Meus Segredos. escrita por Val-sensei


Capítulo 1
Prologo.


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha primeira fic de Runori Kenshin, resolvi sair um pouco de Dragon ball e originais e partir para outro anime.
Os personagens não me pertencem e sim ao Nobuhiro Watsuki.



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Kenshin não havia pescado nenhum peixe naquele dia, pois ele havia contemplado o céu límpido daquela tarde e ouvido de um velho pescador a história sobre vagalumes dos desejos. A história fora tão longa que Keshin voltou já á noite para o dojo Kamiya Kashin sem nenhum peixe, mas no balde havia um lírio azul e em sua pétala um vagalume brilhava andando pelas pétalas, porém Kenshin não teve tempo de entrega-lo a pessoa que seria apta a recebê-la, pois ela o chamou para entrar e jantar. Sem que ela percebesse o belo lírio azul no balde onde Kenshin havia deixando ao chão e a fitava de um modo diferente. Kenshin adentra depois dela para a sua refeição, pois Gensai sensei havia levado para eles.

Agora Kenshin encontrava-se sentado na varanda do dojo do lado de fora do seu quarto, olhando o céu escuro e pintando de estrelas cintilantes que enfeitavam o céu mostrando o quanto a noite estava bela. O vento soprava seus compridos cabelos ruivos, as folhas soltavam das arvores anunciando que o outono estava chegando, o vento também batia nas arvores balançando os galhos de uma forma distante.

Kenshin segurava em sua mão aquele lírio azul sem o vagalume, ele não estava mais no lírio. Enquanto seus olhos azuis quase violetas olhava detalhadamente as pétalas e com um dedo sentia a maceis da bela flor que lembrava tanto aquela pessoa que nunca quis saber o motivo de ele ter virado um retalhador, nem como virou um andarilho, mas sua mente conturbada lembrava-se claramente de cada instante.

Sua mente lembrou-se de como seus pais haviam morrido de cólera e como fora vendido como um escravo. Depois como seus amigos que estavam com ele foram mortos tentando o proteger, como conheceu seu mestre Seijuurou Hiko trocou seu nome Shinta por Kenshin Himura.

Lembrou-se de como desafiou seu mestre e fora começar a ser um monarquista e começou a assassinar com ordem diretas usando o estilo hiten mitsurugi de kenjutsu.

Ele vaga na imagem de sua antiga esposa Tomoe, uma garota que ele conheceu e com o tempo se apaixonou por ela tendo que mudar de cidade para não ser pego. Eles se casam, mas depois de alguns anos ele a mata acidentalmente. Depois disso ele voltou a lutar no Bakumatsu (fim do bakufu/shogunato) trazendo uma nova era Meji, porém depois disso ele ganhou a sakabatou, uma espada de corte invertido e prometeu proteger as pessoas fracas e se tornou um andarilho. Nunca imaginou que iria gostar de uma mulher novamente, nunca imaginou amar outra pessoa depois do acontecido com a sua primeira esposa. Agora ele tinha medo de ir mais adiante, pois ele ainda sentia a culpa no seu coração por ter matado a sua primeira esposa. O seu coração doía, ainda mais depois de tantas batalhas que teve que se envolver para que a era continuasse e ninguém fosse contra o atual governo.

Seus olhos agora estavam triste e distante, seu rosto levemente iluminado pela meia lua que plainava no céu rodeado de estrelas, seus pensamentos distantes e perdidos em uma época que ele realmente preferiria esquecer, mas elas estavam cravadas bem no fundo de sua alma, sabia que tinha sangue e gritos de dor presos nela.  Ele não poderia apagar o seu passado, mas de uma coisa ele sabia, que agora mais do que nunca, ele nunca mais voltaria a ser o hitokiri battousai, teve que lutar com ele mesmo pra não manchar ainda mais a sua alma com sangue, pelos gritos de dor que ainda andavam lado a lado no fundo de sua alma.

Enquanto Kenshin viajava em suas memórias dolorosas e com seus conflitos internos sobre contar seus segredos ou não, passos lentos e descalços caminham lentamente em sua direção, notando que o homem franzino e aparentemente mais jovem que a sua verdadeira idade não havia conseguido dormir. Ela sabia que ele estava acordado, sabia que ele pensava em muitas coisas, já o vira acordado algumas noites parado no mesmo lugar, mas nunca tivera coragem de ir até ele e saber por que não estava dormindo, mas aquela noite ela tomou coragem e foi em direção ao homem que carregava uma cruz marcada em seu rosto do lado direito.

Seus passos lentos e silenciosos percorriam o corredor feito em tabuas e coberto por telhas fazendo uma ampla varanda quase contornando o dojo todo. Sua coragem diminuía um pouco ao se aproximar cada vez mais dele, mas a vontade de estar ao lado dele era maior, a vontade de saber o que tanto o incomodava a ponto de tirar o seu sono algumas noites, não era batalhas, pois todas elas tinham sido vencidas e decididas a risca, quase o tomando dela, seus passos aumentaram um pouco, mas ainda silenciosos ela já visualiza a silueta do homem um pouco mais adiante. 


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