(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 14
A praia


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Tudo bem com vocês???
Acho que estou vendo filmes demais, porque esse cap ficou estilo filmes de ação...
Mas me digam vocês.



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POV’ Kate

Fechei o registro do chuveiro e me enrolei na toalha. Peguei o meu kit de primeiros socorros no armário do banheiro e fiz curativos nos cortes. Me troquei correndo e esgueirai pelas escadas até atrás do sofá. Meu pai e a coisinha estavam na cozinha, mas e o Josh? Logo o vi sentado no sofá dormindo.

Parecia até um garoto normal, considerando que era um pervertido precoce. Peguei minha bolsa e minha jaqueta em cima da mesa e andei na ponta dos pés até a porta. Fechei a porta sem fazer nenhum tipo de barulho e chamei o elevador. Enquanto descia, chamei um taxi e esperei na portaria.

John me viu e entrou para pegar alguma coisa, saindo do cubículo com um buquê gigante de rosas vermelhas.

- Me pediram para entregar essas flores para a senhorita.

- Quem pediu? – eu perguntei me fingindo de desentendida.

- Um garoto alto, de cabelos escuros e olhos verdes. Não disse o nome quando deixou.

- Sério?

- Isso. Seu taxi chegou – ele apontou para a rua. Entrei no taxi e dei o endereço da praia.

Resolvi ler de novo o bilhete que ele me deu.

“Querido Kate,

Eu não sou bom com palavras, mas quero dizer que te amo acima de todas as coisas na minha vida.

Quero que você vá até a praia e vamos nos esquecer dos problemas, o.k?

Agora, eu fiz um poema para você.

Namorar é uma coisa difícil

de se fazer.

Não há regras, nem escolas

para ensinar esta arte.

Namorar é nunca se cansar de dizer

do amor que sentimos pela amada.

É ter que descobrir os gostos dela

sem que ela os diga.

É nunca dizer a verdade sem antes pensar

se esta verdade pode deixá-la triste.

É sentir aquele arrepio na espinha

quando sabemos que ela está por vir.

Namorar é levar o cheirinho daquele

corpinho gostoso onde for.

Mandar flores e cartões a qualquer hora,

mesmo sem ter motivos aparentes.

Dizer que o amor que sente por ela é maior

do que tudo que se possa comparar.

Namorar é tão gostoso que nos faz

rejuvenescer.

Quem nunca caminhou numa praia

ou mesmo na rua de mãos dadas?

O tempo pára, o coração dispara

e um enorme desejo existe

que este momento jamais termine.

Namorar é aprender a valorizar as melhores

coisas da vida.

Ter sempre um desejo incontrolável

de encostar a boca na sua boca.

Apertá-la em meus braços,

sentir teu respirar descompassado...

Por isso eu quero sempre te namorar.

Minha menina, minha gatinha,

minha eterna namorada.

Sempre

Jake”

Quando terminei de ler um sorriso gigantesco se formou em meus lábios. Estava louca para chegar na praia e poder abraçar o meu chato.

Quando o taxi parou, eu joguei o dinheiro no banco da frente e falei que ele podia ficar com o troco, e saí correndo até a praia. Logo o achei distraído e pulei em cima dele. Caímos na areia fofa e começamos a rir.

- Tudo bem, doida? – ele tirou o cabelo do meu rosto.

- Tudo, chato. Agora, melhor você sair de cima de mim, que as pessoas vão começar a olhar.

- O.k.

Quando ele começou a se mexer para sair, eu segurei seus pulsos e fiquei por cima dele. Ele sorriu de orelha a orelha.

- Agora eu mando em você.

- O que deseja de mim, doida soberana? – ele sorria de canto.

- Que você cale a boca e me beije agora. Eu te ordeno.

- Nem precisava ordenar.

Ficamos caídos na areia, conversando e rindo (e beijando). Foi uma coisa muito libertadora, para falar a verdade.

Depois de caminharmos perto do mar e tomar uma raspadinha, deitamos na grama, um lugar meio afastado da praia, e acabei pegando no sono. Ele me abraçava de um jeito incrivelmente protetor e confortável. Acordei com Jake se levantando rápido.

- O que foi? – eu perguntei esfregando os olhos.

- O seu pai. Ele, um cara grandão e aquele menino pervertido estão aqui – eu olhei na direção que ele apontava e vi os dois chegando.

- Como me descobriram?

- Isso eu não sei, mas não vamos fugir.

Meu pai me viu e me agarrou forte pelo braço.

- Vamos embora agora! Você vai receber uma lição por me desobedecer! – ele gritava como um louco. O outro homem que estava com ele segurou Jake nos braços.

- Você só sabe estragar a minha vida? Me deixe ser feliz! Não quero crescer e virar uma pessoa amarga igual você!

Meu pai lançou um olhar para Josh, e ele bateu no Jake. Foi um soco na boca, que começou a sangrar.

- Não! – eu gritei.

- Senhor – Jake disse levantando o rosto –, eu quero me explicar. Eu amo a sua filha demais. Muito mesmo. Por favor, não me faça ficar longe dela.

- Olhe para você, garoto! Um marginalzinho! O que você quer com minha filha? – ele lançou o mesmo olhar para Josh, que bateu no Jake de novo.

- Pai! Pare com isso! – eu já começava a chorar.

Foram tantos socos no rosto e chutes na barriga que eu não aguentava mais olhar. Em um momento, um barulho de osso quebrando me fez olhar, vendo meu namorado no chão.

Meu pai sussurrou no meu ouvido que aquilo era só o começo e me deixou caída no chão, chorando, e foi embora com os dois. Corri para o meu namorado jogado no chão e apoiei a cabeça dele no meu colo.

- Jake? Você tá me ouvindo? – eu chorava incontrolavelmente.

- Uhum... – ele gemeu baixinho.

- Vamos para um hospital, tudo bem?

- N-não chora... – ele levantou a mão e secou meu rosto.

- Eu te amo – eu o beijei levemente.

- Eu também te amo.

Liguei para uma ambulância, e fiquei assistindo ele perder a consciência devagar, até apagar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram???
Querem me matar???
Vão deixar reviews???
Beijos
=)