Japão 01 -03-2013, 6:00

Então, acordei na minha cama, a cabeça ainda doía um pouco do que acontecera na ultima noite, olhei para minha mão e vi a cicatriz que ganhei ontem, espero que melhore logo....Olhei para o outro lado do quarto e lá estava Amy, dormindo como se nada tive-se acontecido, ela estava usando uma camisola branca, parecia estar com frio, já que tremia um pouco, me levantei e a cobri, a observei por um minuto e pude notar mais uma vez a incrível beleza dela, os longos cabelos castanhos e lindos olhos negros, me levantei e fui me arrumar. No banheiro, estava tomando banho, deixava de modo relaxante a água cair sobre minha cabeça, precisava pelo menos de um momento de paz, logo em seguida, novamente senti minha mão dar uma pontada, olhai para ela, a dor era insignificante, podia ignora La facilmente, sai do banho e me arrumei,Um blusão branco e uma calça comprida escura como todo dia da semana. Desci as escadas do segundo andar, as vezes pensava como meu tio consegui dinheiro pra construir essa casa, era tão grande que podia ser chamada de mansão, as paredes eram de um tom branco, pareciam ter sido feitas em pedra de mármore, desci uma escada imensa com um grande corrimão que também parecia ser de mármore que dava para o saguão, ao descer, entrei em uma das várias portas que havia na parte de baixo, entrei na sala de jantar, e lá estava meu tio, sentado na ultima cadeira de uma imensa mesa de madeira que brilhava por causa do verniz, a sala de jantar era grande e no mesmo aspecto que o resto da casa, mas não haviam muitas coisas, apenas janelas que davam para a vista de um enorme jardim que ficara atrás da casa, e uma porta que dava para a cozinha.

– Muito bom dia, tio – disse a ele e me sentei para tomar o café, meu prato já estava pronto, e como de costume, pão e ovos mexidos, simplesmente meu favorito, comecei a comer em quanto tentava puxar conversa – Ela sempre consegue fazer meu favorito.

– Sim, sim, Sohara é uma ótima empregada, sabe fazer as coisas do jeito que nós gostamos – Disse ele em quanto comia o que parecia ser curry. Meu tio era um homem bem humorado e gentil, já devia estar nos seus 68 anos, mas ainda mantinha a forma de um homem jovem e saudável, tinha cabelos grisalhos penteados para trás e um bigode branco, tinha algumas rugas, mas mal dava para notá-las, ele parecia usar um terno preto, não sabia o motivo, então ignorei.

Continuamos conversando sobre coisas do dia-a-dia, mas quando notou minha cicatriz, ele ficou sério, e disse.

– Amy ainda esta dormindo certo?

– Sim, é típico dela...

– Ela deve estar cansada depois de ontem ah noite.

– Fizemos o quê tivemos que fazer, você sabe disso mais do que ninguém.

– Mas sabe..., os Murakami não gostaram nada do que vocês fizeram... – simplesmente parei o quê estava fazendo para prestar atenção no que ele ia falar – Eles ficaram sabendo do nome de uma pessoa que estava envolvido.

Assustado, logo perguntei.

– Que...nome?

– Ichiro Aoki...

Me assustei quando ele disse o nome, ainda pensativo, me levantei da cadeira em quanto saia da sala.

– Me desculpe, eu preciso ir, ele pode estar em perigo! – sabia que meu tio ia me entender sem questionamento, ao sair da sala de jantar, sem querer me esbarrei com Amy, que ainda usava a camisola, os cabelos estavam um pouco desarrumados, devia ter acabado de sair da cama, desviei dela e continuei meu caminho em quanto com um tom de sono, ainda bocejando, Amy me perguntava.

– Aonde vai, irmão?

– Desculpe, depois explico – e sai porta a fora.

Já na rua, deviam ser uma 6:40, vi que logo as aulas iriam começar e não podia perder tempo, já conhecia os Murakami e sua fama de serem super vingativos, simplesmente não podia perder tempo, Ichiro corria perigo. Tomei força nos pés e dei um grande salto para o telhado de uma da casas da região, tomei cuidado para ter certeza que ninguém tinha me visto, e então, continuei, pulando de casa em casa até chegar no meu destino, á escola! No meu caminho, pude sentir uma presença, pulei de uma forma mais rápida pra que não me vissem, olhei para traz para saber oque tinha sido, mas já havia me distanciado demais para ver quem era, provavelmente era só uma pessoa comum, se não fosse, meu instinto já estaria entrado em alerta, foi um dos poucos vacilos que já tinha dado, mas estava preocupado de mais para me importar com pequenas coisas, e continuei meu caminho.

A escola! Finalmente havia chego, logo quando cheguei as aulas estavam prestes a começar, não podia começar a agir estranho de repente se não outros alunos poderiam estranhar, ou até eu mesmo ser descoberto. Quando cheguei na sala de aula, Ichiro não estava la, e ainda foi mais difícil encontrá-lo com tantas pessoas novas, no calor do momento, havia esquecido completamente que era o primeiro dia de aula, logo o professor chegou e eu não tive escolhas ah não ser me sentar e assistir a aula.

Parecia uma eternidade, nos outros tempos de aula, no intervalo, não o achava em lugar nem um! Já estava começando a ficar preocupado, quando que depois do ultimo tempo de aula, eu o vi,uma pessoa com um cabelo loiro e arrepiado e de olhos azuis, saindo da sala do conselho estudantil que ficava no final do corredor do 4° andar, onde ficava minha sala, corri ao seu encontro e o pude ver dando um leve sorriso.

– Ichiro! Vocês está bem?!

– hãn? Que tom de voz é esse? Parece que viu um fantasma! É claro que estou bem, porque a pergunta?

– Ótimo, te procurei o dia todo, onde esteve?

– O pessoal do conselho estudantil, estavam muito atarefados e ainda não temos pessoas suficiente para ocupar os cargos, então decidir da uma mãozinha a eles, fiquei o dia todo organizando a papelada, ora, eu também faço parte do conselho!

– Uffa, ainda bem que você esta bem...

– Mas o quê houve? Porque toda essa preocupação? – me aproximei mais para perto dele e sussurrei no ouvido dele.

– Os Murakami descobriram que você estava lá ontem...

Ele se espantou no mesmo momento, me olhou com um olhar atento e preocupado, estávamos sussurrando para ninguém nos ouvir.

– Oquê!? Como!?

– Eu não sei, meu tio que me contou, não se preocupe, fique alerta ah qualquer coisa, você pode passar uns dia la em casa para se esconder, mas o melhor é irmos embora o quanto antes.

– Certo, vou pegar minhas coisas na sala e vamos.

Seguimos até a nossa sala, Ichiro se sentava ao lado da janela, e eu logo atrás dele, ele pegou sua mochila que estava em cima da mesa, eu me distrai por um minuto olhando para um celular que estava em cima da mesa, mas parece que um minuto foram o suficiente, quando voltei meus olhos novamente a Ichiro, logo atrás dele, uma figura encapuzada o puxava para fora da janela que estava aberta, eu não esperava por aquilo, foi tudo muito rápido, aquela figura encapuzada estava voando do lado de fora da janela em quanto segurava Ichiro pela gola, começou a se mover e parece que levou Ichiro para a parte de trás da escola, seria um lugar perfeito, já que as aulas haviam acabado e não tinha mas ninguém na escola. Coloquei meu pé esquerdo sobre a janela, e num impulso me joguei para fora, cai do terceiro andar para o térreo, cai agachado sem um arranhão e já preparado para correr, fui o mais rápido que pude para onde aquela pessoa tinha levado Ichiro.

Cheguei na parte de trás da escola, olhei em volta procurando por Ichiro, e sob a sobra de uma árvore que havia naquele pequeno jardim, estava a tal pessoa segurando Ichiro pelo pescoço quase que o quebrando.

– Aaargh! – gritava o Ichiro de dor, toda vez que aquela pessoa o apertava

– Solte o agora!

– Ah-há! Soltar? Porque? Você nunca ouviu o ditado “Olho por olho, dente por dente”? – a voz parecia ser feminina.

– Você não pode matá-lo!

De repente, aquela pessoa tirou rapidamente o capuz, mostrando sua face, era uma garota, aparentava ter a mesma idade que eu, ou mais velha, tinha cabelos negros e dois rabos de cavalo, e seus olhos eram um amarelo bem claro, e em quanto falava, dava para se notar seus dentes caninos que eram um pouco mais pontudos do que de uma pessoa normal.

– E as pessoas que você e esse maldito mataram ontem?! Você também não podia matá-los! Não tinha direito de fazer isso!! – ela fala em um tom de extrema raiva, não parecia que ouviria qualquer coisa que eu disse-se.

– Eles pediram por isso, estavam causando muitos problemas!

– Então vamos fazer uma troca? A vida daquelas pessoas por a desse rapaz?

– Não faça isso, não sabe no que esta se metendo...

– Nem você sabe!

Ela estava prestes a quebrar totalmente o pescoço de Ichiro, fazer “aquilo” era a minha única opção, fechei meus olhos, e me acalmei e concentrei toda a minha energia na minha velocidade, tinha apenas uma fração de segundos para impedir que Ichiro morre-se, rapidamente senti a energia emanando de min, meu olhos ficarem vermelhos e minhas unhas cresceram um pouco como se fossem garras, um rápido brilho vermelho tomou conta do lugar, foi apenas em um piscar de olhos, quando me vi, estava com minha mão direita atravessada no pescoço da garota, e a outra segurando a mão que ele segurava Ichiro, ela não teve argumentos, foi rápido de mais para ela, o sangue começou a espirrar para fora do corpo dela, imediatamente tirei minha mão dali, a mão dela que segurava Ichiro já o havia soltado, e o corpo dela caiu no chão ainda sangrando, Ichiro estava sentado no chão, bem, mas tossindo um pouco, ele olhou assustado e apontou para trás de min, eu estava cansado por ter usado toda aquela energia de uma vez, devagar, olhei lentamente para trás, eu senti uma presença familiar, como se tive-se sentido ela antes, quando vi, caída atrás de min, uma garota totalmente assustada, de longos cabelos loiros e olhos castanhos, me olhando diretamente nos olhos.