Dois Irmãos: Conflitos, Amores E Grandes Momentos escrita por ga bi


Capítulo 17
Capítulo 17




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Nós fomos nos deitar e eu nem dormi essa noite. Eram dez e meia da noite e todos do orfanato já tinham que ir dormir. Antes que eu fosse pro dormitório masculino, dei boa noite pra Morgana e disse no ouvido dela:

--- Não se esquece de estar no portão do orfanato às duas horas da manhã. Nem dorme, ou você vai ficar pra trás.

Ela concordou e balançou positivamente com a cabeça e fui falar com a Marcelina:

--- Ei mana, a Morgana vai com a gente.

Marcelina: Como assim?

Abaixei o tom de voz e falei:

---- Ela vai fugir com a gente, tem problema?

Marcelina: Problema nenhum, é só mais ninguém ficar sabendo que está tudo bem.

Subi para o dormitório masculino. Marcelina e Morgana para o feminino. E não dormi. Olhei o relógio a noite toda e quando deu uma hora e cinquenta e cinco minutos, saí do quarto e fui para o lugar combinado. Cinco minutos depois, as meninas chegaram. Começamos a ouvir um barulho no portão, como se alguém estivesse tentando abrir a porta. Provavelmente já era o Jorge e os homens que ele contratou para abrir a fechadura. Não demorou cinco minutos e a porta se abriu.

Narr Jorge

Meus capangas conseguiram abrir a porta e vi a Marce como combinamos. Porém não gostei nada quando vi o Paulo e outra menina junto. Isso não estava nos planos e disse:

--- Marce, o Paulo vai com a gente?

Marcelina: É claro, né Jorge. Você acha que eu ia fugir e deixar meu irmão pra trás?

Fiz uma cara feia e perguntei olhando a outra menina:

--- Quem é você?

--- Meu nome é Morgana, nova amiga do Paulo e da Marcelina. O Paulo me chamou pra fugir daqui com vocês.

 Eu mereço. O Paulo vem de intrometido e ainda trás outra pessoa junto. Agora vou ter que esperar outro momento de me livrar dele. Não pude evitar de leva-lo junto. Mas espera só até a Alicia saber que ele convidou uma menina pra ir junto. Eu vou contar tudo pra ela. Marcelina, Paulo e Morgana estavam andando felizes no caminho até a casa abandonada. Se sentiam livres e felizes. Já os libertei. Vou ficar conhecido como herói e agora falta eu dar um jeito no Paulo. Chegamos à casa abandonada onde Marce, Paulo e Morgana se prepararam para dormir. Dei um selinho na Marce e fui para minha casa.

Narr Alicia

Eram nove e meia da manhã de sábado quando acordei. Lembrei que no dia anterior na sexta-feira, enquanto eu e Jorge voltávamos juntos do orfanato ele tinha me dito que ia ajudar Marcelina a sair de lá e leva-la para a casa abandonada. Ele não falou nada em ajudar o Paulo, mas com certeza se Marcelina fugisse de lá ele fugiria junto, mesmo que o Jorge não quisesse. Liguei para o Jorge para perguntar se o plano dele tinha dado certo.

--- Alô... Ali...cia... __ ele atendeu com uma voz de sono.

Eu: Te acordei?

Jorge: Claro que sim. Fui dormir três horas da manhã. Esqueceu que duas horas da matina eu já estava no orfanato libertando a Marce?

Eu: Então você conseguiu mesmo ajudar a fugir?

Jorge: Claro, eu sou de mais! Contratei dois caras para mexerem na fechadura do portão do orfanato.

Eu: E o Paulo? Ele fugiu junto?

Jorge: Claro. E ainda por cima levou uma amiga que ele fez no orfanato. Aliás, eles me pareceram bem íntimos. Cuidado para ele não te enganar Alicia.

Eu: Você não gosta do Paulo e está dizendo isso só pra me provocar.

Jorge: Se não acredita, vai até a casa abandonada e deixa claro pra menina que o Paulo é SEU namorado. Ela é muito carente. Cuidado pra ela não roubar sua melhor amiga, a Marcelina. E principalmente te roubar seu namorado.

Eu: Cala essa boca Jorge! Eu confio no Paulo e ele me ama. E a Marce nunca vai deixar de ser minha amiga.

Jorge: Então tchau pra você, tenho que desligar o telefone, preciso voltar a dormir.

Desliguei o telefone. Fiquei cismada com o que Jorge disse, sou muito ciumenta. Será que essa menina que fugiu do orfanato junto com eles é aquela que ficou olhando pra mim e pro Paulo ontem? Tomara que não seja. Imediatamente liguei pro Jaime, ele atendeu e eu disse:

--- Jaime, tenho boas notícias: O Jorge ajudou o Paulo e a Marce a fugirem do orfanato!

Jaime: --- Que bom Alicia! Você não sabe como fiquei feliz, vei! Pelo menos uma coisa boa que o Jorge fez!

Eu: Eles estão na casa abandonada, vamos comigo até lá?

Jaime: Já é! Eu estou saindo daqui agora e já passo aí na sua casa.

O Jaime logo chegou aqui em casa e pusemo-nos a caminho da casa abandonada e fomos conversando.

Eu: Você não gosta muito do Jorge não é?

Jaime: Ele que não gosta de mim. Sabe, Alicia, Jesus disse que temos que amar o próximo como a nós mesmo, não termos raiva um dos outros. Por isso de agora em diante, vou amar o Jorge como a mim mesmo. Mas se ele não faz o mesmo o que posso fazer?

Eu: Você tem um grande coração, Jaime. Você é perfeito pra Marce. O Jorge é muito frio...

Jaime: Pena que a Marce ainda está muito atordoada com tudo que ela está passando, ela não consegue nem se lembrar que me ama e que está com o Jorge só pra me esquecer. Na época que ela começou a namorar o Jorge, eu não gostava dela desse jeito. Por isso ela quis me esquecer, namorando com ele mesmo gostando de mim. Mas agora eu já posso corresponder ao amor que ela sente por mim e seria perfeito que ficássemos juntos.

Eu: Só que agora tem o Jorge na jogada.

Jaime: Pois é, e se ele descobrir que eu gosto da Marcelina... ele manda os capangas dele me pegarem.

Me assustei e estranhei pelo que ele disse e disse:

Alicia: Que capangas, Jaime? Como assim?

Ele viu que estava falando o que não devia e vi que ele tentou disfarçar e falou:

--- Nada, é só maneira de dizer.

Chegamos a casa abandonada.. Vimos o Paulo, a Marcelina e uma menina no sofá. Eu e Jaime chegamos até eles e abracei a Marce.

Eu: ---Ai amiga!! Que bom que vocês fugiram!

Marcelina: Bom mesmo! Agora a gente está livre daquele orfanato, amiga!

Enquanto o Jaime abraçava o Paulo:

Jaime: --- Qualé que é seu pilantra! Fugindo do orfanato seu malandrão? Como é que cê tá cara?

Paulo: --- Nós somos fodas né não? A gente consegue se safar de tudo! Eu to bem e você man?

Jaime: Bem, é claro, melhor agora revendo meus amigos!

Depois o Jaime foi abraçar a Marcelina em um abraço longo e sereno. Ao se separarem do abraço, fizeram uma pose de beijo, mas viam que Paulo os observava, ficaram tímidos e recuaram.

Abracei o Paulo e pulei no colo dele e nos beijamos. A menina que estava lá ficou sobrando, praticamente de vela e observava eu e o Paulo. Assim que todos se cumprimentaram, a menina falou comigo.

--- Então é você a namorada do Paulo?

Eu: sim, com muito orgulho. Meu nome é Alicia, e o seu?

--- Morgana.                   

Paulo: Conhecemos a Mog no orfanato e ela quis fugir com a gente.

Fiquei morrendo de raiva por Paulo ter chamando-a pelo apelido e indaguei com cara ciumenta:

--- MOG?! Como assim Mog?

Morgana: É meu apelido, gosto que me chamem assim.

Eu: Normalmente apelidos são só para os íntimos, não é Morgana?---- Eu disse para ela ver que não gostei que Paulo a chamasse de Mog e a chamei pelo nome para mostrar que eu não gostaria de ser tão íntima dela e ela disse provocando:

--- É sim, O Paulo e a Marce principalmente, são meus novos amigos e já estamos bem íntimos.

Fiz uma cara feia e ela me encarou. Paulo observava a cena com uma cara receosa e um pouco aflito pela cena de atrito entre mim e Morgana. Para quebrar esse clima de hostilidade o Paulo tratou de mudar de assunto.

--- Eu estava com saudades Alícia.

Eu: Eu também, meu amor....---- eu disse o beijando e olhando pra Morgana pra provocar.

Morgana não se sentia a vontade estando ali e disse:

--- Eu vou deixar vocês mais a vontade e vou dar uma volta.

Então ela saiu e eu e o Paulo ficamos às sós. Jaime e Marcelina também saíram de perto e foram pro jardim da casa abandonada. E resolvi comentar com o Paulo sobre a Morgana.

Eu: Até que em fim sua amiguinha se tocou e nos deixou as sós.

Paulo: Er... Alícia, Eu... não sei como te pedir isso, já que percebi que você não gostou da Morgana, mas eu queria que você tivesse um pouco de paciência com ela. A Mog é muito carente, ela foi abandonada pela mãe logo ao nascer. Ela passou a vida inteira no orfanato. Os poucos amigos que ela fez nos abrigo, ou foram adotados e nunca mais a viram ou ficaram contra ela. E além do mais as pessoas do orfanato não gostam dela e já fizeram ela sofrer muito por lá.

Eu: Puxa Paulinho, eu não sabia que ela tinha passado por isso tudo.

Paulo: Pois é. Por isso que ela é tão carente. Ela se apegou a mim e a Marcelina logo quando chegamos. Ela é sensível e carente e merece atenção e carinho.

Eu: Peraí Paulo! Você por acaso está gostando da Morgana?

Paulo: Não! Claro que não! Eu amo é você alicia! Mas ela é uma nova amiga e me preocupo com ela.

Eu: ----- Paulo!  Você viveu com a Marcelina a vida toda e nunca admitiu que se preocupava com ela. Mas com a Morgana que você conheceu ontem você está todo preocupadinho com o bem estar dela! Você que sempre foi tão frio e tinha vergonha de demonstrar seus sentimentos, agora está se preocupando com os outros e falando sobre atenção e carinho?

Paulo: Eu mudei Alicia. Tem acontecido muita coisa na minha vida. E isso me sensibilizou. E.. Eu não admitia mesmo que me preocupava com os outros eu era muito orgulhoso mas tudo que tem me acontecido me deixou muito sensível.

Eu vi que o Paulo estava mesmo mudado, pois tudo que aconteceu com ele realmente não tinha sido fácil e vi que ele estava só sendo amigável com a Morgana e resolvi parar com minha crise de ciúmes.

Eu: --- Fico muito feliz com seu novo jeito sensível de se preocupar com os outros. Prometo que vou ser mais amigável com a Morgana.

Ele sorriu me beijou e disse:

--- Que bom!

Eu: Só me faz um favor... não chama ela de Mog na minha frente.

Ele riu e nós nos beijamos.

Narr Morgana

Eu sei que o Paulo namora aquela Alicia marrentinha, mas o que posso fazer se me apaixonei por ele? Eu vou conquistar o Paulo. Eu já perdi muitos amigos e já fui abandonada pela mãe. Não posso deixar que a vida também me prive de ficar com o Paulo. A Alícia já tem tudo... ela tem uma família, um lar, uma escola, amigos e por que ela também tem que ter o Paulo? Me desculpe Alicia, mas quem vai ficar com o Paulo sou eu!


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