Rachel esta na sua aula de inglês. E como ela era sortuda, Connor também tinha essa aula com ela. Digo... como ela não tem sorte. Ela estava sentada na frente enquanto Connor estava sentado no fundo junto com os populares. A professora entrou na sala e logo começou a explicar o novo projeto da classe:

–- Como eu percebi que cada um de vocês se formaram em grupos e que muitos de vocês nem sabe o nome de seu próprio colega de aula. Eu decidi que vamos fazer um projeto. O objetivo é conhecer uma pessoa diferente de você. E vai ter que conhece-la. Saber seus gostos, sua personalidade e o máximo de coisas que conseguir. Para no final vocês escrevam uma redação e apresente-nos o que descobriu.

Claro que ninguém ficou animado com a ideia. Afinal todos queriam fazer com seus amigos. Seria muito mais fácil. E sairia do conforto deles. Cada um deles teria que conhecer uma pessoa por causa daquele “maldito” projeto. Todos estavam reclamando menos Rachel. Não tinha amigos mesmo. Que diferença faz?

–- Silêncio, classe! Não adianta reclamar. Já tomei minha decisão. Agora vamos aos grupos...

“Jessica e Bruno”

“Jason e Piper”

“Megan e Charlie”

[...]

“Rachel e…

A ruiva a encarou entediada. Já era ruim ter que fazer um trabalho com um desconhecido... Não podia ficar pior. Com tanto que não seja seu ex-namorado, ela estava bem.

Connor”

Logo em seguida afundou o rosto nas mãos. Realmente ela não tinha sorte mesmo. Ele era a ultima pessoa com quem ela queria fazer o projeto. Ou melhor dizendo ela preferia fazer com um desconhecido à fazer com ele. Ela nem precisa se reunir com ele. Ela já sabe tudo sobre ele. Um canalha que quebrou seu coração. Quem seria melhor para descreve-lo do que Rachel, sua ex? Afinal ela já conheceu o lado doce dele e o lado amargo. A única coisa que ela queria era se afastar dele e esquece-lo. E era isso! Não é pedir demais, né? Bufou irritada encostando sua face na carteira.

–- Agora vou continuar a minha aula e depois vocês podem se reunir para fazer o projeto...

[...]

Rachel sabia que não precisava da ajuda de Connor pra fazer o trabalho. Então... Apenas o que ela tinha que fazer era o evitar. E não faria mal pra ninguém. Afinal ele também sabia o suficiente sobre ela. Agora era apenas escrever o texto e esperar a data da apresentação. Logo que acabou a aula, a ruiva se apressou para ir embora. Assim ele não iria ter oportunidade para falar com ela. Se perdeu entre a multidão e andou até seu armário. Enquanto isso Connor estava a procurando.

Ele continuava curioso sobre sua mudança repentina. Sua resposta foi muito vaga. Queria saber o que aconteceu com ela desde que terminaram. O que a fez se tornar uma patricinha? Porque ela desistiu da popularidade? Porque ela quis ser popular? Queria saber se continuava solitária em sua mansão. Se seu pai ainda não lhe dava atenção. Lembrava que ela sempre reclamava de sua ausência. Ultimamente ela tem ignorado ele e se escondendo dele. Quando entrava na cafeteria, ela saia. Quando entrava na biblioteca, ela saia. E por assim vai, sempre o evitando. Não sabia o porque. Mas estava curioso sobre sua vida. Ele queria aproveitar esse projeto para descobrir essa “nova” Rachel. Continuava a mesma. Mas... alguma coisa tinha mudado. Não tinha certeza do que. Esta determinado em descobrir.

Depois que a multidão tinha passado, ele conseguiu ver Rachel perfeitamente mexendo no seu armário. Sorriu e caminhou até ela. Queria chamar a sua atenção, mas de um jeito diferente. Se aproximou dela e abraçou encaixando seu rosto em seu ombro.

Rachel imediatamente reconheceu os braços em sua volta. Quando eles estavam juntos Connor costumava fazer isso sempre. Mas invés de relaxar ao seu toque, ela estava tensa. Tinha um frio na barriga e se arrepiou pelo toque. Ela tentou negar o que estava sentindo. Porque quanto mais ela quer se afastar dele, mais próximo ele fica? Porque não deixa-la em paz? Arg...

–- Olá, parceira.

–- O que você quer? – falou afastando os seus braços.

–- Eu pensei que a gente podia se reunir pra fazer o trabalho. – falou. Rachel fechou seu armário e se afastou dele.

–- Pensou errado. –falou trombando em seu ombro antes de ir embora. Connor ficou surpreso com sua atitude, mas mesmo assim a seguiu pelo corredor.

–- Qual é o problema de nós fizermos o trabalho? – perguntou confuso.

–- Nenhum. Nós podemos fazer perfeitamente sozinhos. Você faz a sua parte e eu faço a minha. – falou neutra. Ele deu uma careta com essa resposta.

–- Mas a professora para nós fazermos o trabalho juntos.

–- Ela disse que o objetivo do trabalho era conhecer o parceiro. E acontece que eu já te conheço não preciso da sua ajuda! –falou. Connor sabia que ela tem razão. Mesmo assim...

–- Mas a gente não se fala já faz um ano! – falou desesperado. Rachel virou-se e o encarou.

–- Você não mudou nada de um ano atrás. Você continua a ser o idiota, canalha que quebrou o meu coração. –falou fria e correu pra longe.

Connor ficou parado assistindo ela se afastar. Ficou chocado com sua resposta. Achava que ela já tinha superado o termino deles. Faz sentido o porque dela sempre se afastar dele. Era sua culpa. Se lembrou da burrada que ele fez. Agora já era. Tarde demais pra poder concertar o que quebrou. Sentiu seu coração apertar e remorso.

Enquanto isso, Rachel estava escondida no banheiro chorando. Como ele podia ter feito isso com ela? Porque ele age como se não tinha acontecido nada? Como se não tivesse mudado nada. Como se não tivesse a traído com uma garota qualquer. Idiota, canalha, cretino, galinha.... Ela podia xinga-lo por quanto que ela conseguia. Mas não podia negar o que esta sentindo. Ficava pensando o porque de ela ter se apaixonado por ele. Nem se lembrava mais. Ou melhor ela sabia sim! Ele a iludiu dizendo que a amava. E como era a ultima aula do dia Rachel lavou seu rosto e foi pra casa. Quando chegou lá, ela começou a pintar um novo quadro. Expressava o que ela esta sentindo. Ela desenhou um coração partido em dois.