Influxos E Afetos escrita por thifany q


Capítulo 14
Quando tudo parece bem


Notas iniciais do capítulo

oee . bom , dessa vez eu me apressei mais no capítulo rs .
Quero agradecer todas as reviews de coração ♥
Bom, nesse cap e nos próximos (provavelmente) vou escrever de um jeito diferente para que vcs possam desvendar os mistérios da história ok?
Bom , é isso .
boa leitura ♥



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Rogue era a nova atração da cidade. Todos se orgulhavam pelo próprio município. Não era todo dia que uma estrela visitava aquele local tão pequeno e esquecido no mundo.

Estava fazendo um dia lindo. O sol iluminava cada canto e ao mesmo tempo era possível sentir um ar gelado, que dava uma sensação de conforto e aconchego.

Ela abriu a porta do local em que cumpria sua presença todos os dias. Mirajane estava pronta para mais um dia de trabalho em uma simples, porém, ótima cafeteria.

Gajeel, seu companheiro de trabalho ainda não chegara. Pensou na possibilidade de ter se atrasado. Na realidade, não o via desde que voltara de viagem, por “problemas pessoais” segundo ele.

Mira retirou seu casaco do corpo e o largou em cima de um armário localizado na cozinha. Espreguiçou-se e sentou atrás do balcão na espera de um cliente. O tédio e silêncio a consumira naquele instante. Logo, o carteiro da cidade passou pela calçada e colocou na caixa de correio alguns papéis- provavelmente cobranças – e o jornal diário da cidade.

Levantou-se da cadeira, pegou o jornal e as contas e voltou para onde estava. Após largar os envelopes no balcão, abriu o jornal e leu o destaque. Lá dizia claramente que na noite anterior, Levy McGarden foi flagrada com Rogue Cheney, e para quem duvidasse, uma foto estava postada abaixo do texto, nítida e com um tamanho para que todos pudessem ver e reconhecer o casal.

-C-como?! – Mira perguntou-se.

Desde sempre, fora apaixonada pelas obras de Rogue, e agora que o conheceu, sonhava com algo mais. Mas depois dessa notícia, perdera as esperanças. Estava mais preocupada se isso a deixaria zangada com Levy, que em poucos dias havia se tornado uma grande amiga. Talvez sim, mas tentaria de tudo para que aquilo não interferisse na amizade de ambas.

Enquanto pensava e secava as breves lágrimas, entra na cafeteria a estrela dos jornais desta manhã, Levy.

-Mira-san? – chamou a moça em seu tom de voz delicado.

-Ah, Levy-san! – Mira rapidamente secou os olhos após ouvir a chegada da amiga. Após, foi até ela e a abraçou como de costume. – Como você está?

-Estou bem, o que houve?

-N-nada. – tentou disfarçar. – Senta ali, vou trazer o café que você gosta.

Levy obedeceu e sentou-se no balcão. Assim, Mira entrou na cozinha.

Levy continuava desconfiada com o comportamento de Mirajane, olhou em volta do balcão e lá descobriu o jornal, que mostrava a manchete relacionada à noite anterior. Ela já havia visto essa notícia enquanto andava a caminho da cafeteria, porém, sentiu receio de que Mira houvesse se decepcionado com aquilo, e ao mesmo tempo não compreendia o motivo.

Logo depois, a garçonete sai da porta da cozinha com o café preferido de Levy nas mãos. Posicionou a xícara no balcão e secou as mãos molhadas.

-Por onde anda Gajeel? – Levy perguntou.

 -Bom, não o vejo desde ontem. Ele está atrasado. Além disso, ele me pareceu muito estranho desde que voltou de viagem.

-Concordo.

-Por que você não o procura?

-Procurar pra quê?

-Tente conversar com ele, arrume um jeito de descobrir o motivo de ele estar assim.

-Eu já sei o motivo...

-E qual é?

-Eu.

Um silêncio se iniciou no local.

-O que você fez à ele? – ela perguntou com um ar de fúria. Odiava ver seu melhor amigo sofrer por alguma mulher, mesmo que se tratasse de Levy.

-Você devia perguntar o que ele fez a mim! – Levy respondeu no mesmo tom, contudo, séria. -Veja meu rosto. Está dolorido do tapa que ele me deu no meio da rua.

-E-ele te bateu?

-Exatamente.

-Mas por quê?!

-Pergunte a ele, eu não sei responder.

-O que você fez a ele?! Ele não agiu assim de propósito, tenho certeza!

-Vai ficar contra mim agora?!

-Não estou contra você, entenda.

Aquela discussão estava deixando ambas nervosas. Mas felizmente foi interrompida pelo motivo da falação. Gajeel chegara à cafeteria... E sarcástico, como sempre.

-Não briguem por minha causa, tem pra todas.

Levy, mais irritada do que nunca, levantou-se com a intenção de ir embora daquele lugar.

-Aonde você vai? – indagou Gajeel à pequena.

-Embora. – ela respondeu seca.

-Não vai não. Tenho assuntos a tratar com você!

-Então diga logo!

Assim, o brutamonte pegou-a pelo braço e a arrastou para fora da cafeteria. Mira apenas observava os dois seguindo até a praça. Levy reclamava pela força exagerada em que Gajeel botava no braço dela e o mesmo apenas andava olhando para frente.

Mirajane já entendia o que Gajeel pretendia. Há dias, desde a primeira vez que Levy aparecera na cafeteria, ele não parava um sequer segundo de falar da escritora. Riu sozinha com seus pensamentos.

Logo os minutos foram passando e as horas também. Nada do regresso de Gajeel e nem sinal de Levy.

-Por que demoram tanto?- Pensou.

Finalmente, a porta se abre e Gajeel entra na cafeteria, triste e desanimado.

-Até que enfim! – Mira expressou-se – O que houve?

-Nada. – ele respondeu seco. Logo depois, trancou-se na cozinha para cumprir suas tarefas, após isso, não se ouviu mais sua voz.

O céu estava escurecendo em plena duas horas da tarde. Certamente choveria, e bravamente. O movimento andava fraco na cafeteria. Mira apenas pensava se o romance de Levy e Rogue daria certo. Gajeel, por “coincidência”, pensava o mesmo.

Pingos de água foram caindo do céu lentamente até o chão. O barulho ia fortalecendo em questão de segundos, e logo, uma grande tempestade se iniciou.

Gajeel saiu da cozinha e sentou-se em uma mesa perto da janela, que dava perfeita visão à chuva.

-Já olhou os jornais? – Mira perguntou quebrando o silêncio entre ambos.

-Sim... – ele apenas disse secamente.

-Não perca as esperanças. Ela não te odeia.

-Claro que odeia. Não devia ter feito aquilo.

-Ela vai te perdoar.

-Estou frustrado. Preciso me desculpar de algum jeito.

-Espere a poeira baixar. Não se pega uma panela quente com as mãos nuas.

O silêncio novamente voltou a exalar aquele lugar.

-Se importa se eu voltar para casa? – Gajeel parecia chateado.

-Não, cuidarei do restante. – Mira cedeu.

Assim o moreno se levantou e saiu. Ainda chovia muito, mas aquilo era insignificante para ele.

As horas passaram, a chuva abandonou a cidade e logo o sol surgira no meio das nuvens.

Já eram quatro e meia, a cafeteria iria ser fechada as cinco como sempre. Mirajane já estava fazendo as últimas contas no caixa quando Rogue aparece por lá. Ele estava carregando uma bolsa e uma mala de mão, aparentando um viajante.

-Rogue? – Mira surpreendeu-se com a sua presença.

-Olá, Mira. Poderia me trazer um café bem quente? – ele pediu, aliás, parecia um tanto nervoso e apressado.

-Claro, sem problemas.

Ele se sentou no balcão e colocou sua bolsa em cima do mesmo, pegou uma revista que encontrara por lá e começou a folheá-la.

Mira pegou uma xícara e rapidamente preparou o café pedido.

-Aqui está. – ela posicionou a xícara ao lado de Rogue e o mesmo agradeceu. – Está de viagem?

-Sim, partirei daqui a pouco.

Enquanto jogavam conversa fora, Mira percebeu a bolsa dele aberta. Lá, viu um nome familiar. Era o nome do novo livro que Levy estava produzindo. Lembrou-se de uma conversa que elas tiveram sobre isso. Automaticamente se questionou sobre o que eles estavam fazendo ali. Levy nunca daria esses papéis a ninguém sem antes publicar a obra já pronta. Estranhou, mas estava com receio de perguntar algo relacionado.

Logo, um celular começara a vibrar e tocar uma melodia suave. Era o telefone de Rogue. Assim que o moço vira de quem se tratava, rapidamente levantou-se e pediu breves licenças à mira. Nesse instante, ele saiu e atendeu a chamada na calçada. Não era possível saber quem era, no entanto.

Aproveitando a oportunidade de ausência de Rogue, Mira pegou da bolsa dele os capítulos de Levy. De fato eram os dela, a assinatura era reconhecível. Estranhando o comportamento de Rogue, supôs certamente que ele havia os pegado sem permissão.  O motivo? Não sabia... Pensou no que fazer e logo decidiu pegar os papéis e guardá-los embaixo do balcão. Não sabia se era o certo, mas fez da mesma forma.

Inesperadamente, Rogue entrou novamente na cafeteria colocando o celular no bolso esquerdo. Pegou a bolsa e mala, abriu a carteira e deu certa quantia à Mira pelo café.

-Estava delicioso, Mira. Mas estou atrasado. – ele disse.

Saiu em um disparo. A moça já estava completamente desconfiada. Com isso, decidiu segui-lo. Assim se resumia o coração de uma mulher apaixonada feito adolescente.

Esperou que Rogue estivesse um tanto longe para que não descobrisse a sua perseguida. Então, rapidamente pegou sua bolsa, fechou a cafeteria e deu os mesmos passos que ele, perseguindo-o disfarçadamente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

kd reviews kd ?? TuT
bjinhos aguardem o proximo ♥