Acordei com uma baita dor de cabeça. Deve ter sido pelo estresse que passei por ontem. Não queria ir para lugar algum hoje. Estava com uma cara horrível. Então desci para a cozinha e vi que não havia ninguém lá. Minha mãe estava dormindo e vi um bilhete de Matt no balcão.

Sav ou mamãe, eu sai com Julliett. Eles chegaram hoje de manhã, e talvez o Harry vá ver a Savannah. Qualquer coisa me liguem. Amo vocês. xx.

Julliett? Ta né. Fui ate a geladeira e peguei um pêssego. Estava uma delicia, saboroso e suculento. De repente o interfone toca. Fui atender de pijama mesmo, estava sem animo para trocar de roupa.

- Quem é? – disse sem vontade.

- Sav? – a pessoa disse alegre

- Sim... Quem é?

- O seu príncipe! – disse a pessoa rindo. Normalmente eu estaria alegre, rindo, mas não. Eu não estava.

- Entra – disse destravando o portão.

Vi Harry entrando em minha casa.

- Oi princesa – disse ele sorrindo. Mas logo viu minha situação e desmanchou aquele sorriso na hora. – O que aconteceu? – disse preocupado.

- Nada vai...

- Sav... Pode me contar.

- Harry, aconteceu tanta coisa de ruim – disse o abraçando.

- Conte princesa – então, contei tudo a Harry. Estava me segurando para não chorar. – Não fique assim Sav, as coisas vão melhorar. A vida é como uma montanha russa, às vezes ela fica no topo, e às vezes ela fica lá em baixo. Não se preocupe. Se agora está assim, jajá ela estará no topo novamente.

- Ah Harry, obrigada – disse o abraçando.

- Agora vamos sair e botar um animo em você! – disse ele sorrindo.

- AAAAAAH não Harry! Não vou sair daqui – disse cruzando os braços.

- AH VAI SIM – disse ele me puxando.

- NÃAO! – disse tentando não sair dali.

- SAVANNAH! Para com isso, vamos logo.

- Não – disse me repulsando, que fez ele cair em cima de mim. ficamos nos olhando. – Os seus olhos são lindos – disse o olhando no fundo dos olhos.

- Os seus que são – disse ele olhando os meus e logo em seguida, minha boca. – Seus lábios também são lindos.

- Eu sei – disse e ri. Ele foi se aproximando, me dando um beijo, então minha mãe apareceu na cozinha, fazendo nós nos separarmos rápido.

- Desculpem meninos, mas eu precisava de um copo d’agua.

- Foi nada não dona Sophia.

- Harry, me chame só de Sophia, por favor.

- Está bem – disse Harry.

- Mãe você está bem? – disse indo até ela.

- Porque não estaria?

- Eu sei que você não é de ferro, e sei que isso dói.

- Ah filha – disse ela abrindo seus braços para me abraçar, então, abracei-a.

- Mãe, não fique assim, você sabe que ele não merece nada disso – eu ia falar que é isso que da casar cedo, mas se eles não tivesses se casado eu não estaria aqui.

De repente o interfone toca. Olho para Harry e ele para mim. Quem será que era? Fui ate o aparelho.

- Quem é?

- Amor sou eu.

E agora? O que eu faço? Olho para Harry tensa, e logo em seguida para minha mãe. Ela entende meu olhar.

- Harry querido, vem aqui um pouquinho? – disse ela indo ate ele.

- Claro – disse Harry se levantando do sofá e a acompanhando.

Destravo o portão e vejo Jarred entrar.

- Que saudades que estava de você gata – disse ele me dando um beijo.

- Também estava...

- O que aconteceu? Você ainda está de pijama.

- Ah... Nada... Eu só... Estava com vontade de ficar de pijama.

- Ah ta – disse ele sorrindo. Como Jar é burro ao ponto de não perceber que eu estou mal. – Mas amor, você está com uma cara horrível.

- Nossa... Muito obrigada.

- Vá lá em cima, troque de roupa e de uma ajeitada na sua cara! – Cara? Eu por acaso sou um animal é?

- Rosto Jarred!

- Mesma merda. Vá – disse ele me empurrando até as escadas.

Fui até meu quarto e me olhei no espelho. Eu estava com uma cara péssima mesmo. Jarred é MUITO sincero. Isso às vezes atrapalha nosso relacionamento. Abri meu guarda roupa, coloquei uma camiseta de manga longa listrada na cor cinza e branca, para ser mais exata, da hollister, um moletom, da abercrombie e calcei meu vans preto. Desci as escadas e vi Jarred vendo TV, jogado no sofá.

- Jar?

- Oi – disse ele me olhando.

- Pronto, me arrumei.

- Agora vamos sair – Ih... Fudeu.

- Ahn... É... Amor, vai saindo, que eu já vou ta?

- Ta bom – disse ele vindo até mim e me dando um selinho. Vi ele saindo pela porta e logo em seguida pelo portão.

Corri até a cozinha. Cadê eles? Então corri até o jardim. Harry estava sentado no grande gramado que tinha em casa. A silhueta dele era linda. Os seus cabelos no sol ficavam castanhos. Fiquei o observando, e surgiu um sorriso em meu rosto involuntariamente. Ele era lindo. Meu coração estava acelerado. Então ele se vira para mim com um sorriso no rosto. Continuo sorrindo de orelha a orelha. Harry vem até mim e pega minha mão.

- Sav, eu preciso falar com você.

- Fale.

- É... Aqui?

- Sim.

- Agora?

- Não, no século que vem – Harry ficou me olhando sério. – Brincadeira né! Claro que pode. Sente aqui – puxei-o até uma mesa. – Agora me fale – disse apoiando o meu queixo em minha mão.

- É... Sav... No acampamento eu falei que era afim de você, mas acho que você não levou muito a sério...

- Harry, eu tenho namorado... – ele abaixou a cabeça e continuou.

- Eu sei, mas mesmo assim. Quem sabe eu não posso ter uma chance com você? Isso só depende de você, Sav...

E agora? O que eu faço? O Jarred está me esperando lá fora e Harry está aqui. Vou ter que me livrar de algum deles...

- Harry, eu já volto – disse me levantando da cadeira e ido para a cozinha.

- Sav? – disse minha mãe.

- MÃE! Me ajuda!

- Fale filhota.

- Mãe do céu! O Jarred está me esperando lá fora para sairmos, mas Harry acabou de falar que está afim de mim...

- Jura que o Harry está afim de você? – disse ela toda alegre.

- Sim mãe... – disse revirando os olhos. Ela não disse nada. Só sorriu. – Você não vai me ajudar não? O que eu faço agora mãe?

- Você gosta do Harry?

- Não sei...

- Savannah querida – disse ela se aproximando de mim. – Você tem que se decidir. Não pode ficar com dois ao mesmo tempo.

- Eu sei né mãe!

- Escute o seu coração.

Escutar meu coração? Por acaso ele fala agora é? Brincadeira, não sou tão burra assim. Agora vem a questão mais difícil. Decidir com quem irei ficar. Preciso que, sei lá, o “destino” me mande algum sinal, porque, ta duro hein. Fui até o banco do balcão, e me sentei. Apoiei minha cabeça em meu ombro fechando meus olhos. Fiquei pensando em quem poderia. Até que veio a imagem de...