Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies
Notas iniciais do capítulo
Se vocês puderem imaginar alguém que se a respiração não fosse automática, não teria tempo nem para isso, esse alguém sou eu.
Minha falta de tempo + o tempo que o site ficou fora do ar, fez vocês esperarem bastante, não é? Eu sei ;/ Sinto muito.
Mas agora já estou de volta, divirtam-se com o novo capítulo.
+ 1 coisa: De todas as coincidências que houveram entre TO e Presságio a que mais me surpreendeu até agora foi: Daniel Sharman se juntando ao elenco de TO.
Amo o Daniel (O nosso querido Philipe...) e vai ser maravilhoso tê-lo atuando junto ao JoMo
"Down on your knees, you'll be left behind. This is the beginning. Watch what you think, they can read your mind" Nine Inch Nails - The Beginning of the End
Sammy respirou fundo, buscou a tranquilidade que ela sabia não ter. O cheiro forte do combustível fez sua cabeça doer. O líquido estava espalhado por todo seu corpo e pingava pelos fios de seu cabelo.
– O que você vai fazer? - Perguntou cautelosa.
Ele sorriu de lado.
Rodou a caixinha de fósforo numa mão e um isqueiro na outra.
– Só... cuide do nosso filho, Niklaus! - Disse mais alto.
* Três dias antes *
– Carter foi embora há um dia e não temos notícia alguma. - Sammy disse. - Nem dele e nem de Rebekah. Eu preciso saber como está Henrik!
– Não fique tão nervosa, está me deixando nervoso.
Samantha se irritou com a calma dele e o fato de não tirar os olhos de um jornal. O pegou e jogou do outro lado da sala.
– Eu sinto que algo está errado, Niklaus! Pode chamar de ligação entre mãe e filho, isso é até bastante comum entre humanos.
– Já que não temos mais nenhuma bruxa na cidade e você não conseguiu fazer um feitiço de localização, estou trabalhando nas possibilidades. - Ele disse e pegou o papel do chão.
– Na verdade, consegui fazer. Mas eles estão encobertos. - Sammy corrigiu. - E não acho que tenha sido idéia de Rebekah.
– Quando você foi embora usou o mesmo feitiço e fui obrigado a pensar nas possibilidades para te encontrar.
– Está dizendo que acha mesmo que Rebekah arrumou uma bruxa para fazer isso? Que é tudo proposital?
– Estou dizendo que continuarei analisando as possibilidades ao invés de surtar.
Samantha bufou e saiu da sala.
No quarto pegou o celular e discou o número de Carter, mais uma vez caiu na caixa-postal.
– Droga, Carter!
Samantha tinha que seguir seus instintos e eles diziam que ela deveria ir ao encontro dele.
*
– Aonde está Leila? Eu... - Klaus entrou falando no quarto, mas se interrompeu ao ver o que ela fazia.
O feitiço de localização.
– De quem são esses cabelos? - Ele franziu o cenho.
– Carter.
– Vou polpar a pergunta de porque você tem o cabelo dele ou de qualquer outra pessoa. Não sabemos que ele voltou para a cidade dele?!
– Foi o que ele disse que faria, não sabemos se realmente o fez. Além do mais ele não ligou informando nada.
– Então você acha que ele foi embora e abandonou a "causa Henrik"?
– Eu não sei. Talvez.
Klaus aguardou em silêncio enquanto ela terminava o serviço.
Minutos se passaram, Sammy estava bastante séria com o que via.
– Então... Aonde ele está? - Klaus perguntou.
Sammy estava nervosa, mas ainda assim explicou para ele.
– Carolina do Norte. - Disse por fim.
– Mas ali é um lugar de montanhas pelo que conheço e você descreveu. - Klaus ponderou. - Tem certeza disso?
– Claro que tenho! - Sammy olhou para ele. - Monte Mitchell se eu precisar ser mais especifica para que você acredite.
– Eu acredito em você, mas só estou pensando no que Carter poderia estar fazendo nesse lugar remoto. Esse é o mais alto pico da América do Norte continental!
– Já percebi que você está mais desligado que nunca. - Samantha rolou os olhos.
#Flashback
No carro ao caminho de casa Carter tagarelava sobre montanhas.
– Eu já escalei muitas delas. - ele dizia. - Há algo em chegar ao topo.
– A vista é sempre incrível. - Samantha concordou.
– Tenho uma grande vontade de conhecer o Monte Mitchell.
– Por que esse em especial?
– Além de ser o mais alto da América do Norte continental? - Sorriu de lado. - É o cenário perfeito para a última cena.
– Última cena? - Sammy repetiu.
Ele olhou pela janela e então para ela novamente.
– O nome é uma homenagem a um geólogo que morreu durante uma expedição à montanha. - Falou calmamente. - Já imaginou morrer fazendo algo glorioso e ter seu nome nisso? As futuras gerações sabendo quem você foi?
– Na verdade não. Se você está morto qual a vantagem em ser conhecido?
– Parece bom, não ser esquecido, pelo menos em minha mente. - Carter deu de ombros.
– Ás vezes você é mais notado quando está ausente. - Sammy murmurou.
#Flashback Off
– Acha que Henrik está lá? E Rebekah? - Klaus questionou.
– Sei que ele não está sozinho.
– Vamos pra lá. Agora. - Klaus concordou. - São quase 3 horas de viagem.
– Então vamos o quanto antes.
* 2 horas depois *
Klaus havia conseguido duas passagens para um avião que sairia em 1 hora do aeroporto da cidade.
A previsão é de que chegassem ao seu destino ás seis da tarde. No mais tardar ás sete.
Logo depois ele subiriam as montanhas, Samantha estava inquieta e com toda certeza se recusaria a esperar a luz do sol.
Pelo fato dela estar tendo problemas com o sol e o calor juntamente com sua própria preocupação com a irmã e o filho não contradiria Sammy. Não agora.
– O que você ia perguntar da Leila? - Sammy lembrou-se de perguntar.
– Não era nada.
– Está pensando na possibilidade dela estar envolvida no sumiço repentino deles? - Sammy perguntou indignada. - Não Klaus!
– São apenas possibilidades.
– Se eu ouvir essa palavra mais uma vez te jogo desse avião!
– Acalme esses nervos.
– Como você pode pensar isso?
– Como você pode não pensar? - ele rebateu. - Ao menos eu estou tentando ligar um ponto ao outro ao invés de roer as unhas.
– Eu não posso acreditar que você está dizendo isso!
– Sobre Leila ou sobre você?
– As duas! - Praticamente gritou.
– Nunca entendi porque você defende tanto ela. - Klaus disse. - Tudo bem, ela te ajudou na adolescência, mas sempre achei que sua devoção por ela viria de algo mais.
– De novo esse assunto. - Sammy respirou fundo. - Eu não vou ficar aqui ouvindo suas teorias absurdas, prefiro a companhia das minhas futuras roídas unhas.
– E vai fazer o quê? Pular de paraquedas?
– Vou fazer algo prático e humano: Mudar de lugar. - Samantha sorriu irônica.
Sammy sentiu batidas em seu braço.
Era a senhora que estava sentada ao seu lado.
– Vocês são tão jovens e já brigam? - Sorriu de forma amável. - Um casamento para perdurar necessita de paciência e compreensão.
– É, já ouvi falar. Mas não somos casados.
Olhou para Niklaus e não era surpresa que ele estivesse ouvindo aquela conversa.
– Meu casamento durou mais de 50 anos e...
Samantha encostou-se a poltrona e encarou as longas horas de viagem numa conversa sobre casamentos.
*
– Aprendeu alguma coisa após a palestra maravilhosa e exclusiva que recebeu no avião?
Sammy olhou séria pra ele.
– Não foi tão ruim assim. - ele disse. - Estava ouvindo atentamente tudo, inclusive anotei algumas dicas.
– Não somos casados, não precisa de dica nenhuma. - Respondeu. - A não ser que tenha pegado dicas para fazer tudo diferente do que ela disse. Casamento... - rolou os olhos. - Quem precisa disso?!
– Acredito que---
– Acredito que você está tentando me enrolar. - Samantha interrompeu e começou a andar.
– Samantha! Não faça nada impensado. - Klaus advertiu.
Samantha voltou alguns passos e parou na frente dele.
– Não estamos aqui a passeio, não vamos procurar um hotel, não vamos tomar banho e não vamos no alimentar.
– Você precisa se acalmar! - Klaus tocou os ombros tensos dela. - Sem extremismos.
– Eu não posso! - Sammy se soltou dele. - Henrik pode estar lá, eu preciso saber.
– Eu também preciso, mas se Henrik estiver significa que Carter faz parte dos bad guys e planeja algo com isso. Você vai lá e fazer o que? Torcer o pescoço dele?
– Eu não acredito que a pessoa mais impulsiva do mundo no assunto matar está me pedindo para ter calma.
– Se isso interferi na vida de Henrik, então sim. Tenha calma.
– Percebe como diz “Carter faz parte dos bad guys”? Você não é parte dos good guys, Niklaus. E nem eu sou.
– Você ainda acredita nisso? - Klaus olhou em seus olhos, profundamente. - Tanta coisa mudou do inicio para cá, já nem me sinto o mesmo.
– Não somos. - ela concordou. - Mas esse tipo de coisa não muda.
Samantha deu as costas novamente.
– Mesmo? - Klaus puxou seu braço. - Na carta que você deixou, no final riscado estava escrito “Eu te...” Ou que isso significa?
– Me solta.
– Fala o que você ia escrever e eu te deixou ir para onde quiser.
– Eu não ia escrever nada. - Samantha desviou o olhar. - Como você mesmo disse estava riscado, como pode ter certeza de que não eram outras palavras?
– Não eram. - Falou sério. - Ainda mais porque você não perdeu o habito de apertar a caneta contra o papel, a forma está toda atrás.
– Não era nada Niklaus. - Falou pausadamente.
Ele soltou-a sem dizer nada.
– Você quer que eu acredite que não é nada? - Perguntou paciente.
– Sim.
– Então assim será.
*
– Percebe como o manto que o envolve continua a balançar levemente mesmo quando não há vento? - ela perguntou.
– É realmente uma criança muito especial. - Carter disse.
– Não quero fazê-lo mal---
– Isso não depende de você ou de mim. - Carter interrompeu.
Pegou Henrik do colo da mulher mais velha e subiu a altura dos olhos.
Olhos completamente negros olhando diretamente para os mais azuis. Pureza, inocência numa briga contra o mal.
– Você é filho de dois assassinos cruéis, deveria ser menos... Fofo. De qualquer forma, seu futuro depende da sua mamãe. Do quanto ela está disposta a fazer por você.
*
Como se Sammy fosse aguentar ficar parada num quarto sabendo que Henrik poderia estar perto.
Se esgueirou pela porta tentando não fazer nenhum barulho que pudesse chamar a atenção de Niklaus que estava no banho.
Assim que pisou no corredor sumiu pelo mesmo. Andando tão rápido que só seria possível ver em câmera lenta.
Era tarde e o saguão estava vazio do Hotel que ele obrigará a entrar alguns minutos antes.
Vazio se não fosse um único trabalhador.
– Samantha. - ele disse.
Ela virou nos calcanhares, a sobrancelha devidamente arqueada.
– Ele está te esperando. - Tornou-a dizer.
Um humano compelido.
– Ele? Carter?
– Seu bebê.
Foi o suficiente para Sammy estremecer.
– E onde ele está me esperando?
– Você sabe onde.
Sammy parou a centímetros dele.
– Diga onde! - falou entredentes.
– Ele disse que você saberia exatamente onde procurar.
Era perda de tempo continuar falando com ele.
Samantha suspirou e foi em direção a porta.
– Você quer brincar Carter? Vamos brincar.
*
Estava bastante escuro no começo do monte. Também, o que ela poderia esperar de um lugar que não tinha mais que árvores?
– Vai ser um trabalho árduo.
Ao menos havia uma trilha que ela imaginou que pudesse levá-la por uma boa parte da subida, depois disso ela daria um jeito.
O celular de Sammy tocou, imaginou que fosse Niklaus, mas era um número diferente.
Colocou-o sob a orelha.
Demorou um pouco até perceber os ruídos ao fundo.
– Henrik. - Murmurou.
– Seu bebê está esperando por você. - Uma voz feminina tomou a frente.
– Hey! Quem é?
Mas sua pergunta pairou na linha até o celular ser desligado.
*
Sammy parou de repente ao ouvir barulhos á esquerda.
Se esgueirou por uma árvore e esperou.
Seu coração batia acelerado pela adrenalina.
O barulho parou. Talvez fosse algum animal.
Continuou a subida.
*
– Até quando ficaremos aqui? - ela perguntou.
– Samantha é bastante inteligente, logo estará aqui. - Carter respondeu sorridente.
*
Samantha sentiu a dor no braço e usou seus Poderes para afastar quem quer que tivesse a ferido naquele breu.
– Seu filho da p---
– Samantha? - A voz interrompeu sua fala.
*
– Acenda logo essa fogueira. - Reclamou.
Carter usou seus Poderes para conseguir aquilo.
– Está desvinculado á ela?
– Consegui reverter as coisas. - Carter disse.
A mulher segurou seu braço sobre as chamas.
A pele dele queimou.
E mesmo assim Carter não sentia dor.
– Certo. - Disse o soltando. - Espero que esteja doendo bastante nela.
*
– O que está fazendo aqui? - Samantha se irritou.
– O que você está fazendo aqui? Achei que estivesse no hotel! - Ele rebateu.
– Era você quem estava tomando banho quando eu sai!
– Quanto a isso... - Klaus suspirou. - Eu já havia saído pela janela.
Samantha estava pronta para xingá-lo quando a sentiu a pele queimar.
Klaus tentou ajudá-la, mas sua pele parecia queimar com se estivesse exposta as chamas ou algo assim.
E assim do nada, parou.
Não era tão grave quanto foi nas costas e nem tão intenso.
– Carter está fazendo isso? - Klaus perguntou entredentes.
– Sem sombra de dúvidas, apenas não consigo entender como.
– Está vendo por que eu queria que você esperasse antes de vir aqui?
– Não. - Samantha olhou para ele. - Você estava indo sem mim!
– Ele não pode me atingir como a você.
– Não importa Niklaus.
– Você me disse: “Temos um novo Henrik e ele será a sua chance de fazer as coisas certas dessa vez.”
Parafraseou com perfeição o que ela disse ao justificar a escolha do nome Henrik.
– Eu não vou deixar que nada aconteça a ele. - Klaus continuou. - Mas não posso fazer isso com perfeição se você estiver lá também. Não posso garantir a segurança dos dois ao mesmo tempo, principalmente se Carter te afeta tanto mesmo a distância.
– Eu entendo Niklaus. - ela disse. - Mas se Carter me afeta mesmo a distância não importa se estou aqui ou em outro País. Henrik é a única coisa que importa nessa história.
– Samantha. - disse em tom de adversão.
– Trina me disse Niklaus.
– O que ela disse?
– “Tudo é sobre o bebê, nunca foi sobre você.”
– Por favor, Samantha diga que não levou isso de forma literal.
– Não posso dizer que não.
Klaus a abraçou.
– Não faça nada que te coloque em perigo. - Disse.
– Se tiver que escolher...
– Shhh. Preciso de você e Henrik.
*
Carter abaixou ao lado de Rebekah.
Puxou a adaga de seu coração.
– Vamos loirinha, é hora de você voltar a ação.
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Muitas coisas não ficaram claras aqui, como por exemplo, quem está com Carter. Mas foi proposital. Tudo vai se encaixar posteriormente.
Tenho a ideia de fazer três capítulos que se completam (algo como parte 1, 2 e 3) mas com títulos diferentes. Esse foi “The Beginning Of The End” o 2º será “In the middle of the stars” e o último será “End Of The Beginning”
E quando digo o último dessa vez será realmente O último. Já escrevi o final de Presságio e mesmo pela falta de tempo que tenho para escrever não vou adiá-lo. Então... Fiquem preparadas para dizer bye-bye em pouco tempo.
Até lá suas opiniões, ideias e sugestões são muito bem-vindas como sempre.
See you Later ;*