Flawz escrita por ChocolateQuente
Notas iniciais do capítulo
*-* Mais um cap.
Mel
- Sale! – berrei no telefone.
- Não grita sua doida. – ele reclamou e riu. – Como foi?
- Foi... Bom. – eu disse andando pelo quarto.
- Você o beijou?
- Cla-claro que não. – berrei. – Mas, ele é legal. Não foi safado, se você quer saber, e me levou para um lugar lindo. Conversamos um monte e... Sei lá. Acho que gostei de conversar com ele. – falei balançando a cabeça. Sale gargalhou.
- Você vai se apaixonar por ele. – ele disse e eu parei.
- Não vou não.
- Tudo bem. – ele sabia que íamos brigar se ele continuasse.
Depois de desligar o telefone, deitei-me de costas na cama. Encarei o teto branco e sorri. Gabe. Pensei e depois sacudi a cabeça. Não vou me apaixonar por você. Pensei antes de sentir meus olhos pesarem.
No outro dia, acordei atrasada e xinguei mentalmente quando encontrei o portão fechado.
- Droga. – murmurei encostando-me a parede.
- Ei donzela dorminhoca. – ouvi uma voz acima de mim e levantei a cabeça, sorrindo ao ver Gabriel pendurado no muro.
- O que está fazendo aí?
- O que você está fazendo aí? Isso são horas?
- Foram apenas 20 minutos de atraso. – eu dei de ombros e ele riu. Depois desapareceu. Encarei o muro vazio e bufei.
- Vem dorminhoca. – ouvi-o chamar abrindo o portão. Ri e passei. – Se o inspetor me ver aqui me mata. – ela disse enquanto andávamos atrás das coisas fugindo dos olhos do inspetor.
- O que está fazendo fora da sala? – perguntei quando paramos no pátio.
- Vim na diretoria buscar umas coisas pra professora e te vi aqui. Você devia ir pra sala. – ele disse e eu sorri.
- Tem razão. Até mais. – eu disse virando-me, mas girei nos calcanhares e o olhei novamente. – Obrigada, estou te devendo uma.
- Eu vou cobrar. – ele disse quando dei as costas. Ri e entrei de fininho pela porta dos fundos da sala. Sentei na cadeira vaga no fundo e fingi estar lendo um livro.
- Sra. Miller? Algum problema com o despertador hoje? – A voz esganiçada da professora de biologia ecoou pela sala. Olhei-a.
- Não Senhora Garbos, foi um pequeno imprevisto. – eu disse e ela deu de ombros.
- Espero que não se repita. – eu bufei quando ela voltou-se para o quadro.
As aulas se arrastaram e eu suspirei de alivio quando ouvi o sinal do intervalo tocar. Saí da sala e sentei-me na arquibancada esperando que Sale fosse me encontrar. Mas surpreendi-me ao ver Gabe sentar-se ao meu lado.
- E então pequena dorminhoca?
- E então o que? – perguntei fingindo um bocejo. Ele riu.
- Quando pretende me pagar o favor?
- Não seja mal educado. Eu não cobrei o favor de achar e devolver seu livro. – eu disse e ele deu de ombros assentindo. – Estamos quites.
- É, estamos. – ele disse e eu ri. Depois encarei a quadra. Algumas garotas jogavam e eu suspirei. – O que foi?
- Estou sem nota em Educação Física nesse semestre, e o professor disse que só me passa se eu jogar no torneio da semana que vem.
- E? – ele arqueou uma sobrancelha.
- E eu sou péssima jogadora. Eu não tenho coordenação motora nenhuma quando a questão é praticar esporte. Estou ferrada. – eu disse balançando as mãos no ar, ele riu.
- Posso te ajudar. – foi a minha vez de arquear a sobrancelha.
- Que eu saiba você joga futebol.
- Mas sou apaixonado por vôlei. Jogava antes, mas quando vim pra essa escola vi que só as meninas jogavam vôlei. Então entrei no time de futebol. – ele encolheu os ombros. – Quer umas aulas?
- Não sei. – murmurei batendo o dedo no meu queixo. - Quanto isso vai me custar? – ele riu.
- Ainda não pensei nisso. Depende da aluna que você vai ser. – ele disse e eu sorri.
- Há. Sou ótima aluna. Vai ser baratinho. – ele gargalhou. – Quando?
- Pode ser amanhã à tarde, já que o jogo já está próximo. – assenti e ele pensou um pouco. – Na minha casa ou na sua?
- Na minha, pode ser? – perguntei e ele assentiu com um sorriso.
- Então tá. – balancei a cabeça e vi Samuel passar do outro lado do pátio. – Tenho que ir.
- Tem?
- É, combinei de comer com o Sale e eu o vi passar do outro lado do pátio agora. A gente se vê mais tarde.
- Tá...
- Manda uma mensagem pra dizer o horário que você vai poder. Beijo. – eu disse antes de dar um beijo estalado em sua bochecha. Senti as minhas próprias corarem e corri arquibancada abaixo atrás do Samuel.
- Oi BRB. – beijei o topo de sua cabeça quando o encontrei na lanchonete da escola.
- E aí LB? – ele sorriu quando sentei na cadeira ao seu lado.
- Já pediu? – perguntei olhando o cardápio que eu conhecia de cor. Ele assentiu.
- Sanduíche com pão branco, peito de peru, salpicão, queijo prato, sem coisas verdes, e esquentado na chapa. – assenti rindo. – Ah, e suco de laranja com bastante açúcar.
- Isso aí, é por isso, e só por isso que você é meu melhor amigo. – eu disse e ele gargalhou.
- Ah, qual é? Eu sei que meu corpinho sedutor, e meus olhos verdes tem alguma coisa a ver com seu amor por mim. – ele disse.
- IDIOTA. – ele riu. – Vou treinar com o Gabe amanhã. – eu disse depois que a comida chegou.
- Você? Treinando? O que? Nadismo?
- Nadismo?
- É a arte de não fazer nada. – ele disse e eu o encarei séria.
- Não seja idiota o tempo todo. – eu ri. – Ele vai me ajudar com o vôlei. Preciso saber alguma coisa até a semana que vem. – eu disse bebendo um gole de suco.
- É, a coisa tá ficando séria. – ele disse comendo batatas fritas.
- Cala a boca Sale. – eu disse jogando uma porção de sachês de maionese em seu rosto. Ele riu. Sacudi a cabeça, com a certeza de que Sale era louco.
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Ficou curtinho porque tive que dividir o capítulo em duas partes.