Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 17
And all the wounds that are ever gonna scar me.




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"And all the wounds that are ever gonna scar me. For all the ghosts that are never gonna..." - The Ghost Of You - MCR

~ Duas semanas depois ~

- Sente-se Samantha. – Trina apontou vagamente para a cadeira a sua frente.

Trina tocou em suas mãos e de olhos fechados sorriu minimamente.

- Ele está crescendo.

- Você consegue sentir isso?! – Samantha sorriu também.

- Claro que consigo, essa criança é muito especial. – Trina voltou a abrir os olhos. – Apenas continue se alimentando das duas maneiras e fique bem.

Sammy concordou com a cabeça.

- Niklaus me informou sobre seus maus súbitos... – Trina disse. - O tempo de gestação é menor, mudanças aconteceram rápido em seu corpo, apenas isso. Não precisa se preocupar.

- Percebi. – Sammy murmurou olhando para o próprio corpo.

Havia um volume em sua barriga isso era nítido.

- Mudanças de comportamento. – Trina disse olhando em seus olhos. – Tente não usar seu Poder por algum tempo.

Samantha concordou a contra gosto, mas o que seriam meses sem seu Poder comparado ao que viria depois?

Trina tirou-a de seus devaneios apertando levemente sua mão.

- Eu sinto uma vibração ruim. – disse. – Maus pensamentos.

Sammy sorriu de lado levantando da cadeira.

- Velhos hábitos não mudam.

*

- Onde você estava? – Klaus perguntou assim que Samantha pisou na sala.

- Com a Trina. – deu de ombros.

- E desde quando você saí para encontrar a Trina sem mim? – levantou da poltrona onde estava.

- Desde quando eu devo satisfação alguma a você? - Samantha se irritou.

- Desde que você nasceu na verdade, ou preciso te lembrar de que você nasceu para mim e que meu sangue corre por suas veias, que você está ligada a mim? – parou a sua frente. – E principalmente que parte de mim cresce em você agora.

Sammy rolou os olhos controlando a vontade de acabar com o sorriso prepotente dele.

- Seja uma boa garota. – Klaus disse colocando os dedos por entre os fios de cabelo dela. – E você será recompensada.

- Sim, senhor. – Sammy ironizou. – E qual seria a recompensa? Uma noite sozinha sem você pra acabar com o resto de paciência que eu tenho?

Klaus riu minimamente puxando seus cabelos fortemente de forma que pudesse olhar diretamente em seus olhos.

- Se você não fosse tão irritante... Podia ser algo mais prazeroso.

- Tipo o que? – Sammy provocou mordendo levemente o lábio inferior.

Niklaus beijou levemente sua mandíbula subindo até chegar a sua orelha onde depositou uma leve mordida.

- O que você acha?

- Que você fala demais. – Sammy disse colando os lábios ao dele em seguida.

Klaus passou os braços por sua cintura colocando-a sentada sobre uma mesinha ao canto da sala.

- Espera. – Sammy disse afastando-o levemente.

Um dos lápis que antes estava sobre a mesa estava alguns centímetros dentro da coxa esquerda de Sammy.

Klaus segurou sua mão impedindo que ela o tirasse. Samantha olhou para ele em dúvida.

- Deixa comigo. – disse simplesmente.

 Niklaus subiu o vestido dela o suficiente pra ver melhor o objeto, segurou o lápis e virou para olhar para Samantha.

- Será que pode fazer isso logo? Está doendo. – Sammy falou apresada.

- Calma, amor. – Klaus colou os lábios aos dela.

Niklaus sugava seu lábio inferior fazendo Samantha arfar, suas mãos subiram pela lateral do corpo dela aproximando-os.

Samantha afastou-o minimamente novamente apenas para olhar a perna e ver que o objeto já não estava mais lá.

- Eu sou uma boa distração. – Klaus disse em seu ouvido.

Os lábios se encontraram novamente e as mãos passeavam por todas as direções conforme o calor aumentava e a busca por mais contato se tornava insana.

- Não acha apropriado que façamos isso no quarto? – Klaus perguntou separando-se dela. - Rebekah esta aqui.

Samantha concordou.

No segundo seguinte já estavam no quarto buscando pelo contato a pouco perdido, como se segundos longe um do outro fosse mais longo do que de fato era.

- Sentiu minha falta, Niklaus? – Samantha perguntou ao ver seu vestido ser partido em vários pedaços.

Ele sorriu de lado. Um sorriso malicioso que fez Sammy se arrepiar.

Klaus colocou-a sobre a cama lembrando-se apenas de se desfazer de suas próprias roupas ao deitar por cima dela. Samantha empurrou-o para o lado ficando por cima.

- Pelo bebê. – Sammy apontou para a barriga.

Klaus rolou os olhos já sabendo que aquela era apenas uma desculpa desnecessária.

- Vamos fingir que eu acredito e vamos manter assim. – ele disse.

Sammy sorriu voltando a colar os lábios aos dele. As mãos de Klaus se livraram das roupas intimas dela e as dele próprio. Sentou-se com Sammy ainda em seu colo e segurando em sua cintura auxiliou-a na penetração. Sammy arqueou as costas deixando um suspiro mais longo escapar de sua garganta.

- É difícil se acostumar com algo assim? – Klaus provocou.

Samantha segurou em seus ombros enterrando as unhas ali, e passou a se mover lentamente. Foi a vez de Niklaus suspirar longamente.

- Pergunto o mesmo á você. – sussurrou em seu ouvido.

Ambos sorriram cúmplices, aquela era uma pergunta que poderia ser respondida depois.

Os movimentos de Samantha variavam entre lento e rápido, de uma forma prazerosa e enlouquecedora á ambos. Niklaus apertou fortemente as coxas de Sammy ao empurrar seu corpo de encontro ao dela, fazia movimentos circulares involuntariamente.

Apesar de ser tão bom ter Samantha sobre si, enquanto assistia seus seios balançarem freneticamente em frente ao seu rosto, Klaus sempre ia precisar estar no comando em algum momento e foi exatamente o que fez. As pernas de Samantha ainda circundavam sua cintura quando ele inverteu as posições.

Foi para trás tirando seu membro quase por completo dela apenas para estocar outra vez. E outra, e outra... Rápido... Forte...

Klaus passou os dedos pelos lábios dela, para que deixassem de prendê-los tão fortemente com os dentes.

Os lábios foram tingidos pelo vermelho de seu sangue. E Klaus não pode controlar o instinto de sugar cada gota.

Sammy enterrou as unhas em seus braços sentindo seu corpo inteiro esquentar ainda mais. Klaus se controlava pelas mesmas razões.

- As damas primeiro. – sussurrou em seu ouvido.

Samantha se deleitou ao chegar ao ápice sendo acompanhada por ele. Uma perfeita sincronia...

*

- Eu acho que vocês deveriam dar uma olhada nisso. – a voz de Rebekah ecoou pelo quarto.

Niklaus se afastou de Samantha para olhar a irmã que erguia um pedaço de papel. Levantou com um lençol enrolado na cintura.

- O que é isso? – pegou o pequeno bilhete olhando confuso para ela em seguida.

- Eu também não sei. – Becky disse. – Estava perto da porta.

- E o que está escrito aí? – Sammy perguntou desinteressada sentando-se na cama.

- Veja você mesma. – Klaus jogou o bilhete sobre ela.

Você sentiu falta do inverno e ele te seguiu de volta para casa”*¹

Samantha arregalou os olhos levantando-se rapidamente quase se esquecendo de levar o lençol que a cobria junto.

- Qual o problema? – Klaus puxou o bilhete de sua mão. – O que você sabe sobre isso?

- Eu não sei nada. – Sammy falou rapidamente visivelmente nervosa.

- Você está escondendo algo. – Klaus parou a sua frente forçando-a ficar parada também.

- Não estou!

- Não foi uma pergunta! Eu sei que está! – Klaus falou mais alto que ela.

- Melhor acalmar os ânimos. – Rebekah interveio.

- Eu... – Samantha passou a mão pelos cabelos. – Preciso ficar sozinha e colocar uma roupa.

Klaus poderia ter impedido e tê-la forçado de uma vez a explicar o porquê de sua reação ao ler o pequeno bilhete, no entanto, ela estava nervosa. E esse nervosismo não era perigoso só para ela, mas para o bebê que ali estava também.

E Niklaus se lembrava disso a cada segundo que ouvia os dois corações batendo freneticamente. O de Samantha e o da criança.

Niklaus precisaria de muita paciência até a criança nascer, ele sabia disso, só não sabia se seria capaz de tê-la até o fim.

*

Samantha sentou na beirada da cama do quarto que um dia viera a ser seu respirando profundamente algumas vezes para acalmar a si mesma.

Ela não podia ter tido aquela reação exagerada, aquilo não estava acontecendo, não podia ser...

#Flashback On

- Achei que vampiros eram todos frios. – Philipe disse olhando para a mão de Samantha sobre á sua.

- Lenda. – ela disse simplesmente. – Você é muito mais frio que eu!

- Isso porque esta nevando e eu estava lá fora trabalhando. – disse com obviedade. – Há novas pessoas na vila, precisavam de toda ajuda possível para erguer novas casas.

- Nós vivemos no passado nessa vila maldita. – Samantha murmurou. – Pessoas viveram em vilas isoladas do resto do mundo há muito tempo atrás.

- E qual o problema nisso? – Philipe deu de ombros. – Eu gosto dessa atmosfera ‘passado’. – riu. – Um dia você vai sentir falta daqui.

- Eu só sentiria falta de você. – respondeu.

- Eu não quero que sinta. – disse com um meio sorriso no rosto.

- E porque não? – Sammy perguntou intrigada.

- Se você sentir minha falta significa que nos afastamos, e eu não quero imaginar nem por um segundo você longe de mim. A não ser que você escolha assim.

- Eu não vou. – Sammy garantiu sorrindo também.

Olharam pela janela os flocos de neve caindo um a um em suas mais variadas formas.

- O inverno é com toda certeza a melhor estação do ano. – Philipe disse. – Adoro toda essa neve.

- E se um dia for a um lugar onde não neve? Ainda assim gostaria mais do inverno?

- Se eu sentir falta do inverno eu o sigo de volta para casa.

#Flashback Off

Não fazia sentido. Esse bilhete não fazia sentido. Não agora.

Samantha levantou e olhou pela janela do quarto ao redor da casa. Não havia nada de estranho, não havia ninguém.

- E por que haveria? – perguntou a si mesma.

Philipe estava morto e enterrado. Sylizia se encarregara disso.

 - Eu preciso caçar. – disse a Rebekah que aparecerá naquele momento na porta do quarto.

- Nós temos bolsa de sangue aqui.

Samantha arqueou a sobrancelha.

- Então me deixe ir com você. – Rebekah articulou.

- Eu não preciso de uma babá em tempo integral Rebekah! Eu só vou caçar e volto logo. É algo que venho fazendo por toda a minha vida caso tenha se esquecido.

Rebekah segurou em seu braço forçando-a encara-la por um momento.

- Sabe Sammy, eu venho te ajudado porque eu realmente gosto de você e é bom ficar por perto pela criança, você e Niklaus não são o que chamariam de ‘Pais exemplares’. E eu venho aguentado muito por todo esse tempo, tanto de você quanto dele. Principalmente agora que sabemos o quanto essa criança esta ligada a você. – disse seriamente. – Mas, acho melhor você andar nos trilhos e mostrar que merece toda a consideração que eu ainda tenho por você.

Samantha puxou o braço com força apesar do sorriso sarcástico que carregava nos lábios.

- Isso é algum tipo de ameaça Rebekah?

- Isso é um aviso: Não faça nada imprudente e espero que você realmente não tenha ideia do que aquele bilhete significa. – Rebekah parou a sua frente. – Coloque a vida dessa criança em perigo que eu juro... Samantha eu juro, que quando ela abrir os olhos e estiver longe de você, eu enfio uma estava no seu coração eu mesma. E isso sim é uma ameaça.

Samantha bateu continência, o sorriso zombeteiro de sempre não estava ali.

Rebekah sabia ser assustadora, afinal de contas.

Samantha passou por ela descendo rapidamente para o jardim.

Viu longo de longe um objeto pequeno e brilhante se destacando na grama. Aproximou-se o pegando na mão. Era um colar prateado. Que ela conhecia. Que era dela.

 Aquele que era um adereço de família que ela havia perdido há tanto tempo, que jamais imaginou rever, aquilo que era talvez a única ‘lembrança’ de sua mãe.

Passou as mãos pelos cabelos pensando no que estava acontecendo. O que estava acontecendo afinal?

Se estiveram empenhados em fazer aquilo para confundi-la e deixa-la perturbada, era uma pena, mas possivelmente estavam conseguindo...


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Notas finais do capítulo

*¹ frase da música "Acoustic Funeral" - HIM

Galera, vocês já sabem né? Me digam o que acham, é importante!
Ainda mais nessa parte da história onde sempre bate uma dúvida de como prosseguir!

See you later ;*