Lucy tropeçava, tombava, sua maquiagem estava toda borrada, seus pés doloridos e machucados mas continuava... Mesmo sem rumo. 

 O medo foi crescendo ao imaginar o que poderia acontecer se desistisse agora... Se deixa-se a dor e o cansaço sobre sair sua determinação e coragem que tentava tomar. Corria desesperadamente pela floresta, era perseguida por guardas da mansão de seu pai... Corria descalça com seu vestido branco agora cheio de barro e rasgado até avistar uma cachoeira, com dificuldade, escondeu-se por detrás da mesma e esperou. Ainda era possível escutar os chamados dos guardas, andou para atrás e sentiu algo escamoso por detrás dela, quando vê, uma das criaturas mais místicas e antigas já vistas... Um dragão.

-Nossa. -Disse admirada.

 As vozes dos guardas já não davam mais para se ouvir... Deduziu que os mesmos seguiram outro caminho, saiu para fora e estava certa, ela tirou a roupa rasgada com cuidado porque só tinha ela e tomou um banho ali na cachoeira e depois colocou o vestido.

Foi ai que se lembrou do dragão... Foi por de baixo da cachoeira e viu que ele era feito de pedra, estava deitado com o olho direito fechado e sua grande boca também fechada... Andou em volta do enorme dragão e parou do lado esquerdo, estava com um olho aberto, dentro desse olho tinha a forma de uma estrela, ela passou a mão levemente no olho do dragão petrificado, uma luz envolveu Lucy, seu vestido virou um tecido não muito fino da cor vinho, ele era preso a um fino aro (Que parte do tecido um pouco mais escuro, preso ao fino aro, descia até a cintura deixando parte da barriga a mostra) que rodeava os ombros de Lucy e descia se prendendo nos pulsos, uma saia que continha um V, deixando a coxa direita a mostra e estava descalça com cabelos soltos.

-Então era você? -Perguntou uma voz na entrada da caverna.

Quando ela olhou para atrás, viu Léo com o terno pouco rasgado, ficou sem saber o que fazer, ele poderia estar ali para leva-la para o casamento... E ela só queria ter um pouco de liberdade.

-Por favor... Não me leve de volta para meu pai! -Disse Lucy, andando para trás.

-Não vou trazer você devolta para ele... Muito pelo contrário... Vou te levar para outro lugar.

O dragão então, começou a abrir a boca e uma luz apareceu da boca do mesmo, de lá, saiu um homem alto, de cabelos e olhos verdes... Usava um tipo de farda do exercito na cor marrom. Léo foi até ele e cochichou algo que Lucy não ouviu.

-Vejamos... 

Ele olhou Lucy de cima a baixo, deu a volta na mesma, a cheirou e Lucy logo se assustou.

-Não sou cachorro pra você ficar cheirando! 

-Calma... -Disse Léo, mas ela só ficou mais apreensiva.

-Venha. -Disse a segurando pelo braço.

-Ei! Me solte. -Disse se debatendo.

-Calma Lucy! -Disse Léo, em quanto acompanhava o homem, que a levava para a boca do dragão. -Vamos para um lugar melhor e longe de seu pai. 

Eles entraram na boca do dragão e quando o dragão a fechou, ele desmoronou como ruínas.

P.o.v. Lucy.

Quando esse homem me pegou pelo braço entramos na boca do dragão e uma luz nos envolveu e do nada paramos em uma outra caverna do lado oposto.

-Me solta quem é você? O que está acontecendo? -Disse me debatendo.

-Eu sou Freed, da guarda real do Norte... Você será uma concubina de Teres.

-Co-como? -Eu não ouvi isso.

-Freed... -Murmurou Léo o repreendendo, fazendo o mesmo dar um longo suspiro.

-Você vai logo, logo saber o por que de estar aqui... Apesar que recebi outras ordens... -Murmurou Freed baixo.

P.o.v. Autora.

Freed chegou perto de um penhasco e uma luz o envolveu se transformando em um dragão de escamas levemente verdes. Ele segurou Lucy e começou a voar.

Lucy conseguiu ver então... De cima, várias vilas e cidadezinhas com pessoas, mas normais? Ela se perguntou, logo sua resposta foi respondida... Em alguns cantos onde haviam penhascos podia ver de longe pessoas virarem dragões. Lucy então viu de longe um castelo bem alto e bonito.

-É lindo não é? -Perguntou Léo, também na forma de um dragão cinza fraco.

-É muito mesmo... -Murmurou baixo.

Freed diminuiu o ritmo das asas e pousou virando humano novamente junto com Léo, de frente para o castelo.

-Freed! -Disse uma garota de cabelos cumpridos e grisalhos saindo do castelo-Teres pediu mais uma concubina? -Disse olhando Lucy.

Só então a albina viu Léo, surpresa, o puxou para um longo abraço.

-Onde esteve Léo? Por tanto tempo? -Perguntou, desabando em lágrimas.

-Depois explico... Agora você tem que me ajudar. -Disse olhando para Lucy, que continuava sem intender.

-Não pode ser... -Murmurou a albina mais uma vez surpresa, secou as lágrimas, em quanto Léo falava.

-Essa é a Lucy da profecia Mirajane. -Disse Freed.

-Oras! me chame só de Mira, Freed! Já lhe disse isso! -Disse emburrada. -Então? O que faremos com ela?

-Ela já faz parte da região do Oeste... Pensei em deixa-la com Erza. -Disse Léo.

-Ela pode levar Lucy até seu pai... Mas o que vamos fazer? Teres exigiu Lucy!

Mira e Léo ficaram pensativos... Lucy continuava quieta e sem saber o que fazer. Ela não estava intendendo do que falavam.

-Já sei! -Disse Mira estralando os dedos. -Freed, vá chamar Gigi... Tive uma ótima ideia.

Freed entrou no castelo a procura de Gigi.

-Eu vou indo, nos vemos algum dia Lucy... -Disse Léo, entrando também no castelo.

-Certo... Duas perguntas... Primeiro... Como vim parar aqui? Segundo... O que é concubina? -Perguntou Lucy se pronunciando.

-Como veio... Bem... Já era destinado... De qualquer jeito você iria ver o dragão petrificado... Do qual era o ultimo no seu mundo que continha o portal para cá... E concubina é como uma serva para os reis e príncipes daqui... Mas não só como servas -Disse com um sorriso cheio de malícia, fazendo Lucy se assustar. -Se bem me lembro era Lucy certo?

-Sim... -Afirmou Lucy, meio indecisa.

-Seu nome agora vai ser Nati! -Disse Mira sorridente.

-Nati? -Perguntou levantando uma sobrancelha.

-Você não deve saber, mas se alguém souber seu nome você pode acabar em mãos de vários homens... Tem também a aparência. -Murmurou Mira olhando Lucy de baixo para cima.

-Como assim?

-Não tenho tempo para lhe explicar está bem... 

Mira levantou a mão e uma luz saiu da mesma e subiu no céu sumindo nas nuvens... Depois de alguns minutos um dragão de cor scarlet, pousou perto delas virando uma garota de cabelos da mesma cor das escamas. Ela usava uma estranha armadura, uma saia asul e botas pretas.

-Acabei de receber seu sinal Mira o que hou-

A garota olha para Lucy surpresa.

-É ela Erza... Teres a quer por isso preciso da sua ajuda... 

-Ei... O que está havendo? -Perguntou Lucy chegando perto das duas.

-Ela sabe? -Perguntou Erza olhando para Lucy e depois para Mira.

-Não...

-Bem... Eu sou Erza Scarlet... Eu sou filha do governante do Oeste I-

-Ignnel? -Perguntou Lucy adivinhando.

-Sim... Como sabe?

-Um dia quando estava em casa achei um livro que dizia sobre um lugar parecido com esse...

-Coincidência? -Perguntou Mira olhando para Erza.

-Não...

Nessa hora, uma mulher de belo corpo com cabelos vermelhos sangue e olhos rosas vestindo a mesma roupa de Lucy, mas azul, veio ao encontro delas.

-Gigi! -Exclamou Mira -Você agora vai ter o nome de Lucy ok.

-Como assim? -Perguntou a mulher confusa.

-Depois dou as explicações que saco! -Falou Mira birrenta.

Mira pois sua mão direita na cabeça de Gigi e a esquerda na de Lucy, fazendo o cabelo de Gigi ficar loiro e seus olhos castanhos, mas, continuava com a mesma característica de rosto... Já na Lucy, Mira mudou os olhos da mesma para azul céu e seus cabelos um tom mais castanho claro.

-Certo... Assim ninguém descobre... Erza, leve-a para o reino Oeste junto com você. -Disse Mira do lado de Gigi.

-Mas e a profecia? -Disse Erza surpresa.

-Com essa aparência ninguém vai descobrir... Ou assim espero... Agora vá Lucy, ou melhor, Nati, Erza vai te explicar melhor no meio do caminho. -Disse entrando no castelo com Gigi.

Erza se transformou novamente num dragão, assustando Lucy.

-Venha! É só subir, eu vou te explicar o que está havendo no caminho. -Disse se abaixando para Lucy subir.

-Está bem... -Murmurou Lucy suspirando.

Lucy subiu com dificuldade e Erza levantou voou.

-Pois bem... Comece a explicar -Disse Lucy alto para Erza consegui-se ouvir.

-A dezesseis anos, quando meu irmão nasceu...

Continua...