As Long As You Love Me escrita por Madness


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oi, o capítulo não saiu quando eu esperei, mas aqui está, espero que gostem.



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Já tinha se passado praticamente um mês e meio desde que eu e Anna começamos a namorar. Quando chegamos na escola de mãos dadas na terça todos que não estavam na festa nos olharam curiosos, espantados, algumas meninas olharam Anna com certa inveja, enfim.
E é claro que a Britney ficou furiosa e não pode evitar a chance de falar algo pra Anna.

Flashback On.

Dylan, Eu e Anna estávamos no corredor dos armários, ela me abraçava de lado e nós conversávamos sobre o livro Nuvem da Morte (que eu havia acabado de terminar de ler).
- O Maupertuis era louco Eu digo me referindo ao vilão do livro.
- Acho que qualquer um que fosse pisado por cavalos enlouqueceria. Anna comenta.
- Não deve ser legal isso, mas é interessante o fato dele ser uma marionete.
- Ele é doente isso sim, onde já se viu querer destruir o exército inglês com abelhas?
- Talvez ele só quisesse ter comido mais mel na infância. Dylan comenta fazendo eu e Anna rirmos.
- Aquela parte que o Matty colocou fogo naquele forte usando o pólen foi WOW e muito legal.
- Jay, se você gostou desse livro, espere o segundo, ele tem muito mais ação, só de ler você quase cansa. Dylan diz enquanto cruza os braços.
- É, eu vou comprar o segundo hoje mesmo depois da escola.
- Aliás Dylan Anna diz e abre a mochila tirando um livro de capa azul, Gelo Negro era o terceiro livro da saga. Terminei de ler esses dias, mas tinha esquecido de te emprestar Ela sorriu e lhe entregou o livro.
- Olha só o que você fez com ela James, ela agora nem lembra mais de mim depois que vocês começaram a namorar. Ele diz me fazendo rolar os olhos e a Anna ri.
- Então é verdade. Uma voz um tanto enjoativa e super chata diz atrás de nós. Nem me poupo o trabalho de me virar. Cinco segundos depois a pessoa mais chata da escola aparece em meu campo de visão, Britney. Havia boatos de que vocês estavam juntos... Ela diz e olha Anna de cima a baixo, com certa repulsa. Anna me solta e se endireita cruzando os braços ao meu lado sustentando o olhar de Britney. Pelo visto é verdade. Ela se vira e me olha, com certo desejo. Como se eu depois de estar namorando estivesse ficado mais atraente.
- Sim, é verdade Eu digo indiferente.
- Interessante.
- E o que seria interessante?
- O fato de você ter se encantado por essa garota... Ela olha de canto de olho pra Anna que estava começando a ficar com raiva.
- Não vejo problema Eu cruzo os braços. E acredite, é mais fácil gostar dela do que você.
Ela ri. Eu franzo as sobrancelhas, confuso.
- Isso chega a me fazer chorar Ela diz limpando as falsas lágrimas que ela fingiu cair. Só não entendo uma coisa, tantas vezes que te propus para namorarmos e você escolhe ela. Ela aponta para Anna. Que dessa vez não se segura.
- Desculpa querida Anna diz com falsa simpatia, era impossível não sentir a raiva no tom de voz de Anna. De repente o que parecia ser uma conversa, ou um monólogo de Britney virou uma confusão e todos da escola olhavam e se juntavam para saber o que estava acontecendo. Mas essa pessoa que você olha com tanto nojo, tem mais conteúdo que você. Ela solta um sorriso sínico. Ai socorro, minha namorada, ela... Que vontade de beijá-la, mas me controlo.
- Você tem conteúdo? Ela ri forçadamente e ajeita os seios e empina a bunda Mas você não tem isso.
- Ah por favor Britney, nós sabemos que isso que você se diz natural não é nem um pouco seu. Britney abre e fecha a boca rapidamente, mas Anna corta qualquer tentativa dela de se pronunciar. E com conteúdo, eu não quero dizer seios e bunda e sim conteúdo como inteligência e personalidade, coisas que são totalmente precárias em você.
E isso foi o estopim, Britney teria avançado e arranhado a Anna com suas unhas postiças se Tobby e Brad não a segurassem. As pessoas começaram a rir do desespero de Britney que agora estava com o cabelo todo bagunçado e a roupa fora do lugar.
- Hey, vamos sair daqui antes que esse animal morda a gente. Não seria nada legal pegar raiva. Anna diz sorrindo triunfante fazendo todos rirem.
E foi assim que Britney parou de nos atormentar.

Flashback Off.

Esse dia foi engraçado, confesso. E ver a Anna daquele jeito extremamente sexy... Hãn como eu ia dizendo, tirando esse dia os próximos dias na escola foram normais.
Mais uma semana e era o baile de formatura. Eu particularmente não gostava muito de bailes, mas seria interessante, porque bailes de formandos sempre rola algo revelador e sem falar que vai ser legal dançar com a Anna.
Hoje era uma sexta-feira, tivemos uma prova e seriámos dispensados um pouco mais cedo. Anna foi uma das primeiras a terminar a prova, combinamos de nos encontrar na biblioteca. Eu não era tão inteligente quanto ela, mas me esforçava para tirar notas boas, já que meu pai me esfolaria caso não tirasse.
Já que vamos sair mais cedo quero levar a Anna no píer, que é um de meus lugares favoritos. Como meu pai disse que só irei dirigir no dia do baile, ele ainda não vai me emprestar o carro, então a gente vai ter que ir de metrô mesmo.
Terminei a prova e fui direto para a biblioteca.
- Anna? Eu a chamei assim que entrei na biblioteca. Ela estava sentada lendo um livro. Me aproximo dela e sento ao seu lado. Oi.
Ela não me responde, acho que ela esta concentrada demais no livro. Esperei uns cinco minutos, o capítulo no mínimo deve estar bom. Não aguentando mais eu beijei seu pescoço. Ela se arrepiou e eu sorri.
- Espera aí Jay, eu estou terminando o capítulo. Então eu fiz algo que ela não esperava. Eu peguei o livro de sua mão e sai correndo.
- JAMES! Ela gritou pra mim. Vocês devem estar pensando Não se pode fazer barulho em biblioteca. Deve ter gente estudando lá, mas a verdade é que não tinha ninguém a não ser dona Robertha que tirava um cochilo.
Eu comecei a rir e me escondi entre as prateleiras.
- Me devolve, por favor. Ela choramingou em algum lugar do meu lado direito. Eu não respondi, porque havia o risco dela me encontrar. Eu segurava o riso.
Eu cometi o erro de olhar para trás bem quando ela passou por mim.
- Te achei. Ela disse, eu estava encurralado. Ela veio a passos largos pra cima de mim, eu fiquei parado e eu sorria feito um idiota. Está sorrindo assim por que?
- Por que se eu esticar o braço bem alto assim Eu digo erguendo o braço em que eu segurava o livro. Você não alcança o livro.
Então ela começou a me dar tapas na minha barriga e peito e ainda pulava pra tentar pegar o livro.
- Eu estava na melhor parte.
- Eu sei.
- Espero que você não tenha desmarcado a página, ou eu te mato.
- To sabendo.
- Me devolve!
- Não.
- Por favor.
Eu nego com a cabeça e ela bufa.
- Eu vou te bater.
- Mais? Desse jeito eu fico todo roxo. E você não me machucaria, machucaria? Eu pergunto abaixando o olhar até ela e lhe encarando.
- Não Ela diz quase inaudível. Quer dizer, não experimente minha fúria.
Então eu ri.
- Que foi? Você duvida? Eu já fiz boxe. Eu continuei a rir, pois a ideia de Anna lutando boxe era um tanto quanto engraçada. Eu também fiz karatê e jiu-jitsu. Ela cruza os braços e me encara.
- Duvido.
Ela me olha com seus olhos azuis que soltavam faíscas. Era uma mistura de raiva, desafio e divertimento.
- Te odeio.
- Odeia nada.
- Odeio sim.
- E se devolver seu livro?
- Eu passo a te odiar menos. Eu faço uma careta e ela ri.
Eu continuo com o braço erguido, mas eu já troquei de mão, porque ficar muito tempo com o braço pra cima cansa. Ela me encarava com um olhar pensativo. Então se aproximou e deu um sorriso um tanto quanto maléfico quanto fofo. É agora que eu apanho? Então ela me puxou pelo casaco e me beijou. Eu de início fiquei meio tonto, mas logo correspondi ao beijo, minha mãos desceu junto com o livro e com a outra eu a segurei pela cintura.
- Você pode devolver agora? Ela perguntou assim que nos separamos com falta de ar. Então ela pegou o livro de minha mão sem deixar eu responder e saiu marchando até a bibliotecária.
Ela bateu o livro com força na mesa fazendo dona Robertha acordar num salto.
- Dona Robertha, eu poderia levar esse livro?
- Hãn? Ah sim, claro. Ela diz meio atordoada, meche alguma coisa no computador. Você não prefere o terminar aqui?
- Não vai dar, é que o mala do meu namorado Ela diz olhando pra mim que dou um sorriso fraco e aceno. não quer me deixar terminar de ler.
- Ah sim, compreendo. Pode levar sim senhorita Palmer, você sabe, tem sete dias para entrega-lo. Mas acredito que amanhã mesmo a senhorita já devolva. Ela diz sorrindo e Anna sorri de volta.
Eu acho que agora ela já está mais calma, então me aproximo vagarosamente.
- Então quer dizer que o senhor Scott tomou coragem e se declarou para você? Ela pergunta me fazendo corar. Sempre achei que no final das contas ele e o Dylan tinham algo. Ela diz rindo e Anna ri junto.
- Por que todo mundo pensa isso? Eu pergunto mais para mim mesmo.
- Tchau dona Robertha, amanhã a gente se vê Anna se despede e eu murmuro um tchau pra dona Robertha também.
Nós seguimos em silêncio até quando chegamos no segundo corredor perto da saída.
- Você vai ficar brava? Eu a pergunto.
- Vou.
E ela continuou a andar, eu a puxei pelo braço. Ela me encarava nos olhos. Eu inclinei a cabeça para o lado.
- Sério mesmo? Eu digo fazendo uma cara que era consideravelmente fofa.
- Não faz isso.
- Isso o que? Eu me faço de desentendido.
- Essa cara.
- Por que?
- Porque ela é irresistível e eu não consigo ter raiva de você assim.
- Isso é bom. Eu digo dando um sorriso.
- Não é não. Isso é golpe baixo.
- É?
- É. Agora para antes...
- Antes que o que?
- Antes que eu te agarre.
- Não me importaria agarrasse. Eu digo erguendo uma sobrancelha e sorrindo malicioso.
- Não, nem vem. A gente está no meio do corredor da escola.
- E daí?
- E daí que você sabe que a inspetora não gosta de ver casais se beijando nos corredores, principalmente quando ele está vazio.
- Ta ok, então vamos, quero te levar a um lugar.
- Aonde?
- Meu lugar favorito.
Então eu peguei em sua mão e nós fomos até a estação de metrô mais próxima da escola. Eu paguei minha passagem e a de Anna e nós nos sentamos. A viagem seria meio longa, tipo uns 20 ou 30 minutos.
- Você já pode me dizer onde a gente ta indo? Anna perguntou curiosa.
- Você vai ver quando a gente chegar. Eu disse mantendo o mistério ela suspirou.
- Vai demorar?
- Uns vinte minutos, acho.
- Você é malvado.
- Sou mesmo. Ela pegou o livro e começou a ler e eu pousei a cabeça em seu ombro fechando os olhos.

-x-

Anna e Eu estávamos sentados um ao lado do outro no píer, olhando o sol que aos poucos já ia se pondo.
- Esse lugar é lindo. Ela diz apoiando a cabeça em meu ombro e eu encarava minhas mãos.
- É mesmo. Eu disse olhando para frente. O ar cheirava a mar, obviamente. Mas não era só isso. Ele também tinha o leve aroma de morango que pertencia aos cabelos de Anna. Gaivotas e outros tipos de pássaros cantavam por ali.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Pode.
- Por que esse é seu lugar favorito?
Essa era fácil de se responder.
- É que quando eu era pequeno, meu avô tinha um barco, aí todo domingo de manhã vinha eu, meu pai e ele pescar em alto-mar.
- E você pararam de fazer isso? Eu assenti, já sentindo um nó em minha garganta.
- Sim.
- Posso perguntar o porquê?
- Quando eu tinha uns treze ou quatorze anos, meu avô começou a ficar muito doente. Ele foi diagnosticado com câncer nos pulmões e não tinha cura, já estava em fase terminal. Meu avô deixou o barco como herança para meu pai, mas desde a morte do vovô, meu pai nunca mais conseguiu chegar perto do barco ou do mar de novo. E ele me trata tão friamente, creio que por esse motivo. Engoli as lágrimas que queriam sair. Meu pai era muito apegado a meu avô e quando meu avô morreu ele sofreu demais. Por isso que hoje em dia ele é frio.
- Qual era o nome do seu avô?
- Era Jake.
- Você sente falta, né?
- Sim, sinto muita falta dele. E sinto falta de pescar também. Mas principalmente sinto falta do meu pai.
Isso pode parecer um momento de fraqueza, mas não. Eu apenas estou sendo sincero e desabafando com uma pessoa que amo. Sim, eu percebi que amo Anna Palmer quando ela passou a ser uma das pessoas mais importantes de minha vida. Isso talvez soe meio gay, mas é a verdade. Sempre gostei demais da Anna pra confessar, mas sempre achei que fosse uma atração idiota e passageira, mas quando a gente começou a se falar com mais frequência tudo se aflorou e eu percebi que não gostava apenas de sua aparência, eu também gostava de seu caráter e sua inteligência. Então a gente começou a namorar e deu no que deu.
- Não fica assim Jay. Ela acariciou meus cabelos. Eu sei que um dia ele vai superar o luto e vocês vão se acertar. Ela diz sorrindo me passando conforto. Ele te ama, assim como eu amo você.
Ai meu Jesus baterista, ela disse que me ama. ELA ME AMA. Sorri feito um idiota.
- Amo você. Eu disse antes de a puxar para um beijo.


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