Templar: The Rise Of The Fallen Knights escrita por Markonoha
Notas iniciais do capítulo
Quase chegando ao fim. Só mais o começo da próxima parte e terminamos Um dia de Sherlock. Aviso: A próxima parte promete!
-Mas há mais uma coisa que não se encaixa nessa história... Como ele tinha um molde do meu rosto? – falou Cassius.
Refleti sobre o assunto e fazia sentido. Como alguém poderia ter um molde do rosto de Cassius?
-Você tem razão... A menos que... – falei pensando.
-A menos que o quê? – perguntou-me Frank.
-Eu estou pensando o mesmo Cato... – falou Cassius.
-Você também concorda que isso só pode ter sido feito por alguém daqui de dentro? – falei olhando para Cassius.
-Sim. E imagino quem seja... – ele respondeu.
O fato de ele não ter sido direto me indicou qual era seu plano...
-Também sei. Mas vamos precisar de ajuda pra pegar o culpado. Porque não nos ajuda Frank? – perguntei.
-Ahh... É que eu estou com muitas tarefas aqui na casa... – ele falou suando.
-Não seja por isso, você está dispensado das tarefas Frank. – falou Cassius.
Por fim Frank, muito relutante, assentiu em ir conosco até o local onde “armamos para o culpado”.
-Bem Frank. Antes de tudo precisamos perguntar uma coisa... – disse Cassius ao chegarmos num local deserto.
-O que é senhor? – ele falou apreensivo.
-Você fez aquele molde de cera de Cassius? – perguntei firme.
-C-Como senhor? Mesmo que eu quisesse, o patrão não deixaria. – ele respondeu pondo-se a chorar.
-Era simples. Vocês dormem na mesma casa. Enquanto ele dormia você poderia muito bem fazer o molde. – falei sério.
-Tem mais Cato. Há uns dias atrás eu mal terminei de jantar e senti um sono muito forte. Fui dormir e só acordei ao meio dia do outro dia.- falou Cassius.
-Faz sentido. Quem serve sua comida Cassius? – perguntei pondo-me a pensar.
-É. Frank. – ele falou pasmo.
Virei-me para Frank com olhar indagador.
-Eu juro senhor! Eu seria incapaz de fazer qualquer mal ao patrão! – ele falou ajoelhando-se e chorando.
-Quem prepara a comida? – perguntei.
-Ela é pega no restaurante senhor. Eu e Mike trazemos até a cabana e eu sirvo o patrão. – ele falou ainda nervoso.
-Cassius, você sabe de alguma saída estranha de Mike na semana passada? – perguntei.
-Acho que não... – ele falou pensativo.
-Mas James saiu muito semana passada senhor. – falou Frank.
-Qual a ligação de Mike e James? – perguntei olhando para Frank.
-São irmãos, senhor. – ele respondeu.
-Faz sentido... – comentou Cassius ainda pensando.
-Frank, há um jeito de tirar a culpa das suas costas e prender o real culpado. Mas eu vou precisar de você. – falei.
-Pode pedir senhor, se estiver ao meu alcance farei! – falou ele quase suplicando ajuda.
-Você pode listar para mim todas as lojas que vendem cera na cidade? E se possível nos arredores daquela mata também. – falei.
-Claro senhor. Tenho um amigo que tem o mapa local, lá diz onde há lojas e restaurantes. Farei isso agora mesmo. – ele falou pondo-se de pé.
-Obrigado. – falei sorrindo.
Frank saiu e continuei a conversa com Cassius. Resolvemos, então, ir falar com Mike e James.
-Não sei de nada disso senhor. – disse Mike ao ser consultado sobre a substância na comida.
-Você tem certeza de que não pôs nada na comida? – perguntei.
-Mas é claro senhor! Minha vida é servir ao mestre, eu jamais faria algo do tipo. – ele falou.
Ele parecia falar a verdade. Resolvi falar com James. Eu tinha um plano para provar que ele era culpado.
-Fique onde está James! A polícia está a caminho para levá-lo preso por ter posto aquilo na comida de Cassius! – falei entrando bruscamente na cozinha.
-O que? Aquilo? Não sei do que fala senhor. Por favor, eu não fiz nada meu senhor! Eu seria incapaz de fazer mal à alguém, ainda por cima ao senhor Cassius! – ele falou surpreso com minha afirmação.
Não restavam muitas possibilidades afinal, se não era Mike nem James e nem Frank, quem poderia ser?
-Preciso de uma informação. – falei ao dono do restaurante.
-E qual seria meu amigo? – perguntou-me o homem com cara de deboche.
-De onde vem a comida que vocês servem aqui? Quem a manda para vocês? – perguntei sério.
-Hahaha. Quem você pensa que é para me interrogar assim? Sai logo daqui seu forasteiro de merda. – ele falou rindo.
Três minutos depois aquele mesmo homem encontrava-se sobre uma mesa ensopada de vinho chorando e contando que a comida vinha de um matadouro ao norte dali.
-Quanto maior a fera, maior o choro. Patético. – falei saindo – Vamos Cassius.
-S-Sim Cato! – ele falou olhando pasmo o homem chorando sobre a mesa.
-O que foi aquilo? Você fez o homem chorar! – falou Cassius apavorado ao sairmos do local.
-Haha. Não foi engraçado? Ele estava todo confiante mas em um minuto eu o tinha nas mãos. Não levou muito para ele contar. – falei rindo.
-Haha. Sim, e muito. Não sabia que você lutava tão bem. – ele falou rindo junto.
-Aprendi com o meu passado negro. – falei sério.
-Os Templários? – ele perguntou.
-Sim, sim. Meu maior arrependimento. – falei.
-Ainda não entendi o porquê disso. Eles te ensinaram ótimas técnicas e você era tido como autoridade nas ruas. Todos tinham medo de você. – ele falou.
-Esse é o problema. Não quero ser alguém que constrói um caminho de sangue para alcançar seus objetivos. Eu trilho o caminho da justiça. – falei virando em direção aos estábulos.
-Muito bem dito Cato! Não esperava menos de você meu amigo. – ele falou orgulhoso.
-Pois é. – falei sorrindo.
-Vamos até o matadouro? – ele indagou.
-Sim. Vamos pegar os cavalos e partir agora. Quanto antes isso se resolver, melhor. – falei andando.
As pessoas daquela cidade tinham uma alegria contagiante. Andavam pelas ruas sorrindo e irradiando animação. Nunca antes eu havia visto uma cidade tão feliz.
Seguimos até os estábulos e pegamos nossos cavalos. Saímos pelo portão Oeste da cidade, que não ficava muito longe dali. Cavalgamos por meia hora até alcançar uma imensa clareira no meio da mata onde ficava o pequeno matadouro. Fomos recebidos por um homem gordo e de barba mal feita que se apresentou como Riggins.
-É um prazer senhor. Meu nome é Cato e esse é meu amigo Cassius. – falei indicando meu colega- Nós queríamos fazer umas perguntas ao senhor se possível. – falei amigavelmente.
-Diga. Estou aqui para responder. – ele falou sorrindo.
-Há uns dias atrás meu amigo comprou comida de um restaurante que é abastecido pelo senhor. É um lugarzinho pequeno que fica na cidade de Hilldown. Nós queríamos saber se por acaso a carne não tinha nada de diferente? – perguntei educadamente.
-Hum... Veja bem, eu só mato os animais e corto a carne devidamente. Vendo aos restaurantes e eles sim a preparam. Eu abasteço muito restaurantes e nenhum deles fez semelhante reclamação, portanto presumo que seja culpa do restaurante que vendeu a comida. – ele falou.
-Tem razão. Desculpe o incômodo meu amigo. Estamos de saída. – falei.
-De forma alguma, é um prazer servir. – ele falou sorrindo.
Voltamos à cidade e encontramos Frank com a lista das lojas de cera.
-Senhor, aparentemente não há lojas de cera numa área de dez quilômetros. Então não sei de onde veio a que fez o molde do rosto do mestre. – ele falou.
-Bem, vamos ao necrotério. Eles já devem saber de onde veio aquela cera no rosto. – falei.
Fomos recebidos pelo mesmo rapaz que antes me levou para ver o “corpo de Camille”.
-Precisamos ver o corpo do farsante senhor. – falei.
-Lamento, mas vão precisar de uma ordem policial para tal. – ele falou dando de ombros.
-Eles têm. – falou um homem à porta.
Era o delegado.
-Senhor delegado? Como soube que estávamos investigando isso? – perguntei.
-Um amigo me avisou e pediu ajuda. – ele falou apontando Frank.
-Ora, ora. O rapaz não é de todo o mal hein. Parabéns! – falou Cassius.
-Já fizemos uma vistoria em toda a sua cabana senhor Cassius, e já temos um culpado. – falou o delegado.
- Já têm? – falamos, eu, Cassius e o jovem do necrotério em uníssono.
-Sim senhores. Foi encontrado cera junto aos pertences do jovem Frank. – falou o delegado- Aparentemente Frank envenenou a comida e fez o molde enquanto todos dormiam à noite.
-Eu não fiz nada disso! Eu seria incapaz de querer o mau do mestre! – falou o jovem chorando desesperado.
-Então foi você! Eu jamais deveria ter pedido para você servir o meu prato. Na certa foi naquela hora que você pôs algo na comida. Não acredito que confiei em você Frank! – falou Cassius indignado.
-Como? Eu não servi seu prato senhor. Eu estava lá fora trazendo água para lavarmos as louças após o jantar. – ele falou.
-Cassius, há em sua cabana algum quarto vazio, que ninguém use ou sequer entre? – perguntei.
-Sim temos, Cato. Você pode ficar com ele, mas primeiro vamos resolver isso, por favor. – ele respondeu.
-Faz todo o sentido! Vamos logo para a cabana. Lá vocês entenderam melhor! – falei saindo com todos me seguindo.
Chegamos à cabana e Cassius me levou ao quarto em questão. Ele pediu a chave à um dos rapazes.
-Mas senhor, eu a entreguei para Frank há uns dias atrás. Ele me pediu e eu a dei para ele. Como ninguém usa o quarto não pedi de volta a chave. Deixei-a nas mãos dele. – falou o jovem sem entender nada.
-Como? Eu não pedi chave alguma! – falou Frank.
-Mas é claro que não pediu! – falei – E essa porta não está trancada.
-Cato, nós sempre deixamos a porta trancada. – disse Cassius.
Nesse momento o delegado tentou abrir e a porta se abriu.
-Como você sabia? – ele perguntou surpreso.
-Da mesma forma que eu sei que o culpado está aí dentro. – respondi.
O delegado terminou de abrir a porta e lá estava uma pessoa exatamente igual à Frank sentada num canto no fundo da sala.
-Pelos deuses! Frank, você tem um irmão gêmeo? – perguntou Cassius.
Antes de ele responder, esclareci:
-Ora essa homem! Onde está sua inteligência? É claro que isso aí é...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem. Deixem seu comentário e favoritem a fic.