– PAPAI! – Sol abraçou Carlos Daniel, enquanto escorriam lágrimas pelos olhos de Paulina, consolada por Vovó Piedade.

– ESTE TESTE É FALSO! VOCÊS DEVEM TER O FALSIFICADO!– gritou Lupita

– Ai, por favor. Arranja outra desculpa, estamos no laboratório da família. Aguente, Sol é sua irmã agora! – jogou Leda

– Não é não, e eu vou provar isso! – disse Lupita

Ao saberem, todos os Bracho ficaram em choque. Leda e Sol combinaram que no sabado iriam morar na mansão. Lupita decidiu que teria somente até sabádo para ir atrás da verdade. 

– PRECISO PENSAR! – andava em círculos, pelo quarto.

– Tá legal, mas pensa quieta. Tá me deixando tonta! – afirmou Roberta, irritada com a agitação da amiga.

– Preciso provar que esse teste é falsificado, mas como? – perguntava á si mesma, quando fitou o passaporte de Demi Lovato em cima da penteadeira – é isso! – estalou os dedos

– Isso o que? Vai viajar pro exterior? Mas o que tem a ver com o DNA da Sol? – perguntou Roberta, sem entender nada.

– Não, sua tonta! – bufou – conheço vários laboratórios importantes no exterior. Posso pegar amostras de digitais do papai e da Sol e enviar pra uns três deles. Não teriam como dizer que foram falsificados porque além de três, são muito reconhecidos internacionalmente. São bons laboratórios e nunca falharam. É isso! Vou mandar pra um nos EUA, outro na França e outro na Espanha. Pedirei urgência! – disse, sacando seu celular e ligando em cada um deles.

Em seguida, foi até o quarto dos Pais, e recolheu um pouco de cabelo da escova de seu pai e colocou em um saquinho.

– Como vai fazer para pegar o da Sol? – perguntou Roberta

– Fácil, todo intervalo em dorme um pouquinho em um canto do Jardim. É só ir lá, pegar uma mecha  cortar. Ela tem sono pesado, já a ouvi roncar – fez uma careta – não vai nem perceber! – disse, e assim o fez. Conseguiu recolher o da sua rival e mandou pra cada um dos laboratórios. 

No sabádo de manhã...

Leda e Sol chegam acompanhadas de muitas malas. Os Bracho já as esperavam na sala, um pouco apreensivos. Lupita só observava da escada, com um sorriso irônico.

– Pronto. Agora eu quero alguém que leve essas malas lá pra cima! Não quero correr o risco de quebrar minhas unhas! – exclamou Sol

– Pedro, leve tudo lá pra cima! – falou Leda – Olá querida nova família. Sei que deviam estar ansiosos para minha chegada, mas aqui estou! – sorriu irônica

– Seja bem-vinda, Leda! – disse Piedade, um pouco cabisbaixa

– UM MOMENTO! – interferiu Lupita, descendo da escada e ficando de frente para suas rivais.

– O que quer agora, mal-criada? – perguntou Leda

– Senhorita Lupita, chegou correspondência para você! – disse Lalinha, entregando três envelopes brancos nas mãos dela.

– Obrigada, Lalinha! – sorriu – Pois muito bem, agora essa palhaçada só vai continuar dependendo do resultado que sair aqui! – falou

– Que brincadeira é essa, agora? – repreendeu Carlos Daniel

– Nenhuma. Acontece que eu tomei a liberdade de recolher fios de cabelo seus, e da mocréia da Sol enquanto roncava feito uma porca no colégio, e mandei pra três laboratórios muito bem reconhecidos internacionalmente para que também analisassem o material. Como eu sei que essas duas vacas adoram remendar o que eu digo, eu pedi para que se pudessem, mandassem de volta os fios junto com o resultado. Foram um nos EUA, outro na França e outro na Espanha. Como podem ver acabaram de chegar, e não foram abertos. Melhor! Assim o papai mesmo irá abrir e comprovar se é mesmo pai da Solange! – disse ela, entregando os envelopes na mão do pai.

Leda gelou, sabia que havia falsificado o resultado.

– Isso só pode ser uma piada. É uma tremenda falta de respeito! – tentou impedir

– Não custa nada olhar, abra Carlos Daniel! – exclamou Piedade, sorrindo para a bisneta.

E assim foi feito, Carlos Daniel abriu o primeiro, que vinha da França.

– Deu negativo! – falou e mostrou, abrindo agora o que vinha da Espanha – também deu negativo – abriu o último e constatou – negativo! Os três deram negativo! – afirmou, seguido de um sorriso extenso de Lupita.