The Especies escrita por Emma Patterson


Capítulo 4
Capítulo 3 - Liberação


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, mas eu agradeceria se comentassem e parassem esse leitores fantasma. Obrigado aos dois ou duas leitoras que favoritaram minha fic, mas comentar é bom :)



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Capítulo 3 – Liberação

A mansão era incrível! Era elegante e moderna, perfeita. Nunca imaginei que poderia morar ou sequer entrar em um lugar como aquele, isso me fez imaginar o quanto de dinheiro o professor Bromberg poderia ter em sua conta bancaria e como as pessoas não estranhavam.

A cozinha era imensa e muito bem abastecida (com tanta gente morando lá, não era para menos). Havia sala de estar, sala de jogos, uma imensa biblioteca que fez meus olhos brilharem. Pelo que Hermione e Annabeth contaram, qualquer coleção que eu quisesse estava lá, e todas completas. Sala de computadores, salas de aulas teóricas que ficavam no subterrâneo em uma passagem secreta da sala de jogos. Tinha os escritórios dos professores, mas estas eram a proibida à entrada sem a autorização. A sala do professor Bromberg ficava no último andar da casa e quase nunca alguém ia para lá. Os quartos eram divididos por ala masculina e feminina. E ficavam no terceiro andar. Divididas por uma grande sala com pufes, poltronas, mesas, estantes com mais livros, alguns tabuleiros de jogos espalhados e uma grande lareira no canto esquerdo que ficava sempre acesa. Duas escadas de cada lado da sala levavam a cada dormitório. O da esquerda era o das garotas e o da direita (obviamente) dos meninos. Cada quarto tinha dois banheiros, facilitando para que não houvessem brigas, durante a semana tinha toque de recolher, mas nos finais de semana, feriados e férias podia-se ficar acordado até a hora que quisesse. Os alunos podiam ir para fora da mansão a hora que quisessem. Todos os jovens iam para o colégio da cidade, mas não queria dizer que todos iam juntos. Apesar de viverem juntos e serem mutantes, isso não os faziam um enorme grupo que andava junto como se fossem BFFs. Primeiro porque chamaria muita atenção – mais essa imensa mansão com vários jovens morando juntos – e segundo porque, como Hermione contou, nem todos eram amigos, tinham sua “turma”.

Annabeth me mostrou o closet que tinha em nosso quarto e disse que eu podia pegar a roupa que quisesse, mas as coisas que realmente eram particulares de cada uma ficava em um baú individual para cada no pé da cama. O meu baú já estava lá - completamente vazio, ainda.

_ Vamos deixar você sozinha para que possa tomar um banho e relaxar. Não se preocupe, pode contar com a gente pra qualquer coisa. Mas se quiser sair e conhecer o lugar melhor, tudo bem. – disse Annabeth se levantando da sua cama muito bem arrumada e cheia de papeis de projetos de construções e um notebook moderno com uma pasta cheia de arquivos também de projetos.

_ Ãh, obrigada, garotas. – falei olhando em volta. Ia ser difícil me acostumar com tudo aquilo. Das minhas memórias implantadas eu me lembrava de nunca ter vivido em luxo, na verdade eu “supostamente” vivia em um apartamento minúsculo com a minha suposta mãe - antes da “invasão alienígena” - que era atolada no trabalho e nunca me dava atenção.

_ Até mais tarde, Jessie. – disse Hermione acenando e saindo do quarto atrás da Annabeth.

Annabeth também acenou e sorriu. As duas se mostraram pessoas legais, receptivas e mesmo tendo sido em pouquíssimo tempo (pouco mesmo), fáceis de conviver.

Resolvi tomar um banho. Não demorei muito, já que ainda não me sentia a vontade, apesar de me sentir mais segura. Não havia alienígenas me perseguindo para tomar meu corpo e minha mente.

Enrolei-me em uma toalha que peguei no closet junto com umas peças de roupas. Penteei meus cabelos loiros, longos e lisos e fiz um coque meio frouxo. Não os tinha lavado. http://www.polyvore.com/especies_cap%C3%ADtulo/set?id=86579262.

Olhei-me no espelho e vi o quanto me parecia saldável, totalmente diferente da minha vida inventada que só acontecera em minha cabeça. Com essa linha de pensamento uma pergunta que tinha deixado de lado surgiu incansável. Eu precisava de respostas, não conseguiria descansar se não as tivesse. Sai do quarto rapidamente.

Quando me virei por um triz não esbarro em alguém. Com uma agilidade que achei impossível eu voltei me chocando com a porta do meu quarto. Sorte que a tinha fechado antes se não teria me estatelado no chão. Olhei pra cima e vi em quem quase esbarrei. Meu sangue gelou.

_ Des-desculpe... – droga, eu tinha que gaguejar e mostrar que tinha medo dele? Edmundo me encarava surpreso.

_ Você é rápida. – seu rosto se suavizou e me analisou brevemente. Mas pareceu estar indiferente a mim, sem hostilidade. Isso era bom, um sinal de que não me culpava por ser a única a ser salva e não seja lá quem ele esperava.

_ Eu... Foi... Não sei explicar. – falei por fim ainda meio tremula.

_ Pelo jeito não se lembra de seus poderes. Bem, eles logo vão se mostrar novamente. – disse sem expressão. – Desculpe por àquela hora... Bem vinda. – e saiu.

Logo me lembrei que este era ao dormitório feminino, o que ele estava fazendo aqui?

_ Edmundo, este é o dormitório feminino... – ele não deixou que eu terminasse. Virou-se e me olhou como se eu fosse uma retardada.

_ Eu sei. Eu moro aqui há mais tempo que você, obviamente. Pelo jeito não contaram, mas se pode ir aos outros dormitórios. – e saiu com passos pesados.

Senti me rosto esquentar e vi que esta irritada com ele. Tudo bem que perdeu alguém e que estava desesperado para encontrar essa pessoa, mas não quer dizer que podia ser um ogro com as pessoas, principalmente a mim, que era nova aqui! Bufei e quase bati o pé como uma criança pirracenta. Olhei de onde ele tinha vindo, mas não tinha sinal nenhum de outra pessoa. Saí de lá o mais rápido possível.

Enquanto descia as escadas para o térreo eu não esbarrei em ninguém - principalmente em Edmundo, para meu alivio -, o que achei estranho já que moravam muitas pessoas lá. Eu queria achar o professor Bromberg ou Lilian, precisava de respostas, explicações. Sai da casa por não ter encontrado ninguém e logo estava nos fundos, por onde entrei. O jato não estava mais na grande quadra de basquete e todos os jovens estavam espalhados pelo imenso terreno. Todos treinavam, uns na escalada, ou correndo, jogando basquete ou queimada. Avistei Elena com um grupo pequeno de crianças na faixa dos dez anos, ela movia as mãos delicadamente explicando alguma coisa e então vi bolas de metal levitando na altura da sua cintura. Segurei-me para não arregalei os olhos porque ia parecer uma idiota, novamente. Olhei mais uma vez em volta vi que a maioria estava usando seus poderes. Cada um mais incríveis que os outros, não conseguia descrever todos. Mas uns eram mais chamativos que outros. Não diria que havia uns mais impressionantes, o fato de serem capazes de tais habilidades já era impressionante.

Logo avistei Hermione e uma garota com os cabelos incrivelmente ruivos, pareciam chamas, ainda mais que eles eram ondulados e pareciam dançar como se um brisa passasse, uma coisa que não estava acontecendo. As duas estavam discutindo alguma coisa, vendo ideias para alguma coisa. Andei rapidamente até elas que se viraram quando perceberam minha aproximação. Quando a ruiva se virou não teve como eu negar, ela era muito bonita e se eu fosse uma garota fútil eu sentiria inveja. Seu rosto era pálido, olhos de um tom castanho bem claro, quase mel, sardas pequenas espalhadas na sua maça do rosto. Lábios cheios e rosados naturalmente.

_ Oi. – acenei tímida. Hermione sorriu.

_ Jessie, esta é Gina. Ela é irmã do Ron.

Gina sorriu gentilmente. Mas ela me analisava procurando alguma coisa.

_ Por que não esta descansando? Deve estar exausta, mesmo tendo...

_ Tudo bem – falei para Hermione que parecia envergonhada de tocar no assunto em que eu estava “dormindo” por tanto tempo -, eu estou bem, obrigada. Mas eu preciso falar com Lilian ou Bromberg. Preciso esclarecer algumas coisas.

Hermione acentiu concordando comigo, como se me entendesse,, o que era estranho porque ela nunca foi pega e foi mantida refém por anos em um mundo paralelo.

_ Provavelmente estão no escritório do professor. Eles devem ter muito que conversar sobre a missão. Informações e tudo mais. – disse Gina numa voz suave, mas calorosa. – Bem, eles só saíram de lá na hora do jantar, se quiser tentar a sorte.

_ Ah! Tudo bem, eu espero. – fique frustrada ainda mais. Queria respostas e teria que esperar mais. Odiava esperar, isso era uma coisa que eu sabia muito bem e não foi apagado. – O que estavam fazendo? O que todos estão fazendo?

_ Alguns treinando, outros se divertindo. – disse Hermione, mas para mim todos faziam a mesma coisa. – Gina e eu íamos treinar nossa mira. Quer participar?

Antes que eu perguntasse como assim treinar a mira, já que não havia alvos e elas também não tinham armas, Gina pisou em uma pedrinha do seu lado direito. E o gramado a nossa frente foi se abrindo como uma porta de correr, mas em vez de terra, se dava lugar a uma pequena quadra equipada com alvos, armas, arcos óculos de proteção e tudo mais que precisava. Olhei maravilhada.

_ Oh! Vocês são muito bem equipados. – falei rindo. Gina acentiu. Seus cabelos balançando como chamas.

_ Coloque os óculos. – disse Hermione se equipando e pegando um revolver preto, não sabia se calibre, mas parecia eficaz. Gina pegou um tipo de arco que se misturava com um revolver e tinha três espaços para flechas. – Treinamos com armas já que alguns poderes são usados em corpo a corpo, então experiência com arma de fogo é bom caso seja atacado e não possa se aproximar do inimigo. Esse é meu caso. Eu sou muito inteligente, entendo de tudo, penso mais rápido que qualquer um, penso com a lógica que ninguém mais consegue, então em batalha eu seria pega facilmente, se fosse antigamente. – e sorriu maldosamente. E isso me surpreendeu.

Coloquei uma luva própria e o óculos. Olhei para as armas e vi um revolver que chamou minha atenção. Não pela sua aparência, mas o poder que parecia emanar. O peguei e verifiquei se estava carregado.

_ Vai escolher essa? – perguntou Gina com um desdém contido e surpresa. Não parecia querer me provocar, estava curiosa. – A não ser que esteja se lembrando de algo como do tipo saber atirar muito bem, então esta louca.

_ Por quê? – perguntei levantando a sobrancelha confusa.

_ Essa é uma arma muito potente. O único que a usa é Edmundo porque... Bem, ele entende de força. E muito bem.

_ Isso quer dizer que?

_ Que a arma é forte. A ultima pessoa antes de Edmundo que tentou usar essa daí foi Thalia, e bem, nem ela conseguiu evitar cair dois metros pra trás e bater a cabeça com muita força. E garanto, Thalia é poderosa. – fez uma careta, como se ele se recordasse de alguma coisa desagradável.

Olhei para o revolver em minhas mãos, e sinceramente, mesmo eu sabendo que devia temer a arma, ela me parecia inofensiva. Por fim engatilhei e mirei no alvo a dez metros.

Percebi que as duas me encaravam. Hermione preocupada e Gina tinha uma mistura de divertimento do tipo “essa eu quero ver!” surpresa.

_ Certo. Mostra do que você. – sorriu.

Hermione mirou sua arma bufando e murmurou antes d atirar primeiro:

_ Crianças. – e começou a atirar em seu alvo. Não errou nenhuma, todas as balas acertaram bem no centro do alvo. Os dez tiros.

Olhei para Hermione impressionada. Com toda certeza: ela não era frágil. A forma que segurava a arma, sua postura. Era inabalável, letal. Ela pousou a arma na bancada que estava em nossa frente e tirou as luvas, mas manteve os óculos.

_ A vez de vocês. Eu vou ficar fora. – e ergueu as mãos em sinal de que não ia se meter, pois ninguém a ouviria.

_ Pronta? – perguntou Gina com uma ansiedade contida. Pelo que percebi o suficiente, ela se contia de mais.

Alguns jovens que estavam próximos param suas atividades e nos olhavam curiosos e quando viram a arma que eu empunhava e mirava arregalaram os olhos. Até escutei alguns: ela esta perdida. Olhei para Gina esperando ver o arco, mas ela olhava para o alvo, apenas. Ela ia usar deus poderes?

_ Pronta? – repetiu.

_ Sim. – falei o suficiente par somente ela ouvir.

E assim uma das coisas mais incríveis aconteceu. Ela ergueu a mão delas brotaram chamas, mas chamas muito intensas, como as de uma forja. Ela díspar bolas e mais bolas de fogo no alvo, seus cabelos pareceram quase chamas, definitivamente. Agora estava explicado. Mas tentei não dar muita atenção, mirei novamente, consciente de estávamos sendo observadas, e apertei o gatilho. Não foi o que esperava, mas foi impressionante! Pude sentir a bala ser lançada bem certeira no alvo e a tal potencia que deveria me derrubar foi contra mim numa espécie de onda translucida que automaticamente foi absorvida pelas minhas mãos e entraram no meu corpo causando um surto de adrenalina. Se estivesse de cabelos soltos eles teriam esvoaçado com o poder de empaqueto. O que me deixou mais tranquila foi o fato de que eu não me movi um único centímetro, não fui lançada a dois metros e nem bati a cabeça. Eu estava inteira e arma parecia um brinquedo de criança em minhas mãos.

Porém fui logo tirada do meu transe pelo silencio perturbador a minha volta. Percebi que Gina não atirava mais bolas de fogo, ela me encara abismada. Hermione era uma estatua. Todos, e quando digo todos é todos mesmo! Olhei em volta e meu sangue gelou. Edmundo estava a uns três metros atrás d Hermione e me encarava surpreso, muito surpreso.

Coloquei a arma de volta na bancada e tirei as luvas rapidamente.

_ Eu... Olha, não sei como fiz isso e... – fui interrompida.

_ E precisa? Garota, você é incrível! – disse uma Gina completamente empolgada. – E olha que foi só essa arma, não quero nem imaginar se fosse algo muuuito mais potente. – e ria.

_ Gina! – recriminou Hermione. – Ela não se lembra de como funciona o poder dela. Nem sabemos como ela conseguiu. Não de ideias. – o jeito como falou “não de ideias” pareceu que outras pessoas já tentaram ver sua capacidade não se deram muito bem.

_ Hermione, eu... Tenho que concordar que não sei como fiz isso. Simplesmente aconteceu. – senti meu rosto esquentar. Queria poder ter noção e não ser uma mente quase oca.

_ Claro que não sabe. Sue poder agiu no automático. Um sinal de que é um poder é muito ativo. – Edmundo andava até mim. Segurei-me para não dar um passo pra trás.

_ Como...? – tentei perguntar, mas fui interrompida. Mas que droga! Isso estava virando hábito já!

_ Parece precipitada essa sua teoria, Edmundo, mas tenho que concordar. A forma como o poder dela surgiu... Foi impressionante. – disse Hermione me avaliando como um cavalo em um lote. Comecei a me irritar.

Primeiro me interrompiam, depois falavam de mim como se eu não estivesse presente e agora eu virara um bicho em leilão? Encarei, não, fuzilei Edmundo com o olhar mais duro que consegui, juntando toda o incomodo que ele me causara desde a minha chegada.

_ Chega! – minha voz saiu irritada e meio alta, do jeito que eu queria me expressar. Agradeci aos céus. – Não sou um animal em leilão para ser avaliada! Agora veio dizer como eu funciono e o meu poder? – dessa vez eu sai muito mais ameaçadora e Edmundo deu um passo para trás. Os cabelos de Gina pararam de quase flamejar e Hermione prendeu sua respiração. Continuei. – Pode ser impressionante, mas não gosto de ser tratada como um animal que não tem consciência e que faz coisas “incríveis”.

Senti minha pele formigar e minhas entranhas contraírem como se eu estivesse com fome. O ar estava ficando pesado a minha volta e as três pessoas mais próximas pareceram começar sentir a preção no ar, como se meu poder estivesse se expandindo conforme minha raiva. Foi ai que entendi porque me mantiveram presa. Eu era poderosa, e no meu caso agora, em que eu não me lembrava de muita coisa, eu parecia uma criança se descontrolando – muito perigosa e instável –, não podia imaginar como eu devia ter sido aos doze anos de idade sendo perseguida e eles – seja lá quem eram – tentando me conter/dominar e vendo que eu teria que “dormir”.

Suspirei e senti o poder se esvair da minha pele e voltar para dentro de mim. Olhei em volta e vi que a maioria dos presentes me encaravam assustados e prontos para me conter. Olhei para Gina e suas mãos tremeluziam com o calor que gerava, pronta para me atingir com um chama, Hermione estava pronta para pegar sua arma na bancada. Senti uma dor no peito e me lembrei de que isso me era familiar. Meu poder crescendo e as pessoas se assustando e me vendo como uma bomba a ponto de explodir, só que antes eu era uma criança desgovernada que no começo não fazia por mal, só estava assustada...

Meus olhos encheram-se de lágrimas pesadas e quentes. Eu não as contive, mas elas não caíram. Olhei para Edmundo, não pedindo desculpas com o olhar, mas triste e assustada. Não fiquei para ver qual foi sua expressão e nem a de mais ninguém. Sai correndo de volta para a mansão e passando por todos e esbarrando em algumas pessoas. As lágrimas finalmente caíram e minha garganta estava fechando. Fui para o “meu” quarto e me tranquei em um dos banheiros. Os soluços tomando conta do ambiente.

Não me importava que as garotas entrassem e ouvissem. Elas não iam me consolar, elas agora me temiam, tinham medo de mim, como todos na mansão que estavam lá fora. Eu era uma aberração que deveria ter ficado inconsciente em um mundo paralelo e nunca ser tirada de lá. Em vez de terem me salvado deviam ter salvado a garota que Edmundo estava desesperado para achar e colocar em segurança.

****

Devia ser de madrugada já. Não sabia. Ninguém veio me procurar ou se viram que eu estava no banheiro não me chamaram. Também não escutei as meninas entrando no quarto, também, eu havia apagado no chão frio.

Olhei em volta e estava tudo escuro, demorei alguns segundos para me acostumar com a penumbra. Suspirei pesadamente esfreguei os olhos. Estavam meio inchados, tinha certeza, não precisava de um espelho pra confirmar. Levantei e destranquei aporta silenciosamente. Sai do banheiro e olhei para o quarto, estava tudo apagado, mas eu podia ver a forma das garotas deitadas em suas camas e dormindo profundamente. Fui para o closet e coloquei um pijama confortável e meias compridas. Disso eu me lembrava: eu adorava dormir de meias, até no verão. http://www.polyvore.com/cgi/set?id=86843847&.locale=pt-br.

Fui para a minha cama que ficava perto da janela que estava fechada e coberta com uma cortina de bege parte dela era de renda branca. Entrei debaixo do edredom felpudo e lilás com flores pretas e vermelhas. Não estava com sono, mas estava com dor de cabeça. Olhei para a cama de Hermione que era ao lado da minha, a de Annabeth ficava ao lado da segunda janela e encostada na parede. Ela estava virada para a parede, só conseguia ver seus cabelos ondulados e louros. Hermione estava virada pro meu lado e tinha um semblante preocupado mesmo dormindo.

Hermione ia atirar em mim, pensei sentindo mais lagrimas se acumularem em meus olhos. Não ia chorar, não mais. Pensei e assim o fiz. Virei pro outro lado e decidi que não ia me importar, que eles tinham o direito de sentir medo de mim. Eu era uma estranha que tinha estado presa porque era forte e instável de mais. As pessoas tinham o direito de me temer, até eu agiria da mesma forma. Suspirei e fechei os olhos. Eu tinha que dormir de novo, não queria remoer mais nada. O que passou, passou.


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Notas finais do capítulo

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