice até eu voltar!

A morena ficou olhando o homem se afastar notando o quão largas eram as costas dele. Ainda podia se lembrar do garoto franzino que conheceu há muitos anos quando chegou a Fairy Tail, o Dreyar mesmo sendo sempre mais velho, só assumiu aquele porte opulente depois dos dezoito anos. Antes era pouco mais alto que Gray e Natsu com o mesmo tipo físico.

Entretanto, um dia depois de uma longa missão o loiro entrou na guilda com quase dois metros de altura e todos aqueles músculos desenvolvidos. Não era como se ele fosse feio antes, só que depois do estirão ele ficou diferente e aquele tipo físico combinava muito mais com ele. Suspirou e pegou o casaco dele para forrar o chão de maneira que pudesse deitar sem se sujar. Ficou olhando as estrelas até que o homem apareceu em seu campo de visão com os cabelos molhados.

Hemorragia nasal seria um excesso de vergonha que Cana não precisava, por isso optou por fechar os olhos e continuar quieta até que falasse com ela.

- Fazendo bom uso do meu casaco, Alberona?

Sentiu ele se sentando ao seu lado e alguma gotas de água caíram sobre a mulher quando ele chacoalhou a cabeça.

- Ótimo, Dreyar! – disse ainda de olhos fechados – Como foi seu mergulho?

- A água está morna como eu suspeitava, foi ótimo. Já fazia um tempo que eu não fazia nada assim.

- Hum... Então quer dizer que costuma fazer coisas assim?

- Mais ou menos... Nunca deu um mergulho de madrugada?

- Eu prefiro não arriscar morrer afogada.

- Qual é a diferença entra nadar de dia ou a noite?

- Nenhuma. Desde que você saiba nadar bem e isso nunca foi meu forte.

- O que? Não sabe nadar?

- Eu não disse isso, Dreyar, eu disse que não nado bem. Somente o suficiente para não morrer afogada.

- Sério? – ela viu os olhos acinzentados dele se arregalarem –

- Tsk... Sim, qual o problema?

A gargalhada dele fez uma careta bem feia se formar no rosto da maga e assim as horas foram passando sem que notassem. Conversaram sobre muitas coisas e sem perceber Laxus contou para ela até acontecimentos do período em que estivera banido da guilda, coisas que não tinha compartilhado nem com a tribo do trovão. Só que era tão fácil conversar com ela que as coisas iam saindo sem que percebesse. Ela sabia ouvir e tinha comentários inusitados para as coisas mais diversas.

Ao contrário do que muitos pensavam ela era muito mais do que uma garota bêbada com sérias tendências a promiscuidade. Ele conseguia enxergar além desse estereótipo criado para se defender do mundo. Cana estava muito mais para uma garota carente que precisava de cuidado do que para uma garota promiscua que não ligava para mais nada além de bebida. Ele também meio que havia criado uma imagem para se proteger, só que no caso dele isso quase terminou matando o avô.

Já devia ser umas cinco horas, pois a noite estava começando a ficar mais clara e ambos estavam deitados sobre o sobretudo do loiro conversando baixinho. Estavam cansados e os olhos violetas delas se abriam e fechavam preguiçosamente. Num ato impensado, o mago levou a mão até o rosto dela passando os dedos levemente sobre os cabelos castanhos e visualizando o galo que tinha ali.

- Hey, não durma...

Cana bocejou e sorriu.

- Só um minutinho, estou tão cansada.

- A Wendy disse...

- Já faz mais de oito horas, acho que não vou morrer por causa de um cochilo.

Então ela cerrou os olhos e suspirou languidamente, tinha cochilado. O Dreyar sentiu seus olhos pesados também e antes que notasse já tinha adormecido com um sorriso quase invisível nos lábios.

Continua...


 


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Notas finais do capítulo

Simmmmm, eles dormiram um do ladinho do outro!!! ownnnt!!!! A história desse casal ainda vai ter muitas cenas engraçadas!!!! E muito romance para deliciar vocês. espero que me contem com todo carinho o que acharam!!!!
Recomendem a fic aos amigos. Kkkkkk
Kisskiss
Anny Taisho



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