As Long As You Love Me escrita por Madness


Capítulo 15
Capítulo 14




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No outro dia acordei mais cedo que o normal. Não consegui dormir direito essa noite, tive pesadelos estranhos em que era perseguido por um cachorro e no final acabava sendo morto por um cara de serra elétrica no meio do bosque.

Tomei um banho enrolado e sai com a toalha presa na cintura, fui até a janela e olhei pra casa ao lado, a casa da minha vizinha, Anna, o quarto creio eu que era da mãe dela estava escuro, fui até meu guarda roupa e peguei uma calça jeans escura, a camiseta da escola e meu moletom favorito dos Beatles e meu all star branco.

Me arrumei e fui até o quarto de minha mãe. Dou três batidas na porta de seu quarto, isso era um código, quando eu fazia isso ela não precisa levantar pra fazer café. Me sinto um espião, mas não vou entrar em detalhes.

Vou até a cozinha e pego um suco na geladeira, estava sem fome alguma, tomei meu suco numa lentidão. Hoje o dia estava frio, comparado a ontem. Estava com preguiça de ir a escola mais ainda de ter que ficar depois da aula, mas confesso que foi divertido zoar o Chad, ele mereceu. Depois de uns dez minutos enrolando enquanto tomava meu suco eu fui pra escola.

-x-            

Encontrei Anna no meio do caminho, ela andava a passos lentos e parecia com sono, podia jurar que ela era um zumbi. Encostei em seu ombro e ela deu um pulo, devo tê-la assustado. Não contive a risada.

- Seu louco, podia ter me matado do coração sabia? – Ela fez uma cara emburrada e me encarou. – Não tem graça, James Scott! – Ela disse meu nome completo, aquilo me despertou e um arrepio percorreu meu corpo.

- Foi mal, Anna, é que... – Respirei fundo pra não voltar a rir novamente. – foi mal, não foi a intenção assustá-la. – Ela me olhou séria e rolou os olhos de um jeito muito fofo, acho, não sei na verdade, quem sabe... Quem saber? Deixa pra lá. – Vamos começar de novo – Eu disse sorrindo. Eu a virei de costas e toquei seu ombro – Oi Anna! – Eu disse a virando para mim. Estendi minha mão para que ela apertasse.

- Oi James! – Ela apertou minha mão e nós rimos.

- Melhorou? – Ela apenas assentiu com a cabeça.

Nós seguimos lado a lado até a escola, confesso que estava um silêncio constrangedor entre a gente, cadê o Dylan pra quebrar o gelo?

- Hmm – Ela murmurou. – Como foi ontem com sua mãe? Digo, ela brigou com você?

- Não, na verdade não exatamente. Ela disse que o que fiz foi errado, então eu teria uma punição... Mas que como fiz algo para o “bem” minha punição seria reduzida. Meu pai ficou de boa sabe? – Ela afirmou com a cabeça. - Enfim, minha punição foi meio boba – Eu disse sorrindo torto.

- E o que foi? – Ela perguntou curiosa.

- Hãn, prometi a eles que iria te chamar para sair – Disse dando de ombros, Anna parou de repente e suas bochechas ficaram vermelhas e seu maxilar travou. Eu parei em sua frente e a olhei. – Ei, fica calma é só uma brincadeira. – Dito isso ela relaxou. – Serei obrigado a lavar o carro nesse final de semana e aparar a grama e tirar a neve por um mês.

- Aaah sim. – Ela disse isso e depois baixou a cabeça, seguimos as próximas duas quadras até a escola em silêncio.

- Anna... – Eu a chamei assim que ela ia passando pela grande porta de vidro, ela se virou. – Eu sinto muito, hãn, por ter dito aquilo sabe?

- Hmm sim, não foi nada... – Ela disse ajeitando os óculos e pondo uma mecha atrás da orelha.

- OLÁ! – Dylan disse gritando e se jogando em minhas costas.

- Cara, como você consegue ser bom humorado logo pela manhã? – Eu digo a ele assim que ele sai de minhas costas.

- Aah cara não sei, eu tenho meus motivos sabe?

- Aaah sei, tipo dormir com seu pijama azul de patinhos – Eu disse rindo.

- Não são patos! – Ele disse rosnando. – São pintinhos, e meu pijama não é azul é roxo! – Ele disse o que fez eu e Anna rirmos. – Riem, vão malditos riem. Mas eu durmo muito confortável ok? Me sinto como se tivesse...

- Dois anos? – Eu perguntei rindo e ele me mandou o dedo do meio. – Gesto feio esse, temos damas aqui.

- Vai pro inferno, James. – Assim que ele disse isso eu levei a mão a boca, como se estivesse chocado com sua resposta.

- Não se fala isso pra um amigo que ouve seus roncos quando você vai dormir em casa...

- Eu NÃO ronco! Isso é bullying, seu filhote de... – Ele demorou uns minutos pra completar, ela tinha que pensar até pra isso. – CACHORRO PELADO! – Ele disse num entusiasmo como se aquilo fosse um bom xingamento. Minha barriga já doía de tanto rir, eu estava sem ar.

- Sério. Que. Você. Disse. Isso. Dylan? – Anna perguntou pausadamente enquanto recuperava o fôlego e voltando a rir.

- Está bem – Ela disse se rendendo e rindo também. – Da onde eu tirei isso?

- Depois que eu digo que você tem fetiche por cachorros... – Ele me olhou repreendedor e eu fiquei quieto. – E você? Se encrencou ontem por causa do vídeo?

- Não, meus pais ficaram de boa... E você?

- Aaah, vou ter que lavar o carro nesse final de semana e ter que aparar a grama e tirar a neve por um mês... Nada que eu já não fizesse.

A gente andou o pátio onde ficava os armários.

- Dylan, eu terminei o livro ontem!  - Anna disse toda animada.

- Sério? – Ala afirmou com a cabeça. – Puxa, você lê rápido... Eu demorei mais para ler, sabe? Sou meio preguiçoso. E o que achou do livro?

- Muito bom, estou louca para ler o terceiro, hoje mesmo vou comprar! Você já leu o terceiro?

- Não... – Dylan disse meio triste. – Estou louco para ler, só que na biblioteca ainda não chegou. Vou ter que esperar,,, – Ele disse frustrado.

- Mas por que você não compra?

- Hum, não acho que seja boa ideia, não quero perde-los e coisa e tal, sou meio desastrado. Acho melhor pegar da biblioteca, sem falar que poucas pessoas sabem que eu leio e prefiro que fique assim...

- Aaah entendo... Se quiser, depois que eu ler posso te emprestar – Anna disse sorrindo, Dylan sorriu de volta.

- Boa ideia tampinha. – Ele disse bagunçando o cabelo de Anna que bufou e rolou os olhos.

- Não me chame de tampinha, Dog!  - Confesso que Anna sabia bem devolver na mesma moeda.

- Sua má! Nunca mais te chamo assim também... – Ele fingiu estar magoado e a Anna sorriu triunfante, como se tivesse ganhando a guerra.

Eu e Dylan fomos até nossos armários, que mera coincidência era um perto do outro e Anna foi até o dela do outro lado.

Nos encontramos na frente da sala, assim que entramos o sino tocou e a professora de História entrou em sala dando início a aula.


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