There's No Place Like Home escrita por Filha de Atena


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii!
Eu não demorei pra postar o capítulo porque o meu Ares (também conhecida como Filha de Apolo aqui) é a coisa mais linda do mundo. Agradeçam a ele.



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Eu posso usar apenas uma palavra para definir a minha vida: Merda. Isso mesmo. Tudo bem, eu sei que tem muita gente que pode ter a vida pior que a minha, tipo as criancinhas da África que estão morrendo de fome. Certo, agora eu estou me sentindo culpada.

Bem, posso dizer então que a minha vida não é uma das melhores, pelo menos. Quero dizer, eu tenho motivos concretos pelos quais reclamar: Meus pais morreram e ninguém da minha família pode (ou quer) ficar comigo – o que na verdade é um alívio – e vou ter de me mudar e morar com pessoas que eu nunca vi na vida.

A única coisa que me consolava é que eu não iria precisar mudar de cidade nem de colégio. Porque, sério, eu não sei o que eu faria sem a Lene, minha melhor (e única) amiga. Talvez eu devesse parar de reclamar tanto e começar a agradecer algumas coisas. Afinal, eles também tinham me deixado ficar com meu novo gato, Ziggy.

O mesmo gato que agora dormia no meu colo, tranquilamente. Mal ele sabia que estávamos a caminho da nossa nova casa. Não, acho melhor dizer chamar simplesmente de o-lugar-aonde-vamos-viver-até-eu-completar-dezoito-anos. Porque casa nós só temos uma, que é onde fica nossa família. O que, no caso, eu não tenho mais.

O carro no qual eu estava parou abruptamente. Havíamos chegado. Tentei não me apavorar. Eu já devia estar preparada psicologicamente para isso. Mas adivinha? Eu não estava.

Desci do carro relutante, deixando Ziggy dentro, agora acordado, provavelmente por causa do modo delicado que o carro parou. Olhei em volta e vi que todas as casas do local eram grandes. Não, imensas.

Caminhei ao lado da assistente social (cujo nome eu não me lembrava) que tagarelava sem parar. Mas eu não prestava atenção, estava mais preocupada em descobrir qual seria a casa.

- (...) tenho certeza, Lily, certeza que você vai amar a família. É claro que se você não gostar, é só me ligar que nós conversamos, mas é claro que você vai gostar. Quero dizer, você vai ter até um irmão adotivo!

As palavras ‘irmão adotivo’ me fizeram parar. Ninguém me disse nada sobre irmão adotivo! Será que além de tudo eu ia ter agüentar um pirralho? Não que eu não goste de crianças, na verdade eu gosto. Só que conviver com uma vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana já era outra história. Principalmente um garoto, garotos sempre são piores.

- Irmão adotivo? Você não disse nada sobre um irmão adotivo! – eu disse indignada.

Por um momento a assistente apenas me olhou como se eu fosse louca.

- É claro que eu contei. Não contei? – ela parecia confusa, provavelmente realmente pensava que havia me contado. – Não importa, tenho certeza que você vai gostar dele, assim como toda a família e...

Parei de prestar atenção de novo, voltando a minha atenção as casa. Eu realmente não me importaria de morar em nenhuma delas, não quando eram todas enormes e maravilhosas. Não era ambiciosa, mas que garota de 16 anos não ficaria deslumbrada em morar em uma mansão?

Finalmente a assistente social pareceu estar caminhando para uma casa em especial. Uma casa particularmente bonita. E particularmente grande. Na verdade, muito maior que as outras, que já eram consideravelmente grandes. Não pude evitar sussurrar um “Uau” quando chegamos perto da casa.

- É, eu sei – disse a assistente, que aparentemente tinha ouvido meu sussurro. – Linda, não?

- Incrível... – murmurei, surpreendendo até a mim mesma.

A assistente foi andando na minha frente até a porta da casa, onde ficava a campainha, enquanto eu apenas fiquei admirando a casa.

Eu ainda estava distraída olhando para a casa quando ouvi uma voz. Uma voz que eu já havia ouvido incontáveis vezes pelo corredor da escola. Mas não era aquela pessoa. Quero dizer, era óbvio que não era. Porque era totalmente impossível que eu fosse tão azarada assim, não é?

Olhei em direção da voz e descobri que sim, eu era realmente azarada a esse ponto. Lá estava James Potter com aquele sorriso idiota que só ele tem, conversando com a assistente. Ótimo, simplesmente ótimo. Isso significa que meu irmão (que eu pensava ser de uns nove anos) era, na verdade, o maior galinha de Hogwarts.

Então, eu fiz a coisa mais idiota que já fiz em toda minha vida. Eu fugi. E quando digo ‘fugi’, quero dizer correndo mesmo. Eu não sei o que eu estava fazendo nem por que estava fazendo, só conseguia correr e correr. Corri desesperadamente até que cheguei perto de um lago, depois de várias curvas correndo feito uma retardada.

Foi aí que eu notei o quão ridículo tinha sido fugir daquele jeito. Quero dizer, tudo bem estar totalmente apavorada com o fato de ter uma nova família - principalmente quando James Potter fazia parte desta -, mas mesmo assim, fugir era ridículo. Era mais que ridículo. Deviam estar achando que eu era louca.

Suspirando, me levantei e comecei a voltar para a casa. O único problema é que eu tinha dado tantas voltas que não sabia mais onde ficava a casa. Realmente, eu era um gênio.

Depois do que me pareceram horas andando sem rumo, um carro parou ao meu lado. Nem precisei olhar pra saber que era o mesmo carro que havia me trazido até aqui. A porta de trás foi aberta e eu entrei, sentando ao lado de um Ziggy novamente adormecido, já me preparando para a bronca. Mas ela não veio.

A assistente social apenas olhou para mim e sorriu. Um sorriso de pena. Argh!

- Está pronta para ir? – perguntou ela, com a voz anormalmente doce.

- Claro – murmurei, sabendo que não era verdade. Eu nunca estaria pronta, mas não tinha o que fazer a respeito.

Ela assentiu e continuamos até a casa. A minha futura casa. Era tão estranho pensar nisso.

Quando chegamos, não pude conter o suspiro de alívio quando vi havia apenas um casal na frente da casa. Ninguém mais, nenhum James Potter para estragar minha vida. Talvez ele nem fosse o tal irmão, talvez ele só fosse amigo da família e estava fazendo uma visita. Ok, quem eu estava tentando enganar? Era óbvio que ele era o tal irmão adotivo.

Desci do carro com a assistente ao meu lado e forcei um sorriso para o casal que nos esperava. Eu devia muito a eles, porque se eles não tivessem me adotado, poderia estar num orfanato agora.

- Lily! Estávamos te esperando – disse a mulher empolgada.

Ela era alta magra e bonita. Tinha o rosto delicado que parecia levemente infantil para sua idade – seja lá qual fosse. O homem também era bonito, embora estivesse um pouco acima do peso. O que realmente me espantava no casal era o fato deles parecerem tão jovens.

- Este é George Potter – ela disse apontando para o homem ao seu lado –, e eu sou Emily Potter.

- Prazer, senhor e senhora Potter – eu disse, ainda com um sorriso forçado no rosto.

- Pode nos chamar pelo primeiro nome, Lily. Nós somos uma família agora.

Isso era extremamente desconfortável. Ver Emily falando isso era estranho, porque nós definitivamente não éramos uma família. Mas os seus olhos brilhavam com tanta esperança, que eu tive que fingir o sorriso ainda mais. Ela parecia ser legal, e eu não queria ser indelicada.

- Claro – eu disse com o sorriso colado no rosto.

Ela sorria tanto que eu me pergunta como sua boca não rachava com o sorriso. Eu não conseguia sorrir assim. Pelo menos, não agora.

- Então venha querida, quero te mostrar seu quarto. – ela disse quase pulando de empolgação, levando-me pela mão para dentro da casa, enquanto o marido ria atrás.

A casa, como eu pude notar mesmo sendo puxada por Emily, era elegantemente decorada com móveis bonitos e clássicos. Eu realmente gostava disso.

Depois de muito andar – a casa era realmente grande -, paramos na frente de uma porta branca no segundo andar.

- Entre – Emily disse, me olhando ansiosa.

Eu olhei para a porta hesitante. Girei a maçaneta devagar e abri a porta. Não pude evitar a minha cara de surpresa. Não que eu não soubesse que provavelmente o quarto seria lindo, mas aquilo... Era simplesmente perfeito. As paredes eram brancas com móveis creme e dourados, além de cortinas de seda cor de rosa.

Eu devo ter ficado muito tempo parada apenas encarando o quarto, porque logo Emily falou:

- Er... Se você não gostar de alguma coisa, sabe, a gente pode mudar – ela disse hesitante.

- Não, não. É incrível – eu disse, tentando tranquilizá-la. E não estava mentindo. Sorri para Emily e entrei no quarto, maravilhada.

Emily já estava empolgada novamente e pedia ao marido que trouxesse as malas do carro. Eu tive de descer junto pra pegar o Ziggy, que continuava dormindo no carro.

Aninhei o gato no meu colo e já estava subindo de novo para o quarto, quando ouvi a voz dele de novo. Continuei andando como se não tivesse ouvindo nada, fugindo para o meu quarto. Talvez ele não me visse. Talvez ele estivesse longe o suficiente para Emily não querer apresentá-lo pra mim agora.

- Lily, venha aqui! Quero que conheça uma pessoa – gritou Emily.

Merda


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Notas finais do capítulo

Entãaaaao, espero que vocês tenham gostado do capítulo. Muuuito maior que o prólogo, certo?
Ah, e antes que eu me esqueça, se vocês gostam de Percy Jackson (e se não gostam também. Quem liga?) vão no perfil da Filha de Apolo e leiam as histórias maravilhosas delas, ok?
E deixem reviews.
Para ela e para mim.
E é isso. Obrigada por lerem e por terem deixado reviews.
Beijossss



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