Zuko havia chegado em Republic City a alguns dias para uma visita a seus amigos. E como sempre ficara hospedado no templo junto com Aang e sua família.
Era uma linda tarde de outono, e todos estavam treinando. Aang ensinava dominação de ar para Tenzin, que agora estava com catorze anos. Ele estava com a cabeça raspada e usava roupas de dominador de ar. Ele lembrava muito Aang. Com a pele branca e os olhos cinzas. Ao contrario de seus irmãos, Tenzin era um garoto sério muito concentrado em dominação de ar. Só uma coisa o distraia, Lin.
Lin estava treinando dominação de metal com Toph. Ela estava pegando o jeito e já conseguia mudar o metal de forma. Ela tinha cabelos curtos e usava roupas verdes assim como sua mãe quando não estava usando a armadura da policia.
Katara e Kya dominavam água. Kya já era uma mestra, Katara já havia a ensinado tudo que sabia, menos dominação de sangue. Katara jurara a si mesma que nunca ensinaria isso para ninguém. As duas passavam água uma para a outra,e conversavam enquanto isto. Kya agora tinha 21 anos. Já era uma mulher feita e namorava já a algum tempo com um belo guerreiro da Tribo da água do Norte que estava morando na cidade. Ela usava os cabelos presos em rabo de cavalo, a não ser por duas mechas que sempre estavam soltas. As roupas da tribo da água eram suas preferidas, assim como as de sua mãe. Ela era a cara da Katara, tirando os olhos, que eram iguais os de Aang.
Bumi treinava espada com Sokka. Ele era excelente e Sokka tinha trabalho com ele. Ele seguira com Bumi os mesmos passos que seu professor tinha feito com ele e Bumi havia se mostrado um ótimo espadachim. Ele havia feito sua espada de um estranho metal branco que ele havia achado. A espada era afiadíssima e leve como uma pena. Bumi agora tinha seus 19 anos. Pele morena e olhos claros assim como sua mãe. Ele usava roupas vermelhas, que era a sua cor favorita.
Honora treinava dominação de fogo com seu pai. Ela também já era uma mestra, mas adorava praticar com seu pai, ele sempre tinha um novo truque para ensina-la. A princesa agora tinha 22 anos. Com longos cabelos negros que chegavam quase a sua cintura, sua pele era branca e seus olhos âmbar assim como os de seu pai. Ela era linda, ágil e um prodígio. Seu fogo era azul, assim como o de sua tia Azula, que estava na cadeia. Zuko havia a ensinado a redirecionar raios, pois ela havia aprendido sozinha a lança-los quando tinha doze anos.

– Tenho um anuncio a fazer – disse Aang. Todos pararam de treina e se viraram para ele. – Tenzin completou seu treinamento. Ele está pronto para receber suas tatuagens!
Kya e Bumi correram ao encontro de Tenzin, abraçando-o
– Parabéns maninho! – disseram eles. Tenzin estava corado.
Katara foi até ele.
– Parabéns meu filho, estou tão orgulhosa de você! - ela disse e o abraçou. Todos parabenizaram Tenzin, e por ultimo veio Lin, e Tenzin ficou vermelho assim que a viu.
– Meus parabéns – ela disse então o beijou na bocheca
Tenzin estava vermelho como um tomate, Lin sorriu para ele e piscou, depois caminhou de volta para onde estava.
Bumi cutucou Kya, que disfarçadamente ria de Tenzin.
– Venha comigo Tenzin – disse Aang.
Tenzin sorria, ele acompanhou o pai até o interior do templo.
Kya pegou sua bolsa de couro.
– Mãe, vou sair. Combinei de me encontrar com meu namorado hoje.
–Tudo bem minha filha, você volta para o jantar?
– Sim. – ela respondeu, e saiu.
Bumi chegou perto de Honora e sussurrou em seu ouvido.
– Siga-me.
Então sorrateiramente eles saíram.
Bumi levou Honora até uma parte escondida da ilha, que tinha uma maravilhosa vista para o oceano. Ele a ajudou a descer alguns barrancos, mas em pouco tempo, chegaram lá. O lugar não era nada de surpreendente, havia somente um pequeno banco de madeira, onde os dois se sentaram.
Bumi pegou nas mãos de Honora. Ele estava vermelho de vergonha.
– Honora....er...eu queria te dizer... uma coisa – ele dizia gaguejando. Bumi havia herdado de seu tio Sokka a pouca habilidade para falar.
Honora deu uma risadinha.
– Bom, é que.... você é muito bonita,e bem... eu gostaria de saber se você... – ele coçava a cabeça, nervoso. E algumas gotas de suor escorriam de sua testa.
Honora colocou as mãos no rosto de Bumi e o beijou.
– Você não é muito bom para falar. – disse Honora ainda com o rosto muito perto do de Bumi.
– Nem me fale – ele respondeu, e a beijou outra vez.
Depois Bumi colou as mãos na cabeça e exclamou.
– O que eu estou fazendo! Você é uma princesa e eu sou só um...um..
– Um ótimo guerreiro que eu gosto muito. – completou Honora.
– O que? - Bumi perguntou confuso.
– Bumi eu sempre gostei de você, só nunca falei nada pois sou muito tímida e pensava que você não gostava de mim do jeito que eu gosto de você. E não importa se eu sou uma princesa, ou quem quer que você seja, eu amo você independente de qualquer coisa.
– Ufa! Ainda bem que você disse essa fala, eu com certeza não conseguiria dizê-la. Eu também te amo Honora, dês do momento que eu te vi descer do barco, com apenas dez anos de idade.
Honora então o beijou. Bumi desabotoou a camisa que ele usava, e Honora soltou os cabelos.
– As coisas estão ficando quentes por aqui não acha?
Honora sorriu e lançou um olhar sexy para Bumi, e fez uma labareda de fogo em uma das mãos.
– Vão ficar mais quente ainda. – disse ela, então abriu a blusa. E Bumi a puxou para perto.


Bumi e Honora voltaram antes do anoitecer, ninguém havia notado a ausência, com exceção de Kya, que chegara cedo de seu encontro e sorria maliciosamente para eles. Bumi ficou vermelho, e Honora riu, piscando para ela e fazendo um sinal de “ depois conversamos”.
Sokka Toph e Lin haviam ido embora Zuko, Mai e Katara conversavam na sala. Quando Aang apareceu. Todos ficaram imediatamente em silencio, Aang sorria muito, e estava bem suado.
– Eu lhes apresento o nosso mais novo dominador de ar. – ele disse, então Tenzin entrou na sala todo orgulhoso.
A seta azul brilhava em sua cabeça e descia pelo pescoço, passava pelos braços e pelas pernas. Todos estavam boquiabertos, as tatuagens estavam perfeitas. Katara abraçou seu filho, ela chorava, Tenzin derramou algumas lágrimas, ele esperava por isso a anos, e finalmente ele era como o seu pai, um mestre do ar.
Bumi e Kya o abraçaram, Kya tinha algumas lágrimas nos olhos.
– Estamos muito orgulhosos de você maninho – disse Kya.
– Eu amo vocês – disse Tenzin limpando uma lágrima.
– Ah cara, eu devia ter gravado isso – disse Bumi. E Kya deu um tapa na cabeça dele.
– Bobão – ela disse, e todos riram.

Mais tarde naquela mesma noite, Kya e Honora estavam deitadas conversando.
– Então...Você e meu irmão... – disse Kya.
Honora riu um pouco sem graça.
– Sim.
– Eu sabia! Eu sempre soube!
Honora colocou o travesseiro na cara e riu.
Kya sentou-se na mesma cama que ela.
– Agora me explique uma coisa, o que você viu no meu irmão?
As duas começaram a rir incontrolavelmente.

Na manha seguinte, todos tomavam café quando Kya apareceu.
– Eu tenho uma ótima noticia a todos – ela disse com um grande sorriso no rosto. – Fui promovida! Fui transferida para a tribo da água do norte onde farei parte do conselho de lá!
– Isso é maravilhoso querida! – disse Katara. – Só é uma pena por ser tão longe daqui.
– Eu prometo vir visita-los sempre que possível – disse Kya.
Aang e Katara a abraçaram.
– Minha menininha – disse Aang abraçando-a. – Tão longe de casa!
– Papai – disse Kya sorrindo.
– Estou mesmo ficando velho – disse Aang. – Venha cá filha, vamos conversar.
Aang então colocou as mãos nas costas de Kya e a conduziu até o jardim.
– Parece que foi ontem que eu pequei você no colo pela primeira vez, e agora você está se mudando para a tribo da água no norte!
Kya sorria com ternura para Aang.
– Quero que você prometa uma coisa para o seu velho pai querida, que você sempre continue sendo essa garota maravilhosa que você é Kya. Eu sentirei muita sua falta, mas sei que é sua hora de ir. Então eu lhe peço que manda noticia e que venha nos visitar sempre!
– Mas é claro papai.
– E não se esqueça de seu velho pai – disse Aang, e uma lágrima escorria de seus olhos.
– Nunca – ela disse e o abraçou.
Ao anoitecer, Kya embarcava com seu namorado em um navio que ia para a tribo da água no norte. Ela acenava. Katara estava abraçada em Aang e chorava muito. Bumi acenava para ela junto a Tenzin. Honora lançou uma piscadela e Kya riu.
– Eu sentirei a falta de vocês! – e então, o navio começou a navegar, e em pouco tempo, nada se via alem de um pequeno ponto preto em mar aberto.