Imprinting escrita por Nessie Black Halloway


Capítulo 32
Cartas


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!!
Capítulo novinho pra vocês...

Ah! Escrevi uma song fic sobre a saga Twilight, confiram nas minhas histórias!



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Renesmee Cullen's POV

Não consegui me mexer durante um minuto, apenas meus pulmões reagiam, lutando para contraírem-se dentro do meu corpo imóvel, tentando puxar todo o oxigênio que eu precisava para me manter consciente.

Quando meu cérebro finalmente conseguiu captar que o que eu acabara de viver havia sido um sonho, sentei-me em um impulso. Mas embora eu estivesse em acordava, eu sentia que havia alguma coisa errada. Algo me dizia que Jacob não estava mais no quarto ao lado, e pior, eu tinha uma estranha sensação de que ele não estava bem.

Olhei para o despertador no criado mudo, já passavam das oito da manhã. Ele já devia ter acordado. Vesti-me depressa e corri para fora.

Parei subitamente na porta quando vi um pequeno pedaço de papel com duas dobras no chão. Abaixei-me o abri.

Nessie,

Primeiramente, quero me desculpar por ter aberto sua carta. Sei que é invasão de privacidade, mas quando o vi quem era o remetente, tive de ler.

Jane está me usando, disso você já sabe, então eu estou indo me encontrar com ela para resolver esse assunto, para que ela pare com esses joguinhos idiotas de tentar atingir você através de mim.

Por favor, me entenda. Tudo o que eu quero é proteger você, ver você segura, completamente livre de qualquer perigo. Se eu achar a sanguessuga, tenho uma grande chance que o restante dos Volturi tomem conhecimento das maluquices da irmã sem juízo, e não sei... eles podem puni-la de alguma forma. Só assim ela vai deixar de perseguir você.

Eu amo você, Nessie. E não importa o que aconteça comigo ou onde eu esteja, eu amarei você para sempre.

Jacob

Esquecendo completamente que já haviam se acalmado, meus pulmões reativaram o ritmo frenético, fazendo minha cabeça dar voltas. Tive que ler a carta duas vezes para montar a realidade da situação em meu cérebro.

Jacob estava em perigo no meu lugar. Ele havia se entregado para que os Volturi percebessem o que Jane estava fazendo e a punissem.

Mas ainda havia algo errado. Por que ele se desculpou mesmo?

Li a carta novamente e parei no segundo ponto. Havia outra carta para mim?

Isso eu ia checar agora.

Mesmo com todas as informações processadas, eu não conseguia digeri-las. Por que Jacob havia feito aquilo? Ele achava mesmo que se morresse em meu lugar, eu sobreviveria?

Ordenei que minhas pernas se movessem. Abri a porta ao lado do meu quarto e vi a prova que precisava.

As portas do closet estavam abertas, com alguns cabides vazios espalhados pelo chão. Havia um pijama de moletom deixado em cima da cama desarrumada, e um par de tênis estava jogado perto da porta.

Nenhum sinal da carta. Onde ele havia deixado?

Revirei as gavetas do armário e do criado mudo. Estava tudo vazio. Eu queria começar a chorar ali mesmo, me desesperar pelo que ele havia feito, e pelo que iria acontecer, mas a curiosidade e o desejo de fazer algo a respeito foi mais forte. Disparei porta à fora e praticamente voei escada a baixo, ainda com a carta nas mãos.

Verifiquei nos lugares mais óbvios – sofás, mesinha de centro, televisão. Então avistei uma folha de papel esticada e um envelope em cima do piano. Corri até lá e peguei o envelope rasgado na parte da abertura. No espaço do destinatário lia-se: Renesmee Carlie Cullen. Rio de Janeiro, Brasil. Verifiquei o remetente, e senti um arrepio na nuca: Jane Volturi. Volterra, Itália.

Peguei a carta nas mãos e me concentrei. O papel era de um material amarelado, embora parecesse novo, e a caligrafia tosca fora escrita com pena e tinta.

Cara Renesmee,

Quero parabenizar-lhe pela escolha do seu “esconderijo”, seja de quem fora a ideia, foi muito engenhosa – sugiro que tenha partido de sua querida mãe.

Ah, criança... Você ainda não percebeu que não pode, nem deve fugir de mim? Sua família pensa mesmo que pode me enganar?

Eu sou uma Volturi. Mesmo que meus irmãos tenham me abandonado nesta luta, ainda respeito e zelo por nossos princípios. Os Volturi nunca dão uma segunda chance.

Entretanto, quero lhe fazer uma proposta. Eu conheço sua família - disso você tem consciência -, mas também conheço aquele que você mais ama. Aquele por quem você faria qualquer coisa para proteger.

Se você quiser manter seu transfigurador vivo, se quiser permitir que ele respire por mais vinte e quatro horas, venha me encontrar na sua querida cidade de Forks. Venha sozinha, e até seus pais serão poupados de qualquer desgraça que venha a acontecer.

Não ponha em risco a vida de quem você ama, pequena híbrida. Demonstre o amor que você sente por ele.

E, que fique claro, isto não é uma ameaça, mas apenas um aviso.

Eu a espero a partir de agora, não perca tempo.

Jane

Assim que terminei de ler, pude perceber que a ficha estava caindo agora. As informações da carta de Jacob atrelavam-se à de Jane, e então houve um choque intenso de realidade em minha cabeça.

Ela usara a arma certa contra mim. Se eu tivesse lido a carta antes de Jacob, teria pegado o primeio voo para Forks. Eu nunca o deixaria morrer em meu lugar.

Porém, ele fez o que eu faria.

Com as mãos molhadas e tremendo o papel entre meus dedos, senti alguém aproximar-se, mas não consegui tirar os olhos da carta.

- Alice, não consigo achar – era a voz de minha mãe. – Você em certeza que deixou no quar...

Ela parou ao me ver.

- Encontrei! – tia Alice veio da direção da escada – Estava no banheiro.

Ela também parou subitamente.

- Bella... – disse ela em um tom que só usava quando estava tendo uma visão.

Senti minha mãe hesitar. Ela não sabia se vinha até mim, ou tentava tranquilizar tia Alice, já que tio Jasper não estava ali para apaziguar suas emoções.

Com os olhos ainda vidrados na caligrafia de Jane, a sala oscilou à minha volta e minha visão ficou turva. O piano serviu-me de apoio quando minhas pernas perderam o equilíbrio. Então mamãe decidiu.

- Renesmee – disse ela enquanto segurava minhas mãos - , o que aconteceu? Você está pálida!

Eu estendi a carta para ela. Ela inspirou fundo, então pegou a carta de Jacob que estava amassada em minha mão esquerda.

- Ah não – ela arquejou. – Jake...

- Bella, ela está decidida – tia Alice aproximou-se. – Está esperando por Nessie agora mesmo.

- Jacob adiantou-se – disse ela com a voz trêmula. – Já está a caminho.

As lágrimas começaram a romper minha visão. Mamãe me abraçou e afagou meus cabelos.

- Onde está Edward? – perguntou com um tom de súplica.

- Vou chamá-lo – disse tia Alice.

- Mamãe... – murmurei.

- Shh – ela me apertou mais forte. – Vai ficar tudo bem.

- Temos que... fazer... fazer alguma coisa.

- Não vamos deixar que nada aconteça a Jacob.

Dois minutos depois, meu pai chegou às pressas.

- Pai... – joguei-me em seus braços. – Precisamos impedi-la! Temos vinte e quatro horas e... – minha voz sumiu.

- Fique calma, Nessie. Bella, vamos arrumar as bagagens. Partimos para Forks agora.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? O que acharam?
Espero que vocês não me matem. O Jake vai ficar bem, eu prometo!
Beijos!!



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