The Hikers Dead - Infecção escrita por Gabriel Bilar


Capítulo 1
Experimentos Mortais


Notas iniciais do capítulo

Começando essa história com bastante expectativa,espero que gostem!



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POV - Bruno

Os tolos um dia acreditarão que tudo o que aconteceu foi um acidente. Mas eu sei a verdade. Sei a verdade, pois era um dos espiões que se infiltrara na organização para coletar provas, as provas de um dos maiores - se não o maior - esquema terrorista da história.

Eles estavam criando mortos-vivos, zumbis, que devastariam alguns países e estados do mundo. Eles planejavam enriquecer com isso. Cada país teria que pagar uma fortuna para não ser atacado e provavelmente devastado pelas aberrações.

Mas em uma das demonstrações da Força Zumbi, em uma cidade remota e isolada do Japão a infecção saiu de controle. E logo se espalhou pelo mundo.

O plano inicial era devastar a cidade, registrar a força daqueles demônios e, em seguida destruir o local e qualquer risco do vírus se espalhar.

Os organizadores desse atentado até chegaram a destruir a cidade, com explosões e um veneno no ar que mataria tanto os monstros quanto possíveis sobreviventes. Mas inexplicavelmente algum contaminado escapou, contaminou as cidades vizinhas e em pouco menos de um mês o Japão já não existia.

O vírus em si, aparentemente seria fácil de controlar. Ele necessitava de um hospedeiro e de transmissão direta para se espalhar – mordidas, arranhões ou aplicado na corrente sanguínea -, porém algum hospedeiro deve ter sobrevivido de alguma maneira ao ataque naquela cidadezinha isolada.

E, assim o mundo acabou. Não de uma hora para outra, mas em aproximadamente cinco semanas não havia mais nenhum lugar seguro na superfície da Terra.

E quanto a mim, Bruno Costa, um brasileiro que acabara me metendo nessa enrascada nos Estados Unidos só restava uma pequena centelha de felicidade por ter tentado ajudar.

Na exata noite em que ia alertar as pessoas que me enviaram ali, sobre o plano de destruir a cidade japonesa, fui pego. E como não poderia sair vivo dali de qualquer jeito eles tomaram a decisão de me usar como cobaia. Transformariam-me em um zumbi; cruel, insensível e inconsciente.

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Estava amarrado a uma superfície de metal, impossibilitado de reagir. Estava em uma das salas reservadas para desenvolver e conter as experiências. Três cientistas iriam observar por detrás de um vidro quase impossível de ser destruído, acompanhados por cinco seguranças armados, prontos para intervir em caso de emergências. Eu sabia disso, pois fora contratado exatamente para essa função, ser segurança e participar desses horrores.

Então eles chegaram, e soube que não havia mais como resistir. Eu iria morrer, ali e agora, mas não ia permanecer morto. É claro que eles esquartejariam e queimariam meu cadáver depois que fosse inútil, para que não se levantasse mais.

Os cientistas entraram, eu os conhecia, Melvin, Lysa e Harold, três dos vinte e sete cientistas envolvidos no projeto. A maioria deles ainda não era rica, desenvolveram o projeto com a ajuda de investimentos milionários de homens que sabiam que receberiam muito mais em troca.


Os seguranças também conhecia, eram meus amigos, embora nenhum conhecesse o verdadeiro motivo de eu estar ali que era para espionar a organização. Nenhum parecia muito contente com o que estava acontecendo, estavam até indignados, mesmo eu sendo um traidor que colocaria todos eles na prisão caso concluísse minha missão.


Lysa, porém, sempre me odiara e naqueles olhos orientais, presente de seus ancestrais chineses havia uma expressão satisfeita.

– Iniciando o processo. – ela disse e então resolvi aceitar o encontro inevitável com a morte a partir dali. Senti medo.

A agulha enorme com uns trinta centímetros de comprimento estava a apenas um metro de meu coração. E começou a baixar.

Fechei os olhos e respirei fundo, ouvindo o mecanismo da máquina chiando. Mas não aguentei o suspense e abri os olhos, preferindo ver o fim.

Com a agulha a apenas quarenta centímetros do meu coração ouvi uma voz calma e controlada, mas dizendo com ênfase:

– Parem o processo. – olhei e vi Steve, meu amigo mais confiável naquele lugar, ele tinha pele negra e era calvo, apesar de não ser tão velho. Naquele momento apontava uma arma para a cabeça de Lysa.

– Seu idiota! – ela gritou irada – Somos sete contra você nessa cabine e mesmo que um de nós morra você também não sairá vivo daqui.

– Acontece que isso já foi longe demais e se eu levar um de vocês comigo, já terá valido a pena.

Quinze centímetros, quase podia sentir a dor da agulha penetrando a pele e matando-me instantaneamente. Enquanto o vírus era injetado para que pudesse voltar dos mortos.

Olhei de novo para a cabine, onde cada um dos quatro outros guardas apontavam armas para Steve.

Então, Morgan outro amigo meu se virou e atirou no comparsa do lado. Steve aproveitando o momento de elemento surpresa virou a arma até então apontada para Lysa em direção aos outros guardas.

E, só restaram Steve, Morgan e os cientistas desarmados na cabine.

– Parem o processo!

A agulha que já estava roçando em meu peito parou e rapidamente se afastou de mim.

Morgan entrou na sala e me desamarrou. Enquanto Steve agora estava prestes a matar mesmo os cientistas.

– Obrigado, eu nem sei como agradecer... – comecei, mas fui interrompido por Morgan.

– Steve tem razão, isso já foi longe demais. Vamos parar esse plano maligno. – ele agora se referia ao “Apocalipse Zumbi” que começaria na cidade japonesa.

Mas não deixei de agradecer.

–Mesmo assim, obrigado a vocês dois.

Juntamos-nos a Steve na cabine. Ia começar a falar com ele quando Lysa repentinamente disse:

– Não tem como parar a destruição na cidade japonesa; nesse momento todas as nossas centrais pelo mundo já foram avisadas do que aconteceu aqui e irão adiantar o Teste para daqui três minutos.

– Só pode estar de brincadeira. Como? – perguntei espantado.

– Quando o projeto estava no início, nós os vinte e sete cientistas implantamos chips que nos ligariam mentalmente, então nesse momento enviei mensagens telepáticas a eles que estão mandando reforços para cá, ao mesmo tempo em que aceleram o massacre na cidade japonesa. NÃO SAIRÃO VIVOS DESSA INSTALAÇÃO! - ela disse e explodiu em uma gargalhada histérica.

Teríamos sorte se sobrevivêssemos.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar a história. Deixem suas opiniões, suas sugestões, suas impressões - sobre o enredo, personagens, cenas e etc. - ou qualquer coisa que queira escrever a respeito da história.
Estou aberto para receber críticas construtivas e espero mesmo que as façam.