Lá no quintal da Mansão Trancy estava o pequeno Mestre dela, o Alois sentado em uma das cadeiras que havia naquele lugar. Ainda era bastante cedo o sol não era forte, a luz era tranquila que vinha em direção dela, naquela hora sempre iluminava todo o quintal que era mais um jardim  com vários tipos de rosas, tulipas, girassóis e até havia até rosas brancas que era algo raro de se ver por ali.

O vento estava forte naquele lugar, as plantas não paravam de balançar, e as pétalas das flores não paravam de voar e cair dos seus ramos. Também não parava de mexer o cabelo do garoto, seus fios loiros não paravam no lugar. Apesar de tudo isso o que deixava tudo mais intrigante era que o garoto não parava de olhar fixamente para um lugar só, era um olhar reto, estava olhando para uma unica roseira que havia em seu quintal.

Claude não conseguia compreender o seu mestre, porque ele havia saído da mesa, e foi direto para o quintal, apenas suspirou para si e se retirou da cozinha, deixando o Hannah e os trigêmeos confusos sobre a situação. Andou em direção da porta que dava até o quintal abrindo-a. A primeira coisa com que ele se deparou foi com seu mestre olhando fixamente para o nada, ficou apenas observando-o . Queria saber o que se passava na mente do seu mestre todos os dias principalmente naquele momento, então suspirou novamente e logo fechou a porta, e começou a andar em direção de seu mestre.

O garoto fechou seus olhos por alguns segundo e pensou no que sentia, se perguntou porque o amava, se referindo ao Claude, e porque  odiava tanto o Ciel, Ele não conseguiu explicar o por que de tanto amor e ódio em um só coração, um coração pequeno, que por si é enorme.

Abrindo seus olhos, o garoto percebeu que havia alguém no mesmo ambiente em que estava, logo virou seu rosto rapidamente de lado e viu que era o seu Mordomo vindo em sua direção.

-” O que você está fazendo aqui?”

-” Vim ver como você estava, mestre”

-“Ninguém pediu”

-” Mas é meu dever como um mordomo”

O Menor simplesmente virou a cara de lado, com um pouco de raiva do Claude, talvez apenas o Alois quisesse um pouco de paz por ali

Mas Claude queria ajuda-lo, apesar de demonstrar sua personalidade fria ao garoto todos os dias, estava tentando mostrar uma personalidade de preocupação mas mesmo assim seu mestre não estava nem ai para isso, pelo menos era isso o que ele achava

-” Mestre.”

-” O que foi?! Eu pensei que você já estivesse ido embora!”

Nesse momento Claude não aquentou mais, se agachou e segurou os ombros do garoto com força, tentando impedir que ele fugisse para qualquer lugar. Ficou encarando o garoto para ver como ele iria reagir aquilo.

O Alois ficou espantado com ação do seu mordomo, nunca esperou que ele iria fazer aquilo com ele. ficou imóvel com aquela situação, mas logo se tocou, começou a dar algumas tapas, a bater com muita força em seu mordomo para que ele o soltasse, deu alguns gritos.

-” Me solte! Me solte!

Claude logo reagiu ao seu mestre, não deixou de segura-lo, fez pior, segurou as mãos dele e com a outra calou o garoto. Ele havia feito o contrario do que ele havia lhe dito para fazer.

-” Calma.”

Deu um leve sorriso.

Retirando a sua mão da boca do garoto de vagar. Então levantou lhe colocando em seu colo e se sentou na cadeira que estava no seu mestre. Claude colocou a cabeça do garoto em seu peito e ficou alisando o cabelo do garoto de vagar.

Seus olhos começaram a ficar sonolentos por causa do seu mordomo. Ficou ali nos braços dele sem reclamar ,mas ainda estava um pouco confuso pelo o que estava acontecendo. Depois de um tempo não estava mais ligando para isso, ele ficava continuamente escutando o coração do Claude bater, além disso o garoto conseguir sentir a respiração dele que estava um pouco forte.

-” Mestre”

O Menor levantou seu corpo, ficando sentado no colo do seu mordomo com a cabeça baixa, dava algumas olhadas para cima, mas logo abaixava, para que seu rosto não se encontrasse com a do Claude.

-” O que foi?..”

-” Eu gosto de você”

Mesmo tendo falado de uma expressão fria, ele estava expressando o que realmente sentia pelo garoto.

-” Serio?”

-” Mas do que o Ciel, disso eu tenho certeza”

O garoto ficou com as bochechas um pouco vermelhas pelo que ele havia dito. Então deitou a sua cabeça no corpo do seu mordomo novamente, e ficou com seu rosto escondido para que ele não visse.Logo sentiu algo em seu cabelo, algo um pouco molhado, era o Claude lhe dando um beijo. Aquilo deixou o menor mais vermelho ainda, querendo se esconder mais.

Alois disse baixo de uma forma um pouco abafada.

” Eu gosto de você também.”

Claude sorriu, um sorriso pequeno, misturando sua alegria e seu rosto frio.

” Eu sempre soube disso.”