POV’ Kate

Qual foi a minha sensação ao descobrir que Jake adorou saber que iria ser pai? Que ele era o cara certo para mim.

Não é incrível? Éramos duas pessoas que não conseguiam ficar no mesmo espaço sem explodir, e agora, eu tinha uma vidinha, uma mistura nossa, dentro de mim.

Quando acordei de manhã, fiz o café da manhã para Jake: ovos mexidos, bacon e suco de laranja. Voltei ao quarto e deitei ao seu lado novamente.

- Jake... – eu sussurrei beijando seu rosto.

- Bom dia, pequenininha – ele me abraçou e eu encarei aqueles belos olhos verdes. - Como foi a noite?

- Dormi como uma pedra. E você?

- Dormi muito bem.

- Hoje eu vou fazer ultra-som. Você vai comigo?

- Tá brincando? Acha que eu perderia uma coisa dessas? É claro que eu vou com você! – ele me beijou calmamente, me puxando para cima dele. - Amo você.

- Também amo você. Agora vamos tomar café da manhã.

- Vamos.

Depois de comermos, ele me ajudou a lavar os pratos. Fomos até o carro dele e chegamos ao hospital.

Depois de preenchermos a ficha e esperar alguns minutos, o médico nos chamou até a sala de ultra-som. Deitei na maca forrada e ele começou a preparar o gel e o monitor.

- Vai ser um pouquinho gelado, o.k? – ele disse.

- Tudo bem.

Ele começou a passar aquela maquininha estranha na minha barriga e a imagem de um bebê pequeno e não totalmente formado surgiu na tela. Meu coração disparou.

- Esse é meu filho? – eu disse com lágrimas nos olhos.

- Sim, pelo que vemos aqui, ele tem quase duas semanas. Está muito bem – o médico disse.

- É perfeito... – Jake sussurrou, com os olhos marejados e um sorriso.

- Ele está se desenvolvendo muito bem e é saudável. Parabéns, papais!

Jake me beijou e depois de sairmos da sala, pegamos as fotos do ultra-som e saímos para o carro. Eu não tirei a mão da minha barriga nem por nenhum minuto.

…

Quando voltamos ao prédio, eu fui até o meu apartamento e cheguei no meu quarto vazio. Enquanto eu pegava algumas roupas no meu armário e colocava em uma mala, ouvi um barulho vindo da porta, e quando me virei, Josh estava encostado no batente, sorrindo mortiferamente.

- Onde pensa que vai, fofinha?

- Não é da sua conta.

- Se o seu pai ficar sabendo que você está grávida, e vai morar com o pai dessa criança, que é o Jacob, ele não vai gostar nada disso. E talvez ele me mande dar uma surra no seu namoradinho de novo...

- C-como você sabe disso? – eu gaguejei.

- Você deixou as fotos do ultra-som em cima da mesa. Bem descuidada...

- Você contou pro meu pai onde eu fui com o Jake! Você não estava dormindo! Como você pôde?! – eu estava fora de mim, e gritava como louca.

- Não quero você com ele. Nem seu pai. Fique comigo! – ele segurou meu braço.

- Você é doido?! Nunca vou ficar com você! Me solta!

- Ficar nervosa não faz bem para o seu bebê. Fique aqui e eu não conto nada.

- Eu não vou ficar aqui! Eu te odeio!

- Melhor você soltar ela, cara – ouvi uma voz vinda da porta, e Jake estava lá.

- Vai me bater de novo, heroizinho?

- Não, mas solta ela e tudo ficará bem. Eu nem mostro as fotos de cenas bem pornôs de você com uma prostituta.

- Você não tem fotos nada! – ele parecia nervoso.

- Claro que tenho. Bem aqui, no meu celular – Jake mostrou e o visor tinha fotos be contrangedoras. - É só eu apertar enviar e pronto! Sua mãe e o pai dela vão ver. Nada de mesada, né playboy?

- Você não faria isso!

- Se você soltar ela e manter silêncio sobre tudo, eu destruo o cartão de memória. Agora, é só eu apertar esse botãozinho aqui.

Josh me soltou lentamente, e depois foi para o outro lado do quarto. Pulei no colo de Jake e ele me abraçou forte. Ele pegou minha mala e saímos.

“Acho que agora ele nos deixa em paz”, eu pensei enquanto íamos para o apartamento do Jake.