A Elite escrita por AnaTheresaC


Capítulo 6
Você é um idiota... Mas é um idiota gostoso!


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee! Esse capítulo é totalmente dedicado a Karina Santos pela linda recomendação! Aproveitem! E espero que tenham gostado da nova capa da fic!!



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Capítulo 6

– Você é um idiota... Mas um idiota gostoso!

– O que está havendo? – perguntou a garota baixinha e ruiva que chegou perto delas.

– Bonnie! – gritou Caroline, sufocando a amiga em seu abraço.

– Seu pai deixou você vir! – disse Rebekah.

– Depois de uma ligação para a minha mãe... É claro que ele ia deixar. – disse Bonnie.

Os pais de Bonnie eram separados desde que a garota tinha uns cinco anos. Ela mora com a mãe e com seu padrasto, mas eles quiseram prolongar a viajem de férias à Acapulco e deixaram Bonnie na mansão de seu pai, onde ela passou as férias inteiras.

– Mas por que riam tanto? E onde está a Sam? – perguntou Bonnie.

– Não era nada. E a Sam está por um canto escuro aí com a língua do Kol sendo enfiada na garganta dela. – disse Elena, um pouquinho já alta por causa do álcool do Cosmopolitan.

– Ugh! – disseram Bonnie, Caroline e Rebekah. – Isso é nojento. – disse Bonnie.

– Acredite, Bon, quando você faz... Não é. – disse Caroline, fingindo seriedade depois caindo na gargalhada, sendo seguida pelas garotas.

– O que ainda estamos fazendo aqui? Vamos dançar! – disse Rebekah, arrastando as duas garotas para a pista de dança improvisada que fizeram no meio do bar, onde costumava ficar as mesas do restaurante. As mesas foram arrastadas para os cantos do local e espalhadas no restaurante, de modo que ficou um grande circulo que já estavam um monte de gente dançando, e se beijando.

As garotas começaram a dançar, esbarrando em alguns conhecidos e cumprimentando-os, e esquecendo de todo o resto.



Ela está maravilhosa”, esse foi o pensamento de Damon ao avistar a garota que ele vira mais cedo, Elena Gilbert, adentrar na festa. Ela estava extremamente linda e de um certo modo, provocante, naquele vestido tomara que caia azul marinho balonê.

– O que olhas tanto, Damon? – perguntou Klaus, que o arrastara sem razão nenhuma para essa festa de colegial. Pelo menos também possuíam pessoas mais velhas como eles, pois senão Damon estaria totalmente deslocado.

Klaus pegou o olhar de Damon e assobiou baixo. – Uau. Quem é ela, e por que você a seca tanto? – perguntou Klaus, atraindo um olhar de pura descrença para ele.

– Não sou um moleque para ficar “secando” garotas, Niklaus. – disse Damon fazendo Klaus revirar seus olhos azuis.

– Que seja. Mas sabe quem é ela?

– Elena Gilbert. O pai dela é médico da cidade. – disse Damon, ainda fitando a garota.

– Ah! Dr. Gilbert, lembro bem dele. – disse Klaus, fazendo Damon dar uma risada.

– Claro que se lembra. Praticamente todo mês você estava no consultório dele com algum osso quebrado por causa daquele skate. – disse Damon, e Klaus balançou a cabeça, rindo fraco.

– Mas se me lembro, a filha dele é bem mais nova que nós, da idade de Rebekah, acho. Damon, olhe bem no que você está se metendo. – avisou Klaus, dando um gole em seu uísque

– Nem venha com esse papo, Klaus. Ou pensa que não vi seu olhar para a loira que está ao lado dela? – disse Damon, fazendo Klaus engasgar-se. – O que? Pensa que não sei para que você me trouxe a essa festa de colegial? – disse Damon, rindo em seguida. – Diga-me, de onde você conhece ela?

– Ela é amiga de Rebekah. – disse Klaus com a voz rouca devido ao uísque que queimou sua garganta. Ele pigarreou para tirar a rouquidão. – Mas ela é encantadora, não?

– Haha. Certamente. Mas acho que chegou tarde, as garotas dessa idade nunca ficam solteiras, ainda mais uma garota com a aparência dela.

– Então digo o mesmo para você, meu amigo. Aposto que você não tem chance com Elena.

– Engano seu, meu caro amigo Klaus. Já interroguei Stefan essa tarde. Ela é solteira e gosta de caras mais maduros. – disse Damon, ajeitando a gola de sua camisa.

– Então você não tem chance mesmo – disse Klaus gargalhando, fazendo Damon revirar seus olhos azuis-gelo pela brincadeira.

– Ah é? Veremos. – dito isso, Damon chamou o barman, que veio atendê-lo prontamente.

– Posso ajuda-lo, senhor? – perguntou o barman, que Damon nem prestou atenção.

– Sabe aquela garota morena ali? – ele perguntou e o barman assentiu em conhecimento. – Então, quero que leve um Cosmopolitan para ela, por minha conta. – disse Damon e Klaus arqueou uma sobrancelha.

– Também quero que leve um para a loira que está ao lado dela, por favor. – o barman assentiu e deixo-os para preparar as bebidas.

– Tsc, tsc, tsc. Vocês não tem mesmo vergonha nessa cara. – falou uma voz atrás deles e os dois se viraram em surpresa.

– Alaric! – veio Damon cumprimentar o amigo de infância, seguido de Klaus. – Como soube que voltamos?

– Vocês podem achar que não, mas ainda somos noticiados na “Garota do Blog”. – disse Alaric, sentando-se ao lado de Damon e pedindo uma dose de uísque.

Damon revirou seus olhos. A Garota do Blog foi seu pesadelo no colegial. Já levara vários tapas de garotas por causa dela, já que noticiava seus pequenos “casos”.

– Isso ainda existe? – perguntou Damon.

– Existe, e agora está na geração da sua namorada. – disse Alaric, apontando levemente Elena, que agora recebia os drinks. O barman apontou para os dois e elas olharam, fazendo Damon dar um leve aceno e um sorriso torto na direção da garota morena.

– Sério, Damon? Justo Elena? – perguntou Alaric.

– O que tem ela, Ric? – perguntou Klaus.

– Conheço a tia dela. Ela é gente boa, e fala muito da sobrinha. – disse Alaric, bebendo um pouco de seu uísque.

– Não comece, Ric. – disse Damon para o amigo. – Eu gostei dela. – Alaric revirou os olhos.

– Você falou a mesma coisa da Jessica, da Lauren, da Stephanie, da Rose...

– Ah, Rose... Ela fazia uma coisinha com a língua que era fenomenal. – disse Damon lembrando-se de sua antiga namorada, fazendo Alaric revirar seus olhos novamente e Klaus rir.

– Eu desisto. – disse Alaric, balançando sua cabeça, fazendo os outros rirem.



Passou-se um tempo e Elena já estava praticamente sozinha na pista de dança. Samara passara um pouco ali, com Kol praticamente na cola dela e disse que ia embora com Kol, que já que os pais dela tinham saído em uma viagem à tarde, a casa estava vazia. Elena apenas revirou os olhos após isso.

Rebekah encontrou uma amiga que ela fez em um dos acampamentos de verão que ela foi por duas semanas no verão passado, April Young.

Bonnie também já havia ido para casa, pois seu pai havia ligado para ela avisando sobre seu toque de recolher. Elena achava isso uma tremenda estupidez.

Caroline discutia com Tyler não muito longe dali, provavelmente por causa daquela garota Hayley. Elena dançava com alguns conhecidos de sua escola, que sentavam com ela na hora do almoço. A garota não estava totalmente bêbada, mas já estava um pouco alta. Ela já estava acostumada a beber.

Once upon a time... A few mistakes ago... I was in your sight, you got me alone”, começou a música nova da Taylor Swift, cantora que Elena amava, em uma versão remix. Ela começou a dançar ao som da música e de relance avistou Damon Salvatore, o cara que havia pago para ela o Cosmopolitan.

You found me, you found me, you found me”

“I guess you didn’t care and I guess I liked that

“And when I fell hard you took a step back”

“Without me, without me, without me”

Elena dançava e via que Damon praticamente a comia com os olhos. Ela sorriu. “Esse seria um ótimo jogo.”

And he’s long gone when he’s next to me”

“And I realize the blame is on me”

Apenas para provoca-lo, Elena cantou o refrão olhando nos olhos tão azuis dele. Mas ela não ia dar o gostinho tão fácil de conquista para ele. Ela conhecia bem o tipo de caras como Damon Salvatore. Kol mesmo era assim, até Samara refreá-lo.

Cause I knew you were trouble when you walked in”

“So shame on me now”

“Flew me to places I’d never been”

“Til you put me down”

Isso pareceu encoraja-lo, já que ele chegou mais perto dela, dançando junto a ela.

Ah, eu ainda tenho que agradecer à minha incrível habilidade de ouvir Taylor Swift!”, pensou Damon bem humorado.

Oh, I knew you were trouble when you walked in

So shame on me now”

“Flew me to places I’d never been”

“Now I’m lying on the cold hard ground”

– Tenho que ir embora. – murmurou Elena para si mesma, e por cima do barulho, Damon ouviu.

– Você claramente está muito alcoolizada para dirigir. Quem te trouxe? – perguntou Damon

– Eu vim com meu carro, mas posso pedir para que meu motorista me leve.

– Não precisa, eu te levo. – disse Damon, apoiando Elena quando ela tropeçou por causa de seu salto alto.

– Mas e Caroline? Ela veio comigo...

– Caroline? A loira que estava com você? – perguntou Damon, e ela assentiu. – Meu amigo pode leva-la. Nós não bebemos tanto assim. – Damon disse e Elena concordou. Damon olhou entre a multidão e encontrou Klaus falando com sua irmã. – Klaus! – gritou Damon, fazendo o cara vir até ele.

– O que foi, Damon? O que houve com ela? – perguntou, fitando Elena bebendo um pouco de água que ela havia pego na bandeja de um garçom que passava.

– Vou leva-la para casa. Pode levar aquela amiga dela loirinha? – perguntou Damon dando uma piscadinha, fazendo Klaus compreender tudo.

– Damon, você é terrível. – disse Klaus. Damon revirou seus olhos. – Ok, eu levo. Mas olhe o que vai fazer com essa garota. – e com isso virou-se e encaminhou-se para onde sua irmã estava, para provavelmente informa-la sobre os planos.

– Não precisa me levar para casa, Salvatore. Eu estou perfeitamente bem. – falou a voz dura de Elena. Damon olhou para ela com um sorriso torto.

– Eu insisto, Gilbert – quando ela abriu a boca para argumentar, Damon a cortou. – Não seja teimosa. Vamos, meu carro está ali na frente. – e com isso a garota, vendo que não teria opção, seguiu Damon até o lado de fora, onde batia um vento gelado por causa do inverno.

– Não trouxe casaco? – perguntou Damon ao ver Elena dar um pequeno tremor de frio.

– Não. Esqueci em casa. – disse ela, tremendo novamente. Damon suspirou, tirando sua própria jaqueta de couro e colocando em volta de Elena. A garota se aconchegou na jaqueta quente por causa do calor do corpo de Damon, se esquentando enfim.

– Obrigada. – a garota sussurrou.

– Não tem problema. – disse Damon, destravando sua Ferrari. Ele abriu a porta do passageiro para Elena. – Senhorita. – ele disse para ela indicando para que ela entrasse no carro. E quando o fez, ele fechou a porta, dando a volta no carro e entrando no lugar do motorista.

– Que cavalheiro. – elogiou Elena. Damon apenas deu um sorriso torto e deu de ombros.

– Fui bem criado. – disse ele, lembrando-se de como sua mãe sempre o ensinou a ser um cavalheiro com as mulheres, e mesmo sendo um cafajeste, ele sempre tratava bem as mulheres com quem saia.

– Eu sei. Logo vi que a boa educação de Stefan veio de berço. – disse Elena, e Damon sentiu uma pequena fisgada em seu peito ao ouvir a garota falar de seu irmão. Mas decidiu ignorar, não era nada.

Elena aconchegou-se no banco de couro macio e quente, olhando pela janela enquanto ele dava a partida.

– Então... Elena Gilbert. Soube que é a rainha da Robert E. Lee. É verdade? – perguntou Damon em tom de brincadeira, olhando para a garota com uma sobrancelha arqueada.

– Mas é claro que é verdade! Eu já nasci rainha. – a garota se fez de ofendida, empinando seu narizinho ao terminar de falar, rindo em seguida. Damon ficou encantado por sua risada.

– Onde você mora? – perguntou Damon após alguns minutos de silêncio.

– Pensei que já soubesse, senhor Perseguidor. – disse Elena, levantando uma sobrancelha perfeitamente delineada para ele, que ficou um pouco sem graça. “Que história é essa, Salvatore? Desde quando você ficar sem graça por causa de uma garota?”, ele pensou, estranhando as atitudes que ele tem quando está perto de Elena.

– Ok, ok. Admito que eu estava curioso ao seu respeito... Então interroguei Stefan sobre tudo que sabia sobre você. – ele disse, fazendo-a gargalhar.

– Isso é um pouco estranho. E nunca imaginei Stefan fazendo isso. – ela disse e Damon deu de ombros.

– Eu sou o mais velho. Ele tem que me obedecer. – disse Damon, fazendo Elena balançar levemente a cabeça. – Então... Endereço?

– Wickery St. Número 2104. – disse Elena, recostando-se mais uma vez no banco e fechando os olhos levemente.

Quando abriu seus olhos novamente, o carro parava em frente à sua mansão. Ela havia adormecido e nem percebeu.

– Não sabia que estava tão exausta. – ela murmurou para si mesma, depois olhou para Damon, que a olhava divertido. – Desculpe, Damon... – ela começou a falar, mas ele a interrompeu com um aceno de mão.

– Você estava cansada, eu sei. Aliás, você é uma pessoa muito interessante de se ver dormindo. – ele disse e ela corou.

– Bom, obrigada por ter me trazido. – ela sorriu minimamente. Ele saiu do carro e abriu a porta novamente para ela. – Obrigada. – ela disse novamente.

– Você passa muito tempo agradecendo. Isso faz parte de como fui criado, Elena. – disse ele, revirando um pouco os olhos e dando um sorriso sedutor. Quando chegaram até a porta, ela tirou a jaqueta dele e o entregou.

– Obrigada por me trazer em casa. – disse ela.

– A qualquer hora. – ele disse, de frente para ela.

De repente, ele foi chegando cada vez mais perto, e mais perto... Até que Elena percebeu o que ele estava prestes a fazer e deu um tapa estalado em seu rosto.

– Nunca mais tente me beijar. Pensei que você até fosse legal, mas é como sempre foi. Um canalha. – e com isso ela entrou na casa, deixando-o sozinho na varanda.

Ela esperou ouvir o motor do carro indo para longe para subir para seu quarto, mas uma voz a deteve no meio da escada.

– Está trocando de irmão, irmãzinha? – perguntou uma voz parecidíssima com a dela, porém com um toque a mais de maliciosidade e maldade.

Elena virou-se lentamente, para ver a irmã com sua camisola lingerie e cabelos cacheados ao pé da escada.

– Prefiro deixar isso para você, Katherine. Afinal, você já ficou com um, não? – e com isso ela subiu com passos firmes para seu quarto, trancando a porta ao entrar.

Ela desabou na cama, ainda com a roupa da festa. Ela pensava naquela mesma hora do dia anterior. Ela estava conversando com Bonnie, Caroline e Rebekah, nem imaginando de que Katherine voltaria a assombrar sua vida.


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Notas finais do capítulo

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