There's No Place Like Home escrita por Filha de Atena


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Eu sei que o prólogo é pequeno, mas eu juro que os próximos capítulos são maiores. Espero que gostem :)



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Era uma noite fria e chuvosa. Não, não apenas chuvosa. Para ser mais exata, parecia que o céu estava caindo. Era o apocalipse. Ou pelo menos, o meu apocalipse. 

Eu estava enrolada nos cobertores da minha cama, com uma caneca de chocolate quente na mão, tremendo de frio e atenta a qualquer barulho que pudesse denunciar a chegada dos meus pais. Eu nunca me acostumava com as constantes viagens deles, principalmente por que, como sesta, tinha que ficar sozinha em casa. Em noites assustadoras como aquela. 

Desistindo de tentar dormir, levantei-me, levando o cobertor e o chocolate quente comigo, e me acomodei no sofá da sala. Nossa casa era simples, isso por que meus pais gastavam com viagens para 'aprender novas culturas'. Apesar do que muitos acham, eu não me importava com isso, nem ficava chateada. Sabia que, quando eu ficasse mais velha, eles me levariam com eles. Ou pelo menos, era isso que eu achava. 

Entediada e incomodada com o silêncio que pairava sobre a casa, cortado apenas pelos trovões, liguei a TV. Não que eu pretendesse assistir, e sim para me sentir mais segura ou menos sozinha. Eu até poderia ligar para Lene, mas decidi não incomodá-la.

Passava os canais com total desinteresse, quando ouvi um barulho na porta de casa. Primeiramente, fiquei feliz imaginando que poderiam ser meus pais, mas o barulho se repetiu. Obviamente não era o barulho de chave, como eu esperava, mas sim de alguma coisa arranhando a porta. 

Levantei-me cautelosamente e andei até a porta, parando em frente a ela. Comecei a tremer. Eu odiava tempestades (depois de uma traumatizante noite na qual o telhado da casa foi praticamente arrancado) e odiava mais ainda barulhos estranhos à noite. 

Reunindo toda a minha coragem (que eu nem sabia que existia) abri a porta.

A cena com a qual eu me deparei, fez com que eu risse. Não, gargalhasse. Na minha frente estava um gato encharcado, olhando pra mim com cara de cachorro sem dono. Ou melhor, gato sem dono. 

O pobre gato era muito magro, tinha os pelos brancos com manchas laranja. Peguei uma toalha e coloquei em volta dele, que tremia de frio. Até pensei em usar o secador de cabelos, mas não queria assustá-lo. 

Voltei para a TV e tentei prestar atenção. Um avião havia caído. Não dei muita importância e já me preparava para mudar de canal quando ouvi um número que me parecia familiar. 3629.

Foi quando a minha ficha caiu. Era o numero do voo dos meus pais.


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Notas finais do capítulo

Reviews para me xingar sobre o quão cruel eu sou com a Lils?



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