Silent Hill - Nightfall escrita por ryuzakiblue


Capítulo 1
Darkness Within




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O banheiro estava sujo, paredes descascadas, espelhos quebrados, vasos completamente destruídos, tudo que um banheiro de meio de estrada tem direito... e lá dentro estava, um homem de no máximo 1,86, cabelos loiros e escorridos até o pescoço, vestes um tanto rústicas : um colete verde-musgo e uma calça jeans totalmente desbotada, aquele era David, de 26 anos que perdera a mulher vítima de uma terrível doença. Ele se encarava no espelho, confuso com alguma coisa, em sua mão estava um envelope, com uma marca de batom, que com certeza era de uma mulher. David olhava a carta com uma certa duvida, andava com ela na mão, logo ele sai do banheiro para um mirante onde seu carro, um Chevrolet 94 azul estava estacionado. Ele olha a o envelope novamente e o abre, retirando uma carta, que tinha um certo odor familiar para David, ele a lê

Em meus sonhos mais profundos
Eu vejo aquela cidade... Silent Hill
Você prometeu que me levaria lá algum dia
Mas nunca o cumpriu...
Agora estou aqui David, esperando por você
No nosso lugar especial...
Maria

David franze a testa e coloca a carta de volta no envelope, em seguida, coloca o envelope no bolso de trás da sua calça e se dirige ao carro
- Não acredito, como pode ser? Maria morreu a Sete anos por causa daquela doença? Como ela pode ter escrito essa carta, já que ela está morta... É impossível... Lugar especial? Será que ela está se referindo ao Parque Roosvelt? Ficamos um dia inteirinho lá, só olhando para a água... Bem, é por isso que estou aqui, pra saber a verdade...

Ele entra no carro e se senta no banco do motorista, abre o porta luvas e pega um mapa, Silent Hill, Silent Hill era aonde David queria chegar ao parque Roosvelt, teria que fazer um longo caminho, um caminho que não daria para ser feito de carro, deveria entrar na cidade andando, e é claro, não pensaria duas vezes nisso. No banco de trás estava uma mochila, David a pega e tira tudo que tinha dentro, materiais para concerto de carro e outras coisas, dobra o mapa e coloca o mesmo dentro da mochila, logo, ele sai do veículo e observa ao redor, de qualquer forma ele não conseguia enxergar nada já que a cidade inteira estava coberta por uma terrível nevoa, para David era indiferente, nem se o céu estivesse pegando fogo ele pararia sua jornada.
-Que neblina horrível, é quase impossível enxergar alguma coisa assim.

Um pouco a frente de David estava uma pequena entrada para uma estrada de terra que levaria para dentro de Silent Hill, David não pensa duas vezes e vai por essa entradinha, ao começar a andar pela estrada, David é envolto por uma névoa ainda mais densa que a anterior, Se sentia mal com aquela densa neblina, se contorcia ao sentir a brisa gelada bater em seu pescoço, odiava aquilo tudo, mas não importava mais, queria só a verdade, a verdade era o que realmente importava para ele. Um poço o chama a atenção, se dirigiu para ver se havia algo dentro do dele e por incrível que pareça, o poço só tinha um metro de profundidade, o que é um absurdo para David, é impossível chegar a um lençol freático com apenas um metro de escavação, mas ainda assim, ali dentro estava uma folha de papel vermelha, um tom de sangue, ao olhar pra aquilo por mais de dois segundos, a cabeça de David doía, e, com esperanças daquela dor intensa parar ele pega o o papel, que repentinamente faz a dor parar, ele observava aquele papel pasmo com aquilo que ele o causara
- O que? Como? Isso causou a minha dor?

David vira o papel e atrás do mesmo estava escrito em uma caligrafia feminina "David, estou lhe esperando..." David automaticamente relaciona aquela letra a letra de sua falecida mulher, acaba ficando ainda mais instigado a procurar pela verdade, ele deixa a folha no chão e sai da área onde se encontrava o poço, a sua frente estava um enorme portão de ferro enferrujado, David o observa desconfiado, mas logo adentra o mesmo, revelando assim, um enorme cemitério
-O que? A entrada para a cidade é um... Cemitério?

Em uma das lápides estava uma garota de 1,69, cabelos longos e pretos, vestes um pouco surradas, e um tênis sujo pela terra, David sem pensar se aproxima da garota e a cutuca, a assustando:
- AH! - A garota grita, ao receber o toque de David
- Desculpe... minha intenção não foi assustá-la, a entrada para Silent Hill, é por aqui mesmo?
- Sim - Respondia a garota se recuperando do susto - Só há uma entrada para lá, é em um portão de madeira por ali, não tem erro... Mas, acho que é perigoso
- Não - dizia David sério
- Acredite em mim, senhor! - indagava ela, afirmando a resposta
- Eu acredito em você, só não me importo se é perigoso ou não... Bem, meu nome é David...
- Ângela - dizia ela se levantando e batendo nas roupas tirando a poeira
- O que está fazendo em um lugar como esse, sozinha? - Questionava ele, intrigado
- Estou procurando pela minha mamãe, digo, pela minha mãe...
- Ahn, Okey, até mais...
- Até mais, David... - dizia ela, olhando para a lapide

David se retira daquele lugar ainda intrigado com a estranha garota que olhava fixamente para a Lapide, podia ser de alguém da família dela, não interessava a David naquele momento, ele segue o caminho descrito pela garota, e passa pelo portão de madeira que ela havia indicado durante a conversa, passando por outra estrada de terra ele finalmente chega na cidade, que por sinal, estava completamente vazia, não conseguia se conformar, estava completamente vazio, nenhuma pessoa andava pela rua... Ele anda um pouco até um cruzamento, onde de longe ve um vulto caminhando para frente
- EI VOCÊ! - ele grita com esperança da pessoa responder, mas não respondeu.

Ele corre atrás daquele vulto que caminhava com dificuldades e para, se deparando com uma marca de sangue que indicava que alguém foi arrastado para o norte, desesperado, David corre a toda velocidade para onde a marca indicava, ao passar próximo aos fundos de uma fabrica a cabeça dele começa a doer novamente, ele olha para todos os lados e encontra outro daqueles papéis vermelhos, como antes, ele o pega e a dor de cabeça para instantaneamente, ele olha o papel e no mesmo estava escrito, com a mesma caligrafia do anterior "David, cuidado, eles são muitos" sem saber do que se tratava David joga o papel e continua seguindo as marcas de sangue até uma construção abandonada. Ele escutava um chiar irritante de radio quebrado, uma estática que penetrava seus tímpanos, ao pegar o Radio, o mesmo começa a chiar ainda mais.
-Tá quebrado isso aqui? - chacoalhava o radio com esperança do mesmo parar aquele som infernal

Atrás de David uma figura estranha se levantava com um terrível grunhir, David se vira e se depara com uma criatura horrível, que parecia estar envolta de um saco plástico feito de carne humana putrefata, um cheiro horrível exalava daquele ser, com medo David se afastava até topar em uma tábua de madeira com um prego na ponta, sem pensar duas vez ele a pega do chão e resolve usá-la como Arma, desferindo golpes com o prego na cabeça do Monstro, a cada vez que David acertava a cabeça do monstro o mesmo gritava como uma mulher sendo espancada, David sem ligar para os gritos agonizantes batia sem parar na cabeça da criatura até a mesma cair no chão, morta...
- O que é isso? Algum tipo de brincadeira? - ele chuta a criatura pra conferir se ela estava realmente morta

Uma sirene começava a soar longe dali, quase ensurdecendo David, pássaros amedrontados voam para longe dali, logo a névoa dava lugar a uma terrível escuridão, sem enxergar nada, David pega em sua mochila uma Lanterna grande o bastante para iluminar seu caminho, mas a preocupação ficava, e se aquelas pilhas acabassem? Ele ficaria ali, preso no escuro com aquelas criaturas medonhas tentando o assassinar, mas ainda assim... Nada tirava a vontade dele achar a verdade por trás da carta que recebera...

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