(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 18
The fight


Notas iniciais do capítulo

AÊÊÊ!!!
Milagre!!! Eu fiz um hiper-mega-ultra-super-capítulo. Não se acostumem, pode ser que eu nunca mais faça um cap tãããããããããããããããão grande.
Mas espero que gostem!!!!



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POV’ Kate

Depois da aula, eu e Jake fomos ao consultório para fazer mais um ultra-som. Minha barriga estava quase do tamanho de uma melancia e começou a pesar.

Jake parecia chateado quando fomos até a sala, mas depois de ouvir as batidinhas do coração do nosso filho, os olhos dele se encheram de alegria e emoção. Foi uma coisa muito fofa.

No carro, Jake não disse nenhuma palavra.

- O que foi? – eu perguntei procurando a mão dele.

- Nada. Tá sentindo alguma coisa? – ele ignorou o meu gesto de segurar a mão dele.

- Você tá estranho. Parece triste.

- Não, não estou triste. Sabe, acho que precisamos passar mais tempo juntos. Vamos sair para jantar amanhã?

- Claro! Amanhã seria ótimo.

- Então fechou – ele finalmente olhou para mim e lançou um sorriso.

Chegando em casa, começamos a escolher as coisas do nosso bebê. Escolhemos um berço em um catálogo e começamos a reformar o quarto do bebê. Acabei toda suja de tinta branca e pedaços do papel de parede, e Jake não estava tão diferente de mim.

Jantamos tacos e fomos dormir, mas Jake parecia hesitante. Não conseguia parar quieto.

- Quer dizer alguma coisa?

- Quero – ele aproximou seu rosto do meu. - Você aceita casar comigo, Kate?

- Meu Deus! Sim, sim, sim! Mil vezes sim!

Nos beijamos e dormimos abraçados.

POV’ Jake

Depois do trabalho, quando eu estava me arrumando em casa, quando o telefone tocou.

- Alô?

- Oi Jake – a voz de Kate soou no outro lado da linha.

- E aí?

- Odeio fazer isso com você, mas preciso cancelar o nosso jantar de hoje à noite. Vamos deixar pra amanhã, tudo bem?

- Por quê?

- Bem, queria visitar minha mãe no cemitério. Já que não fui lá no aniversário dela, quero compensar. Meu coração diz que eu preciso ver, conversar com ela.

- Você quer que eu vá com você? Posso levar umas flores e depois te buscar.

- Não precisa. Minha amiga, Judy, da loja de CDs me leva pra casa. Como alguma coisa com ela. Odeio ter que fazer isso.

- Sem problemas, eu entendo.

- Tem certeza? Me sinto mal com isso.

- De verdade. Tudo bem.

- Prometo que vou te recompensar. Amanhã. Talvez eu até use uma roupa bem pequenininha enquanto preparo o nosso jantar.

- O.k – eu não alterei a voz, apesar de estar decepcionado.

- Eu ligo mais tarde, certo?

- É claro.

- Eu amo você. Você sabe disso, não sabe?

- Sei – eu respondi. - Sei.

Do outro lado da linha, Kate ficou calada e só depois de desligar eu percebi que não tinha retribuído, dizendo que também a amava.

Depois de jantar macarrão com queijo sozinho, fiquei pensando se a confiança precisava ser conquistada ou era só questão de fé. Só percebi o que estava fazendo quando saí da garagem com meu carro e andei pela cidade. Fui até o cemitério, mas ele estava vazio, sem sinal de alguma presença humana. Quase ri de mim mesmo quando me dei conta de que Kate estava com a amiga. Pronto, pensei, tudo resolvido.

Fazendo o retorno no cemitério, diminuí a marcha e me aproximei do vidro, pisquei pensando que estava tendo alucinações, mas vi Kate, a minha noiva oficialmente, entrando na casa de Jeremy, que a recebeu com um sorriso e um beijo no rosto.

Fiquei a esperando no sofá de casa. Ou melhor, fiquei fervendo de raiva no sofá de casa. Pra que mentir para mim?, eu pensei quando ouvi a porta abrir. Uma hora depois do ocorrido.

- Oi – Kate cumprimentou, arrumando a bolsa vermelha no ombro. - Ainda acordado?

Me levantei.

- Só esperando – olhei para o relógio de parede e percebi que faltava pouco para as nove. Era tarde, mas não muito tarde...

Mesmo eu não fazendo nenhum movimento na direção dela – e Kate percebeu isso –, ela veio na minha direção e me beijou assim mesmo.

- Que bom ver você – ela disse.

Eu olhei Kate, apesar de toda a raiva (ou medo, para ser sincero comigo mesmo) que estava sentindo, ela estava linda. A ideia de outro homem tê-la nos braços era arrasadora.

Parece que ela percebeu que eu estava mal, por isso puxou a manga da minha camisa.

- Tudo bem? – ela parecia preocupada.

- Bem – eu respondi.

- Mas você parece chateado.

Me esquivei.

- Só tô cansado. Como foi?

- Triste, ruim, não sei – ela colocou uma mecha do cabelo loiro atrás da orelha.

- Mas você vai ficar bem, certo?

- Acho que sim – ela deu de ombros.

Eu a observei, sentindo que ela estava falando a verdade... sobre o tempo que ficou com a mãe. Mas ela não disse nada sobre onde foi depois de sair do cemitério.

Me sentei com as costas eretas.

- Pelo que entendi, você passou a noite inteira com Judy, certo?

- Praticamente.

- Praticamente?

- É – disse ela, finalmente.

- O que isso que dizer?

Kate não respondeu.

- Passei no cemitério essa noite, mas você não estava lá.

- Você foi até lá?

- E vim aqui também – acrescentei.

Dando um pequeno passo para trás, ela cruzou os braços.

- Você estava me seguindo?

- Chamo como quiser – eu disse tentando me manter calmo. - De qualquer maneira, você não me disse a verdade.

- Do que você está falando?

- Onde você esteve essa noite? Depois de ver a sua mãe?

- Vim pra cá.

- E antes disso?

- Você estava me seguindo, não tava?

Talvez o motivo que me fez perder a calma tenha sido a retidão expressa no tom de voz dela.

- O assunto aqui não sou eu. Responda à pergunta!

- Por que você tá gritando? – ela perguntou. - Eu disse onde eu tava.

- Não, você não disse! – gritei. - Você me contou onde estava antes de ter ido á outro lugar. Você foi em outro lugar depois de sair do cemitério, não foi?

- Por que você tá gritando comigo? – Kate exigiu elevando o tom de voz. - O que deu em você?

- Você foi na casa do Jeremy! – eu gritei.

- O quê?

- Você me ouviu muito bem. Você foi na casa do Jeremy! Eu vi você lá!

Ela deu outro passo para trás.

- Você me seguiu?

- Não, eu não segui você. Eu fui até o cemitério, e depois vim aqui procurando você. E adivinhe o que eu descobri?

Ela fez uma pausa, como se estivesse refletindo.

- Não é o que você tá pensando – ela disse com a voz mais suave do que eu esperava.

- E o que é que eu estou pensando? – perguntei. - Que a minha noiva não deveria estar na casa de outro homem? Que deveria ter me dito aonde foi? Que, se ela confiasse em mim, teria me dito alguma coisa? Que, se gostasse de mim não teria desmarcado o nosso jantar pra ficar com outro homem?

- Isso não tem nada a ver com você! Eu não desmarquei nosso encontro, eu perguntei se podia ser amanhã e você disse que tudo bem!

Eu me aproximei dela.

- Eu não tô falando sobre o jantar, Kate. Eu tô falando do fato de você ter ido na casa de outro homem essa noite.

- E o que mais? Você acha que eu fui pra cama com o Jeremy? Que ficamos passando essas últimas horas namorando no sofá? Nós conversamos, Jake! Foi só isso. Conversamos! Encontrei Melody quando estava saindo e ela estava chorando. Fui falar com o Jeremy pra saber o que tinha acontecido.

- Você deveria ter me contado.

- Eu teria contado! Você nem ia precisar perguntar! Não tenho segredos pra você.

Arqueei minhas sobrancelhas.

- Ah, não? E aquele dia na calçada, na frente da lanchonete?

- Que dia?

- Anteontem, quando vocês estavam de mãos dadas e ele segurava a sua barriga.

- Você me espiona há quanto tempo? – ela me olhou como se fosse a primeira vez que me viu.

- Eu não tô espionando! Mas eu vi.

- Quem é você? – ela me encarou.

- O seu noivo – eu disse aumentando a minha voz cada vez mais. - E acho que mereço uma explicação! Primeiro, vejo vocês parecendo um casal apaixonado, depois descubro que você desmarca nossos encontros pra ficar com ele...

- Cala a boca! – ela berrou. - Fique quieto e me escute.

- Eu tô tentando escutar! – berrei de volta. - Mas você não tá me dizendo a verdade! Você tem mentido pra mim!

- Não tenho, não!

- Não? Então por que você não me conta sobre a sua pequena aventura de mãos dadas?

- Só tô tentando dizer que você tá tirando conclusões precipitadas.

- É mesmo? – eu rosnei. - E se você tivesse me visto de mãos dadas com uma ex-namorada e descobrisse que eu estava saindo às escondidas para me encontrar com ela?

- Eu não estava saindo às escondidas! – ela jogou as mãos para o alto. - Eu já falei... Fui no cemitério e fiquei lá quase a noite inteira, mas eu vi Melody sair da casa do Jeremy chorando e fui perguntar o que aconteceu.

- Depois de ficar de mãos dadas com ele, é claro.

- Não fiquei. Nós sentamos na varanda dos fundos e conversamos. Quantas vezes preciso repetir isso?

- Quem sabe até você admitir que tá mentindo?

- Eu não tô mentindo!

Eu a olhei fixamente.

- Você mentiu e sabe disso – eu apontei o dedo acusador para ela. - Isso já é ruim o bastante, mas não é a única coisa que machuca. O que dói mais é ver você continuar a negar.

Depois disso eu fui embora, caminhando pesadamente até o carro, sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

E aí???
Vão me matar, certo???
Contanto que deixe reviews, ficarei feliz...
Beijos