La Usurpadora - Nada es lo que parece ser escrita por Fernanda Bracho


Capítulo 13
Posso contar com vocês?


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, andaremos um pouco mais a história. Espero que gostem^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/334342/chapter/13

– Lixo tem que ficar com o lixo, não acham meninas? – riu Bianca, que saiu dali em seguida.

Lupita se levantou com a ajuda de Roberta. 

– Você está bem? – perguntou

– Tô sim! Não vou me importar, não quero estragar meu dia! – afirmou

Mais tarde...

Apesar das inúmeras provocações e tirações de sarro, Lupita conseguiu sobreviver mais um dia de aula. A tarde, sua mãe a inscreveu num curso de voz, de teclado/piano, violão e inglês. Sua carga horária seria pesada, mas valeria a pena. E sem ninguém saber, continuava a se cortar. Em sua cabecinha, a dor fisica ajudava a suprimir a emocional. Pegava o pó de arroz da mãe e cobria os cortes, além de sempre estar com um bracelete ou inúmeras pulseiras. Com o passar do tempo, foi fazendo também no pulso direito. Ia as aulas de canto e cada dia ficava melhor do que já estava. Aprendia também violão e o teclado, que era mais complicado. E devagarzinho, foi aprendendo a falar inglês. Carlos Daniel e Paulina acabaram se reconciliando. Vovó continuava a paquerar Chico, e dava forças a Lupita para seguir seu sonho, com a ajuda de Paulina. Carlos Daniel continuava afastado de Lupita, que sentia e ficava mal. Roberta seguia guardando o segredo do bullying da amiga, e começou a nutrir uma paixão esportiva. Raimundo, conhecendo Tiago, começou a se interessar por tecnologia, e Lizete seguia com seu sonho de estilista. E Carlinhos, de vez em quando aparecia com namoradinhas, e fazia curso de direção cinematográfica, pois pretendia ser diretor de cinema. E para a surpresa de todos, o antigo e amado Leandro, voltara para a cidade e voltou a trabalhar como supervisor da fábrica, e Viviana, com os filhos crescidos, também pegou de novo o cargo de operária.

E assim, passou-se quase dois anos...

O Bullying e as ameaças que Lupita sofria ficavam cada vez mais intensos. Não demorou muito, e ela e sua classe aprenderam a escrever. Era rotineiro aparecer piadinhas e bilhetinhos com o seu nome. Um dia, ela abriu o ármario e encontrou seu diário de músicas rasgado, outro dia viu uma lista que dizia assim:

"Abaixo assinado para quem odeia Guadalupe Bracho" e todos do ciclo I assinaram, com exceção de Roberta, Paulinha e Raimundo. Outro dia, voltou da escola e encontrou uma faixa na porta da sua casa com o seguinte enunciado "Guadalupe balofa, te odiamos!" Para sua sorte, seus pais estavam ocupados e Pedro foi busca-lá sozinha, e com a ajuda do mesmo, conseguiu tirar sem ninguém ver. Entre outras inúmeras humilhações, e para se sentir mais mal ainda, quando chegava em casa via o pai a olhar com desprezo. Foi ficando cada dia mais depressiva, e seus cortes só cresciam. Com muita dificuldade, completou os 10 anos de idade e concluiu o curso de voz, e violão. Faltando apenas o de piano e inglês a serem concluidos. Sua única meta na vida era subir em cima de um palco e orgulhar o seu pai. Com a ajuda de Paulina e Piedade, ia escondido do pai, fazer mini-shows em festas e bares. Encantava todos que viam, mas ainda não conseguia tocar o coração de quem queria. Foi quando, em um desses acasos da vida...

– Oque a Bianca e sua turma de retardadas aprontaram dessa vez? – perguntou Roberta, andando pela rua com a amiga. 

– Pegaram meu violão que ganhei da vovó e quebraram todas as cordas! – contou

– E você está se sentindo bem? – perguntou – Oque vai dizer pra Vovó? Pra sua mãe? – perguntou

– Não, nenhum pouquinho bem! Olha, eu vou dizer que fui tocar e sem querer tropecei e estourei as cordas! Não tem out... – antes de terminar, alguém esbarra nela, fazendo a pulseira que havia ganho da mãe voar longe.

– Droga! – protestou, entregando suas coisas a Roberta e saindo correndo atrás da pulseira, que ao parar em um canto era chutada por alguém, ou batia em alguma coisa que a fazia voar novamente, fazendo com que Lupita corresse muito atrás dela. No entanto, após alguns minutos, ela finalmente parou em um muro...

– Peguei! – disse, tirando a pulseira do chão, e ao se levantar, deparou-se de cara com um anuncio enorme do famoso "La Voz", no qual dizia que estava a procura de novas estrelas da música, e que as inscrições estavam abertas.

Depois...

– E SE INSCREVEU EM QUE? –  perguntou Paulina, num grito.

– No La Voz mexicana. As audições são daqui a uns 8 meses. E eu pensei: Sei lá, porque não tentar? – contou

– Eu acho uma boa. Você já está muito evoluida. Só precisa fazer mais um ano de teclado, e mais uns anos de inglês e pronto! – afirmou Piedade

– Só que tem uma coisa: O Carlos Daniel não vai gostar nada disso! – afirmou Paulina

– Carlos Daniel não tem que gostar, tem que aplaudir de pé a filha! – afirmou Piedade

– Mamãe tem razão, Vovó. Eu pensei nisso antes de me inscrever. E coloquei um nome falso! – afirmou ela

– Fez o que? – perguntou Paulina, de boca aberta.

– Olha, eu pensei: E se não der certo? E se eu passar uma vergonha sem tamanho e o papai piorar comigo? Ai, eu consegui encontrar uma pessoa que falsificasse documentos, e consegui uma identidade falsa. Coloquei o nome de Demetria Devonne Lovato, cujo aniversário é um dia após o meu original. Assim, se der errado, ninguém vai saber que sou eu! – afirmou ela

– Aham, e se der certo? – perguntou Piedade

– Bom, vai ser legal porque eu vou poder viver o meu sonho de cantora, e ao mesmo tempo vou ter uma vida normal. Não vou andar cercada pela midía e também, poderei saber quem é falso comigo e quem não é! – afirmou

– E o seu rosto, mocinha? – perguntou Paulina

– Olha, eu sou morena de cabelos bem pretos e olhos castanhos. Pretendo colocar uma peruca loira, e olhos verdes ou azuis. Colocar um pouco de brilho no rosto, e muuita maquiagem. Além de usar roupas que me deixem mais alta!  Acho que ajuda! – explicou – Oque acham? – perguntou ela

– Eu acho a idéia fantástica! – disse Piedade

– Eu também! – afirmou Paulina

– Então, posso contar com vocês? – perguntou ela

– Claro! Será um segredo só nosso! – afirmou Piedade

– Sim, os outros saberão, quando chegar a hora! – disse Paulina, que ganhou um abraço da filha depois.

E assim, passaram-se os meses. Lupita ensaiava com muita frequencia, sem que ninguém além de sua mãe e sua vó soubessem, e se preparava pro La Voz. Apesar da perseguição com o bullying continuarem, ela tentava não focar nisso. 

8 meses depois, numa noite de Sábado... 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La Usurpadora - Nada es lo que parece ser" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.