La Usurpadora - Nada es lo que parece ser escrita por Fernanda Bracho


Capítulo 52
Vou consertar a bagunça que eu fiz




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– De nós você não leva nenhum centavo! – falou Piedade

– Bom... então, acho que vou ter uma conversinha com meu advogado! – ela falou, irônica

– Você vai sair dessa casa imediatamente! – falou Carlos Daniel

– Engano seu! Enquanto eu não conseguir o que é meu por direito, daqui ninguém me tira! – se impôs

– Ela tem razão, pessoal. Como ela não está morta de verdade, continua casada com o papai, e o casamento de papai e mamãe acaba sendo anulado! – Lupita falou, trêmula

– Ahh, a pirralha cada dia me surpreendendo mais. Realmente, você é mais inteligente que todos aqui juntos! – Paola disse

– É mais tem uma pessoa aqui que pode sair voando... – Estefhanie fuzilou Willy com o olhar

O clima na casa dos Bracho não estava nada bom. Willy acabou sendo enxotado de lá á ponta pé. Paola acabou ficando, afinal, aquele momento parecia que a lei estava do seu lado. Paulina queria ir embora dali, mas foi impedida por Carlos Daniel.

– Paulina, eu sei que te devo mais que desculpas... mas peço em nome do nosso amor e dos nossos filhos, que me perdoe e volte pra casa. Foi um tolo em acreditar naquele vídeo sabendo da mulher de carater que você é. Por favor, Paulina. Volta pra mim, não consigo viver sem você. Eu te amo! – ele disse, a olhando profundamente nos olhos. 

– Carlos Daniel, eu também te amo.... – ela sussurou, e ele se aproximou mais ainda para beijá-lá, mas ela se afastou – mas você me magoou muito. Eu te perdoo, mas esqueça nosso casamento. Agora que Paola pode ser novamente sua esposa, nosso casamento pode nunca ter existido. Volte pra ela, dê o divórcio, enfim, faça o que bem entender... mas me esqueça. Nossos filhos já estão grandes... entendem muito bem a situação, e sempre que quiserem me ver, poderam ir. Eles e a vovó... se quiser, vou continuar ajudando na fábrica, mas nossa relação será apenas profissional... Apenas peço que deixe Lupita voltar pra essa casa, agora ela precisa de nós mais do que em qualquer momento! Bem... era tudo o que eu queria dizer! Nossa história acaba aqui! – ela falou, virando as costas, pegando seu carro e indo embora

Carlos Daniel ficou á vários momentos ali, chorando, até que Lupita apareceu e disse:

– Eu sinto muito... 

– A culpa disso tudo é sua! – ele esbravejou – sua e da vibora da Paola!

– É, realmente, parte da culpa recaí sobre mim e ela... mas essa não é primeira vez que você desconfia da mamãe sem procurar saber da verdade antes. Você diz que a ama tanto... mas não confia na palavra dela. É muito inseguro de seu amor, quando deveria ser o contrário! 

– Quem é você pra me dar lição de moral?

– Sou exatamente como você. Sua xerox, como todos dizem. Que é teimosa, estressada, problemática, insegura, que erra, e magoa quem mais ama. Mas diferente de você, eu estou procurando corrigir isso... porque ao invés de chorar e dizer "eu te amo" você não demonstra isso e corre atrás de juntar as partes do vidro quebrado e cola-lás, hein?  

– Nunca ouvi tanta besteira na minha vida! – ele disse e foi até o quarto de Vovó, falar com ela.

Lupita ficou ali parada por uns instantes, pensando em como consertar aquela bagunça... pensou, pensou e teve uma idéia. Subiu até seu quarto, pegou seu violão e uma partitura, revisou aquela música, rabiscou, rabiscou e conseguiu uns versos. Correu até o quarto de sua vó, e batendo na porta, perguntou:

– Ei, posso entrar? – ela pediu

– Claro, minha filha! – falou vovó

– Eu acho que já vou indo... – Carlos Daniel disse

– Espera, quero te mostrar uma coisa! – ela falou

– Fique e ouça, Carlos Daniel! – Vovó disse

– Eu quero te ajudar, pai. Quero consertar parte da besteira que eu fiz. E pensando em você e na mamãe, lembrei de uma coisa. Há um tempo atrás, eu compus  um trecho de uma música, pretendia lançá-lá. Mas, o Simon não achou boa idéia, pois era um pouco madura pra minha idade. Eu estava pensando... depois de uns ajustes, você poderia dar ela de presente pra mamãe, e fazer uma serenata... ou melhor, como é no hotel, fazer uma surpresa pra ela... uma dessas loucuras de amor, a mamãe sempre foi muito romântica e tenho certeza que se dereteria inteirinha com o que eu estou pensando em fazer! – ela disse

– Acho uma grande bobagem! – Carlos Daniel disse

– Eu acho uma boa idéia... Lupita, toque a música e veremos o que achamos! – Vovó sugeriu

Lupita o fez.

– A música é linda! E eu acho que se colocarmos numa boa banda, e por pra tocá-lá pra Paulina, pode ser que funcione! – ela apoiou

– Tá mas, como seria isso? – Carlos Daniel perguntou

Lupita explicou direitinho sua idéia. E os dois ouviam atentamente. Pensando melhor, Carlos Daniel aceitou fazer o que a filha sugeriu. E com o seu auxílio,  ele ajeitou tudo para a tal surpresa.

Uma semana depois...


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