Morning Star escrita por Giovanni Schaeffer


Capítulo 18
Inverno


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas!!! Chegando do cinema haha, vamos ao cap?
Boa leitura



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Aquela noite foi como uma bomba de felicidade caída sobre mim, tudo era feliz. Todos os dias ao me levantar, me sentia leve como uma pena solta ao vento. Para a minha surpresa e acho que a de todos, papai não ficou tão bravo quanto achei que ficaria, na verdade nem bravo ele ficou. Os dias que se seguiram não foram menos que perfeitos, sempre que estou com Jake sinto-me pisando nas nuvens.

Já era dia vinte de novembro, o tempo esfriava significantemente a cada hora que passava, o famoso inverno estava para começar em alguns dias e então era praticamente impossível entrar e sair da cidade com qualquer tipo de automóvel, então iríamos ao mercado da cidade vizinha para comprar comida e suprimentos que durem até a metade de janeiro. Mesmo para vampiros era difícil o acesso a esta cidade nos cinquenta e cinco dias em que a cidade era apenas noite. Vovô e vovó levaram eu e Jake no mercado.

- Quantos desse? - ela perguntou a nós, surgindo no final do corredor com uma caixa de hambúrgueres, cada uma contendo dez unidades

- Cinco. - falei após trocar olhares com Jake, que concordou 

Vovó assentiu e então voltou a seção em que fazia as compras com seu carrinho, Jake e eu pegávamos algumas bolachas e salgadinhos. Em certo momento nossas mãos se tocaram na prateleira e me virei á ele.

- Sua mãe brigou com você ontem? - perguntou me olhando nos olhos

- Não, ela ficou tão impressionada quanto eu... - sorri - ... ficou lembrando de quando ela namorava meu pai, ultimamente ela tem feito muito isso.

- Realmente, os dois não se desgrudavam. - ele comentou - Mais ou menos como nós somos agora.

Rolei os olhos rindo e me voltei a prateleira, pegando mais cinco pacotes de bolachas e três sacos enormes de doritos. Coloquei tudo em nosso carrinho, que estava quase cheio, na maioria eram porcarias como doces, e coisas para fritar. O que era saudável estava no carrinho de vovó e vovô.

Após uma hora e meia de compras, passamos quase trinta minutos no caixa, passando cada item e tendo que levar tudo para o carro pouco a pouco, devido ao mercado estar cheio e as pessoas poderem estranhar apenas dois humanos carregarem quilos e quilos de compras sem muitos problemas.

- Prontos para o inverno? - vovô perguntou no caminho de volta para casa - Aposto que o inverno de Forks é uma sauna comparado ao daqui.

Chegamos em casa e nos apressamos a guardar tudo, uma nevasca forte se aproximava e não seria nada legal que a casa ficasse coberta de neve então tínhamos que nos prevenir. Todas as portas e janelas foram fechadas e bem trancadas, uma lona de proteção cobria o carro de vovô e ele nos proibiu de entrar na sala de jogos da casa até o natal. Provavelmente ele já teria comprado os presentes e queria que fosse surpresa, o que é meio difícil quando se tem uma vidente na família.

Eu cortaria o cabelo hoje, não aguentava mais esperar, tia Rosalie foi contra desde o início, dizendo que eu era linda com o cabelo comprido. Mas no meu ponto de vista apenas ela é linda com aquele cabelão.

Estava tudo preparado, eu tomei banho, deixei meus fios bem molhados e então fomos para a sala de estar, que naquela hora tinha se transformado num salão de beleza. Vários panos protegiam o chão da sujeira que poderia acontecer ali. Me sentei na cadeira e tia Alice colocou uma toalha sobre mim. Ela deu um jeito de colocar o espelho de meu quarto ali, para que eu observasse enquanto tudo acontecia.

- Pronta, querida? - ela me perguntou, colocando todo o meu cabelo para trás da cadeira

- Sim. - falei com confiança então ela começou, nos primeiros momentos eu fiquei de olhos fechados, apenas sentindo ela prender cada mexa entre seus dedos e depois ouvindo o barulho da tesoura

Alguns minutos depois tomei coragem para abrir os olhos, mesmo que eu não pudesse ver já que o cabelo estava todo para trás e o espelho estava de frente á mim. Todos estavam em volta, tio Emmett tinha em seus braços a cachorrinha Rose e o cãozinho que batizei de Spoby. Jake e papai estavam sentados no sofá logo ao meu lado e mamãe lia uma revista.

Dedo a dedo, meus fios foram cortados, pouco menos de um palmo e meio, eles ainda ficaram batendo na metade de minhas costas.

- Você gostou? - perguntei a Jake quando tia Alice terminou, estávamos na sala de televisão

- Ficou linda como sempre. - disse a mim e pegou minha mão, ele adorava fazer isso e não posso negar que eu também 

E o inverno chegou para ficar, só veríamos os primos de Denali depois de quase dois meses já que o acesso a eles se tornou praticamente impossível. A neve quase cobria metade das portas e janelas do andar de baixo e nosso telhado se tornou completamente branco. Não havia mais dia, apenas a noite, só sabíamos o horário por causa dos relógios, tudo bem, tinha dia mas o sol nem chegava a aparecer, era como um crepúsculo que durava sete minutos e então a escuridão tomava conta novamente.

- Posso entrar? - Jake disse parado no batente da porta, sempre no mesmo horário, nós jantávamos, ficávamos na sala com os outros assistindo televisão e conversando por pouco mais de duas horas depois subíamos, ele tomava banho e as dez e meia aparecia ali com seu lindo sorriso, pedindo permissão para entrar

- Nem sei porque você ainda pergunta isso. - comentei enquanto ele vinha em minha direção e se sentava na beirada da cama

- Esses dias vão ser bem tediosos, você não acha? - ele perguntou e assenti torcendo os lábios - Será que tá todo mundo bem alimentado, se é que me entende? Os animais fogem do gelo principalmente num lugar como esse.

- Acho que eles vão aguentar. - falei e então toquei sua mão que estava apoiada sobre o lençol, a trouxe a mim num pedido mudo para que ele se aproximasse mais

Jake assim o fez, eu estava encostada na cama com as pernas estiradas e ele agora sentado bem ao meu lado.

- Você ficou muito bonita assim. - falou tirando uma mecha de meu rosto - Eu sei que é a milésima vez que digo isso. Mas não me canso de te elogiar.

- Eu fico sem graça. - confessei, e com certeza minhas maçãs do rosto ficaram vermelhas - Jake, eu sei que é um assunto delicado mas como você está lidando com a saudade da sua família, do seu lar.

- É muito difícil, Nessie... - meditou - ... eu sinto uma saudade esmagadora da minha família mas meu lar é onde eu estiver com você.

Arregalei os olhos, nunca havia ouvido uma frase tão linda e ainda mais dedicada a mim dessa forma. Ele ainda não tinha soltado sua mão da minha, me olhava nos olhos com ternura e carinho.

- Eu sinto muito que tenha que sofrer tanto por nossa causa. Parece que nunca todo mundo vai conseguir estar completamente feliz, nunca tudo vai estar cem por cento perfeito.

- Não precisa se desculpar comigo. - ele me interrompeu - Vou superar isso de alguma forma.

- Não deve fazer isso sozinho. Você tem a nós, você tem a mim, não está sozinho e não precisa sofrer sozinho.

Eu o abracei por um bom tempo, seu queixo ficou em minha cabeça e afoguei meu rosto em seu peito, seus braços vieram ao meu redor e os meus ao redor dele. Eu gostaria que aquele gesto durasse a eternidade se fosse fazê-lo se sentir melhor, mas nada como o tempo para apagar feridas.

- Se importa em esperar eu dormir? - perguntei ainda agarrada a ele - Em noites de inverno meu pai ou minha mãe ficavam comigo até que eu dormisse, acho que esse hábito não mudou muito junto com minha transformação.

- Claro que fico. - murmurou e quase não percebi que ele tinha respondido - Ficaria até que você acordasse se isso não fosse infligir as regras do seu pai.

Sorri de canto e então o soltei, deitei na cama e abri espaço para que ele deitasse ao meu lado, debrucei minha cabeça sobre seu peito e ele passou a acariciar meu cabelo levemente, e aos poucos fui perdendo os sentidos, minhas pálpebras foram ficando cada vez mais pesadas até que eu mal conseguia abri-los. 

Quando acordei ele já não estava mais, fiquei me perguntando quanto tempo ele teria ficado ao meu lado até que percebesse que eu tinha dormido ou até que um certo pai coruja aparecesse.

Demorei vinte minutos para sair debaixo das cobertas e descer para o café, o resto do dia se seguiu monótono. Eu temia que esse ritmo se seguisse até a metade de janeiro. A diversão e distração de todos, inclusive tia Rosalie, eram os cachorrinhos e suas peripécias, Spoby roubou minha pantufa de cachorro e a levou para sua morada, no quarto da loira.

- Eu disse que ela ia acabar se acostumando com eles. - vovó comentou com ar de vitória que me fez rir - Nem mesmo ela pode resistir a duas fofuras como eles, é engraçado que Emmett tenha dado o nome dela para a fêmea, porque as duas são de certo modo autoritárias, o coitadinho do Spoby sempre perde o lugar quando ela chega, assim como o Emmett.

E assim, entediosamente, dia após dia, fomos encarando aquele ocioso e rigoroso inverno. O natal, que me pareceu nunca chegar, ironicamente já tinha chegado.

- Todos prontos para os presentes? - vovô perguntou esfregando as mãos uma na outra - Venham comigo, todos para a sala de jogos.

Obedecemos e também ficamos surpresos ao ver que a mesa de sinuca tinha sumido, dando lugar a uma pilha de pacotes e no canto do cômodo uma grande toalha cobria algo que eu já sabia o que era.

- Bom, eu queria começar pela minha querida esposa Esme, concordam? - ele disse abraçando vovó e lhe roubando um beijo inesperado, todos os casais estavam abraçados, bem, os cachorrinhos apenas estavam lado a lado - Quer saber o que vai ganhar?

Ela assentiu curiosa e então ele pegou um dos pacotes, de porte médio e pelo barulho que fazia dentro do embrulhe, deduzi ser algo de peso. Vovó desfez o laço cuidadosamente e removeu a tampa da caixa verde-musgo, revelando um lindo e aparentemente antigo vaso, pelos desenhos pude notar que era chinês ou japonês.

- Querido, isso é maravilhoso! - ela exclamou com um sorriso mais do que feliz - Onde o conseguiu?

- Você sabe que eu conseguiria tudo para você. - ele falou amorosamente e eles se beijaram novamente - Acho que vai ficar lindo no nosso quarto. - comentou e ela balançou a cabeça positivamente, e vovô seguiu, pegando o próximo embrulhe - Muito bem, este aqui é para nossa adorável baixinha que com certeza já deve ter adivinhado o que é, mesmo eu pedindo para que ela não fizesse isso.

Alice sorriu maliciosamente e foi receber seu pacote, que nos mostrou ser um vestido de gala, verde água com detalhes prateados, flores desenhadas com fios de prata.

- É perfeito. - ela comemorou saltitante - Agora é só esperar uma festa ou qualquer ocasião especial, para que eu possa usar.

- Jasper. - vovô sinalizou, estendendo a mão, segurando um pequeno pacotinho, que tio Jas descobriu ser um belo e estiloso relógio antigo, provavelmente da década de mil novecentos e quarenta, de bronze e ponteiros dourados, até os números do painel eram de ouro, para mim um relógio antigo servia apenas de decoração mas para aquele loiro era algo realmente importante - Espero que tenha gostado.

- Quem será o próximo hein? - falei em tom de suspense

- A Rosalie. - tia Alice revelou, estragando a surpresa e então a fuzilei com o olhar - O que foi? Todos já iam saber mesmo.

Vovô rolou os olhos e foi até tia Rosalie para lhe entregar um lindo colar de ametista, que ela tratou de colocar na hora e ir olhar no espelho, ao lado da janela, coberta de neve do lado de fora. O presente do tio Emmett foi uma camiseta dos Lakers autografada sob encomenda, para a surpresa de todos o tamanho dele estava disponível.

Mamãe ganhou um par de botas sem salto, coisa que ela vem usando muito ultimamente. Papai um livro, que ele gostou porém eu não via a mínima utilidade, pelo menos não ainda.

- Nessie, minha querida. - falou gentilmente e fui até ele, em minha caixa havia para meu espanto um celular, moderno como os que eu via nas revistas, olhei para vovô arqueando uma sombrancelha, sem entender - Bom, já que vai passar grande parte dos seus dias com seu tio, vai ser bom para nos comunicarmos.

- Mas eu nem sei mexer nesse negócio. - reclamei

- Não se preocupe, eu te ajudo. - Jake disse colocando a mão em meu ombro

- Ótimo. - vovô sorriu e pegou um pacote semelhante, entregando a Jake - Este aqui é o seu, mas não é só isso.

Ele foi até o canto da sala, até a ''coisa'' que estava coberta com um enorme lençol e fez sinal para que Jake o seguisse. Ao remover o lençol, meu namorado ganhou brilho nos olhos ao ver uma linda Moto Honda preta nova em folha, brilhava assim como o olhar de Jake. Quando percebi ele já estava abraçado a vovô.

- É mesmo pra mim? - ele perguntou com o rosto afundado no pescoço dele, vovô deu risada confirmando - Carlisle, eu nem sei como te agradecer.

- Não precisa agradecer, você sofreu bastante e ainda sofre por nossa causa, nem todos os presentes que te desse curariam as feridas de seu coração. - vovô sempre com suas sábias palavras

Todos ficamos contentes com a felicidade de Jake e depois de alguns minutos comecei a dar por falta dele, que ainda estava abraçado com meu avô. Rolei os olhos, afinal não é todo dia que se ganha uma Honda.

Jake mal podia esperar para que pudesse estrear seu novo xodó e o fiz prometer que eu seria a primeira, e talvez a única, a andar em sua garupa. 

O natal passou, e o ano novo também, o povoado da cidadezinha não deve ser de comemorar a passagem de ano, bom, não que deva ser divertido soltar fogos em meio a um nevoeiro mas eu gostaria de ver a queima de rojões no céu, o que nunca vi já que em Forks ninguém faz isso e as nuvens não permitiam que se visse nada das cidades vizinhas.

O mês de janeiro passou rápido como se fosse um final de semana. Os cinquenta e cinco dias de escuridão tiveram seu fim, na metade do mês.

Tio Emmett por fim não teve que acatar as investidas de tia Rosalie já que não vai para a faculdade como todo mundo, não cursaria biologia, juntamente com mamãe. Tia Alice faria moda, tia Rosalie medicina e tio Jasper literatura com papai. A universidade era uma só, então todos eles se veriam constantemente ao longo do dia, Jake ficaria no colégio até quase quatro da tarde e seria o primeiro a chegar em casa. Como a neve ainda não permitia que a Honda saísse da sala de jogos, por enquanto quem o deixaria e buscaria no colégio seria vovô, que em seguida levaria vovó a loja dela. 

Papai ganhou um carro, tia Rosalie também. Uma coisa os dois tinham em comum além da beleza ressaltante em relação ao resto da família: não abririam mão de seu gosto por carros. O dele era um Volvo, ele queria muito que trouxéssemos o dele de Forks mas vovô já tinha explicado o fato de meu avô Charlie poder nos achar e não nos perder de vista. O de titia era um vermelho cuja marca não consigo memorizar. Mais tarde, a noite, Jake veio ficar comigo no quarto.

- Vai sentir minha falta? - ele perguntou carinhosamente

- E ainda pergunta. - comentei ironicamente e o beijei, fazia isso em cada oportunidade que tinha - E você, vai sentir minha falta?

- Em cada segundo. Só ficaremos juntos de verdade aos finais de semana já que só saio da escola depois das três e meia e chegarei aqui bem depois das quatro. Quando eu acordar e sair provavelmente você ainda vai estar dormindo.

- Você pode me acordar, não tem problema.

- Não, não faz sentido eu te acordar apenas para dizer que estou saindo. - falou como sempre carinhosamente e dei de ombros, concordando

- Você vai me ligar sempre que puder né?

- O tempo todo.  - me assegurou e deu permissão a si mesmo para se aproximar, até estar sentado quase tão perto que eu alcançaria seu rosto sem ter que esticar o braço - Sabe, eu acho que o papai Edward já se acostumou com a nossa relação.

- Eu também reparei, ele nem se incomoda mais quando nos beijamos e ele está perto. 

- Naquela noite em que fiquei aqui até você dormir, eu achei que ele fosse me acordar no tapa mas no dia seguinte sua mãe me disse que ele veio até aqui, me pegou no colo e me levou até meu quarto e até teria deixado eu ficar se você não tivesse ocupado a cama toda.

Arregalei os olhos, ninguém tinha me dito aquilo. No momento em que Jake disse as palavras, imaginei a cena de meu pai o carregando no colo até o outro lado do corredor e então o colocando na cama. Parece que os ares do Alasca estavam mudando a cabeça de meu querido pai coruja.

Seria extremamente chato ficar em casa todos os dias sem ninguém, bom, quase sem ninguém. Analisando todas as minhas opções de descontração eu tinha meu tio, os montes de filmes para assistir, os livros antigos de vovô sobre as lendas de nosso mundo, eram tão grandes que eu levaria um dia inteiro para ler um único capítulo de algum deles. Também tinha os cachorrinhos, que realmente conseguiam me distrair e me divertir.

Eu poderia ir até a cidade quando a neve permitisse que alguém caminhasse normalmente, afinal nossa casa era isolada de toda a cidade, tudo bem que eu não vou para o colégio justamente para que fique longe dos humanos mas seria bom alguém da família dar as caras na cidade ao menos uma vez, ou então começariam a desconfiar de nós.

Naquela noite, Jake não ficou muito, estava morrendo de sono e não o forçaria a ficar apenas por mim. Nem percebi quando caí no sono e então era um dia a menos para o colégio.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim
Okok, me desculpem... eu confesso que este capítulo possa ter sido meio chato mas é porque eu não podia simplesmente pular tanto tempo na história sem mais nem menos... então espero que tenham gostado
Nos vemos nos comentários, beijos e desejo a todos um ótimo fim de semana



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