Ghosthand escrita por KXD
Notas iniciais do capítulo
este é o capítulo inicial de Ghosthand, apresentando dois dos principais personagens, o atirador Casper e o operador de Rádio Hux.
Mais uma tarde ensolarada na Carolina do Norte, nas colinas cheias de pinheiros ouvia-se um ruidoso grupo de soldados em risos altos e desinibidos, nada condizentes com o clima que o mundo vivia, era o ano de 1943.
- Oh! Ele conseguiu! Um Royal Straight Flush! Maldito seja você Casper! As cartas estão longe de mais seu anormal, como você consegue acertar tão longe? - Hahahahaha! Pare de reclamar e me de o dinheiro Hux, você sabia que os atiradores da Dog não eram nem páreo para mim e mesmo assim apostou neles.
Dizendo isso o jovem levantou-se do chão e bateu a poeira do uniforme, olhou bem para o outro atirador e seus colegas e disse:
- Ótima partida Summers, eu espero poder jogar de novo com você e tirar todo o seu dinheiro!
- Vá sonhando Casper, eu nunca mais jogo com você, é impossível ganhar no Sniping Poker, já me tirou dinheiro de mais, não vou poder comprar nenhum presente pra minha mãe.
- Eu não sabia que você chamava as garotas do bordel de mãe Summers, mas elas que me desculpem seu dinheiro é meu hoje!
O outro soldado então tirou algumas notas do bolso e deu ao jovem, que satisfeito as guardou e com um largo sorriso disse:
- Vamos Hux, hoje a bebida é por sua conta!
E vagarosamente as colinas silenciaram-se, o vento espalhou as cartas colocadas a uma grande distância, como os sonhos daqueles rapazes, nosso jovem atirador chama-se Patrick Sorensen, ou Casper apenas, apelido este conseguido sem motivo algum, tinha dezoito anos e fazia parte da companhia Fox da 101ª divisão de paraquedistas do exercito americano, seu colega, Thomas Huxley ou Hux pros mais íntimos, superiores e garotas, era operador de rádio e um viciado em jogos, apesar de sempre perder as apostas que fazia.
Mas deixemos o passado de lado, é o ano de 1944, Casper e Hux preparam-se para entrar no avião, logo farão parte de talvez um dos maiores dias da humanidade, a invasão da Normandia, o dia D, ambos checaram os equipamentos, os rifles pareciam mais pesados, seus corações batiam forte, suas mão suavam, todos ali se perguntavam, como era a guerra? Como era um campo de batalha? Eles voltariam vivos? Muitos não teriam as respostas que desejavam.
Casper pensava em sua casa, em sua mãe e no seu cachorro, mas teve suas lembranças interrompidas pela mão do sargento Preston puxando-o com força para que pudesse entrar no avião, estava começando a guerra para ele.
Os transportadores voaram pelo mar e chegaram ao céu da França, começou então o terrível fogo inimigo, as baterias antiaéreas explodiam próximas a lataria do Big Lady, Casper estava tenso, até que a luz vermelha acendeu ao lado da porta, todos se prepararam para o salto, a luz verde apareceu 30 segundos depois, mas foram para nosso jovem os 30 segundos mais longos de sua vida.
Os pára-quedas abertos no céu noturno seguravam o ímpeto dos soldados que levam, muitos não tocariam o chão naquela noite. Os pés de Casper sentiram o impacto com o solo, livrou-se então rapidamente de seu pára-quedas e correu para se abrigar, onde ele tinha caído? Onde estava o resto da sua unidade? para onde ele deveria ir? Então nosso soldado ouviu:
- Lightning!
- Thunder! Respondeu Casper.
- Casper seu maldito é você? Ajude-me eu não vejo nada.
- Hux onde diabos você está? Oh! Não ele morreu e está falando comigo do além! Hux seu filho da mãe não vá para luz, eu vou achar o seu corpo e reviver você.
- Casper seu idiota! Aqui em cima na árvore eu não consigo descer e essa porcaria de pára-quedas cobriu meus olhos, vamos eu não estou afim de morrer preso nesta merda de árvore, nesta merda de França.
Casper então subiu a árvore e libertou seu atrapalhado amigo, Hux era ótimo com o rádio, mas péssimo pára-quedista, raramente aterrissava no lugar certo do modo certo. Ambos então caminharam até uma estrada próxima ainda sem saber onde estavam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
espero que tenham gostado.