Imprinting escrita por Nessie Black Halloway


Capítulo 33
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!!
Capítulo novinho saindo...
LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR!


Boa leitura! :)



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Renesmee Cullen's POV


Mesmo com as pernas trêmulas e respiração curta, decidi começar a arrumar minhas bagagens depois que meu pai disparou para o aeroporto para comprar nossas passagens.

– Nós cuidamos disso – mamãe me deteve enquanto eu corria ao subir as escadas. – Espere aqui embaixo. Alice e eu arrumamos tudo em um minuto.

Assenti e desabei no sofá, apertando as mãos no rosto.

Tentei pensar positivo, mas nada que vinha à minha mente me favorecia. E se chegássemos tarde demais? E se Jacob já estivesse nas mãos de Jane?

Ele dissera na carta que se Jane fizesse algo com ele, os Volturi saberiam e a puniriam por atos imprudentes. Ele tinha razão, mas isso não resolveria tudo. Ainda que Jane parasse de me perseguir, a consequência seria não ter mais Jacob.

Estremeci.

– Ei, Nessie – Andressa agachou-se à minha frente -, o que aconteceu?

– Nós vamos voltar para Forks. Jacob... – engasguei com o nó em minha garganta – Jacob se entregou depois de ler uma carta que seria uma armadilha para mim.

O queixo de And caiu.

– Ah, minha nossa! – exclamou. Depois me analisou com os olhos – Nós vamos salvá-lo, não se preocupe.

Fiz que sim com a cabeça, tentando acreditar.

Não aguentei ficar esperando sem fazer nada e ajudei a organizar as coisas para a viagem. Mamãe me fez arrumar apenas uma mala. Tia Rose, tio Emmet, Seth e And ficariam para arrumar o restante e nós iríamos antes que eles, para ganhar tempo. Eles foram despedir-se de nós enquanto nos acomodávamos no barco para chegarmos ao Rio.

– Não se preocupe, Nessie – disse Seth, me dando uma batida de leve no ombro. – Se Jake não morrer, eu mesmo o mato. Aquele maluco...

– Cale a boca, Seth! – And lhe deu um peteleco na testa – Não são horas para brincadeiras.

– Tudo bem, me desculpe – ele pressionou a testa com a mão, fazendo uma careta. – Mas vou lhe dar uma lição quando o ver de novo. Olhe só como a Nessie está preocupada! Está permitido um beliscão e um soco na barriga, Nessie?

– Permitido. – Soltei uma risada involuntária.


************

No avião, minha mãe insistiu em sentar ao lado de tia Alice, e eu fiquei ao lado do papai.

Eu sabia o motivo. Se tia Alice visse no futuro algo ruim, contaria para minha mãe, meu pai veria nos pensamentos dela, e eu não saberia de nada.

Decidi não protestar. Enlacei meu braço em torno do braço do meu pai e descansei a cabeça em seu ombro. Ele apenas encostou o queixo no alto da minha cabeça e segurou minha mão com firmeza. Eu estava tão tensa que apertava a dele com mais força, enquanto minha outra mão segurava no peito o colar que Jacob me dera. Fechei os olhos e esperei impacientemente que aterrissássemos.

Não sei como, nem por que consegui dormir. Talvez pela paz que meu pai me passava, ou pelo cansaço mental que toda aquela situação me causara.

Papai me acordou com um beijo na testa.

– Já chegamos? – ergui-me da poltrona, quase ficando de pé.

– Quase – disse ele.

– Ah – meu coração começou a acelerar. – Pai, o que... exatamente vamos fazer?

Ele me olhou atentamente.

– Alice vai ficar com você em casa, e nós vamos encontrar com Jane.

Eu o fitei, incrédula. Não pude acreditar que eu ficaria fora do plano de salvar Jacob.

– O quê? Não... pai, eu preciso ir também!

– Não é seguro, Nessie. Não colocaremos você na frente de Jane.

– Mas Jacob está com ela.

– Exatamente por isso. É o que ela quer que você faça. Jacob será a isca perfeita.

Parei por um momento e raciocinei. Ele tinha razão. Suspirei e joguei-me para trás, no encosto da poltrona.

– E o que eu vou fazer enquanto isso? Apenas esperar?

– Alice vai ficar atenta às visões, e se houver qualquer imprevisto você nos avisa – ele tirou o celular do bolso e balançou-o em minha direção.

Enquanto íamos para nosso chalé, mamãe não me olhou nos olhos em nenhum momento. Ela estava preocupada com Jacob também. Ele era importante demais para ela, era seu melhor amigo.

Não passamos na casa de meus avós porque tínhamos pouco tempo. Faltavam apenas algumas horas para o prazo que Jane me dera.

Sentei no sofá maior da sala de estar e segurei meu celular entre as mãos. A tensão era tão grande que meus dedos o apertavam e faziam meus músculos doerem.

– Vamos trazer Jake de volta. – Minha mãe deu-me um beijo no rosto.

Eu assenti e baixei os olhos. Não estava convencida em ficar em casa, esperando. E se Jacob precisasse de mim? Só de pensar no que Jane poderia fazer com ele...

Meu pai abaixou-se à minha frente e tomou minhas mãos entre as suas.

– Confie em nós – disse, analisando meus pensamentos.

O celular, pensei.

Ele mostrou-me o volume em seu bolso da frente.

– Tenha cuidado – eu olhei para minha mãe. – Os dois.

Eles me responderam apenas com um aceno de cabeça e saíram correndo pela porta.

Tia Alice acomodou-se ao meu lado, deixou seus braços em volta de mim e ficou quieta, observando e analisando o futuro.

Os minutos se arrastavam em barulhos estranhos vindos dos ponteiros do relógio de parede. Era como se eu estivesse dentro de uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento se eu não fizesse algo para impedir.

Tia Alice estava absorta em suas visões, tão concentrada que nem sequer respirava. Ao menos ela tinha algo para passar o tempo, enquanto eu balançava o celular entre as mãos, tentando manter minha mente focada, mas não estava dando muito certo.

Nenhuma visão perigosa em quase quinze minutos. Comecei a me preocupar porque tudo estava calmo demais. Meus pais já haviam encontrado Jane, disso eu tinha certeza. Por que não acontecia nada? E se houvesse acontecido algo pior e tia Alice não queria me contar?

Um tremor percorreu por meu corpo.

– Preciso de um copo d’água – eu disse, levantando-me.

Tia Alice assentiu sem me olhar, ainda concentrada, e eu fui até a cozinha e enchi um copo de água bem gelada.

Não havia bebido metade quando algo moveu algumas folhas de árvores do lado de fora, depois da porta dos fundos. Pensei que fosse o vento, mas logo detectei o som de passos. Passos humanos, não, passos macios e discretos de um vampiro.

Sem pensar, atravessei a porta de madeira e parei subitamente ao ver a vampira à minha frente.

Ela era de porte alto, tinha cabelos negros e lisos soltos que caíam até os cotovelos, os olhos eram de um vermelho-sangue perturbador.

– Olá, Renesmee – ela pronunciou meu nome como se me reconhecesse de algum outro momento. Mas eu nunca a havia visto. – Que prazer em revê-la.

Dei um passo para trás, mas ela avançou dois passos em minha direção.

– Quem é você? – perguntei.

– Ah, que falta de educação a minha! – Ela deu um sorriso malicioso – Sou Susan Brosnan. Você já deve ter ouvido falar de mim.

Minha mente captou a lembrança da vampira em um instante. Ela era Susan, a aliada de Jane que tentou me matar há um tempo com seu poder raro de enfraquecer até a morte. Ela podia me matar agora, sem nenhuma interrupção. Pensei em chamar tia Alice, mas Susan estava tão próxima que se eu recuasse mais um pouco ela poderia me pegar facilmente. Eu estava vulnerável, exatamente como Jane queria.

Mesmo apavorada e pensando no perigo que Jacob corria, tentei encarar minha provável morte que aconteceria a qualquer momento.




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Notas finais do capítulo

Queria informar a vocês que esta primeira parte de Imprinting está chegando ao fim (digo primeira parte porque pretendo escrever uma nova temporada em breve).
Não sei quantos capítulos vão seguir agora com o "final" da história, mas espero que tenham gostado até aqui.
Quero desde já agradecer a todos vocês por acompanharem, favoritarem, recomendarem e sempre deixarem comentários. Foi isso que me motivou a continuar escrevendo.
Estou começando a escrever uma nova fic, dessa vez original, que inclui lobos (minha paixão não podia faltar), lobisomens e ninfas. Espero que vocês a leiam também, porque para meus primeiros leitores, são os melhores que eu já podia ter!

Comentem!
Beijos!



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