Flawz escrita por ChocolateQuente


Capítulo 20
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Consegui escrever outro rapidinho. *-* Espero que gostem.



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Mel

- Mel, filha. Acorde. Acorde, meu amor.

- NÃÃÃO! – gritei sentando na cama.

- Calma filha, o que aconteceu? – minha mãe, estava sentada ao meu lado. – Você chorou? Tá tendo pesadelos? O que houve meu amor? – minha mãe perguntou passando a mão em meus cabelos emaranhados. Respirei fundo, tentando acalmar minha respiração descompassada.

- Nada. Nada. – eu sacudi a cabeça, ouvindo minha voz soar rouca e esganiçada.

- Mel, não minta pra mim. – minha mãe pediu e eu a encarei.

Talvez eu fosse como ela. Talvez eu devesse ficar sozinha. Talvez eu ficasse melhor sozinha. Jamie havia sofrido com Moah, mas havia passado por cima de tudo e agora estava bem. Eu seria como ela? Eu teria forças? Conseguiria ignorar Gabe e fingir que nada aconteceu? Conseguiria ignorar os rostos retorcidos em risos e gargalhadas me apontando?

- Mel? – minha mãe chamou interrompendo meus pensamentos.

- Tudo aconteceu de novo, mãe. – eu sussurrei. – Tudo de novo.

- O que?

- Os vídeos. O Gabe. As pessoas. – eu sussurrei, e minha voz falhou antes que eu conseguisse acabar a frase. As lágrimas interromperam minhas palavras.

- O que? Como? Ninguém sabia desses vídeos aqui. – ela disse encarando-me.

- Contei a Gabe e ele contou ao amigo dele, que contou a outra garota que achou os vídeos e os passou no telão da festa ontem. – eu murmurei encarando os lençóis.

- Oh Deus. – minha mãe arfou e passou as mãos em meus cabelos. – Você e Gabe brigaram? – ela perguntou e eu assenti e solucei. – Filha, talvez ele tenha confiado no amigo dele, talvez ele não tenha tido culpa. – minha mãe disse e eu forcei um sorriso.

- Não foi por isso mãe. – eu murmurei. – Gabe fez uma aposta. Ele teria que me beijar pra poder ficar com essa garota que mostrou os vídeos. – eu disse. – Foi tudo mentira. Ele não gostava de mim, ou estava feliz por estar comigo. Era tudo parte da aposta. – eu disse entredentes. Minha mãe me encarou e balançou a cabeça. – Tá doendo. – eu sussurrei sentindo as lágrimas quentes rolarem. – E eu nem penso nos vídeos, só penso nessa droga de aposta, e eu como me deixei enganar.

- Não se martirize, você não tinha como saber. Isso vai passar meu amor. – minha mãe disse me puxando para um abraço.

- Quando? Não sei se posso aguentar isso.

- É claro que pode. Você é forte. Você é Mel Miller. As Millers são fortes. Temos um longo histórico, e quantas vezes viu uma Miller não suportar? – minha mãe perguntou. – Nenhuma. Eu to aqui. Você tem o Sale também. Vai ficar tudo bem, tá? – ela disse acariciando meus cabelos. Assenti fungando. Eu não tinha tanta certeza.

Gabriel

- Toc toc. – ouvi a voz de John e limitei-me a permanecer de olhos fechados sob o travesseiro. – Sei que está acordado. Você não dorme de barriga pra cima. – John disse e eu puxei o travesseiro encarando-o.

- Você tem tudo pra ser meu melhor amigo, mas sempre dá mancada. – eu murmurei e ele riu.

- Sabe Gabriel, eu aceito essa sua raiva. Sei que não devia ter contado a Lucie, mas eu não podia prever que ela faria isso... – eu ia interrompê-lo, mas ele continuou. – E sei que isso não justifica. – John sacudiu a cabeça pegando a bola de vôlei no canto do quarto. – Mas, tem que assumir a sua parte. Tem que assumir que também errou. – ele disse jogando a bola no ar e a pegando antes que caísse no chão.

- O que? Você faz a burrada e eu tenho que assumir a culpa? - Quase gritei sentando na cama. John riu.

- Você acha que Mel, nesse exato momento, está chorando lá no quarto dela por causa daqueles vídeos idiotas que todo mundo já viu? Ou porque o cara que ela confiava e por quem estava... Ridiculamente apaixonada, não passava de uma mentira pra conquistar outra garota? – John perguntou jogando a bola no chão. – Mulheres passam por cima de problemas, muito melhor do que nós. Mas, quando se trata de amor... São como crianças que não sabem o que fazer. Então choram e esperam passar. Se Mel está chorando, é por você, e não pelos vídeos. – ele disse e eu o encarei boquiaberto. John riu. – Sei que não sou expert em mulheres e não sou tão inteligente quanto você, mas às vezes tenho lapsos. – ele riu. – E não costumo estar errado neles. – Balancei a cabeça e levantei indo até a janela. A manhã estava nublada e parecia que o dia iria permanecer assim.

- Ela não precisava descobrir assim.

- Você devia ter contado quando começou a se apaixonar por ela. – John disse se jogando na minha cama. Encarei-o.

- Quantas vezes vou ter que dizer que não estou apaixonado pela Mel? – berrei e ele riu.

- Quantas vezes você quiser. Tem que convencer a si mesmo, porque a mim você não convence.

- Porque acha isso? – bufei.

- Porque você está apaixonado Gabriel! – ele berrou jogando as mãos para o alto. –Porque você não quis mais ficar com Lucie?

- Porque eu percebi que ela não era legal.

- Só isso?

- Só.

- O que te vem à cabeça quando pensa na Mel? – ele perguntou e eu bufei dando de ombros.

- Sei lá.

- O que mais gosta nela? – ele perguntou de novo e eu balancei a cabeça pensando.

- Gosto... Gosto de como ela tem opinião pra tudo. – eu disse e ri. – Gosto dos olhos grandes e do cheiro dos cabelos. Sei lá... Gosto de como ela é diferente das outras. Você sabe que ela é diferente. – eu disse e ele riu.

- Não sei não. Pra mim Mel é igual a todas as outras garotas da escola. E sabe por que eu acho isso? Porque eu não estou apaixonado por ela. Só o que vejo na Mel são as pernas, a bunda e os seios que ela tem. – ele disse e eu o encarei com o cenho franzido. – Mas você, você vê as opiniões, os olhos grandes e o cheiro do cabelo. Você vê as estrelas no fundo do quintal e conversa sobre a teoria do universo. – John bufou. – Você desiste da garota mais cobiçada da escola pra dançar com ela no meio da pista. Você a beija no meio da pista, na frente de todo mundo. E nem me diga que foi por causa da aposta, porque eu sei que você não estava pensando na aposta naquela hora. Você quis beijá-la. Você está apaixonado e eu só não consigo entender porque não admite isso. – John disse e eu o encarei boquiaberto.

- Já pensou em fazer filosofia ou psicologia na faculdade? – perguntei e ele riu.

- Para de ser medroso Gabriel. Quando eu sentir isso que você está sentindo agora, vou me jogar de cabeça, sem pensar nas pedras que podem me esperar lá embaixo.

- Isso é suicídio John. – eu disse e ele riu.

- Não Gabriel, isso é amor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, amores. *-*
P.S. Link da minha outra fic. Leiam please. *-*
http://depoisdecrescer1818.blogspot.com.br/



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