O Chamado das Borboletas escrita por Ryskalla


Capítulo 40
Capítulo 39 - O Fim


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu quero super agradecer a recomendação do Death Kid s2 Eu quase chorei lendo, sério, tô meio chorosa esses dias. Segundamente (q) quero pedir pra quem ainda não entrou no grupo do face, entrar. Eu ainda irei postar uma one sobre o Enzo e irei disponibilizar o link lá e tal (vou deixar o link nas notas finais). Terceiramente (q), sim, vocês ficarão com mais dúvidas e ainda mais confusos com esse capítulo, desculpem. Ele foi feito pra te dar dor de cabeça, mas quando a continuação sair ele passará a fazer sentido. Quartamente (ok parei) VAI TER CONTINUAÇÃO, SIM, POVO. Podem chorar já :v É, queria agradecer todo mundo que leu até aqui, vocês não sabem o quão importante isso foi ç_ç Nunca achei que fosse terminar essa história e só terminei graças a vocês, que ficaram me perturbando e elogiando preu continuar ;u; Se não fosse por vocês essa história não teria se tornado tão grandiosa e eu só quero dizer que não a escrevi sozinha: todos vocês escreveram ela comigo çuç Eu tô muito sentimental, mas cara ;u; Terminou ;u; É isso aí, é o fim ;u; Obrigada pela paciência de vocês, pelo carinho, pelos votos de confiança e vamos torcer agora pra uma editora ser tão louca quanto vocês e gostar dessa história pra ver se ela vira livro q- Abraços quentinhos e aqui vai o capítulo q-



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Esse é o último capítulo de minha história, apesar da minha existência ter sido esquecida muito antes de desaparecer por completo. A grande verdade é que não sou quem vocês pensam que sou e toda tirania atribuída a mim, bom, eu apenas espero conseguir fazer com que essas palavras tenham sentido no futuro.

Sou apenas um corpo infantil sentado, escrevendo incansavelmente antes que meu destino termine… porque isso não poderia acontecer de outra maneira. Tudo o que escreverei aqui ocorrerá no que será o futuro para vocês, mas que para mim será apenas algo inexistente. Mortos não podem escrever assim como bonecas não podem chorar. Ao menos não por esse lado do mar…

Por qual parte devo começar? Devo narrar quando eles encontram o barco? Ou talvez suas passadas cautelosas enquanto sobem as escadas de minha torre? Acho que começarei por essa parte e então falarei sobre a surpresa que eles sentiram ao me ver, porque, de certo, eu não serei o que eles esperam.

Como prometido na carta, ao chegarem na costa havia um pequeno barco a espera dos viajantes. Foi uma travessia tediosa que precisou ser feita em duas partes e eles nada falaram, todos sentiam seus corações pesados demais para iniciar qualquer diálogo que fosse.

Apenas quando já estavam todos na ilha e contemplaram a figura sombria da torre de Moros as palavras umedeceram suas bocas.

— Parece que é isso. — Sendulum quebrou o silêncio. — Todos prontos?

— Sim — murmuraram em conjunto, com a exceção de Enzo. O garoto pouco falara desde a conversa com Liese.

Olhando de fora, a torre não aparentava ter tantos degraus. A escada subia em uma espiral agourenta, como um presságio de que coisas terríveis viriam a acontecer. Os restos mortais que ali jaziam em nada ajudava para amenizar o clima que pairava sobre suas cabeças.

— Enzo… — Liese chamou, a preocupação com o jovem pirata não desgrudava de seu coração. Sentia falta do garoto vivaz no navio… — Por favor, me deixe te ajudar.

— Você quer me ajudar? — perguntou, cansado. Seus olhos azuis faiscavam e a princesa não conseguia se decidir se aquilo a entristecia ou se a assustava. Leharuin interrompeu sua subida para observar os dois. — Então mude o meu destino.

— Como eu poderia fazer isso? — Havia um tom defensivo que ela não conseguiu disfarçar, mas ainda assim o garoto da pólvora o ignorou.

— Mande todos eles à merda. Esqueça o sereiano, fuja comigo agora. — Enzo segurou seu braço com força, porém logo recuou quando Leharuin fez menção de interromper. — Nós poderíamos viver juntos, você adora o mar… mas você já fez sua escolha. Você não quer me ajudar, vossa majestade.

Aquelas últimas palavras foram carregadas de tanta tristeza que Liese não teria conseguido evitar abraçá-lo. O pirata, no entanto, recomeçou a subida o mais rápido possível, deixando-a para trás, desolada.

Leharuin desceu alguns degraus, o cenho franzido. Quando seus olhos se encontraram, ela se sentiu menos infeliz.

— Essa preocupação sua com o Faísca me parece um tanto exagerada… — sussurrou, ela podia sentir a vergonha permeando sua frase.

— Você sabe que ele se parece com Alexis… não posso evitar tentar protegê-lo. — Os dois encaravam o grupo subindo, Seamus parou por alguns instantes, mas o ladrão logo indicou para que seu irmão continuasse. — Além disso, o orgulhoso Leharuin com medo de que um garoto roube o coração de sua amada?

— Não… — Um suspiro pesado escapou de seus lábios. — Tenho medo de que um homem a leve para longe de mim.

O primeiro sinal que me alertou da proximidade do grupo foi o som de seus passos. Nessa altura, eu estava pontualmente escrevendo a última frase de minha história. No entanto, eu não estava totalmente livre. Minhas mãos calosas continuaram a escrever a história de outros que seguiam normalmente suas vidas. Aquela grande bagunça que eu já havia me acostumado… estava distraído com esse pensamento quando eles chegaram, eu quase me esqueci de abaixar o olhar. 

O conjunto de olhos estava dirigido para mim em primeiro lugar. Olhos das mais variadas cores assimilavam aquela aparência inesperada: um garoto negro, com o cabelo precariamente cortado, escrevendo em um livro de proporções tão assustadoras que era possível deitar-se nele tranquilamente. Não era possível ver meus olhos e eu nem permitiria tal coisa, mas, caso o viessem, encontrariam pequenos espelhos em seu lugar.

O silêncio permaneceu, eu sabia que deveria quebrá-lo, mas aquele não era o momento. A atenção de alguns foi voltada para o aposento. Observam as estantes cheia de livros sem páginas, os ossos de homens que ousaram desafiar coisas que não conheciam, a altiva e esguia janela, um livro caído no chão, próximo daquele que eles acreditavam ser o livro do destino, com a tinta de um vermelho-vivo ainda fresca nas páginas abertas… a mesma tinta estava presente nas páginas do livro maior, cujas páginas desapareciam com a mesma frequência que reapareciam. 

— Bem-vindos — falei, por fim. A atenção retornou para minha presença. — Devo alertá-los a respeito de algo antes de responder suas perguntas… o aviso é que vocês não devem, de maneira alguma, olhar em meus olhos. 

— Por quê? — Enzo foi o primeiro a falar. Toda a jovialidade em sua voz morreu devido a um conhecimento que ele não deveria ter. E ele ainda buscava por mais. Eu podia vê-lo, apesar de não enxergar. Eu via o seu futuro… Vinccenzo Faísca, se você soubesse que suas ações arruinariam o destino de toda a sua linhagem…

— Meus olhos na realidade não existem, em seu lugar há dois orbes espelhados. Quem se vê refletidos nele contempla a própria morte… — Tinha medo de sobrecarregá-los de informações, porém, por mais vezes que eu olhasse para esse futuro, eu nunca conseguia pensar em uma forma mais efetiva de explicar sobre mim. — Algo engraçado sobre isso é que muitos homens se assustam diante da própria morte e morrem. A maioria desses infelizes morreram assim.

Fiz um gesto amplo para o local, o que gerou um sentimento de desconforto na maioria. O garoto da pólvora deu um passo à frente.

— Eu quero saber. — Suspirei, era óbvio que ele gostaria de saber. 

— Não pode permitir isso, Moros. Ele pode morrer! — Sendulum exclamou enquanto lançava um olhar azedo para Enzo.

— Meu nome é Júlio… — A confusão é um sentimento engraçado, principalmente quando está estampada no rosto de alguém.

— Não irei morrer — o garoto murmurou e eu ergui levemente minha cabeça.

— Se é o seu desejo… — sorri e Enzo sorriu amargo de volta. Um segredo que apenas nós dois conhecíamos. Um segredo que, desapontando vocês, meus caros amigos, eu sou obrigado a guardar. 

Aqueles olhos de um azul profundo se viram refletidos no lugar onde os meus deveriam estar. Sua expressão ia mudando pouco a pouco dentro da minha mente, até que um sorriso zombeteiro se fez presente.

— Bom, isso vai ser divertido. — Foi tudo o que ele disse antes de se afastar e se afogar novamente em seu mar de silêncio.

Minhas mãos pararam por um instante. As letras escarlates brilhavam intensamente para mim. As histórias continuavam fluindo dentro da minha mente, mas precisava ignorá-las… eu tinha que me concentrar ao máximo naquele momento. 

— Por qual motivo nos chamou aqui? — levei minha mão até minha sobrancelha, sentia minha cabeça latejar com o peso do erro que eu estava cometendo… eu nunca havia parado de escrever… que consequências aquilo trariam ao mundo? Diante de tais preocupações, eu quase havia me esquecido da existência do alquimista.

— Preciso que façam uma tarefa importante para mim… eu irei morrer em breve e preciso que suas bonecas assumam o  meu lugar. — O lado ruim de ter o conhecimento prévio dos acontecimentos é como aquilo o faz parecer com um ditador. Eu não queria obrigá-los, apenas sabia que eles concordariam no fim. 

— Mas e o reino? Quem governaria Anankes? — Thierry perguntou timidamente… eu jamais entenderia a razão daquela dívida que ele acreditava possuir com o verdadeiro príncipe Thierry.

— Temos aqui uma rainha ideal para esse trabalho… não há razões para se preocuparem. — O olhar de Enzo se tornou mais sombrio diante das minhas palavras o de Liese, no entanto, era incrédulo.

— Não posso governar! — ela exclamou inconformada. Julgava ser apenas uma princesa exilada, indigna de qualquer coisa… era uma atitude insensata. Ela era apenas uma jovem sem experiência alguma. Fora criada para ser uma esposa perfeita, não uma governante. — Meu pai sempre disse que mulheres não podem governar.

— Quer acreditar nas palavras de seu pai? — questionei, sorrindo. — O que ele disse sobre você? Analiese, você é a princesa que Moros escolheu. E levando em consideração que os reinos restantes da Tríade a querem morta… não pode negar essa possibilidade de proteção.

Leharuin lançou a princesa um olhar furioso e ao mesmo tempo surpreso. Ela apenas mordia o lábio, indecisa.

— E se o povo não aceitá-la? — O ladrão finalmente se pronunciou. 

— Ah, mas eles irão aceitá-la… e eu poderia dizer, Leharuin, que esperava que você fosse o primeiro a exigir respostas. Isso, no entanto, seria uma mentira tendo em vista que já vi toda essa cena antes — ele deu um passo a frente, com o cenho franzido. Toda a exaustão do deserto deixou marcas em seu corpo… a pele e os cabelos ressecados, os lábios rachados e os olhos dourados sem o brilho costumeiro. 

— Não sei ao certo…antes eu daria qualquer coisa para saber, daria qualquer coisa para achar o culpado… — Àquela altura, já não haviam borboletas ao seu lado, nem mesmo com seu irmão. Elas não foram capazes de resistir às penúrias daquele reino desolado. No entanto, elas voltariam, mesmo que apenas em um dia de seu futuro distante. — Talvez o culpado seja eu, por ter fugido, em primeiro lugar. 

— É realmente tocante que não procure vingança… mesmo quando encontrou Richard, você não buscou se vingar. — Eu realmente considerava aquilo uma atitude admirável, meu rosto desviou para um cadáver que eu não podia ver com meus olhos inúteis. Meu primeiro assassinato… mesmo que eu me reconforte dizendo que aquela morte não poderia ser evitada, minha torturada mente insiste em afirmar que se eu a houvesse perdoado não teria me tornado um escravo…

— Ele foi uma criança idiota, não quero me vingar por isso… — ele retrucou, provavelmente confuso sobre onde eu queria chegar. Veja meus amigos, mesmo eu não sabia ao certo porque dizia tais coisas.

— Uma criança idiota que matou sua família em chamas. — Na minha cabeça eu podia ver claramente seu punho se fechando. Ah, Leharuin, você sempre foi um diamante bruto.

— Sim, e agora a mente dele é seu pior castigo... — Cecille disse, em tom baixo. A imagem do grupo ia se formando pouco a pouco… era complicado me concentrar em mais de um destino ao mesmo tempo quando estes estavam diante de mim. — Vingança é apenas uma justificativa para ser cruel. 

— Sempre dona de palavras gentis, Cecille — sorri e desejei internamente que você continue lembrando desse seu adorável jeito de ser, por mais que a vida tenha lhe roubado tudo o que lhe foi querido. — Eu não tenho muito tempo… Leharuin, a culpa nunca foi e nunca será sua.

— O quê? — O alívio mal disfarçado, tenho certeza de que ele se envergonhava dele. Aubrey e Meredith já estavam na ilha, completamente encharcados. De algum modo eu podia sentir pena deles.

— Tudo em seu destino pode ser alterado… exceto sua morte. — Meu rosto se moveu ligeiramente em direção a Enzo enquanto eu me levantava lentamente. Só aquele ato parecia exigir um esforço absurdo… eu quase havia me esquecido como andar. — Ela morreria daquele jeito, tendo você ficado ou não. 

— Então… — O ladrão começou, contudo já não havia tempo e fui obrigado a interrompê-lo.

— No fim dessa conversa, você desejará saber quem matou Clara. Só que será tarde demais, pois seremos interrompidos. — Sua boca se abriu, porém eu ergui minha mão. — O assassino em si está morto. No fundo de nossos corações, todos sabíamos que somente o Pianista poderia ter feito isso. Ele, no entanto, não agiu sozinho. A mesma senhora que salvou a vida de seu melhor amigo foi a responsável por fornecer o veneno que encerraria o destino de sua amada.

Eu tinha consciência de que minha pressa soaria insensível. Leharuin cambaleou, Liese não conseguia acreditar assim como Seamus. Os outros, no entanto, estavam mais curiosos para saber quem nos interromperia.

A resposta, é claro, chegou tão rápido quanto minhas palavras. 

E eu não poderia dizer quem estava mais confuso: Aubrey e Meredith ao encontrarem Leharuin, Seamus e Cecille ali ou os três últimos ao avistarem os dois recém-chegados.

 — Então Moros resolveu ter plateia… — Aubrey berrou, no ápice da sua loucura. Caminhei tranquilamente até a solitária janela, onde os ossos da que sofreu antes de mim repousavam. Eu ainda recordava do bracelete que ela usava. Uma linda serpente dourada com olhos de rubi. Bom, aquilo teria que servir. — Não me dê as costas, seu bastardo sádico.

 O rapaz correu em minha direção com suas mãos vazias. Apenas a insanidade para obrigar um corpo a tomar uma atitude tão imprudente. Ele não estava pensando, quem dirá raciocinando… ele apenas me viu como o único que poderia ser alvo de seu ódio. Porque aos seus olhos eu era Moros.

Dei um simples passo para o lado, sua habilidade não teria efeito sobre mim. 

Porque eu de fato poderia matar Aubrey por toda a eternidade. E talvez fosse exatamente isso que ele quisesse. Queria que eu visse como uma ameaça.

Ou poderia ser apenas a loucura.

De todos os modos, prendi a serpente em seu braço e o joguei pela janela. Caindo em direção ao mar gelado, ele mais parecia uma boneca de pano… Aubrey caiu para jamais voltar a superfície.

E agora, o esperado, o golpe em minhas costas. Cambaleei, mas não poderia dizer que estava abalado. Meredith ria histericamente.

 — Matei você… seu merdinha eu matei você!  — Da mesma forma que muitos, ela não poderia aceitar que eu fosse uma criança. Fiz um grande esforço para encará-la nos olhos. 

Eu sinto muitíssimo ter que narrar uma cena tão sombria para vocês, mesmo que eu suponha que já tenham lido situações piores. Eu não saberia dizer, não sei como o mundo está em seu tempo… onde eu estava? Sim, a morte de Meredith. A causa da sua morte não foi exatamente o susto, muitos corações paravam apenas com um simples vislumbre. Ela se assustou, claro e por isso caiu.

O que causou a morte de Meredith foi o vidro.

Como se aquele chão já não fosse manchado de sangue o suficiente.

Meu corpo caiu no chão, aquela pobre ferramenta cujo uso se esgotou… Infelizmente, ainda havia um trabalho que eu deveria fazer.

— Cecille… Thierry… — chamei ao sentir a pouca vida que me restava se esvaindo de mim. De maneira relutante, as duas bonecas se aproximaram. Estava tudo bem, havia tempo para isso…

No exato momento em que toquei suas mãos macias, eu deixei de existir. Cada um deles recebendo um de meus olhos. Para Cecille, foi o direito e para Thierry o esquerdo. A confusão invadiu a mente deles, da mesma forma que invadiu a minha. Tantos destinos, vidas se findando com a mesma rapidez que começavam. Muitos perdiam a lucidez, o que não foi o nosso caso.

Pensando sobre isso agora, fico deprimido em pensar em como a morte pode ser rápida. Embora, é claro, quando penso sobre Aubrey… se ainda me fosse permitido, eu choraria em amargura. 

Talvez um dia você se sinta do mesmo modo que eu. Com o fardo que carregamos…

Claro que não falo diretamente para vocês, meus queridos companheiros, mesmo que vocês saibam a quem me refiro.

O lugar ficou quieto. Todos exibiam uma expressão horrorizada, mesmo Enzo parecia um pouco abalado. O que os perturbava era o sorriso de Evangeline, afinal, de uma forma bem sombria, ela finalmente se viu livre de Meredith.

— Nós… devíamos enterrá-los. — Cecille foi a primeira a quebrar o silêncio. Ela encarava os buracos negros em meu rosto, tal cena mórbida era apenas o início de seu amadurecimento. 

— Isso… — Liese concordou. O trauma em seus corações levaria anos para ser abrandado. Tenho certeza, que até o fim de suas vidas eles não saberiam como me classificar. Um vilão ou um herói? Se todos nós pudéssemos seguir apenas um único papel… nossas vidas seriam menos complicadas e provavelmente mais falsas. 

O grupo desceu com os dois corpos, com a exceção de Thierry e o Inominável. Agora que eu já havia passado meu fardo, havia um trabalho para continuar. 

A lua estava alta quando toda a simplória cerimônia terminou. Leharuin abraçava Liese enquanto Enzo tentava ignorar essa visão. Seamus e Sendulum oravam em silêncio e Cecille apenas começava a se questionar sobre a forma como o mundo funcionava. 

O grupo foi surpreendido com a chegada do navio que estava fadado a se chamar Princesa Analiese. Um último presente que eu havia lhes dado…

O futuro desse momento em diante começa a nublar, sei que Liese se tornou uma exímia rainha e Leharuin o seu rei, consigo ver o início de uma nova religião. Tantas foram as confusões que permaneceram em suas cabeças! O destino morreu e desse modo os Thecilles foram criados, os irmãos misericordiosos que trariam a justiça ao mundo que se tornaria tão diferente com o passar dos anos. Mudanças podem ser lentas, porém algumas ocorrem em um piscar de olhos. Talvez seja por isso que eu não consiga ver tão longe…

A história dos nossos outros queridos personagens? Eu poderia contá-la, é claro… Mas não é minha função. Há uma outra pessoa guiando os dois destinos. 

Se me fosse permitido explicar…

Eu largarei a pena agora, esse é o momento em que já consigo ouvir os passos do grupo tão querido…


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Notas finais do capítulo

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