Medo Do Escuro escrita por B Volturi


Capítulo 11
Capítulo 11 - Cabelos Ruivos.




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  Fiquei o resto do dia trancada em meu quarto, embora eu estivesse confortável com tudo aquilo, havia uma parte em minha mente que não aceitava que eu fosse uma bruxa. O livro que Bea me dera estava aberto em minha cama, e eu o lia com curiosidade. Cada vez mais aquele novo mundo fazia sentido para mim, eu me sentia viva.

           Já passava das 01h40min, segundo meu celular, mas eu não tinha fome nem sono, porém algo me motivava a continuar acordada. Queria testar meus poderes.

          Desci as escadas, usava apenas uma camiseta larga que vinha nas minhas cochas e uma calcinha bem folgada, nos pés minhas pantufas de gatinho. A sala estava muito escura, mas meus olhos rapidamente se acostumaram com a falta de luz. Parei em frente à lareira, com o diário em mãos me concentrei, imaginando o fogo iluminar o lugar. Lentamente fui abrindo os olhos, uma fumaça fraca saia da lenha, apenas isso, sem chamas lindas e ardentes. Talvez eu precisasse ficar com um pouco de raiva, apressadamente fechei os olhos e me concentrei na raiva, estava funcionando, a leve fumaça havia se transformado em uma pequena brasa.

           Já passava das 04h50min da manhã quando fui dormir um pouco, estava exausta, minha cabeça doía por causa do esforço para tentar acender a lareira, amanhã procuraria Henry.

                                    *             *              *

          Bati na porta meio insegura, afinal eu estava pedindo ajuda a uma pessoa que eu mal conhecia e que ontem mesmo eu tinha mandado ir para a casa do caralho.

-Oi. – Henry atendeu a porta. Puxei o ar pesarosamente. – Posso entrar? – Ele apenas fez um gesto me convidando.

- Eu queria falar sobre ontem... – Ia começar meu discurso, mas ele me puxou para o seu quarto.

- Silena você não precisa ficar pedindo desculpas.

-Mas eu quero, olha Black, eu fui uma porra de uma imbecil com você, e eu quero que você me desculpe.

-Tudo bem.

-Mais uma coisa... Eu quero que você me ajude.

-Vem. – Ele sorriu – Vamos treinar você.

         Seguimos para a mesma clareira, durante todo o trajeto eu fazia perguntas e Henry respondia pacientemente.

-Então, há quanto tempo você é...?  - Perguntei insegura.

-Um Elemental?  - Ele disse tranquilo.

-É.

-Descobri meus poderes quando eu tinha 11 anos. – Henry sacudiu a cabeça como se pensasse em algo ruim.  – Posso controlar tudo relacionado ao ar.

-Então foi assim que você fez aquele treco ontem?

-Uhum. – Ele fez uma pausa, apesar de andar devagar, Henry parecia fazer aquele caminho várias vezes, ao contrário de mim, que tinha certa dificuldade em caminhar e afastar os troncos do meu rosto. – Sil? Você nunca tentou nada com seus poderes, certo?

-Bom... Ontem minha ideia de tentar acender uma lareira não deu muito certo. – Falei, rindo.

- O QUE? COMO ASSIM NÃO DEU CERTO? – Ele se virou me surpreendendo.

-Calma, eu nem mesmo conseguir acender a porra da lareira. –Me encolhi com medo do tom agressivo.

-Escute Sil, enquanto eu estiver treinando você, terá que prometer que não vai usar seus poderes enquanto eu estiver longe, ok.

-Ok. – Pus a mão no lado esquerdo do peito, porém mantive o tom sério.

        Chegamos à clareira, raios leves de sol saiam por entre as árvores. Larguei minha bolsa e jaqueta no chão e me preparei para o treino.

- Ok, pelo o que sei sobre você, seu elemento é o fogo. O fogo é o mais instável dos elementos, Elementais do fogo perdem facilmente o controle. Agora, eu quero que você se concentre, sinta sua energia. – Obedeci, foi bem fácil achar minha energia, o difícil era canaliza-la para algum lugar.

-Vamos Sil. Tente tocar fogo em qualquer coisa. – Henry insistiu pela décima quinta vez, já me sentia frustrada.

      Com raiva fechei meus olhos e me concentrei no fogo. Senti um calor na palma de minhas mãos, abri os olhos, chamas dançavam entre meus dedos. Sorri, não sentia dor apenas um calor confortável que se espelhava. Mas palmas interromperam minha alegria.

-Até que fim conseguiu! Parabéns – A voz era irônica, sem emoção, porém transmitia um tom de superioridade. O dono da voz saiu de dentro das árvores. Era ela, a dona dos cabelos ruivos. – Sou Tempestt. 


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Notas finais do capítulo

Gente, o ultimo capitulo não teve nenhum review, isso me deixou triste, por isso a demora para postar, se não gostaram me digam, não me importo, e se gostaram digam, assim eu sei a quantas a fic anda. Próximo capitulo vamos saber quem é a Tempestt. Obrigado. Beijos. -Links pra quem curte:
Pijama da Silena: http://www.polyvore.com/mde_cap_11_silena/set?id=73658967
Roupa da Silena:
http://www.polyvore.com/mde_cap_11_silena_henderson/set?id=73660141
Henry:
http://www.polyvore.com/mde_cap_11_henry/set?id=73660552



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