As Long As You Love Me escrita por Madness
- Anna? – Eu perguntei franzindo o cenho. Ela sorriu tímida, podia jurar que havia corado.
- Hum, hãn, eu... – Ela disse toda atrapalhada. Ela respirou fundo, ela era tímida, devia estar querendo fugir dali. – Eu só estava... hãn, você canta muito bem.
Maldita, ela soube virar o jogo. Não gostava de cantar na frente das pessoas, não acho minha voz boa o suficiente. Eu cocei a nuca.
- Acho então que você ouvir a pessoa errada cantar, porque eu não canto bem e...
- Canta sim. – Ela disse apressada, depois disso ela olhou pros lados, provavelmente constrangida e por fim olhou pra mim respirando fundo, como se buscasse coragem para falar. – Nunca ouvi alguém cantar Wonderwall tão bem. – Ela sorriu.
Eu não sabia o que dizer e, agradecer não bastaria. Ela quase nunca me encarava nos olhos o silêncio predominou entre nós dois, eu ia, mas ouvi minha mãe gritar.
- FILHO! – Minha mãe gritou do andar de baixo. – DESCE AQUI.
- JÁ VOU MÃE! – gritei de volta. – Hum, então isso é um tchau. – Eu disse dando um aceno ela me devolveu e eu sai dali.
Esse foi a conversa mais normal que tive com Anna, apesar de quase nem termos nos falado direito. A nossa primeira conversa não foi bem conversa, pois ela foi tipo um monólogo.
Flashback on.
Eu tinha acabado de ganhar minha bicicleta nova, a peguei e sai todo feliz pra andar na rua.
- FILHO, TENHA CUIDADO! – Minha mãe gritou antes de eu sair pela porta.
Tinha umas pessoas se mudando para a casa ao lado. Um homem, uma mulher e uma menina. Ouvi meu pai comentando que era os Palmer. Enfim. Eu me sentia como um foguete corria demais. Não sei o que deu em mim, mas eu subi na calçada, no que eu subi, eu frei o máximo que pude, mas acabei atropelando a filha da nova vizinha. Ótima maneira de se socializar, não?
Ela por sorte não se feriu, já eu... Meu braço doía e muito, parecia que estava sendo esmagado por um lutador de sumô. Eu sabia que havia quebrado algum osso, provavelmente pela forma que eu cai.
- Ah meu Deus, você está bem? – A menina perguntou vindo até mim. Ela chegou perto e percebi que seus olhos azuis eram lindos. Eu não consegui dizer nada a não ser:
- Aaaaai. – Eu gemi de dor.
- Eu... Eu não sei o que fazer. – Ela disse olhando para os lados. – Eu vou te ajudar a levantar. Ela me ajudou a levantar, meu rosto estava inundado de lágrimas. – Onde você mora?
Eu nem precisei responder, minha mãe veio correndo até mim.
- Aah James, eu ainda lhe disse tome cuidado. Está doendo? – Eu apenas afirmei com a cabeça. Eu não conseguia falar, apenas chorar de dor. Muito másculo não? Na primeira vez que vejo a vizinha eu choro. – Vou te levar no hospital. – Minha mãe me pegou em seu colo e nós fomos para o hospital. A última coisa que lembro que via antes de entrar no carro foi Anna levantando minha bicicleta e olhando com um ar preocupado para mim.
Flashback off.
Sorri ao lembrar essa arte que fizera.
- Está doido filho? - Minha mãe me tirou do transe.
- Oi?
- Está sorrindo feito bobo aí.
- Ah, não foi nada mãe. O que a senhora queria?
- Bom, hoje a noite vai ter uma festa no clube onde nós somos sócios, vai querer ir?
- Sou obrigado a ir? – Ela negou com a cabeça. – Então eu vou ficar. – Eu disse sorrindo.
- Tudo bem, agora me ajude a guardar essas compras.
- Sim senhora. – Eu disse batendo em continência minha mãe e eu rimos. Ajudei ela a guardar as comprar e fui pro meu quarto.
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