Pelo o que meu bisavô havia dito... 

Quando a cidade dos dragões havia sido acabada de ser inaugurada... Como meu bisavô dizia, nos tempos dourados da cidade dos dragões, onde só havia dragões de fogo, terra, ar e água... Tudo era pacífico, tranquilho e pacato... Até de mais.

Um dia, um estranho garoto que aparentava ter seus catorze, apareceu no reino Norte... Ele tinha cabelos negros, até mais negros do que de Gray, seus olhos transmitiam angústia e dor com a cor prateada... Sua pele era pálida e usava um sobretudo, escondendo seu rosto sem expressão. Ele andava pelas ruas olhando para baixo sem rumo... Era como se estive-se deslocado, em meio de tanta felicidade das pessoas que passavam por ele.

Quando uma menina de nove, esbarrou nele e os dois se olharam. A menina encava-o como se olha-se em sua alma, mas antes que pudesse dizer algo, uma mulher de longos cabelos bejes e olhos cor laranja, puxa-a apressada... A menina olha para atrás e vê o garoto olhando para ela com curiosidade, para logo depois, seguir seu caminho sem rumo murmurando.

-Está vindo... e não quero ficar para ver.

Após esse estranho encontro, cinco anos depois... Aconteceu uma estranha guerra... Dos dragões de cores azuis-amartelados até os dragões negros com detalhes azuis, atacaram a cidade que agora era confundida com um conjunto de vários países, os governantes do Norte, do Sul, do Oeste e Leste, foram também para a guerra... Os dragões tinham um estranho poder que era similar a luz, tanto negra, como branca... Os habitantes da cidade desconheciam outra raça de dragões.

A garotinha, que antes esbarrara com o garoto solitário, com seus catorze anos foi também para a guerra... Foi uma hedionda perda, muitos dragões principais, foram mortos restando apenas, seis de terra, Quatro de água, três de ar e uma de fogo... Que era, por ironia, a garota que fora para a guerra. Os estranhos dragões saquearam cada região, cada vila e roubou toda a comida e dinheiro... Entrou na cidade como uma nuvem de poeira... E saiu deixando ruínas e mais ruínas.

-não entendi bem essa história Jellal-kun... -Murmurou Wendy.

-Sabia disso... Meu avô disse que o nome do garoto era Zeref, me disse que ele tinha um poder parecido com de Cronos, quando chegava em certa vila, se disse-se algo como "Estão vindo... E não quero ficar para ver" a vila seria dizimada por estranhos dragões, se disse-se "Ficarei por um mês" a vila iria encontrar grandes recursos de ouro e comida e não haveria ganância quando dividida, mas, uma vez, ele disse: "Dragões dos céus, pela qual me seguem sem eu entender, dei-me mais um milênio, para que eu possa ela encontrar" sabe o que ouve com a vila pela qual ele ficava?

-Não... O que houve?

-Após esse pedido, a vila foi em volta por uma luz e todos os habitantes simplesmente sumiram...

-Uau... Como seu bisavô sabia disso?

-Nem eu sei... Quando perguntei, ele disse que nem tudo pode ser explicado, ou ter pelo menos, uma resposta concreta... Apenas me disse, que após a guerra, foi criado um grupo de dragões para viajar pelo mundo e descobrir outras raças e quem sabe, outros aliados...

-Então pode existir o reino de gelo? Ou, ou... Um reino de Ferro que é de onde, ambos os reinos, Gray e Gazille vieram?! -Disse Wendy animada. -Até mesmo um reino do som! Será que é de lá que você veio? Vou agora anotar no meu caderno de pesquisa.

Wendy saiu correndo para ir até seu quarto e anotar no seu caderno, que ganhara de sua mãe, onde colocava curiosidades, anotar o que Jellal disse para ela.

-Quem dera que fosse só isso Wendy... -Murmurou olhando para o Portãonegro.

Com o grupo B

Depois de muito andar, eles chegaram no castelo e Natsu ainda bobo pelo beijo que tivera com Lucy, foi até seu quarto, deito ela lá e ficou olhando para ela, sem nem perceber, um sorriso bobo ainda contendo um sorriso bobo em seus lábios.

Lucy abriu seus olhos aos poucos até ver que Natsu estava a olhando... Perto de mais, empurrou ele fazendo o mesmo cair no chão... Ela então se lembrou que deixou certa voz controlar seu corpo... Mas... Não se lembra do que fez depois.

-O que houve? -Perguntou para si mesma com dor na cabeça.

-Você foi sequestrada por Loke, ai eu, Erza, Levy e Juvia fomos te salvar ai...

Foi então que Natsu se deu conta que havia sentido um estranho poder quando Lucy havia beijado ele... e por curiosidade perguntou.

-Lucy... Do que se lembra?

-Bem... Quando te vi desmaiado... Uma estranha voz apareceu na minha cabeça dizendo para que eu deixa-se ela me controlar e acabei por deixar, quando deixei, tudo ficou escuro e desmaiei... O que eu fiz? -Perguntou percebendo a expressão de surpreso de Natsu.

-Você não se lembra mesmo? -Disse ele sentando em sua cama de frente para ela.

-Não Natsu... Fiz algo de ruim? Machuquei alguém? Me fala! -Disse ela preocupada.

-Lucy se você não tivesse me beijado não estaria aqui falando com você... Lucy... Você me beijou! Não se lembra mesmo? -Disse Natsu triste.

-Não Natsu... Acho tem algum engano você deve ter sonhado ou algo assim. -Disse Lucy sem jeito.

-É sério Lucy! Até mesmo Erza, Levy e Juvia viram! -Disse ele segurando o ombro de Lucy calmo.

-Mas eu não me lembro Natsu... 

A porta é aberta e Lisanna entra.

-Vim avisar que Gray e Juvia já estão fazendo a barreira em volta da ilha. -Logo depois se retirou com uma expressão nada agradável.

Lucy se levantou e antes de sair disse.

-Eu vou tomar um banho... -E saiu do quarto.

Natsu deitou e suspirou fundo, o cheiro de Lucy estava no seu travesseiro então deu mais um suspiro sentindo um aroma de hortelã e menta... Ele olhou para o teto e fechou os olhos... Na realidade, o cheiro de Lucy impregnava seu quarto e isso não estava fazendo bem para ele, era como um tipo de droga que deixava ele tonto e com pensamentos nada bons.

-Eu só conheço ela á pouco dias... Eu não poderia estar...

 Ele se levantou e saiu do quarto para ir até aquele lugar... Onde só ele sabia o caminho, um lugar em meio a floresta.

-Corta tempo-

Todos estavam na mesa comendo a janta... Até Lucy perceber que Natsu não estava lá... Após terminar de comer, ela foi a primeira já que os outros repetiam a comida já na quinta vez, foi procurar Natsu.

Ela passou pelos quartos, corredores e até o campo que havia conhecido ele... Mas não estava lá... Estava escuro e mesmo sabendo que era perigoso, foi pela floresta procurar ele... Mas foi ai que se viu perdida na floresta.

-NATSU! -Gritou andando pela floresta. -Droga! Não vou conseguir voltar...

Quer ajuda Lucy? -Disse uma voz.

-Quem está ai?! -Disse olhando para os lados.

Estou na sua cabeça Lucy... Sou o que chamam nesse mundo de Dragão Celestial.

-Como assim?! Do que você está falando? 

Você é um Dragão Celestial Lucy... Mas, muitas coisas você deverá passar até conseguir esse poder... Está procurando seu amigo? basta seguir em frente...

-Só seguir em frente? -Perguntou para mas a si mesma do que a voz em sua cabeça.

Ela olhou para frente, mas, estava tudo escuro e só a luz da lua iluminava o local... Foi andando pelo caminho que a estranha voz lhe disse e ouviu um som de água... Andou mais a frente e viu uma cachoeira que estava iluminada não só pela lua ceia, como também por vaga-lumes, vários vaga-lumes.

Ela olhou ao redor e viu que não tinha ninguém lá, foi até a cachoeira e pois sua mão na água, não estava tão gelada... Ela tirou toda sua roupa ficando só de peças intimas e entrou na água... Era como se a própria água ajuda-se ela a esquecer todos os problemas que teve, todas as aflições e tristezas... Mergulhou e ficou lá nadando.

Com Natsu.

Ele andava pela floresta até chegar em um lugar que havia uma cachoeira, quando viu que tinha alguém nadando lá, olhou bem, e era Lucy nadando... Sem roupas, só peças íntimas... Nunca tinha visto uma garota só com essa peça de roupa.

Sangue começou a escorrer pelo seu nariz, mas logo limpou e se perguntou do por que Lucy estar ali... Só ele conhecia esse lugar. Foi ai que Lucy viu ele atrás de uma árvore ela nadou até o fundo gritando e ele se escondeu detrás da árvore.

-O que faz aqui?! -Disse ela com água até o pescoço.

-Eu é que pergunto... Só eu conheço esse lugar! -Disse ele atrás da árvore.

-Como assim? Pelo o que eu ouvi de Erza... Dragões de fogo não podem nadar! Perderiam os sentidos!

-Mas essa água é diferente... Por incrível que pareça, quando nado nela nada acontece! -Disse saindo detrás da árvore.

-Fi-Fica ai! -Disse ela cobrindo suas partes de baixo d'água.

-Eu vim aqui pra nadar e não vou embora! -Disse ele teimoso.

Natsu começou a tirar seu colete e seu cachecol.

-O-O que está fa-fazendo?! -Disse ela envergonhada.

-Eu quero nadar qual o problema? -Disse ele tirando sua calça.

Lucy mergulhou sentindo seu rosto ficar muito quente, ela escutou algo caindo na água e provavelmente Natsu estaria lá, ela continuou de olhos fechados debaixo d'água até sentir alguém puxando ela para a superfície... Quando olhou viu Natsu sorrindo marotamente para ela.

-Na-Natsu! -Disse ela tentando se afastar, mas ele a abraçou. -Natsu... Por favor... Me diz que tá com alguma roupa.

-To só de cueca. -Disse ele na cara de pau.

-Ta-Tarado! -Disse ela envergonhada apoiando sua cabeça no peitoral dele.

-Por que? Somos amigos não tem problema. -Disse ele apoiando sua cabeça acima da de Lucy, deixando um sorriso maroto sair sem perceber.

-É... Amigos. -Disse ela como se essa palavra machuca-se.

Lucy não sabia, mas, Natsu não era tão inocente assim... Ele abraçou Lucy com mais força deixando ela mais sem jeito ainda.

-Na-Natsu!

-Lucy, acho que te amo. -Disse ele com um sorriso bobo.

-Por que... Isso... De repente? -Disse ela baixo.

-Não sei... -Disse ele puxando o queixo dela para que ela o fita-se.

Natsu foi aproximando seu rosto de Lucy.

-Eu apenas. -Disse depois de um leve roçar de lábios. -Te amo muito.

E beijou Lucy com carinho, Lucy pensava que isso era muito repentino, pois conhecia Natsu a poucos dias... Mesmo assim beijou Natsu com o mesmo sentimento... Mal sabiam eles, que alguém vigiava-os de longe com um sorriso maroto.

-Pensava que vai ter a Dragão Celestial Natsu? Por favor... Espere só quando ela tiver que cumprir as missões... -Murmurou alguém com um sobretudo negro, sumindo dentre as árvores.

Continua...