POV Liz

A diversão acabou e eu voltei para casa com Avan, minha tia estava na porta batendo há horas.

– Desculpe, estávamos na casa da Ari. – ela assentiu e veio me abraça e depois abraçou Avan.

– Não tem problemas, vamos entrar está fazendo frio. – ela diz me fazendo entrar em casa enquanto Avan fica sorrindo.

– Tia eu não preciso de babá. – falei com cara feia, ela me lança um olhar reprovador.

– Aii Sabine que bom que está aqui, Liz é teimosa sabe. – Avan sorria enquanto pegava um copo de leite.

– Eu sei muito bem disso, agora que estou aqui ela vai segui a dieta do resguardo direitinho. – ela diz me olhando com preocupação.

– Não precisa disso tudo gente! Estou bem. – falei me levantando do sofá.

– Liz, é para seu bem, você agora vai lá pra cima vai tomar um banho e vai se deitar. – ela me dar ordens.

– Para de me dar ordens. – falei com raiva.

Subi as escadas com cautela, eu queria correr, mas não foi possível, olhei para trás e vi Avan conversando com Sabine e depois veio atrás de mim.

Tranquei-me no quarto e comecei a chorar.

– Abre a porta Liz! Quero falar com você. – Avan fala do outro lado da porta batendo frequentemente.

– Me deixe em paz, você está do lado dela! Eu não preciso ser lembrada que estou de resguardo e que tenho que ficar em repouso e tudo o mais, estou bem não quero receber ordens. – gritei soluçando.

– Me deixe entra, você não pode ficar assim! Tem que se acalmar. – ela diz desesperando.

Levanto-me e abro a porta.

– Não fique assim. – ele me consola.

Choro em seus braços.

– Eu quero morre. – falei ainda chorando.

Ele me leva até a cama de novo e me deita.

– Não diga isso nunca! Não posso te perder. – ele diz me olhando.

– Desculpa. – ele assentiu.

Depois que eu tomei banho me deitei, estava cansada e com frio, minha tia veio me ver logo em seguida.

– Que bom que está deitada. – ela diz me olhando e se sentando ao meu lado.

Logo ela se levantou e pegou um edredom branco e me cobriu,

– Desculpe por ter sido grossa com você, eu só não processei bem isso tudo. – eu assenti.

– Tudo bem, eu também não processei isso tudo, está sendo difícil, mas vou supera. – ela sorriu o primeiro sorriso que ela deu quando entrou aqui.

– Que bom que pensa assim, vamos supera isso minha querida. – ela beijou a minha testa.

– Agora descanse.

POV Sabine

Quando eu descia as escadas me passou uma ideia e logo falei com Avan:

– Tive uma ideia. – exclamei me sentando ao lado de Avan que está vendo TV.

– Compartilhe. – ele diz e eu assenti.

– Que tal de você e a Liz adotarem uma criança? – eu falei com expectativa.

– O que? Você acha mesmo que Liz vai querer isso? – perguntou ele me encarando.

– Não sei! Talvez, vocês não vão poder ter filhos tão cedo. – eu o olhei com ansiedade.

– Acho que ela não vai aceitar. Achemos melhor espera Liz acorda, então para passar o tempo eu fui fazer a janta enquanto Avan assistia a um jogo de basquete que para ele estava muito interessante.

Distrai-me um pouco ao corta tomates e acabei cortando minha mão, dei um gemido de dor e logo fui tratar de arruma álcool.

– O que foi isso em sua mão? – Avan vem até mim.

– Ah nada de grave, só um corte. – ele assentiu e me ajudou a procurar o álcool.

Depois não consegui termina o jantar e Avan me ajudou.

Lutei desde quando eu cheguei aqui para não comentar nada sobre minha doença, espero que a Liz não note nada de errado em mim. Ohh Céus! Eu estou tão apreensiva e com medo de tudo, Liz vai ficar sem mim! Isso não é justo, eu amo minha sobrinha.

– Você está chorando Sabi? – levei um susto quando eu senti as lágrimas rolarem por minha face.

– Oh Meu Deus! Não, eu não sei por quê... – me apavorei, eu não poderia dar sinais de fraqueza.

Recompus-me de imediato e deixei Avan na cozinha e subi para meu quarto onde eu pude chorar em paz.

POV Liz

Quando acordei ninguém estava ao meu lado ou dentro do quarto, achei estranho, mas não reclamei, somente vesti um robe preto e desci as escadas com cuidado.

– Já acordou? – Avan me dar um selinho.

– Sim, que horas são? – perguntei.

– 9 horas. – assenti.

– Está com fome?- neguei.

– Vem comer. – ele me arrasta até a cozinha e coloca a comida para mim, sopa de carne.

– Eu disse que não estou com fome. – eu falei irritada.

– Mas a senhorita vai comer. – escuto a voz de minha tia e me viro.

– Tia... – ela pede silencio. - Mas nada, Avan me ajudou a prepara essa sopa, e fizemos com muito carinho.– ela diz com delicadeza e meu olhar percorre para sua mão enfaixada.

– O que houve com sua mão? – perguntei ansiosa pela resposta.

– Cortei quando estava cortando os tomates. – ela diz simplesmente. Avan coloca um prato fundo com a sopa no balcão.

– Está com uma cara boa. – eu falei mexendo na sopa com uma colher de prata.

– Come tudo meu amor. – Avan beija minha testa e depois se serve.

– E depois do jantar temos que conversa com você. – Sabi fala me analisando.

– Sobre o que?- perguntei curiosa.

– Espere e saberás.

O jantar foi em silencio, mas não deixei de repara que minha tia mudou desde o último dia que a vi em New Orleans.

– Vou direto ao assunto. – Sabi resolveu falar, agora estávamos sentados na sala de estar em um sofá enorme.

– Eu tive uma ideia! Que tal você e o Avan adotarem uma criança?- ela diz toda anima e eu entro em pânico.

Levanto-me do sofá.

– Tia eu ainda posso gera um filho, okay?– eu falei com raiva.

Avan logo se coloca diante de mim tentando me acalma.

– Eu sei minha querida, mas isso vai demora um pouco você sabe, e acho que uma criança agora amenizaria suas dores. – olhei para Avan procurando alguma reação da parte dele.

– Eu concordo com ela. – ele diz quando ver meu olhar sobre ele.

– Isso é um absurdo! Essa criança não vai ser minha, eu não vou ser a mãe dela... – falei exasperada.

– Liz... – Avan tenta de me aclamar novamente.

Dou um longo suspiro e caminho em direção à escada.

– Espere! – escuto Sabi me chamar, mas ignoro.

Depois de certo tempo, Avan entra no nosso quarto e se senta ao meu lado da cama.

– Precisamos conversa. – ele começa acariciando meu cabelo.

– Já chega de conversas por hoje. – eu falei com a voz fraca.

– Amanhã vou te levar para o psicólogo, você precisa de um agora. – não reclamei com isso.

– Como você quiser, agora só quero que fique aqui comigo. – ele sorriu e apagou luz do abajur.

– Okay senhorita, vamos dormir. – e assim ele me acolheu em seus braços e me senti melhor e pronta para dormir novamente.