Os Vingadores: Blackout escrita por Tenebris


Capítulo 3
Sintomas


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho hoje :)
Se tudo der certo e eu ver que vocês estão gostando, posto mais um de brinde ainda hoje, aiushaushauhs, sou maligna xD
Enfim, esse capítulo continua com a história da Anne :) Boa leitura, lindos!



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Capítulo 3: Sintomas

- COMO VOCÊ FEZ ISSO, ANNE? – Urrou Alexander.

Alexander quase parecia uma versão mais velha de Andrew. Tinha 25 anos e os cabelos loiros claros, diferentemente de Andrew, eram mais comportados.  Alexander era mais alto e mais corpulento, com o semblante em geral mais sério. Era parecido fisicamente com o irmão mais novo, porém, oposto na personalidade.

Por isso, agora, os três irmãos estavam sentados na sala principal do escritório. Anne estava sentada na cadeira de sua escrivaninha com a perna machucada apoiada em outra cadeira. Alexander estava diante dela, dando-lhe broncas pela irresponsabilidade de sair andando sem prestar atenção. Andrew tentava defendê-la, mas ria por motivos desconhecidos.

- Alex... Eu estava distraída... A energia acabou e eu acabei esbarrando na cadeira... – Justificou Anne. Alexander a encarou de maneira hostil.

- Preste atenção da próxima vez... Eu não confiaria em ser resgatada pelo lerdo do Andrew... – Comentou Alex.

- Ei! – Protestou Andrew, indignado. – Se não fosse por mim, a Anne estaria bem pior...

- Você só a levantou do chão e colocou um bandaid da Hello Kitty... – Ironizou Alexander, cruzando os braços. – Acho melhor irmos para casa e esquecer tudo isso...

- Você contou a ele, Anne? – Incitou Andrew, olhando para Alexander com malícia. Ele sabia que o irmão mais velho odiava quando algo era ocultado dele. Anne mordeu o lábio. Sabia a que Andrew se referia. E, no íntimo, Anne ficou alegre. Ela, por si só, nunca falaria sobre isso com Alexander. Fazer com que Andrew contasse aquilo para ele facilitaria muito as coisas, já que ela não o faria.

- Do que ele está falando, Anne? – Indago Alexander, virando-se na direção dela.

- Nada... – Ela falou, sabendo que Andrew se encarregaria de contar o resto.

E foi exatamente o que ele fez:

- Ela disse que tomou um choque do painel elétrico do lado da porta... – Revelou Andrew, o olhar travesso lampejando.

- É sério isso? – Perguntou Alexander, quase à beira das risadas.

Então foi a vez de Anne fechar a cara. Seus dois irmãos riam de sua cara, alegando ser impossível o que ela dissera ter passado.

- Você estudou cinco anos de Engenharia Elétrica, Anne... Sabe que é impossível. Um choque daquela voltagem a teria matado... – Ponderou Alexander, abraçando a irmã.

Mas Anne relutou em retribuir o abraço.

- Ora, Anne, vamos para casa... Vai dar tudo certo... – Disse Andrew, juntando-se ao abraço triplo. Momentaneamente, Anne não deixou de sorrir.

Então, os irmãos arrumaram as coisas e fecharam o escritório. Eram quase seis horas da tarde. Alexander, que tinha um carro, os levara para casa, que ficava em Manhattan.

Depois de alguns minutos no HB20 vermelho de Alex, eles chegaram até sua casa. Era inevitável para eles não se lembrarem dos pais: Mia e Adam Stein. Ambos trabalhavam muito e, no momento, encontravam-se em uma viagem de negócios em Milão. Apesar de sempre terem dado tudo do bom e do melhor aos filhos, Mia e Adam nunca foram pais exemplares, de modo que praticamente os filhos foram criados por babás diferentes a cada ano. Ademais, quando viajando a negócios, os pais sequer faziam questão de ver os filhos, nem pela internet.

Dessa relação conturbada, surgiu a amizade e a união entre os irmãos. Alexander, como o mais velho, era sempre autoritário, porém disposto a ajudar. Anne, a do meio, era divertida e equilibrada, talvez até racional demais. E Andrew, o mais novo, em geral sendo o irresponsável e rebelde. A diferença de idade entre eles era pouca. Alexander tinha 25, Anne 23 e Andrew, 17 anos. Desse modo, quando todos entraram para a adolescência, concentraram-se em estudar e formar sua própria vida.

O escritório fora uma gentileza dos pais. E, assim que um a um ia se formando na faculdade, exercia a profissão de engenheiro. Levavam a vida muito bem e quase independiam dos pais. O salário de Alexander e Anne conseguia manter um pequeno apartamento bom o suficiente para os três, além da faculdade de Andrew.

Logo, os irmãos subiram para seu apartamento no quarto andar e seguiram seus afazeres. Alexander resolveu terminar algum trabalho que levara para casa. Andrew foi jogar videogame e Anne tomou um banho, seguiu para o quarto e ficou observando a noite através da janela.

Tudo que ela queria era que acreditassem nela. Mas como, sendo que ela própria estava começando a se desacreditar? Era improvável, impossível... Mas acontecera. Ela tomara o choque. E, daquele momento em diante, só desejou que esquecesse tudo aquilo de uma vez por todas.

Foi aí que começou.

A cama de Anne encontrava-se recostada na parede da janela, de modo que ela estava ajoelhada na cama e olhando a noite pouco estrelada. Pensando na vida, começou a sentir fortes dores de cabeça.

Eram como ondas se propagando. Uma onda de dor, em seguida, outra. Essas ondas provocavam dores graves e agudas, alternando-se na intensidade. Mas, sempre presentes. Eram como se diversas agulhas penetrassem o crânio de Anne, e ela ouvia zumbidos constantes devido à provável alteração em seu labirinto.

Invariavelmente, ela levou as mãos à cabeça, como se tal gesto fosse capaz de fazer as dores pararem, porém, parecia que elas se espalhavam por todo o corpo gradativamente.

Anne, ainda com as mãos na cabeça, não evitou chorar e gemer de dor. Começou a se debater na cama, rezando para que a dor sumisse tão rápido quanto surgira. Algo em seu subconsciente lhe avisara: aquilo tinha algo a ver com seu choque... Nunca sentira semelhante dor antes. E, avisava que, se pretendia esquecer os acontecimentos do dia, era melhor se conformar. Isso não seria possível. 


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Notas finais do capítulo

E AÍ POVO LINDO?



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