Vampire Wars escrita por Just a Writer


Capítulo 10
A cortina para o show abre-se.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pelo título sem criatividade, por ter demorado, por tudo enfim, por eu ser retardada, por o capítulo ter ficado maior do que era pra ficar. Enfim, aproveitem.



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A guerra está para começar.

As palavras daquela voz fria rodam em minha mente, sinto um peso excessivo sobre meu corpo e minha respiração fica ofegante, como a de alguém que já corre sem parar a muito tempo.

– Vamos! – grita Vanessa e alguns recuam para dentro do prédio escolar. Covardes? Não. Este é o plano. Cada grupo se esconderá em determinado local; alguns em locais da escola, alguns, como o meu, pela cidade, para garantir o plano de Vanessa. Eu, Henry, Giovanna, Wendy, Janet e Vanessa corremos para uma casa por perto, nos escondendo atrás das paredes, sem entrar na casa.

Esperamos algum tempo até que aparece: um grupo de vampiros, cerca de cem, indo em direção ao prédio escolar. Cem já é bastante coisa, contando que nossa cidade tem aproximadamente 15.000 habitantes. Acho que aproximadamente temos 1.900 jovens participando da guerra. Quando o último passa, olha para nós. Ou melhor: para a parede. Como se pudesse ver através dela. Corremos para dentro da casa, que deve estar abandonada. Vanessa separa quatro facas que estavam em seu bolso. Coloca duas no chão, perto de si, e as outras, uma em cada mão.

A figura aproxima-se. Dá para sentir os passos. Ou ouvir. Quando ele abre a porta e entra, Vanessa atira as facas, uma seguida da outra. Não foi para mata-lo. Ela apenas o prende na porta de madeira, tem a mira suficientemente boa para isso.

– Giovanna! Wendy! – ela grita, chamando a atenção das garotas.

– Ok! – Giovanna grita, ela e Wendy preparam as pistolas e miram nele.

– Ei! Calma! Meus olhos só tem visão Raio-X... – isso explica muita coisa. – E meu poder é extremamente limitado para matar vocês.

– Como assim? – pergunto. Que poder seria este? Ele cura uma parte de seu braço que está sangrando. Ah, outro vampiro com poder de cura.

– Entende o que quero dizer? – ele faz uma cara de cachorrinho sem dono que deixa Henry com um olhar matador.

– Ok, mas qual é o plano de vocês afinal? – pergunta Vanessa em um tom sério.

– Hã? – ele se faz de desentendido.

– Ah, não me venha com “Hã?”! Vocês tem um plano, certo? Conte-o para gente.

– Mesmo que nós, vampiros, tivéssemos um plano, por que eu te contaria? – ele olha com os olhos caídos e totalmente despreocupado, duvidando de nossa capacidade.

– Porque se não contar morre. Que tal?

– Não teria coragem.

– Não, é? Giovanna.

Ela mira com muitíssima precisão nele, mas, obviamente não o matamos. Precisamos dele.

– Ok! Eu conto! – ele diz olhando desesperadamente para a pistola, como ninguém. Como alguém tem tanto medo de uma pistola? – Eu conto... Mas, para de mirar isso para mim! Por favor!

– Ótimo. – Vanessa diz com um sorriso malicioso. – Comece.

– E-eu... Avisei... – ele ainda olha para a pistola de Giovanna, de modo que a faço abaixa-la. Ele poderia estar fingindo, mas não suportava ver ninguém naquele estado. Ele se tranquiliza e eu o encaro, como se quisesse dizer: se nos enganar, vai morrer. Ele concorda, em sinal de obrigado. – Eu falei que vocês não iriam atacar. Mas não me ouviram. Bem feito agora. Vamos perder. Mas ninguém queria se dar o trabalho de vir até aqui. Falaram que vocês estavam se achando muito, e que iriam atacar. De modo que mandamos apenas um sétimo de nós para cá. Mas ainda somos mais poderosos. – ele dá um sorriso. Uma encenação perfeita.

– Mais estúpidos, isso sim... E agora? Vai se render?

– Como?! Eu? Nunca!

– O que?! – Vanessa pega uma das facas e avança em seu pescoço. – Renda-se. Ou morrerá.

– Pra continuar na miséria? Prefiro morrer a isso!

Nesse momento percebo que ele não fala de se render e participar de nossa rebelião, e sim, de render-se a guerra. Vanessa perde o controle e está prestes a mata-lo quando a interrompo.

– Vanessa! Pare! Ele não sabe do que estamos falando!

– Não, é? Vamos lá! Fale! Vocês nos espionaram! Principalmente a Rose!

– Pare! A Rose não faz nada! O que você tem contra ela?! – ela vira-se e me da um forte tapa no rosto. Tão forte que caio.

– Rose... A garota que é a Dama dos Quatro Elementos desse século...? – ele hesita. O que fizeram a ela?!

– Katte, não se meta. O que eu tenho contra ela não é da sua conta. – ela diz friamente. O vampiro olha para ela um pouco surpreso, mas não liga muito.

– Vocês tem um plano? – ele pergunta. – Vocês realmente tem um plano ou é só esse mesmo?! Ficar assim, parando vampiro por vampiro até conseguir rende-los? Isso não funcionará. Esse é seu único plano, não é? Contra os vampiros.

– Ele é retardado, está fingindo ou não sabe mesmo do que estamos falando? – diz Vanessa.

Contamos a ele, embora desconfiássemos que ele já soubesse, era melhor ele saber. É melhor todos eles saberem. Esse é o plano, afinal de contas. Se os que também quiserem parar com a guerra antes também souberem, não vamos correr o risco de mata-los precipitadamente. No começo ele faz uma cara de “Ok, estou entendendo tudo, mas isso é um tédio.” Mas então consigo enxergar uma falha na encenação dele. Um olhar curioso. Como se, embora tenham dito para não fazê-lo, ele queira parar também. Quando Vanessa finalmente acaba de explicar ele ergue uma sobrancelha e abaixa a outra e depois diz:

– Ah. Então era isso. – ele tem um ataque de risadas e penso se não o mandaram fazer exatamente isso. Todos o encaramos. Ele finalmente para. – O que foi? Eu realmente nem imaginava que era isso! Sabe... eu tenho uma prima mais nova que é humana... – ele faz cara de cachorrinho, de novo. Mais uma encenação, penso. – Vou tentar ficar do lado de vocês.

– Ok. Primeiramente: pare de drama. – Giovanna e Wendy ainda estão com as armas apontadas para eles quando Vanessa o solta. Seus braços começam a sangrar desesperadamente quando Vanessa tira as facas, mas ele fecha os ferimentos. Fico armada. E em seguida, Vanessa pede para que Henry faça um nó eficaz nos punhos dele. Sabe... para ele não se soltar. Janet fica parada. Só a vi falar uma vez.

– Mas o quê...?

– Ainda não confiamos em você. Ah, mais uma coisa... é melhor fechar a boca. – ela pega um pedaço de fita e cola nos lábios dele, para que ele não possa gritar, ainda que saibamos que tem vampiros com poderes de telepatia. Limitados, é claro. A guerra é feita aos dezessete e não aos dezoito justamente porque os poderes dos vampiros são extremamente limitados. Quando se faz dezoito, ele ainda é limitado, porém, bem menos. – Melhor irmos ao prédio escolar agora. Creio que seja melhor, mesmo que eles mandem o resto dos vampiros.

Concordamos com a cabeça e corremos para o prédio escolar. Fomos para o enorme porão, onde estão os enfermeiros e podemos deixar ele lá. Seria melhor? Não sei. Acho que sim. Por enquanto. Se bem que ele poderia ficar revoltado. Deixamos o vampiro numa cadeira, amarrado, pedimos para os enfermeiros olharem ele e saímos para procurar vampiros. Ou pessoas, precisando de ajuda. Quase todos os enfermeiros são humanos, eu nós, que fizemos primeiros-socorros ensinamos, mas ainda sim tem vampiros. E bastante. Cerca de 50 vampiros aliados curandeiros. Neste anos, temos uma vantagem em número; apenas 500 vampiros e cerca de 1.000 humanos, uma diferença de 500 pessoas. Eles são mais poderosos, sim, mas realmente, acho que temos chance de fazer o que queremos. Aposto que muitos vampiros também queriam isso, apesar de alguns ainda querem a liderança. Avistamos um grupo de cinco vampiros parados em um dos corredores da escola, conversando sobre alguma coisa que, pelo que vi na cara deles, deve ser algo importante.

– E as armadilhas? – pergunto um pouco confusa.

– Estão todas postas, certo, Henry? – Vanessa sorri ao ver uma por perto. Mais um pouco. Caíram. Agora não há escapatória. Saco minha espada assim como todos também preparam suas armas. Com cuidado, vamos até eles.

– Mas que porra é essa? Somos aliados ou não? Ah, Vanessa! Somos nós!

– Ah, mas o quão cabeças duras vocês são? Não sabem onde a gente combinou de ficar? Todos vocês aliados devem ficar no subsolo até segunda ordem! – ela corta a armadilha fazendo com que os cinco caiam no chão.

– Argh, Vanessa, vai ficar dando ordens agora? Quer saber qual é o plano dos outros vampiros ou não? – o mesmo vampiro fala.

– Quero. – ela se ajeita em sua armadura pousando a mão sobre a cintura e o encarando.

– Certo. – ele a olha com desprezo no olhar – Não ache que é porque é minha amiga de infância que pode me tratar assim. – ele da uma leve risada.

– Vamos lá, fale logo Peter. – ela retribuí com o mesmo sorriso irônico.

– Nós estamos em grupos de cinco. Vários grupos e cem vampiros vieram no total. O objetivo era invadir aqui enquanto vocês atacavam lá. Mas é claro, como sempre, você estava certa, Vanessa. – ele faz uma cara de bravo e Vanessa apenas o da seu sorriso em troca.

– Lá na entrada, perto dos armários, tem uma porta. Aquela porta leva para o porão, onde está a nossa improvisada enfermaria. Conto com você para levar o maior número de aliados para lá. Quantos aliados vieram?

– Cinquenta. Será um prazer. – ele se vira junto com os outros para ir embora.

– Fiquem lá até segunda ordem.

Eles se vão e depois de alguns segundos Henry tem um ataque de risos.

– Você gosta dele? – ele não hesita.

– Cala a boca, Henry. – ela diz séria.

Neste exato momento, ouvimos o berro de uma garota e paramos. Nos entreolhamos e saímos correndo em direção a ele. Uma garota tinha um ferimento na perna, profundo. Um grupo de seis, como recomendamos. Três vampiros; um, com uma lança de gelo na mão e água escorrendo delas. Poder de gelo. Os outros dois vampiros, não sei o que fazem, não estão fazendo nada. No grupo de humanos, todos, exceto a garota, estão lutando. Alguns com lança, outros com espadas. Neste grupo, de humanos, há duas garotas e quatro garotos; um, em especial, parece estar mais preocupado com ela. Os vampiros são todos garotos. De impulso, largo minha katana e saio correndo em direção a garota para socorrê-la. Vejo que Vanessa arma o arco e Janet pega sua espada.

– Henry! Leve-a para a enfermaria! – gritou Vanessa. – Podemos nos virar sozinhos. – ele olha pra mim, balança a cabeça para Vanessa em concordância, pega a garota em seus fortes braços e saí correndo. Fico no chão observando-o sumir. – Ei! Vocês explicaram para eles o plano? Nossa intenção é deixa-los saber!

– Tentamos, mas eles não quiseram nos ouvir. – diz a garota de cabelos pretos e cacheados, olhos pretos e boca avermelhada. A que ainda não está ferida. Não muito. O diálogo entre elas me acorda.

– Vanessa! – grito e ela me olha. – Quero ir junto de Henry. Afinal, somos uma dupla. – isso não causa muito efeito e ela me olha como se quisesse dizer “E daí? Precisamos mais de você aqui!”. – Para protegê-lo. – ela franze as sobrancelhas, vendo que iria insistir.

– Ok. – ela diz, ainda duvidosa.

Saio correndo, pego minha katana do chão e continuo a correr por vários corredores, em direção a Henry, ele, aparentemente não me nota. Quando o alcanço já estou com bastante falta de ar. É. Mas é claro. A única pessoa capaz de me vencer em uma corrida é quem eu estava perseguindo.

– Katte? O que está fazendo aqui?

– Ah... – digo parando para pensar e respirar. – Nós somos uma dupla, não somos?

– É. Somos sim. – ele sorri, não um sorriso falso, mas posso ver que ele está um pouco inseguro.

Andamos lado a lado, eu com a minha katana, pronta para enfiar em qualquer idiota que pareça e ele com a garota nos braços. Ainda estou um pouco ofegante, por isso Henry olha constantemente para mim, preocupado.

Sem problema algum, chegamos na enfermaria, onde estão vários vampiros, inclusive o que vimos na casa, agora solto. Passamos por eles e chegamos na enfermaria, onde há três vampiros curandeiros. Dois dormindo.

Henry deita cuidadosamente a garota na maca. A garota deve ter perdido bastante sangue. A algum tempo ele já está inconsciente. Sento-me em uma careira perto a garota. O vampiro que a cura tem cabelos marrons acinzentados, olhos vermelhos, que, através dos óculos que ele usa ficam azuis, alto e magro. “Descanse” ouço Henry sussurrar. E é a única coisa de que me lembro por que pelo jeito peguei no sono.

Acordo e o vampiro já tinha parado de cura-la. Me senti mal, por que todos estavam se esforçando e eu estava dormindo. Que vergonha...

– Quer alguma ajuda? Tem asma, não tem? – percebo que ele me olha por debaixo das lentes.

– Não, quero dizer, tenho, mas basta eu descansar um pouco e usar uma dessas. – digo-lhe mostrando o inalador. – Mas, espere... Como sabe que tenho asma?

– Meus olhos... – ele diz tirando os óculos – podem ver doenças que os outros tem. Poderia usa-los em uma luta, mas por causa dos meus poderes, escolhi ser curandeiro.

A garota da um pouco tosse um pouco e depois fica sentada na maca. O médico sai. Realmente muito bonita. Loira de olhos verdes e alta.

– Oi. – tento puxar assunto.

– Oi. – ela responde sorridente. – Obrigada por ter me salvado. Diga a seu namorado que também agradeço a ele.

– C-como assim meu namorado? – explodo, vermelha de vergonha.

– Ah... Ele não é seu namorado...? Diga a seu amigo, então. – ela pisca.

– Ok! – ficamos em silêncio por um tempo. – De que parte você vem?

– Da primeira. E você?

– Sou da quarta mesmo.

A porta se abre rapidamente e vejo a imagem de Henry. Ele respira um pouco e diz:

– Katte, você pode lutar? Porque precisamos ir.

A sala que fica antes a enfermaria, no porão, está vazia. Sem entender, passo correndo por vários corredores com ele, quando encontramos um grupo de vampiros discutindo um pouco distantes. A katana faria muito barulho e eles estão longe, então pego uma flecha e ajeito-a no arco. Estou prestes a atira-la quando me lembro: não, Katte, a intenção não é mata-los. Temos que trazê-los para o nosso lado. Desisto da ideia de acerta-los, e vou caminhando armada para perto deles para apenas descobrir o que agora eles estão procurando. Henry da um passo, mas é o suficiente para eles nos notarem.

Atiro a flecha com a intenção de ferir apenas a coxa dele, porém, este rapidamente desvia. Henry e eu nos aproximamos, enquanto nos afastamos dos vampiros. Ele saca a espada e eu retiro outra flecha de minha aljava.

Eles se aproximam, entretanto aparentam não querer nos machucar. Aliados?, passa por minha mente, mas com certeza não são. Dou um passo para recuar, mas de impulso rapidamente minha flecha atinge o joelho de um deles. Pronto!, penso, Se eu tinha alguma chance de negociar, lá se foi ela!

Todos olham ligeiramente para aquele que foi acertado, mas todos continuam a andar. Contamos baixinho até três, depois disso eu e Henry saímos correndo. Estamos em desvantagem; dois humanos e cinco vampiros. Ouço o barulho de vidros quebrando e automaticamente acelero. Olho para trás uma única vez e vejo plantas nos perseguindo. Plantas? Olho para trás de novo e confirmo. Te cada poder bizarro...

Minha respiração começa a ficar ofegante. Caio na porta da escola não conseguindo respirar muito. Henry me ajuda a levantar e vejo que tem muitos vampiros nos cercando. Muitos mesmo. Estão com tanta raiva assim? Então vejo que há humanos cercando os vampiros. E há vampiros correndo em direção a humanos, que correm em direção a nós. O que está acontecendo?

– Conseguimos Katte! Agora é só esperar.

Uma armadilha...? Vanessa aparece no corredor de um dos andares – que tem uma proteção e é aberto para a portaria – e começa a gritar, segurando um alto-falante:

– Preparem-se!

A minha reação é a mesma de muitos vampiros: não entendo. Então Henry sussurra para mim que depois irá me contar. Concordo com a cabeça. Uma luz azul, muito azul sai pelo meio, então protejo meus olhos. Quem são mais afetados são os vampiros, que pedem para parar imediatamente. Quem fez a arma, claro, um aliado. Essa arma não seria feita por um humano, mas quem? Alguns vampiros não estão sendo afetados, então vejo que são estes que estão usando uns óculos de sol roxo.

E é a ultima coisa de que me lembro. Acordo na enfermaria. Acordo na enfermaria, nela estão diversas caras, entretanto, reconheço o rosto de Wendy. Tento me mexer para ajuda-la, porém Vanessa me detém colocando o braço na minha frente. Vejo que Vanessa, Janet e Henry estão do meu lado. Não consigo falar. Giovanna está do lado de Wendy.

– Funcionou? – esforço minha voz ao máximo, mas está saí muito rouca. – Quero dizer – dou uma engasgada. – o plano de vocês funcionou?

Vanessa balança a cabeça, um pouco séria, mas não conseguindo conter o sorriso.

– Você está bem? – pergunta Henry e concordo. Ele suspira. – Você foi enfeitiçada. – olho para mim mesma buscando algo diferente então me lembro de algo importante.

– Quantos vampiros e humanos perdemos?

– Hum... Será que você acredita? Nenhum!

– Como?! – minha voz da uma estourada, então minha garganta começa a doer e me arrependo de ter berrado. – Bem, quanto aliados ainda temos?

– Aqui Temos 94 e lá temos 100 agora. Temos, no total, 194 aliados de nossa idade. Bem, já passa de um quinto!

Vem a minha mente algumas imagens da luta. Vanessa quase conseguiu conter todos de entrarem em briga, a maioria dos vampiros já tinham concordado, mas alguns haviam resistido. Até que alguém do lado dos humanos fica impaciente e resolve atacar, ferindo um dos vampiros. Então quase todos entraram em guerra, todos os vampiros que não tinham se aliado e alguns outros que já tinham, mas acho que depois daquilo perderam a confiança. A guerra estava quase acabando quando me sinto um pouco zonza. Mais fraca e depois sinto uma enorme dor que me leva a desmaiar.

– Espere... Mas, como temos noventa vampiros se vieram cem?

– Fugiram. – ela responde normalmente e depois franze as sobrancelhas.

– O que vamos fazer? – pergunto perplexa.

– Esperar. Apenas isso. – Vanessa responde. – Tomara que Peter tenha um plano com os outros vampiros. Estamos apostando quase tudo nele. – ela suspira.

Olho para o teto. O que realmente vamos fazer?

Peguei no sono quase o dia todo. As vezes acordava pra falar com alguns que iam falar comigo ou tomar o medicamento. De madrugada estou de pé. Quase toda recuperada. Vou andando pelo subsolo onde vários estão dormindo, vários de vigia. Acho um garoto e uma menina num computador. Reconheço o garoto: o vampiro que encontramos ontem.

– Isso, mas... – ela percebe que estou os olhando. – Oi!

– Oi... – respondo. – Ah, nem perguntei seu nome ontem.

– Wilian. E o seu deve ser Katte.

– Isso mesmo! – respondo me sentindo muito bem. Ficamos por silêncio por um longo tempo.

– Como eu ia dizendo, não tem como eles serem cópias! Já te disse que eu vi. Ainda duvida?

Minhas pupilas se dilatam ao fazer o que ela falou. Duvidar.

– Calma Katte. Ouça. – no momento em que ela diz isso, vejo que ela não tem tamanho nem característica para ter a nossa idade.

– Você não tem dezessete anos, tem?

– Não. – ela da uma risadinha. – Tenho treze. – então quer dizer que Vanessa chamou pessoas mais novas para ajudar... E talvez mais velhas. – Agora está me ouvindo? Não somos cópias. Sabe por que não? Porque Bryan Byro só pode fazer até cinco cópias, por enquanto. – por um momento passa pela minha cabeça que eles são cópias e que estão me falando isso a mandato de Bryan. Porém, minha intuição me diz que é melhor acreditar.

– Como pode ter tanta certeza? – pergunto ainda duvidosa.

– São meus olhos. Através deles, posso ver o poder e o limite do poder de muitos vampiros. Meu poder eu não sei qual é o certo, mas meus parentes dizem que coisas acontecem quando sinto alguma coisa: se eu estou feliz, nascem flores. Se estou brava, surgem pequenos furacões. E se digo algo, a chance é muito grande de acontecer. Enquanto Bryan tiver dezessete anos, ele não vai poder usar nem um quinto de seus poderes. Mas quando tiver dezoito...

– Então é isso... – desabo na cadeira. – Como é seu nome, afinal?

– Meu nome é Leevi. Katte acredite. Queremos parar com a guerra também. Sonho com isso desde pequena. Acredite.

Sei que pode ser apenas encenação. Mas decido acreditar, afinal, se quisermos parar mesmo com a guerra, vamos precisar de toda ajuda possível.


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Notas finais do capítulo

Agora que eu dei duro neste capítulo, vocês podem falar o que acharam? Heheh, obrigada por lerem gente, sério, desculpa pela demora, tô muito gay hj mas amo todos vcs :)



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