– Todo mundo para o chão, que manda aqui sou eu. Vai todo mundo agachando. Não quero ver nenhum engraçadinho tentando fugir ou chamando a policia, me ouviram?! - Berrei alto possível para todos que estavam no mercado ouvirem.

Mais um dia em que eu e minha companheira Thayane estávamos fazendo nosso querido trabalho.

Depois que Thayane pegou todo dinheiro dos caixas e deixou nosso recadinho como sempre para os policiais, fomos embora.

Entramos dentro do carro, o levamos a uma rua que nesta hora não está movimentada, mas de tarde sempre passa bastantes carros e pessoas, saímos deles e como de costume colocamos fogo em tudo. Roupa, dinheiro e o nosso carro.

Você deve está nos chamando de loucas, pois não somos. Fazemos isto pelo o bem da sociedade, para aprenderem que nem tudo que importa é o dinheiro e temos nossos motivos. Ainda conseguiremos atingir nosso objetivo.

Fomos ao bar mais próximo, o que foi difícil, pelo fato de ainda ser 9:00 a.m., enchemos a cara e quando chegamos em casa estávamos passando em todos jornais.

Frases como "AAT, ataca de novo", "AAT, ataca e deixa recados que não irá parar até alcançar o seu objetivo" ou “As autoridades estão preocupada pois não sabem o que fazer!” estavam em todos canais. Filmes que estavam passando foram interrompidos para passar plantões e outras coisas.

Mas nem ligamos para isso, peguei um short curto e uma blusa mais solta e fui para o banho. Fiquei lá por longos e mágicos 15 minutos, sai e depois de me vestir desci para a sala. Thayane já havia tomado seu banho, estava com uma blusa de estampa de caveira e um short azul. Ela segurava em suas mãos variados filmes e a maioria com capas de desenhos de sangues e coisas assustadoras.

– Pra que tudo isso?! – Perguntei.

– Pra assistir, ué! – Ela falou, se levantou e colocou o filme para rodar.

Várias partes do filme, sangue chegava até a tela, o que dava medo era o fato de ser em 3D. Na hora em que o demônio foi morto e a tela ficou totalmente preta a campainha tocou. Thayane e eu pulamos do sofá, aquilo foi terrivelmente assustador.

– Thayane, você deu a idéia de ver o filme, agora vai atender a porta e se for o demônio, eu não estou em casa. – Disse empurrando ela até a entrada.

– Ãhn... Em que posso ajudar?! – Ela disse calma.

– Recebemos uma denuncia que possivelmente as moradoras desta casa tenham envolvimento com a onda de assaltos que está acontecendo em nossa cidade. – A cada palavra dita pelo policial fui me aproximando da porta. O que dizia tudo aquilo era um loirinho atraente.

– Ãhn... E?! – Disse já a ponto de roer unhas.

– Temos um pedido de revista. – Ele mostrou um papel em que com certeza dizia sobre este tal pedido.

– Tudo bem. – Disse dando lhe passagem. O medo que me consumia no começo havia passado. Estava com medo deles falarem que tinham provas, mas revistar nossa casa não iria levar a nada mesmo. Tudo que tínhamos de armas e coisas ilegais estavam escondidas em lugares totalmente seguros e protegidos, só conhecidos por mim e Thayane.