O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask


Capítulo 17
Vamos para Nárnia


Notas iniciais do capítulo

OIIIII!!!
Antes de tudo, eu queria pedir desculpas... Eu sei, eu demorei, vocês querem me assassinar e coisas do tipo. MAS EU ESTOU DE VOLTAAA!! o/
Eu sei que fui negligente e deveria ter reservado pelo menos dois minutinhos do meu dia pra escrever, mas foi tudo muito corrido e eu ainda tive que reescrever porque sim u-u ai pode haver erros porque sim também '-'
Enfim, boa leitura (e eu prometo que vou me esforçar pra não demorar tanto e-e)



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POV Henry

Depois de deixar a ruiva estressada sozinha, fui para a pista de dança, perto das amigas da Megan. Eu fiquei a maior parte do tempo conversando com a Anna. Ela parecia ser o tipo de garota decidida, responsável e madura.

— Você tem quantos anos? — Ela me perguntou.

— 18.

— Ah… — Ela parecia interessada. — Seja um bom irmão mais velho para a Maggie, tá bom? — Ela sorriu. Um sorriso encantador.

Espera… “irmão mais velho”?

— Ah… sim, claro. — Eu disse meio confuso. — E quantos anos a Megan têm?

— 16. Você não sabia? — Ela franziu a testa.

— Eu me esqueci… — Então ela tinha 16 anos…

Olhei na direção da mesa onde ela estava sentada, mas ela não estava mais lá. Só tinha um garoto com as mãos no cabelo. Apesar de não ver o seu rosto, pude perceber que ele estava meio frustrado.

Olhei na direção do bar e vi Megan sentada em um banco com um copo na mão. A outra garota, Jennifer – eu acho – estava ao seu lado. Fui até elas e Anna veio atrás.

— Megan…

Ela olhou para mim.

— O quê? — A voz estava embargada.

— Largue esse copo.

— Não quero. — Ela virou outro copo.

Ouvi Anna mandar o garçom parar de servir Megan. Mas ele continuou servindo.

Ela de repente se levantou e gritou:

— Eu me sinto amada! — Ficou em cima do balcão e gritou novamente. — Beijos, meus fãs! — Mandou beijo para as pessoas que estavam dançando. Algumas até pararam de dançar e olharam para ela.

— Megan, venha, você não está em si. — Eu tentei puxá-la pela cintura.

Ela apenas me olhou e saiu correndo rumo à pista de dança.

Eu, como um bom irmão mais velho, fui atrás.

Megan foi para o palco e chamou a atenção das pessoas que estavam ali. O DJ colocou alguma música da Britney Spears – eu acho – pra tocar e a ruiva começou a dançar loucamente.

— Eu não acredito. — Uma voz masculina disse atrás de mim.

Virei-me pra ver quem era.

— Daron? Ah, você conhece a Megan… — Disse lembrando-me do discurso quase interminável da ruivinha sobre o cara.

— E você? — Ele segurou a gola da minha camisa. — O que você é para ela?

— Calma, dude...

— Não me chame de “dude”. — Ele engrossou a voz. — O que você deu para ela?

— Espera ai. Eu não dei nada! — Empurrei-o. — Quando eu a vi, ela já estava se embebedando.

— Ela não bebe, idiota! — Ele parecia realmente bravo.

— E a culpa é minha se ela de repente resolveu encher a cara?

Ele amansou a cara de menino revoltado e passou a mão nos cabelos.

— A culpa é minha… — Ele balbuciou.

— É… Foi você quem meteu um belo par de chifres na coitada.

— Cala a boca! — Ele colocou o dedo na minha cara.

— Ou…?

— Ou eu acabo com a tua raça. — Ele me ameaçou.

— Qual é dude?

— Não me chame de dude! — Ele quase, repito, quase me deu um soco daqueles. Mas foi impedido por Anna que segurou sua mão e olhou ameaçadoramente – ou tão ameaçadora quanto uma garota como ela pode ser – para ele.

— Megan não iria gostar que fizesse isso. — Ela advertiu.

Megan! Tinha me esquecido dela!

Olhei para o palco e ela não estava mais lá. Onde essa maluca pode ter se metido?

— Droga… — Murmurei. — Cadê a Megan? —Perguntei a ninguém em especial.

— Ela estava no palco agora a pouco. — Jennifer apontou.

— Mas não está mais. — Cocei a testa. — Se eu perder ela, tô ferrado! Vocês têm ideia do quanto isso é grave?

— Ela não vai muito longe, relaxa. — Jennifer tentou me acalmar.

— Ela tá bêbada, Jennifer! Bêbada! Ela pode entrar no carro de qualquer um que aparecer!

Anna começou a gargalhar e Jennifer parecia meio sem graça.

— Qual o motivo do riso? Eu estou numa situação crítica! A amiga de vocês pode fazer qualquer loucura e você está rindo? — Direcionei a Anna.

Ela parou de rir instantaneamente.

— Meu nome não é Jennifer. — A Jennifer que não é Jennifer disse. — É Jessica. — Ela fez uma cara meio irritada.

— Ah… — Dessa vez eu estava sem graça. — Desculpe, às vezes eu confundo os nomes.

— Gente. Megan. Foco! — Anna disse.

Jessica revirou os olhos para mim e saiu andando. Eu fui para o bar. Quem sabe ela não estava se embebedando de novo? Mas ela não estava. Pedi a Anna procura-la no banheiro feminino e fui rodar pela boate.

Uma mão apertou meu ombro e eu me virei quase que instantaneamente.

— Eu queria me desculpar. — Daron disse nem um pouco arrependido. — Mas saiba que o que aconteceu no passado continua imperdoável.

— Passado?

— Ah, agora vai me dizer que não se lembra do que fez?

— Não, não lembro. — Eu realmente estava testando a paciência do cara.

— Saiba que você não vai fazer o mesmo com a Megan. — Ele advertiu.

— Fazer o que, dude? — Sorri cínico.

— Não teste a minha paciência, inglesinho.

— Pode me chamar de Henry. — Continuei sorrindo. — Agora, com licença, eu vou procurar a sua amada, já que você não está nem aí pra ela, não é mesmo?

Ele me lançou um olhar mortal e eu sai de perto dele antes que dissesse algo.

Na verdade, eu não tinha ideia de onde a doida pudesse estar, então resolvi dar uma volta fora da boate. Tinha uma fila onde as pessoas esperavam para entrar e em um canto havia umas – possivelmente – garotas de programa. Uma delas jogou charminho pra cima de mim e sorriu. As outras duas ficaram conversando e rindo, mas uma delas me chamou atenção. Ela estava com um vestido vermelho, cambaleava toda a hora e tinha longos cabelos ondulados e meio ruivos.

Megan.

 Praticamente corri até a garota e segurei o seu braço.

— Megan! — Ela se virou para mim. — O que você está fazendo? — Eu disse pausadamente, como se estivesse falando com uma criança.

— Minhas amigas, ó. Tô falando com elas. — A voz dela estava muito estranha e eu até riria da situação se não fosse tão crítica.

— Vamos. Você não está bem. — Eu a puxei pelo braço e ela simplesmente caiu. — Megan!

— Calma, calma, eu tô bem, calma. — Ela afastava a minha mão.

— Vamos logo, eu vou te levar pra casa.

— Não vai, não. — E ela correu pra dentro da boate.

— Essa garota vai me deixar louco… — Murmurei para mim mesmo.

E tentei entrar na boate de novo. Mas como eu sou o cara mais sortudo do mundo, o segurança me barrou.

— Ei, cara, eu preciso entrar! — Disse a ele.

— É mesmo? Então vai pro final da fila. — Ele apontou pra fila que eu não me lembro de estar tão grande quando saí.

— Qual é, cara?! Eu preciso entrar!

— Você e esse bando de gente. — Ele cruzou os braços.

— A minha irmã está ai dentro. — Tecnicamente ela não é minha irmã, mas ele não precisa saber disso.

— Não quero saber.

— E se eu não voltar pra casa com ela, eu vou ser esquartejado. — Eu estava a ponto de me ajoelhar e pedir pra ele me deixar entrar.

Ele pareceu pensar um pouco e eu o olhei suplicante.

— Vou mandar as flores pro seu enterro. — Ele engrossou a voz. — Pro. Fim. Da. Fila.

Abaixei os ombros e respirei fundo.

Droga, eu tinha que pensar em alguma coisa… Mas o quê?

Voltei para perto do segurança e ele me encarou.

— Você de novo?

— Olha, relaxa. Eu só vim aqui pra dizer que… a amiga da minha irmã estava falando com você quando chegamos e ela disse… — Enrolei um pouco.

— O quê? Ela disse o quê? — Ele pareceu interessado.

— Ela disse que queria te conhecer melhor. — Menti.

Ele arregalou os olhos e sorriu se vangloriando.

— Foi mesmo?

— É… Eu posso ir lá chama-la… — Ele me encarou. — Se você quiser, claro.

— Hum… Vai rápido.

— Claro, claro… — Revirei os olhos e balancei a cabeça.

Como esse cara é burro…

Nem precisei procurar pela Megan, pois ela estava no palco – novamente – mas dessa vez gritando alguma coisa no microfone.

— Ai eu me apaixonei por um cara que era um CANALHA. — Ela encostava o microfone na boca e saia o som da sua respiração. — Ele me traiu. Isso mesmo. TRAIU. E agora? Eu não sei. Por isso eu tô bebendo aqui com vocês. — Céus… Essa garota está enlouquecendo.

Corri para perto do palco enquanto ela continuava a tagarelar sobre a vida pessoal. Mas uma coisa me fez parar: Megan largou o microfone e começou a dançar sensualmente uma música qualquer que o DJ pôs para tocar. Eu não pretendia parar, mas ela estava… Sexy. O vestido vermelho colado ao corpo, o modo como ela se mexia, até as expressões que ela fazia. Acho que eu era quem estava enlouquecendo. 

De repente Anna e Jen… Jessica apareceram do meu lado e ambas estavam de boca aberta. As pessoas gritavam para ela, o que a fazia dançar mais. Eu estava quase babando quando a Anna bateu no meu ombro e me mandou tirá-la de lá. Eu ia, mas um Daron raivoso e assustador – e quando digo assustador quero dizer assustador mesmo. – apareceu e jogou a pobre Megan nos ombros. Ela se debatia sem parar e os tarados de plantão vaiavam Daron.

— Ei, ei, ei. — Gritei para Daron. — Onde você pensa que está levando ela?

Ele parou, me encarou por dois segundos e voltou a andar. Eu o segui e quando finalmente saímos da boate eu gritei:

— Ei, a ruiva é minha… — Pigarreei. — Quero dizer, ela é de minha responsabilidade.

— É de minha responsabilidade. — Ele me imitou. — Você é um irresponsável. Veja o estado dela. — Ele se virou e Megan estava passeando os dedos pela costa de Daron.

— Uh la la! Que costas lindas, senhor Spittle! — Exclamou a ruiva.  — Será que eu posso dar uma voltinha nela? — E então riu descontroladamente.

Essa garota é problemática.

— Está vendo? — Daron virou novamente. — Não chegue mais perto dela.

— Eu estou morando na mesma casa que ela. Como você pode me pedir isso?

— Você sabe do que eu estou falando.

— Não sei.

— Eu só não te dou um soco porque ela está no meu ombro.

— Meninos, meninos, não briguem por mim. — Megan disse. — Tem bastante Megan pra vocês dois. — Voltou a rir, mas parou quase que imediatamente.

O que veio a seguir não foi nem um pouco agradável. Ela vomitou nas costas do Spittle e limpou a boca na camisa dele. Eu estava em dúvida se ria da cara que ele fez – e da situação em si – ou se eu me preocupava em segurar a ruiva que ele pôs no chão. Ela cambaleou e caiu sentada no chão.

— Ih, eu caí. — Ela estava quase se deitando no chão.

— Não Megan, não deita ai… Deitou. — Suspirei. — Vamos, você está imunda. — Virei para Daron que estava resmungando e ri da desgraça dele. Era divertido vê-lo reclamando pelo vômito na camisa.

Por um momento eu pensei que ele fosse acabar comigo, mas ele virou-se e tirou a camisa. Isso mesmo, tirou a camisa.

— Calma ai, bro! Pode quebrar a minha cara, mas põe essa camisa de volta.

— Opa! Agora vai começar a festa! — Megan se levantou cambaleante e tentou tirar o vestido.

— Megan! — Corri até ela e segurei seu braço. — Espere até nós chegarmos em casa.

Eu juro que disse isso na melhor das intenções, mas não foi isso que deu pra perceber.

— Até chegar em casa? Você vai aproveitar que ela está bêbada para transar com ela? — Daron perguntou incrédulo.

— Você vai o quê? — Anna apareceu do nada e me olhou igualmente incrédula. Jessica tentava levantar a amiga bêbada.

— Nada! Eu não vou fazer nada. — Tentei me defender.

Anna revirou os olhos e foi ajudar Jessica.

— Mas o quê…? — Resmunguei.

Megan se desvencilhou das duas e andou na minha direção.

— Ei loirinho. — Ela chamou. — Me dá um beijo. — Megan fez um biquinho e colocou a mão ao redor da minha nuca.

Eu não olhei, mas senti o olhar fulminante de Daron para mim. Rapidamente eu tirei os braços dela da minha nuca e sussurrei em seu ouvido:

— Você está bêbada, Maggie.

Ela se apoiou em mim e ficou murmurando alguma coisa.

— Quer saber? Vou levar a Megan pra minha casa. — Jessica anunciou.

— Não, não! Se ela não estiver em casa, eu tô ferrado.

Jessica franziu o nariz.

— Vocês estão sentindo cheiro de vômito?

— Ah, sou eu. — Daron ergueu a mão. — Sua amiga vomitou em mim.

— Megan? — Ela olhou para a garota ao meu lado.

— Cadê o Jeffrey? — Megan perguntou. — Cadê o Jeffrey?

— Quem é Jeffrey? — Perguntei a Jessica.

— Sei lá! — Ela foi à direção da doida. — Megan, quem é Jeffrey?

— Aquele cara.

Ela respirou fundo e caiu.

Era só o que me faltava.

— Henry, você me leva pra casa? O Jeffrey quer que eu vá pra casa. — Ela murmurou com os olhos fechados.

Assenti e a carreguei até o carro.

Não é que eu seja fraco ou algo do tipo, mas a Megan é muito pesada. Eu não sei como eu estava conseguindo carrega-la.

— Então, vocês querem carona? — Me dirigi a Anna e Jessica.

— Não, vou com o meu irmão. Anna vem comigo, não é? — Ela virou para a loira.

— Ahn… É. — Ela praticamente sussurrou.

— Jessica, não é melhor você ir com eles? — Daron perguntou.

— Não. — Ela disse simplesmente. — Vamos, eu não quero faltar aula amanhã.

Eles se viraram e foram embora. Megan estava jogada no banco de trás do carro. Ela não parecia estar dormindo. Entrei no carro e dirigi até a casa. Quando chegamos, carreguei Megan até seu quarto tentando não fazer barulho. No exato momento em que eu a encostei na cama, ela deu um pulo.

— EI LOIRO! — Ela gritou.

Céus… Essa garota não vai sossegar!

— Fale baixo! Eu não quero que a minha mãe saiba que você tá bêbada. — Sussurrei.

Falar pra um bêbado ficar quieto é como dizer a uma criança para não pôr o dedo na tomada. Eles não te obedecem.

— SABE QUE EU… — Ela caiu na cama e fechou os olhos.

Depois levantou repentinamente e foi na direção do guarda-roupa.

— O que você tá fazendo? — Perguntei confuso.

Era realmente lamentável ver a Megan tentando entrar num guarda-roupa.

— Vou pra Nárnia. — Ela disse mais baixo. — Vem, vem, eu te mostro. — Ela puxou a manga da minha camisa e tentou me empurrar pra dentro junto consigo.

Eu tentei empurrá-la com delicadeza, mas foi quase impossível, já que ela se esforçava pra me empurrar. Ela fechou a porta do guarda-roupa e eu não via mais nada. Só sentia um coisa pequena na minha frente.

— Ande para trás. — Ela sussurrou. — Vamos pra Nárnia. Vamos, Henry!

— Megan… Não tem muito espaço aqui…

— Nárnia é grande. Ande que você vai ver.

— Megan, não…

— EU QUERO IR PRA NÁRNIA! TRATE DE ANDAR PRA TRÁS ATÉ PISAR NA NEVE.

— NÁRNIA NÃO EXISTE, MEGAN! — Gritei de volta.

Ela ficou calada por um tempo e depois fungou.

— V-Você tá chorando? — Gaguejei.

Ela abriu a porta do guarda-roupa vagarosamente e me deu espaço para sair. Depois que eu saí, ela fechou a porta e ficou lá. Eu resolvi tomar um banho e me arrumar para dormir. Mas antes de ir deitar fui ao quarto da ruivinha pra verificar se ela estava viva ou não.

— Megan? — Bati na porta do guarda-roupa. Ela não respondeu. — Você tem que dormir.

Ela ficou em silêncio por uns 10 segundos e  depois abriu a porta.

— Oi Henry. — Ela disse de uma forma… “Sexy”.

— Você tem que dormir. — Repeti.

— É mesmo? Mas eu quero fazer outra coisa. — Megan me empurrou até que eu caí em cima da cama. — Eu sei que você também quer isso, Henry.

Eu não disse mais nada. Apenas deixei que ela continuasse o que havia começado. 


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Notas finais do capítulo

Gente... Céus.
Alguém viu Cidade dos Ossos? (eu sei que já faz mais de 10 dias que estreou, mas eu amo muito esse filme e queria saber se alguém viu u-u)
Tipo, quem não viu ou viu, mas não leu o livro, eu só digo uma coisa: é perfeito u-u
Ah, eu acho que ficou um cocô porque como havia dito: eu reescrevi tudo u-u então não me matem porque não u-u



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