Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 19
The worst things in life come free to us.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/332644/chapter/19

"The worst things in life come free to us." The A Team - Ed Sheeran

Samantha andava de um lado para o outro na sala enquanto Niklaus e Elijah estavam no escritório. No segundo escritório - aquele blindado - nenhum som entrava nenhum saía. E não saber de nada a deixava nervosa.

Ela não sabia o porquê dele estar ali já que Rebekah dissera que eles haviam se separado há vários anos e sequer tinham noticias um dos outros.

Aquele era mais um mistério que Sammy precisava desvendar. Tudo o que ela não precisava no momento era de mais um Original entocado naquela casa com a finalidade de vigia-la.

*



– Sem formalidades. – Elijah disse quando Niklaus ofereceu a ele uma bebida.

– Certo. – Klaus disse sentando-se na cadeira do outro lado da mesa de frente para ele. – Achei que nunca mais o veria novamente. – comentou.

– Eu achei que não precisaria mais. – Elijah concordou. – Mas vejo que continua investindo em planos sem fundamentos.

– Isso não é um ‘plano’. – Klaus disse sem se abalar. – E não preciso que você se envolva nisso.

– Por quantos anos mesmo eu venho salvando á sua pele Niklaus? – Elijah fingiu pensar. – Tempo demais ao que me consta.

– Não há nada do que me salvar dessa vez. – Klaus garantiu. – Agradeço a preocupação irmão, mas não será preciso.

– Espero que não. – disse. – Mas, por que tanta confiança? Ela parece esperta demais por tudo que Rebekah me dissera.

– Claro, Rebekah! – Klaus disse levantando-se. – É claro que você não estaria aqui por acaso, claro que nossa querida irmã tinha que contar algo.

– Ela se importa com você! – disse levantando também.

– Samantha não sabe de nada. – Klaus disse de uma vez.

– Como ela pode não saber? – Elijah perguntou intrigado.

– Ninguém além daquelas bruxas malditas deveria saber disso, não se esqueça. Foi preciso muito esforço, corpos mutilados e ameaças para que eu próprio descobrisse.

– Coisa que você adorou fazer. – Elijah destacou. – Mas, de qualquer forma, ela foi criada em um vilarejo rodeada de historias, de bruxas e afins. Será mesmo possível ter sido mantida alheia a tudo.

– No começo eu tive minhas dúvidas. – Klaus disse. – Mas, agora eu tenho certeza de que ela não sabe nada sobre isso.

– E se soubesse... Você acha que mudaria a forma dela de pensar?

Klaus se manteve em silêncio.

– Podemos levar em consideração que as chances dela sobreviver após o nascimento devem ser quase nulas, baseado no que houve á outras antes dela---

– Era diferente. – Klaus interrompeu. – As outras crianças não foram “destinadas” a fazer o que essa está.

– E mesmo assim você preferiu arriscar ao acabar com a ameaça?

Mais uma vez ficou sem respostas.

– A não ser que seus planos sejam mata-la após o nascimento da criança... Ou a criança também.

– Não farei isso. – Klaus se irritou. – Eu sei que eu posso fazer essa criança não seguir esse propósito, apenas com a ajuda de Trina e afastando-o de todas as outras.

– Parece um bom plano... – Elijah avaliou pensativo. – Tirando a parte de que há grandes chances de tudo dar errado e você acabar morto, assim como nós.

– Não seja tão negativo. – Disse divertido.

– Não seja tão prepotente! – rebateu. – Pare de subestimar as pessoas.

– Não estou subestimando á ninguém, estou tendo confiança em mim mesmo. – corrigiu.

– E já vimos antes até onde essa “confiança” te levou. – Elijah suspirou. – Vejamos onde iremos parar dessa vez.

– “Vejamos?” – Klaus perguntou. – Pensa em ficar muito tempo aqui?

– O quanto for preciso. – respondeu.

– Preciso para quê? - tornou a perguntar.

– Para tirar minhas duvidas, criar certezas... – Elijah respondeu evasivo.

Niklaus avaliou a expressão dele sem dizer nada.

*



– Rebekah. – Sammy disse ao vê-la adentrar pela porta da frente.

– Sammy. – ela disse sorrindo genuinamente.

– Eu não gosto quando você sorri assim. – Samantha ficou séria. – O que você esta escondendo?

– Não sou eu que escondo coisas aqui. – Rebekah disse dando-lhe as costas.

– Todo mundo sempre tem algo a esconder. – respondeu.

Ela podia simplesmente deixar Rebekah ir para seu quarto e de repente ter a surpresa de que seu irmão Elijah estava ali, ou Samantha podia dizer a ela naquele momento e acabar com a reunião entre Niklaus e Elijah. É claro, que havia a possibilidade dos três acabarem ficando por lá e compactuando coisas que Sammy se quer pudesse imaginar.

Mas, a julgar pelo que ela ouviu antes deles entrarem no escritório, Niklaus não parecia muito feliz com a visita e Elijah não parecia ter ido ali por acaso. Logo, ela chegou à conclusão de que Rebekah tinha algo haver com isso. Talvez por isso ela tenha passado tanto tempo na outra cidade com Matt.

Eram apenas suposições, mas Samantha esperava estar certa. Ela não podia ficar parada esperando que algum deles de boa vontade resolvesse contar para ela o que estava acontecendo. Ela precisaria arriscar.

– Sabe quem está com Niklaus? – perguntou mais alto para que Rebekah ouvisse.

– Quem? – ela parou no meio do caminho virando para ela com o olhar desinteressado.

– Não faça essa expressão de desinteresse. – Sammy disse. – Ambas sabemos que você está curiosa.

– Por que não diz de uma vez e poupa o meu tempo? – sorriu de lado.

– Você me conhecesse á tempo demais pra saber que eu não dou informações a troco de nada.

– Claro que não. – Rebekah concordou. – Eu posso perguntar o que você quer em troca ou simplesmente ir até Niklaus e descobrir.

Samantha concordou levemente com a cabeça.

– Se você puder ouvir algo através do escritório impenetrável. – disse dessa vez dando lhe as costas.

Rebekah ficou em silêncio por alguns segundos, Samantha comemorou internamente.

– Deve ser algo realmente sério. – disse mais pra si mesma.

– Eles já estão lá há algum tempo... – Sammy disse. – Boa sorte.

– Eu não vou ser manipulada por você. – Rebekah disse parando á sua frente. – Não vou fazer o que você quer, da forma que você quer, porque você parece mais curiosa que eu. Ou melhor – Rebekah riu rapidamente. – Você parece ameaçada.

Samantha semicerrou os olhos.

– Seja lá quem esteja com Niklaus parece ser uma ameaça á você, não á mim. – Rebekah disse. – Não me meta nos seus joguinhos.

– Estamos todos juntos nessa. – Sammy disse calmamente passando a mão pela barriga. – Além do mais eu não acho que Niklaus deixe alguém fazer algo á mim enquanto carrego o bebê em meu ventre. – ela sorriu esperta. – Agora não podemos garantir que não acontecera nada a vampiros que se metem demais, que contam demais e claro, já passaram tempo demais em caixões por atrapalhar os planos de Niklaus.

Rebekah não foi capaz de responder aquilo.

– Eu não vou cair nas suas provocações. – disse entre dentes.

– Sabe, Rebekah. – Sammy disse tocando uma mecha de seu cabelo. – Quando você chegou aqui e agiu dessa forma eu vi um pouco de mim. Você não percebe como parece comigo em alguns momentos. – riu. – Mas, lembre-se: Só há uma Samantha Robertson. Não importa o quanto você tente ser a durona aqui, a não manipulável, você não conseguira. – olhou em seus olhos. – Pessoas como eu nasceram para fazer história, pessoas como você nasceram para viver as margens. Para ficar em segundo plano.

Rebekah afastou a mão dela.

– Você pode até estar certa. – disse. – Mas inverta as posições, se coloque nessa com Niklaus e vejamos quem é manipulável, quem é o segundo plano.

Sammy sorriu.

– O mundo é dos espertos, você controla alguém é controlado por outro... Ou apenas faz com que pareça assim. Porque quando á queda vier será muito mais proveitoso.

– Do que você está falando? – Rebekah não gostou nada do sorriso sombrio da outra.

– Você deveria se manter aliada a quem realmente poderia te tirar dessa vida as margens. – Sammy disse olhando pela janela. – Um bom aliado é o que todos precisam.

– Está propondo que eu me una á você. – ela disse.

– Eu não estou propondo nada. – Sammy respondeu. – Só quero que você pense um pouco.

– Pensar em quê? – Rebekah puxou seu braço forçando-a á olha-la.

– O motivo de você voltar a essa cidade, com quem você ficou tão antes de reencontrar Niklaus, quem você ajudou, com quem você compactuou, á quem você protege mesmo que inconscientemente com a desculpa de que é apenas pela criança. – olhou em seus olhos. – Não é engraçado que as respostas a essas perguntas se resumam á uma única palavra, um único nome?

– Samantha. – ela respondeu.

O sorriso de Samantha se alargou.

– Exatamente.

Rebekah tinha a expressão de entendimento, um entendimento que ela não queria.

– Você deveria estar inteiramente á meu lado, é uma pena que seus sentimentos por Niklaus impeçam isso. – suspirou. – Mas eu vou te contar uma coisa: Elijah está aqui.

O olhar vago de Rebekah se transformou rapidamente ao ouvir a menção do nome do irmão.

– Elijah já chegou. – ela disse para si mesma.

“Como eu pensei” – Sammy pensou. – “Ela o chamou aqui”

Rebekah saiu em direção ao escritório sem dizer mais nada.

*



Um barulho na porta os fez parar com a conversa e olhar para o local.

– Entre. – Klaus disse.

A loira entrou com os olhos brilhando em felicidade.

– Rebekah! – Elijah estendeu os braços para ela.

Klaus observou a cena fraternal até que os dois pareceram se dar conta de que ele ainda estava ali.

– Rebekah você pode me contar o que andou contanto ao Elijah? – Niklaus disse atraindo a sua atenção.

– Achei que ele deveria saber sobre a Samantha e a criança. – ela justificou.

– E agora ele está aqui para me atormentar assim como você. – Klaus disse divertido.

– Como sempre foi. – Elijah disse. – Nós três.

– Desde que não se metam no meu caminho. – Klaus disse tornando a sentar em sua cadeira.

– Não haja como se eu tivesse feito algo errado. – Rebekah rolou os olhos.

Klaus deu de ombros.

– Se gosta tanto de contar coisas... Será que contou a Elijah sobre sua relação com o humano, Matt?

Elijah olhou de um para o outro.

A conversa com Sammy martelava em sua cabeça. “Você controla alguém é controlado por outro...” ela podia perceber isso na forma como os irmãos olhavam para ela esperando respostas. Samantha estava certa. Mas também estava certa ao dizer “Agora não podemos garantir que não acontecera nada a vampiros que se metem demais, que contam demais e claro, já passaram tempo demais em caixões por atrapalhar os planos de Niklaus.”

O que Samantha poderia fazer? Com certeza não seria tranca-la em um caixão e ela não gostaria de estar contra Niklaus caso algo desse errado. E em meio a tantos pensamentos colidindo dentro de si, na batalha incessante em tomar uma boa decisão ela se pegou dizendo aquilo pelo qual viera.

– Descobri algo interessante sobre os bilhetes. – Rebekah disse de repente. – Com a ajuda de Matt.

– Ele serviu para algo, afinal. – Klaus ironizou. – E o que é?

– Matt... Bilhetes... – Elijah disse indo em direção a porta. – Passo essa conversa para outro momento.

– Como queira. – Klaus disse e direcionou o olhar para Rebekah. – Você. Sente-se.

*



Samantha estava distraída quando Elijah chegou até a sala. Ele analisou a garota dos pés a cabeça apenas imaginando o quanto Niklaus conseguia ser sortudo. Riu desses pensamentos.

Sammy virou analisando-o da mesma forma. Não podia negar que de fato, a beleza era característica fixa naquela família.

– Olá, Samantha. – ele disse se aproximando.

Ela fez um gesto com a cabeça.

– Imagino que esteja curiosa do por que eu estar aqui.

– Não exatamente. – ela mentiu. – Veio por Niklaus, não?

Ele concordou com a cabeça.

– Ele já fez muita coisa impensada por todos esses anos. – disse.

Seu olhar inevitavelmente caiu sob o volume na barriga de Samantha.

– Não use metáforas, não fale nas estrelinhas, apenas diga o que tem que ser dito. – Samantha disse de uma vez. – Se você quer dizer que a criança foi um caso impensado, tudo bem, é a sua opinião.

Elijah ficou admirado com a franqueza.

– Na verdade espero que essa criança mude esse jeito do Niklaus. – disse. – Talvez ele pudesse mudar...

– Mudar? – ela perguntou.

– Ele não precisa ser o “Rei das Trevas”. – Elijah disse divertido. – Talvez seja a hora de parar com os planos, com a criação de Híbridos e tudo o mais que ele venha fazendo.

– E construir uma família. – Samantha ironizou. – Essa criança não vem para melhorar as coisas para ele, uma criança não mudara a forma dele de ver o mundo.

– Isso pode acontecer. – ele insistiu. – E mudaria você também.

– É claro que mudara. – Sammy disse para si mesma. – Talvez não da forma que você espera.

Elijah não entendeu o verdadeiro sentido de suas palavras.

O celular dele tocou fazendo-o guardar o pedido de explicações para si mesmo.

– Se me der licença. – ele disse já se retirando.

– Toda. – Sammy disse quando ele saiu.

Passou a ouvir vozes vindas ao longe, Niklaus e Rebekah não estavam mais no escritório. Samantha deu a volta pela casa subindo por uma escada e descendo por outra de forma que ficasse á cima do escritório, viu Rebekah e Niklaus parados frente a frente parecendo ter uma discussão.

– Então as minhas informações não valem de nada? – ela perguntou se alterando.

– Claro que valem. – ele disse. – Apenas não muda o fato de você ter traído a minha confiança. Mais uma vez.

Rebekah respirou profundamente.

– Você não sabe o que estava fazendo. – Ela disse. – Samantha esta conseguindo te manipular.

– Não está. – Klaus disse. – Estamos fazendo as coisas exatamente do jeito que devem ser feitas.

Rebekah negou com a cabeça.

– Ótimo. – ela disse. – Faça o que quiser, eu realmente não deveria ter dito nada ao Elijah ele saberia de qualquer forma.

– Você se importa demais. – ele disse.

– Eu não vou mais me importar. – ela disse. – Nem mesmo quando a sua cabeça for servida em uma bandeja como prato principal para Samantha.

Rebekah deu as costas subindo rapidamente a escada, Sammy apenas levantou ficando a altura dela quando essa já estava perto o suficiente.

Rebekah não pode esconder a expressão de surpresa ao encontra-la ali.

– A quanto tempo esta ouvindo essa conversa Samantha? – perguntou receosa.

Sammy olhou para baixo vendo que Niklaus já não estava ali. Voltou o olhar para Rebekah com a expressão vaga.

– Informações. – ela disse. – Informações sobre mim, suponho.

– Você não deveria ter ouvido nada disso. – Rebekah disse. – E eu não vou te dar nenhuma explicação.

– Mas, é claro que vai. – Samantha segurou seu braço quando ela fez menção de sair.

Rebekah puxou o braço não conseguindo se soltar dela.

– Não importa se você é uma Original. – Sammy começou. – Eu sempre terei algo a mais.

Rebekah olhou para ela sem entender até as duas lâmpadas acima delas estourarem. Os pequenos pedaços de vidros caíram ao redor e nelas.

– E não digo só sobre o sobrenatural. – Sammy disse puxando um pedaço maior de vidro que estava em seu cabelo com a mão livre. – Mas, também aqui. – apontou para a cabeça. – Você sabe o que eu vim fazendo por todos esses anos, você sabe do que eu sou capaz.

– Sei que você não tem escrúpulos. – Rebekah disse com raiva.

– Tudo o que eu já fiz e tenho feito é chamado de “sobrevivência” – disse. – Apenas isso.

– Fazer atrocidades, manipular e mentir não é sobrevivência. – Rebekah rebateu. – Eu não sei exatamente como isso funciona pra você, isso de emoções. – ela disse. – A parte vampira intensifica seus sentimentos humanos, não é mesmo?

– E por isso eu desliguei essa parte.

– Mas, suas emoções continuam aí. Como se você fosse apenas humana. – refletiu.

– Você já sabe de tudo isso, aonde quer chegar? – Sammy arqueou a sobrancelha.

– Pra quem continua com emoções humana você é fria demais. – Disse com desprezo. – E espero mesmo que caso religue sua parte vampira, quando intensificar suas emoções não seja demais para você e você não se arrependa. Que não sinta nenhuma culpa, remorso ou compaixão porque isso sim vai acabar com você.

Aquela deveria ter sido uma frase de efeito e Sammy apenas ficaria pensando nisso enquanto Rebekah se afastava. Mas claramente não foi o que aconteceu.

– Eu me arrependeria somente do que eu não fiz. – disse.

– Não imagino como Philipe pode te amar. – Rebekah proferiu virando para encara-la novamente.

Samantha riu debochada.

– É sobre o que essa conversa se trata? Sobre amor? – falou enojada. – Você nunca foi amada querida Becky?

Rebekah respirou fundo.

– Os corações são feitos para se partirem e para a dor. – Sammy disse. – Mas disso você sabe muito bem. Diga-me como é ser a garota que ama demais, que acredita demais, mas no final não tem nada mais que dor.

– Por que você esta fazendo isso? – a voz de Rebekah saiu baixa.

– Sou egoísta e sou fria. – Sammy cantarolou.

– Você é igual ao Niklaus. – Rebekah partiu para cima dela.

Foi tudo rápido demais, em um minuto estavam na escada, no outro Sammy sentiu as costas baterem contra a parede do corredor com a mão de Rebekah em seu pescoço.

O sorriso de Sammy se alargou.

– Se sou tão parecida á ele, porque o escolhe assim sem parar para pensar? – perguntou. – Apenas porque ele é seu irmão? Isso não deveria deixa-lo na fila de preferência. Não quando ele já te pôs em um caixão mais que uma vez.

– Isso não é sobre preferência! – Rebekah gritou. – Eu não quero nenhum dos dois em minha mente!

– Você não fica dos dois lados em uma guerra. – Sammy explicou. – Ou você está com os Anjos ou com os Demônios.

– Não existem Anjos aqui. – ela disse. – Ambos são Demônios.

– Todos nós somos. – Sammy continuou. – É esse o espirito da coisa.

Rebekah então entendeu.

– Não importa o que eu escolher, eu sempre estaria entre os dois, pelos dois. – disse.

– Não há para onde correr, ou se esconder, Becky. – falou em tom falso de inocência.

– E o que você quer? – perguntou pausadamente. – Precisa que eu esteja por você e não contra você?

– Você já está. – Sammy sorriu esperta. – Quero você pare de negar isso de uma vez.

Samantha ouviu os passos se aproximaram, torceu para ser Niklaus.

– Eu não vou ser manipulada por você ou por Niklaus! – falou entredentes.

– Se você não quer se afastar dele, eu o faço afastar você. – Sammy sussurrou.

Rebekah não teve tempo de assimilar o que ela dissera no segundo seguinte Niklaus chegou e a empurrou contra a parede oposta afastando-a de Sammy.

– O que você pensa que está fazendo? – gritou.

– Eu não estava fazendo nada! – gritou tanto quanto ele.

Sammy escorregou pela parede sentando no chão com a melhor expressão de assustada e com as mãos em volta da barriga.

– Eu não entendendo. – falou chorosa. – Por que você quer fazer isso?

Niklaus olhou rapidamente para ela e voltou-a Rebekah com o olhar possesso.

– Se algo acontecer a essa criança. – Niklaus apertou sua mandíbula. – Eu faço mais que te empalar dessa vez!

Samantha assistia a cena com a melhor expressão de assustada que pode fazer. Mas no fundo ela ria e ria muito.

– Não me ameace! – Rebekah empurrou-o.

Elijah apareceu se pondo no meio dos dois.

– Não passa do meio-dia e vocês já estão com os nervos a flor da pele?

– Eu não entendendo. – Sammy murmurou forjando algumas lágrimas.

– O que você fez a ela? – Elijah olhou para Rebekah.

– Você também não. – Ela lamentou ao perceber que Elijah parecia ficar ao lado de Sammy também.

– Por que não saímos daqui? – Elijah olhou para Rebekah que assentiu.

Eles começaram a sair.

– Você está bem. – Klaus disse erguendo Sammy do chão. – Não faça o papel de completa vítima, você deve ter provocado.

A expressão dela voltou a habitual de ironia.

– O que eu posso dizer? Você me conhece...

Niklaus entrou em um dos quartos procurando por algo, Samantha desceu as escadas rapidamente vendo Elijah e Rebekah na sala.

– Eu não estou errada, ela fez com que parecesse isso e Niklaus está caindo no jogo dela! – Rebekah esbravejou.

Sammy passou pelo corredor e fez um “psiu” chamando a atenção de Rebekah que estava perto da porta – aproveitando que Elijah estava de costas. Rebekah olhou de relance para ela lendo seus lábios.

– Não é sua culpa que você esteja sempre errada. – Sammy sussurrou. - Os fracos estão aí para justificar os fortes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*¹ & *² são frases da música "The Race" 30 Seconds To Mars.
*³ frase da música "The Beautiful People" Marilyn Manson.

Eu sei que demorei um pouco para vir com esse novo capítulo, mas espero que tenha valido a pena esperar e vocês tenham gostado. Porque foi uma tarefa árdua escrever, reescrever até parecer bom o suficiente. E no final não é que a danada da inspiração veio e esse acabou por ser o maior capítulo de Presságio (até agora rs)?! Fiquei feliz que se quer pude esperar até amanhã acabei de escrever e já estou aqui postando para vocês!

Vocês já sabem né: Digam-me o que acharam suas lindjas! É muito importante!

Esse capítulo foi muito Samantha/Rebekah não é mesmo? rs
Gostaram? Será que depois disso elas se renderam a uma "amizade" ou definiriam uma rinha aqui? hahaha

See you Later ;*