Templar: The Rise Of The Fallen Knights escrita por Markonoha


Capítulo 6
Um dia de Sherlock Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Quase chegando ao fim. Só mais o começo da próxima parte e terminamos Um dia de Sherlock. Aviso: A próxima parte promete!



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-Mas há mais uma coisa que não se encaixa nessa história... Como ele tinha um molde do meu rosto? – falou Cassius.

Refleti sobre o assunto e fazia sentido. Como alguém poderia ter um molde do rosto de Cassius?

-Você tem razão... A menos que... – falei pensando.

-A menos que o quê? – perguntou-me Frank.

-Eu estou pensando o mesmo Cato... – falou Cassius.

-Você também concorda que isso só pode ter sido feito por alguém daqui de dentro? – falei olhando para Cassius.

-Sim. E imagino quem seja... – ele respondeu.

O fato de ele não ter sido direto me indicou qual era seu plano...

-Também sei. Mas vamos precisar de ajuda pra pegar o culpado. Porque não nos ajuda Frank? – perguntei.

-Ahh... É que eu estou com muitas tarefas aqui na casa... – ele falou suando.

-Não seja por isso, você está dispensado das tarefas Frank. – falou Cassius.

Por fim Frank, muito relutante, assentiu em ir conosco até o local onde “armamos para o culpado”.

-Bem Frank. Antes de tudo precisamos perguntar uma coisa... – disse Cassius ao chegarmos num local deserto.

-O que é senhor? – ele falou apreensivo.

-Você fez aquele molde de cera de Cassius? – perguntei firme.

-C-Como senhor? Mesmo que eu quisesse, o patrão não deixaria. – ele respondeu pondo-se a chorar.

-Era simples. Vocês dormem na mesma casa. Enquanto ele dormia você poderia muito bem fazer o molde. – falei sério.

-Tem mais Cato. Há uns dias atrás eu mal terminei de jantar e senti um sono muito forte. Fui dormir e só acordei ao meio dia do outro dia.- falou Cassius.

-Faz sentido. Quem serve sua comida Cassius? – perguntei pondo-me a pensar.

-É. Frank. – ele falou pasmo.

Virei-me para Frank com olhar indagador.

-Eu juro senhor! Eu seria incapaz de fazer qualquer mal ao patrão! – ele falou ajoelhando-se e chorando.

-Quem prepara a comida? – perguntei.

-Ela é pega no restaurante senhor. Eu e Mike trazemos até a cabana e eu sirvo o patrão. – ele falou ainda nervoso.

-Cassius, você sabe de alguma saída estranha de Mike na semana passada? – perguntei.

-Acho que não... – ele falou pensativo.

-Mas James saiu muito semana passada senhor. – falou Frank.

-Qual a ligação de Mike e James? – perguntei olhando para Frank.

-São irmãos, senhor. – ele respondeu.

-Faz sentido... – comentou Cassius ainda pensando.

-Frank, há um jeito de tirar a culpa das suas costas e prender o real culpado. Mas eu vou precisar de você. – falei.

-Pode pedir senhor, se estiver ao meu alcance farei! – falou ele quase suplicando ajuda.

-Você pode listar para mim todas as lojas que vendem cera na cidade? E se possível nos arredores daquela mata também. – falei.

-Claro senhor. Tenho um amigo que tem o mapa local, lá diz onde há lojas e restaurantes. Farei isso agora mesmo. – ele falou pondo-se de pé.

-Obrigado. – falei sorrindo.

Frank saiu e continuei a conversa com Cassius. Resolvemos, então, ir falar com Mike e James.

-Não sei de nada disso senhor. – disse Mike ao ser consultado sobre a substância na comida.

-Você tem certeza de que não pôs nada na comida? – perguntei.

-Mas é claro senhor! Minha vida é servir ao mestre, eu jamais faria algo do tipo. – ele falou.

Ele parecia falar a verdade. Resolvi falar com James. Eu tinha um plano para provar que ele era culpado.

-Fique onde está James! A polícia está a caminho para levá-lo preso por ter posto aquilo na comida de Cassius! – falei entrando bruscamente na cozinha.

-O que? Aquilo? Não sei do que fala senhor. Por favor, eu não fiz nada meu senhor! Eu seria incapaz de fazer mal à alguém, ainda por cima ao senhor Cassius! – ele falou surpreso com minha afirmação.

Não restavam muitas possibilidades afinal, se não era Mike nem James e nem Frank, quem poderia ser?

-Preciso de uma informação. – falei ao dono do restaurante.

-E qual seria meu amigo? – perguntou-me o homem com cara de deboche.

-De onde vem a comida que vocês servem aqui? Quem a manda para vocês? – perguntei sério.

-Hahaha. Quem você pensa que é para me interrogar assim? Sai logo daqui seu forasteiro de merda. – ele falou rindo.

Três minutos depois aquele mesmo homem encontrava-se sobre uma mesa ensopada de vinho chorando e contando que a comida vinha de um matadouro ao norte dali.

-Quanto maior a fera, maior o choro. Patético. – falei saindo – Vamos Cassius.

-S-Sim Cato! – ele falou olhando pasmo o homem chorando sobre a mesa.

-O que foi aquilo? Você fez o homem chorar! – falou Cassius apavorado ao sairmos do local.

-Haha. Não foi engraçado? Ele estava todo confiante mas em um minuto eu o tinha nas mãos. Não levou muito para ele contar. – falei rindo.

-Haha. Sim, e muito. Não sabia que você lutava tão bem. – ele falou rindo junto.

-Aprendi com o meu passado negro. – falei sério.

-Os Templários? – ele perguntou.

-Sim, sim. Meu maior arrependimento. – falei.

-Ainda não entendi o porquê disso. Eles te ensinaram ótimas técnicas e você era tido como autoridade nas ruas. Todos tinham medo de você. – ele falou.

-Esse é o problema. Não quero ser alguém que constrói um caminho de sangue para alcançar seus objetivos. Eu trilho o caminho da justiça. – falei virando em direção aos estábulos.

-Muito bem dito Cato! Não esperava menos de você meu amigo. – ele falou orgulhoso.

-Pois é. – falei sorrindo.

-Vamos até o matadouro? – ele indagou.

-Sim. Vamos pegar os cavalos e partir agora. Quanto antes isso se resolver, melhor. – falei andando.

As pessoas daquela cidade tinham uma alegria contagiante. Andavam pelas ruas sorrindo e irradiando animação. Nunca antes eu havia visto uma cidade tão feliz.

 Seguimos até os estábulos e pegamos nossos cavalos. Saímos pelo portão Oeste da cidade, que não ficava muito longe dali. Cavalgamos por meia hora até alcançar uma imensa clareira no meio da mata onde ficava o pequeno matadouro. Fomos recebidos por um homem gordo e de barba mal feita que se apresentou como Riggins.

-É um prazer senhor. Meu nome é Cato e esse é meu amigo Cassius. – falei indicando meu colega- Nós queríamos fazer umas perguntas ao senhor se possível. – falei amigavelmente.

-Diga. Estou aqui para responder. – ele falou sorrindo.

-Há uns dias atrás meu amigo comprou comida de um restaurante que é abastecido pelo senhor. É um lugarzinho pequeno que fica na cidade de Hilldown. Nós queríamos saber se por acaso a carne não tinha nada de diferente? – perguntei educadamente.

-Hum... Veja bem, eu só mato os animais e corto a carne devidamente. Vendo aos restaurantes e eles sim a preparam. Eu abasteço muito restaurantes e nenhum deles fez semelhante reclamação, portanto presumo que seja culpa do restaurante que vendeu a comida. – ele falou.

-Tem razão. Desculpe o incômodo meu amigo. Estamos de saída. – falei.

-De forma alguma, é um prazer servir. – ele falou sorrindo.

Voltamos à cidade e encontramos Frank com a lista das lojas de cera.

-Senhor, aparentemente não há lojas de cera numa área de dez quilômetros. Então não sei de onde veio a que fez o molde do rosto do mestre. – ele falou.

-Bem, vamos ao necrotério. Eles já devem saber de onde veio aquela cera no rosto. – falei.

Fomos recebidos pelo mesmo rapaz que antes me levou para ver o “corpo de Camille”.

-Precisamos ver o corpo do farsante senhor. – falei.

-Lamento, mas vão precisar de uma ordem policial para tal. – ele falou dando de ombros.

-Eles têm. – falou um homem à porta.

Era o delegado.

-Senhor delegado? Como soube que estávamos investigando isso? – perguntei.

-Um amigo me avisou e pediu ajuda. – ele falou apontando Frank.

-Ora, ora. O rapaz não é de todo o mal hein. Parabéns! – falou Cassius.

-Já fizemos uma vistoria em toda a sua cabana senhor Cassius, e já temos um culpado. – falou o delegado.

- Já têm? – falamos, eu, Cassius e o jovem do necrotério em uníssono.

-Sim senhores. Foi encontrado cera junto aos pertences do jovem Frank. – falou o delegado- Aparentemente Frank envenenou a comida e fez o molde enquanto todos dormiam à noite.

-Eu não fiz nada disso! Eu seria incapaz de querer o mau do mestre! – falou o jovem chorando desesperado.

-Então foi você! Eu jamais deveria ter pedido para você servir o meu prato. Na certa foi naquela hora que você pôs algo na comida. Não acredito que confiei em você Frank! – falou Cassius indignado.

-Como? Eu não servi seu prato senhor. Eu estava lá fora trazendo água para lavarmos as louças após o jantar. – ele falou.

-Cassius, há em sua cabana algum quarto vazio, que ninguém use ou sequer entre? – perguntei.

-Sim temos, Cato. Você pode ficar com ele, mas primeiro vamos resolver isso, por favor. – ele respondeu.

-Faz todo o sentido! Vamos logo para a cabana. Lá vocês entenderam melhor! – falei saindo com todos me seguindo.

Chegamos à cabana e Cassius me levou ao quarto em questão. Ele pediu a chave à um dos rapazes.

-Mas senhor, eu a entreguei para Frank há uns dias atrás. Ele me pediu e eu a dei para ele. Como ninguém usa o quarto não pedi de volta a chave. Deixei-a nas mãos dele. – falou o jovem sem entender nada.

-Como? Eu não pedi chave alguma! – falou Frank.

-Mas é claro que não pediu! – falei – E essa porta não está trancada.

-Cato, nós sempre deixamos a porta trancada. – disse Cassius.

Nesse momento o delegado tentou abrir e a porta se abriu.

-Como você sabia? – ele perguntou surpreso.

-Da mesma forma que eu sei que o culpado está aí dentro. – respondi.

O delegado terminou de abrir a porta e lá estava uma pessoa exatamente igual à Frank sentada num canto no fundo da sala.

-Pelos deuses! Frank, você tem um irmão gêmeo? – perguntou Cassius.

Antes de ele responder, esclareci:

-Ora essa homem! Onde está sua inteligência? É claro que isso aí é...


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Deixem seu comentário e favoritem a fic.



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