- Sav? – alguém diz. Então, olho para trás e ainda ano consigo decifrar quem é.

- Quem é? – perguntei cerrando meus olhos para enxergar melhor.

- Sou eu – então a pessoa deu um sorriso encantador e veio se aproximando de mim.

- Harry? – tentei não sorrir. Mas ele sorriu. Aquele sorriso que destrói todo mundo, derruba as suas barreiras e te deixa no “ar”.

- Sim – disse ele se aproximando de mim.

- O que você quer? – tentei soar o mais natural possível.

- Sav... hoje é o seu aniversario, eu queria que você me escutasse – disse ele muito próximo de mim e com uma mão em meu rosto.

- Escutar o que Harry?

- Que eu te amo – disse ele selando nossos lábios.

Deixei aquele beijo rolar, afinal, eu ainda o amava também e estava com saudades de seus beijos. Era um beijo doce, seus lábios estavam macios com gosto de morango.

Escuto uma tosse ao fundo e me separo de Harry para ver quem era.

- Desculpe atrapalhar os pombinhos, mas estão te chamando lá dentro – disse minha prima. Então, escutei chamarem meu nome no microfone.

- Não foi nada – disse sorrindo e minha prima deu outro sorriso simpático me correspondendo e entrou para o salão, deixando apenas eu e Harry no local.

- Então... vamos? – disse Harry sorrindo para mim e segurando minha mão.

- Claro – então, saímos andando.

Entrei no salão e minha outra prima estava no palco. Ela falou um monte de coisas, me desejou feliz aniversario e o caralho a quatro. Brincadeira, e etc. Aí depois veio Julliett falando que eu fui a melhor cunhada dela e etc. eu estava ao lado de Harry que estava abraçando minha cintura. Depois, vamos dançar mais um pouco.

- Sav, eu estou com fome, vou lá pegar alguma coisa pra comer.

- Ok – ele me deu um selinho.

- Hum... vejo que as coisas com Harry melhorou – olhei para trás e vi quem? Se você disse Marry mumu acertou. Só que ela não estava sozinha. Estava ela e a Vacanessa. Cara, quem convidou elas?

- Quem convidou vocês? Porque eu não fui.

- E alguém precisa nos convidar querida? – disse Vacanessa com um copo de vodka na mão. Tem vodka na minha festa? O povo vai ficar tudo bêbado!

- Claro que sim. Você pegou essa vodka no bar?

- Não, peguei no cabaré – disse ela sínica.

- Ah, bem que eu desconfiei. Lá não tinha muita gente aí vocês vieram vadiar por aqui? – disse as encarando. Hoje ninguém vai estragar minha noite.

- Não, lá tava cheio, mas todos queriam você e estavam se perguntando porque a Savannah não estaria lá, já que é a hora do serviço dela – disse ela me encarando.

- Uuuuuh – disse Marry mumu.

- Eu só acho que você está surda, porque eu nunca vou na sua esquina, não corro riscos de pegar AIDS de você menina. Se liga, vai pra sua esquina.

- Nossa, que resposta de bosta, você não precisa ter medo de pegar porque você já tem.

- Eu tenho cara de espelho? Não, então!

- Não mesmo, porque se não o espelho ia querer me beijar – ai como aquela mocreia estava me irritando. Se controla Savannah.

- Marry? Vanessa? – disse Harry as olhando com surpresa.

- Sim meu amor, até parece que você não nos reconhece! – disse Marry mumu se jogando em seus braços e dando um selinho no mesmo. Não, hoje não, no meu aniversario não! Eu não permito isso, JUSTO HOJE! Bom... vamos ver até onde essa putaria vai dar.

- Meu amor? – disse ele com cara confusa.

- Marry, pare de beijar meu namorado – disse Vacanessa se pendurando no outro ombro vazio.

- Seu? Que coisa feia, ele é meu! – disse Marry mostrando a língua.

- Não, ele é meu Marry!

- Vanessa, pare de ser burra! Ele é MEU, com todas as letras, M-E-U. Não é meu neném? – disse ela o olhando tentando ser fofa. Só tentando mesmo, porque aquela ali até tentando ser fofa tem cara de quem dá na esquina.

- Não, eu não sou de vocês – disse ele olhando para as duas. Virando o rosto de um lado para o outro. Então, ele me olhou e repetiu: - Eu não sou de vocês.

- Que? – as duas disseram juntas se soltando dele.

- Agora licença – disse ele pegando em minha cintura e me levanto pro outro lado do salão.

Estava dançando com Harry quando alguém para a musica e os holofotes se viram para mim de novo. Eu ainda vou ficar cega com esses holofotes.

- É A HORA DO PARABÉNS! – minha mãe disse feliz.

- Mas a festa toda foi hora do parabéns! – minha tia a zoou.

- Engraçadinha você Flavia! Agora é a hora do bolo então – disse ela descendo do palco.

- Lá vou eu – disse para Harry que me puxou e me deu um selinho. Apenas sorri.

Estava indo para a mesa, quando minha mãe me abraça não querendo me dividir com meu pai. Dei risada de sua reação.

- Mãe, eu também sou filha dele – “acenei” com a cabeça para meu pai.

- Ok filha... mas eu não quero te perder.

- Mãe, você não vai me perder! – disse dando um beijo na testa da mesma.

Assim que meus pais e meu irmão ficaram do meu lado, começou o parabéns. Flashes, flashes, flashes e mais flashes. Cara, como eu disse e repito: ainda vou ficar cega hoje com essas luzes. Aleluia a sessão tortura acabou. Distribui os pedaços do bolo e fui comer o meu com Amý. Depois de tudo, Harry foi até no palco. Não estava entendendo nada. Então, ele começou a bater no microfone para ver se saia som.

- Ei, vocês, podem prestar atenção em mim? – todo mundo o olhou. – Eu queria falar uma coisa para a Savannah – minhas primas e amigas fizeram um “awn”. O que esse moleque vai fazer? – Sav – um holofote veio até meu rosto. – Olha... eu sei que nosso namoro não deu muito certo, terminou em uma confusão e assim que nos acertamos surgiu outra. Você não tem dado mais chance para mim pelo menos falar contigo, então, escolhi hoje que você não poderia negar – disse ele sorrindo. – Eu sei que você me acha um trouxa, e por isso estou falando para todo mundo. Sav, você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida, a melhor mulher que eu já vi. Mentira, minha mãe é a primeira, você é a segunda – disse ele rindo, então, eu ri.

- Ei! Eu sou a segunda! – disse Jullie se fingindo de brava.

- Jullie, não queime meu filme, por favor. Então Sav, eu te amo princesa, você quer voltar comigo? Eu prometo te entender quando for preciso, te escutar, ver o seu lado da história, e eu prometo, não quebrar seu coração. Como eu disse e não me canso de dizer: “Eu te amo minha princesa” – ele estava sorrindo de orelha a orelha esperando minha resposta. – Venha até aqui amor. – fui até onde ele estava e o mesmo me abraçou. – E então, você aceita?

- Aceita, aceita, aceita – escutei pessoas no fundo gritando isso batendo palmas.

Estava em silencio, apenas observando a cena.

- Eu... eu... – tentei dizer alguma coisa, mas não saía.

- Você...?

- Eu aceito meu amor – disse o abraçando e ele me beijou.

- Eu te amo – ele sussurrou em meu ouvido.

- Eu te amo – fiz o mesmo que ele. Então, começou a tocar a música I found you no fundo.