- Então? Está tudo bem? – Ryan perguntou assim que entramos

 - Aham! A gente conversou e se acertou. – disse com um sorriso no rosto

 - Porque que ele não queria ser seu amigo?

 - De acordo com ele, não queria estragar a minha vida com a sua presença.

 - Como assim?

 - Ele se acha um problemático. – digo dando de ombros. Mostrando que não queria prolongar o assunto, pois assim chegaria na minha história. E eu não estava nem um pouco afim de contar de novo.

 - Hum. Então, que papo é esse de que Jordan Night é seu parceiro?

 - O professor colocou ele no lugar do Jeremy.

 - Então pede para destrocar!

 - Não!

 - Porque não? – ela me olhou desconfiada

 - Ele... parece diferente. Do que eu achei que ele fosse. Ele realmente quer que eu o perdoe e até quer se encontrar comigo para eu conhecer o verdadeiro Jordan.

 - E você caiu nessa?

 - Eu não cai! Eu só... acredito nele.

 - Tem certeza? Depois do que ele fez com você ontem... E além do mais a culpa é tecnicamente dele que a sua mãe está brava com você.

 - A culpa não dele. A gente não sabia que isso iria acontecer. E você viu a cara da minha mãe quando ela entrou na delegacia. E foi antes da coisa do bafômetro e tal. Ela já estava muito brava.

 - Isso não parece bem. Vai dar uma nova chance a ele?

 - E porque não?

 - Não vou nem responder essa pergunta.

 - É sério Ryan. Ele estava bêbado, não estava pensando direito.

 - Mas já sabe uma coisa ruim sobre ele. Ele bebe.

 - Assim como o Jeremy. Assim como o James. Assim como você.

 - É. Mas...

 - Isso não faz de vocês más pessoas. – interrompi-a

 - Então ta. A vida é sua. – disse, repetindo a mesma frase que Jer havia dito.

 - Isso mesmo. A vida é minha. – disse mergulhando uma batata, que havíamos pedido, no ketchup. – Mas enfim, conseguiu um emprego?

 - Tem duas vagas. E a gente vai ter uma entrevista daqui a pouco.

 - Ta bom.

 Comemos, conversamos, fomos entrevistadas, contratadas, comemoramos, e finalmente fomos para casa.

 - Oie? – disse entrando. Eram quatro horas da tarde e eu estava morrendo de sono. Pois nem havia dormido direito. – Mãe? Josh?

 Em cima da mesa havia um bilhete. A letra feia do meu irmão estava nela.

MEL,

 FOMOS AO CINEMA.

 VAMOS COMER FORA, NÃO NOS ESPERE PARA O JANTAR.

 MAMÃE AINDA ESTÁ ESTRESSADA COM VOCÊ.

 TEM PIZZA NO CONGELADOR.

                              JOSH

 Sorri ao ler, mas depois li de novo. “MAMÃE AINDA ESTÁ ESTRESSADA COM VOCÊ.”. Meu sorriso se desfez. Subi, tomei um longo banho. Porque os melhores banhos são os longos e quentes. Coloquei um pijama com blusa branca e uma calça cheia de patinhos com bigodes. Já que não ia sair mais mesmo. Me deitei na cama e dormi. Uma hora depois acordei e fiquei lendo um livro. A campainha tocou, que estranho, pensei, eles esqueceram a chave?

 Desci, pulando os degraus e abri a porta, mas não era a minha mãe que estava lá.

 -Carter?