Unicornic escrita por GFanfiction


Capítulo 1
Capítulo 1 - Escuridão Total - Prólogo




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- Somos parentes.

- Quem está ai?

Estava tudo escuro. E um clima muito frio. Não podia enxergar e nem pegar em nada. Um vazio infinito.

- Somos parentes. Temos o mesmo destino.

- Me tire desse lugar horrível. Onde estou? Quem é você?

A voz era suave, porém trêmula.

De repente, a voz sumiu.

- Cadê você? Vai me deixar aqui?? 

Com o sumiço da voz, uma luz rosa apareceu e me tomou. Fui consumida pela luz e levado a algum lugar de muito estranho.

- Onde estou? - eu disse ao abrir meus olhos e me sentir deitado em uma grama toda verde e macia. Bem confortável. Era um campo. E tinha várias pessoas e uma delas veio falar comigo.

- Tudo bem com você?

- Quem é você? Onde estou? - estava muito confuso.

- Eu sou Ester. E você não sabe MESMO aonde está?

- Nem desconfio.

- Está em Unicornic.

- O que é isso?

- É o mundo paralelo. As coisas que você via. Todas são daqui.

- E por que eu estou aqui? 

- Por que você morreu.

- Morri? Tá falando sério? Para de brincadeira. Me tira daqui.

- Morreu sim. Atropelado. 

- E como sabe?

- Eu que te matei.

- Você... Me matou?

- Sim. Antes eu mandava coisas para te assustar. Agora, eu fui direto ao ponto.

- Isso é um crime... Eu te odeio.

Eu fiquei com uma tremenda raiva e sai correndo. Não sabia para onde ia. Ela ficava olhando eu correr, como se soubesse para onde eu iria e que um momento eu iria voltar. E voltei, ao ver um unicórnio com asas - pegasus - voando no céu limpo de lá.

- O que é aquilo?

- Aquele é o rei daqui. 

- Um unicórnio?

- Sim. Todos os reis quando são mortos, de pessoas se transformam em algum bicho ou coisa. Ele se transformou em unicórnio.

- Gostei... 

- Aqui é um mundo incrível. Era, no mínimo.

- Como assim?

Ela se sentou no gramado verde e eu me senti obrigado ao fazer o mesmo.

- Antes mesmo de você vir para cá, um pouco antes, mataram o rei. Por sorte ele ficou vivo, mas nessa forma de unicórnio. Ele não poderá mais reger esse mundo. Ele é o comandante de guerra e aqui, em Unicornic, todas as montarias precisam de um dono. 

- E...?

- Você será esse dono. Você será o novo rei.

- Eu???

- É... Eu pretendo que seja você.

- Mas ele sabe disso? Por que eu? - eu dei um pulo enorme para trás, até ela assustou.

- É que você tinha as visões.

- Mas você que colocavam elas em minha cabeça, não?

- A minoria. As outras eram por uma pessoa estranha.

- E como sabe que havia essas outras?

- Por que as minhas aparições me contavam... Eles existem tá, e são humanos. Amigos meus que quero que você conheça logo.

- Voltando ao assunto... Que eu tenho a ver com a morte do rei?

- Um dos monstros, pessoas, sei lá o que você via. Um deles foi quem matou o rei. E ele sabe de você e de tudo isso que aconteceu com você. Até que você está aqui. Ele que me mandou te trazer pra cá. Sou a filha dele. 

- Mas...

- É brincadeira, bobo. Não sou filha do rei e nem tem rei aqui. O único mistério que existe é quem matou o unicórnio criador.

- Mas você falou tão seriamente...

- Eu sei atuar. Vamos conhecer um pouco daqui?

- Vamos. Se eu não tenho outra opção.

- Não reclama. Eu poderia ter deixado você no inferno.

- Mas e quanto as minhas visões?

- Todos aqui morreram. E antes da morte de cada um, visões eram impostas. Tipo um aviso de que algo aconteceria. Pouco desses conseguiram interpretar, mas não adiar a morte. 

- Isso é muito estranho.

- Não.

Estávamos andando, vendo lagos e lagos de diversas cores e tamanhos. Unicórnios voando era o que não faltava. Duendes também. Mas não tinham aspectos assustadores iguais as visões que eu tinha. Eram amigáveis visualmente falando.

Até que alguém me espantou. Uma pessoa com várias sombras, e com formatos diferentes. Algo inacreditável Uma pessoa com várias sombras, capuz preto, bem assustador.

Não mostrou seu rosto, mas apenas deu um aviso.

— Tire esse intruso do meu mundo.

— Esse mundo não é seu! 

— Tem certeza?

— Quem é você afinal?

— Sou aquele que matou vosso rei.

Ester parou de bater papo e tirou um arco do nada. Mirou no rosto do individuo e atirou. A flecha passou por ele, mas não fez nem um arranhão.

Eu não tinha entendido nada, apenas fiquei olhando ela tentando o acertar com suas flechas. Errava toda vez que tentava. Tinha de fazer alguma coisa.

— Ei! Estranho!

Ester e ele pararam e ficaram me encarando. Eu me aproximei dele.

— Por que eu tenho que sair daqui?

Ele começou a rir.

— Para que Unicornic sobreviva. E se depender de mim, eu mato você para que meu mundo fique em paz.

Ainda não tinha entendido.

— Então por que matou o rei?

— Por que ele queria trazer você ate aqui... Mas eu vi que a morte dele foi em vão. E a culpa de tudo isso é dessa aí. Eu vou embora, mas eu voltarei com meu exército. Me aguarde, intruso.

Ele desapareceu junto com suas quatro sombras.

E eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

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