Unicornic escrita por GFanfiction
- Somos parentes.
- Quem está ai?
Estava tudo escuro. E um clima muito frio. Não podia enxergar e nem pegar em nada. Um vazio infinito.
- Somos parentes. Temos o mesmo destino.
- Me tire desse lugar horrível. Onde estou? Quem é você?
A voz era suave, porém trêmula.
De repente, a voz sumiu.
- Cadê você? Vai me deixar aqui??
Com o sumiço da voz, uma luz rosa apareceu e me tomou. Fui consumida pela luz e levado a algum lugar de muito estranho.
- Onde estou? - eu disse ao abrir meus olhos e me sentir deitado em uma grama toda verde e macia. Bem confortável. Era um campo. E tinha várias pessoas e uma delas veio falar comigo.
- Tudo bem com você?
- Quem é você? Onde estou? - estava muito confuso.
- Eu sou Ester. E você não sabe MESMO aonde está?
- Nem desconfio.
- Está em Unicornic.
- O que é isso?
- É o mundo paralelo. As coisas que você via. Todas são daqui.
- E por que eu estou aqui?
- Por que você morreu.
- Morri? Tá falando sério? Para de brincadeira. Me tira daqui.
- Morreu sim. Atropelado.
- E como sabe?
- Eu que te matei.
- Você... Me matou?
- Sim. Antes eu mandava coisas para te assustar. Agora, eu fui direto ao ponto.
- Isso é um crime... Eu te odeio.
Eu fiquei com uma tremenda raiva e sai correndo. Não sabia para onde ia. Ela ficava olhando eu correr, como se soubesse para onde eu iria e que um momento eu iria voltar. E voltei, ao ver um unicórnio com asas - pegasus - voando no céu limpo de lá.
- O que é aquilo?
- Aquele é o rei daqui.
- Um unicórnio?
- Sim. Todos os reis quando são mortos, de pessoas se transformam em algum bicho ou coisa. Ele se transformou em unicórnio.
- Gostei...
- Aqui é um mundo incrível. Era, no mínimo.
- Como assim?
Ela se sentou no gramado verde e eu me senti obrigado ao fazer o mesmo.
- Antes mesmo de você vir para cá, um pouco antes, mataram o rei. Por sorte ele ficou vivo, mas nessa forma de unicórnio. Ele não poderá mais reger esse mundo. Ele é o comandante de guerra e aqui, em Unicornic, todas as montarias precisam de um dono.
- E...?
- Você será esse dono. Você será o novo rei.
- Eu???
- É... Eu pretendo que seja você.
- Mas ele sabe disso? Por que eu? - eu dei um pulo enorme para trás, até ela assustou.
- É que você tinha as visões.
- Mas você que colocavam elas em minha cabeça, não?
- A minoria. As outras eram por uma pessoa estranha.
- E como sabe que havia essas outras?
- Por que as minhas aparições me contavam... Eles existem tá, e são humanos. Amigos meus que quero que você conheça logo.
- Voltando ao assunto... Que eu tenho a ver com a morte do rei?
- Um dos monstros, pessoas, sei lá o que você via. Um deles foi quem matou o rei. E ele sabe de você e de tudo isso que aconteceu com você. Até que você está aqui. Ele que me mandou te trazer pra cá. Sou a filha dele.
- Mas...
- É brincadeira, bobo. Não sou filha do rei e nem tem rei aqui. O único mistério que existe é quem matou o unicórnio criador.
- Mas você falou tão seriamente...
- Eu sei atuar. Vamos conhecer um pouco daqui?
- Vamos. Se eu não tenho outra opção.
- Não reclama. Eu poderia ter deixado você no inferno.
- Mas e quanto as minhas visões?
- Todos aqui morreram. E antes da morte de cada um, visões eram impostas. Tipo um aviso de que algo aconteceria. Pouco desses conseguiram interpretar, mas não adiar a morte.
- Isso é muito estranho.
- Não.
†
Estávamos andando, vendo lagos e lagos de diversas cores e tamanhos. Unicórnios voando era o que não faltava. Duendes também. Mas não tinham aspectos assustadores iguais as visões que eu tinha. Eram amigáveis visualmente falando.
Até que alguém me espantou. Uma pessoa com várias sombras, e com formatos diferentes. Algo inacreditável Uma pessoa com várias sombras, capuz preto, bem assustador.
Não mostrou seu rosto, mas apenas deu um aviso.
— Tire esse intruso do meu mundo.
— Esse mundo não é seu!
— Tem certeza?
— Quem é você afinal?
— Sou aquele que matou vosso rei.
Ester parou de bater papo e tirou um arco do nada. Mirou no rosto do individuo e atirou. A flecha passou por ele, mas não fez nem um arranhão.
Eu não tinha entendido nada, apenas fiquei olhando ela tentando o acertar com suas flechas. Errava toda vez que tentava. Tinha de fazer alguma coisa.
— Ei! Estranho!
Ester e ele pararam e ficaram me encarando. Eu me aproximei dele.
— Por que eu tenho que sair daqui?
Ele começou a rir.
— Para que Unicornic sobreviva. E se depender de mim, eu mato você para que meu mundo fique em paz.
Ainda não tinha entendido.
— Então por que matou o rei?
— Por que ele queria trazer você ate aqui... Mas eu vi que a morte dele foi em vão. E a culpa de tudo isso é dessa aí. Eu vou embora, mas eu voltarei com meu exército. Me aguarde, intruso.
Ele desapareceu junto com suas quatro sombras.
E eu desmaiei.
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